Resumo De Filosofia Filosofia Helenística PDF

Title Resumo De Filosofia Filosofia Helenística
Author Bianca Pierre
Course filosofia
Institution Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
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Resumo De Filosofia: Filosofia Helenística
O nome Filosofia Helenística, ocorrida entre os séculos IV a.C. e III, é uma generalização feita por causa do Período Helenístico em que os pensadores viviam...


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Resumo De Filosofia: Filosofia Helenística O nome Filosofia Helenística, ocorrida entre os séculos IV a.C. e III, é uma generalização feita por causa do Período Helenístico em que os pensadores viviam. Lembre-se que era o momento do fim das pólis gregas, do domínio do Império Macedônico e da cultura helenística e do helenismo. A relação de várias culturas influenciou novos pensamentos filosóficos e o surgimento de novas escolas. O helenismo, como ficou conhecido o amálgama entre as culturas grega e oriental, ocorreu no Período Helenístico. Além disso, foi fundamental para os pensadores posteriores, inclusive os romanos. Outro ponto que se deve destacar é o surgimento do Cristianismo, que mudou a sociedade e a filosofia europeia. Essas características, como o fim das cidades-estado, helenização do mundo por meio da expansão macedônica, a agregação de culturas, o crescimento de Roma, alteraram sensivelmente as ordens sociais. Sempre quando temos uma mudança drástica na nossa sociedade, a forma de enxergarmos a nós mesmos também muda. Isso ocorre com a filosofia e com o tipo de questionamento feito. A partir do século IV a.C, encontramos uma organização social diferente, que se relacionava à centralização política e, ao mesmo tempo, com a mescla cultural. Se até então o processo de formação do homem grego estava alinhado – nem que fosse para refutar – com a pólis, no governo macedônico a cidade-estado deixa de ser protagonista na educação do homem, que passa a ser mais plural. Ao mesmo tempo, veremos questões voltadas ao prazer e ao desenvolvimento do que é certo ou errado. Os filósofos helenistas criaram diversas escolas, mas aqui veremos as principais: Epicurismo, Ceticismo, Cinismo e Estoicismo. Epicurismo O Epicurismo foi a doutrina filosófica proposta por Epicuro de Samos (341 a.C. – 271/270 a.C.), tendo como base a busca pelo prazer (hedoné) próprio como norteador do seu pensamento. O princípio mais importante era a ataraxia, a paz de espírito ou tranquilidade. Para alcançá-la, o homem deveria se livrar dos quatro medos como a morte, dor, sofrimento e dos deuses, pois essa preocupação era inócua. Muitos desses acontecimentos estão à revelia das nossas vontades. Dessa forma, deve-se focar nos próprios desejos – por isso é chamada de hedonista – mas de maneira controlada, com parcimônia. Ao fundar sua escola, Jardim, em 306 a.C., ensina a nova doutrina alicerçada na moderação da hedoné, pois os excessos ativavam os medos, como a dor ou o sofrimento. Os prazeres naturais deveriam ser satisfeitos, pois os artificiais e os que alimentam a vaidade seriam problema não só para a pessoa, mas para a sociedade. Uma dica é fugir das definições que caracterizam o epicurismo como uma doutrina que busca o prazer de forma desmedida, pois é justamente o contrário. O uso da razão, para ele, é primordial no processo de pensamento crítico para atingir a moderação. Ceticismo Esse pensamento foi criado por Pirro de Élida (c.360 a.C. – 270 a.C.). O cético seria aquele que sempre toma uma posição crítica, ou desconfiada, em relação a qualquer verdade proferida. O homem deveria se desprender de paixões para viver tranquilamente, pois saber que não há respostas para tudo elimina a tensão da certeza. O pirronismo foi essa teoria criada pelo pensador nascido em Élida, e, de certa forma, ser cético já era uma premissa dos filósofos. O questionamento é parte de qualquer pensamento crítico. A diferença, neste momento, reside a compreensão do uso da razão e da ansiedade que existiria no processo de pensar. Se acomodar ao senso comum seria o mais correto, já que a verdade é inatingível.

Percebe-se, então, o conflito entre o presente e o futuro, sobretudo em relação à incerteza deste. Pirro percorreu longos caminhos no reinado de Alexandre, o Grande e seu pensamento ganhou força entre os filósofos da época. Com mais vozes, outros pontos foram delineados, demonstrando a longevidade da teoria, que foi adotada, inclusive, pela Academia de Platão. Cinismo Essa doutrina ficou mais conhecida por meio de Diógenes de Sinope (412 a.C. – 323 a.C.), e se baseava na ideia da simplicidade. O primeiro a construir o pensamento foi o discípulo de Sócrates , Antístenes (445 a.C. – 365 a.C.). A vida simples se referia ao abandono de qualquer convenção social, o que significa uma autonomia, liberdade moral e virtude. Para eles, a sociedade era vil e viciada, as variedades eram exacerbadas, somente o esforço interno, pessoal, traria a felicidade. Observa-se, portanto, a busca por um mundo ideal onde os costumes e tradições não seriam mais importantes que os calores morais. Estoicismo Essa escola foi fundada por Zenão de Cício (333 a.C. – 263 a.C.), que se influenciou por outras teorias, como as de Heráclito e o próprio Cinismo. Um dos pontos principais era a ideia de unidade do mundo. Isso se dava pelo forte cunho materialista da doutrina que não se preocupava com os questionamentos metafísicos. Para os estoicos, a natureza já tinha seu curso traçado, sendo o cosmos irrefutável. A vida é cíclica, se repete, e a humanidade também fazia parte disso. Para que essa ideia prevaleça, o homem precisa acertar o determinismo da natureza, com a virtude. Assim, entra em consonância com todo o sistema. A liberdade individual existe, mas se o homem não for virtuoso, não viverá em harmonia. Para ser pleno, deve desistir de qualquer desejo que o retire do caminho da virtude. Essa teoria prevaleceu por muito tempo, principalmente entre os pensadores romanos. A Filosofia Helenística foi transitória, esteve entre a Antiguidade Clássica e a Idade Média,quando o pensamento cristão dominou a sociedade europeia. As teorias apresentadas aqui influenciaram diretamente, por muitos anos, diversos filósofos, seja para aprovarem seja para criticarem. A Filosofia Helenística é uma generalização que se relaciona mais ou período do que à filosofia em si. As escolas surgidas nesse momento são vastas e muito importantes para pensadores que vieram depois....


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