Fratura bimaleolar fixada - parte escrita PDF

Title Fratura bimaleolar fixada - parte escrita
Author Ricardo Junior
Course Prevenção de lesões musculoesqueléticas
Institution Universidade Federal de Sergipe
Pages 3
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Summary

Trabalho sobre fratura bimaleolar fixada...


Description

FRATURA BIMALEOLAR FIXADA A articulação do tornozelo, é formada pela tíbia, fíbula e o tálus. É descrita como a articulação com peso mais comumente lesionada, sendo que dois terços são por fraturas maleolares isoladas, e 1 a cada 4 são fraturas bimaleolares. A fratura de tornozelo, normalmente, é resultado de uma força rotacional, translacional ou axial aplicada ao longo do tornozelo com o pé sobre o chão, com o lado sob tensão falhando primeiro. É comum também em acidentes automobilísticos. Esta deve ser avaliada quanto à sua estabilidade, isto pode ser feito através dos exames (raio-x e tomografia), quando for verificado que a fratura é estável, é indicado a imobilização e gesso. Se caso a fratura for instável, torna-se necessário recorrer a cirurgia para fixar a fratura, dentro de 24hrs. Os principais objetivos da intervenção cirúrgica são, restaurar a estabilidade, a congruência articular e o comprimento e a rotação da fíbula, a fim de restaurar a biomecânica normal do tornozelo e, consequentemente, a função do mesmo. Após a cirurgia de consolidação da fratura bimaleolar é normal que o paciente tenha que ficar um longo tempo imobilizado. A imobilização faz com que o membro seja pouco utilizado, causando redução da atividade metabólica com consequente redução da síntese proteica e esses fatores associados ao aumento da degradação proteica geram atrofia da musculatura da região afetada, ou seja, ocorre a redução no volume das células e/ou a quantidade de fibras musculares. Devido a esses fatores a paciente apresenta atrofia na musculatura do tornozelo, levando a um déficit de força e leve diminuição do diâmetro do membro. CASO CLÍNICO (DIAGNÓSTICO, QUADRO CLÍNICO, SINTOMAS) = ANAMNESE -

Hipótese diagnóstica: Fratura bimaleolar Exames complementares: Raio-x Queixa principal: Dores e limitações após a cirurgia de fixação da fratura HMA: A paciente relatou que estava caminhando em uma calçada irregular e escorregadia devido a chuva, quando escorregou e percebeu que iria “cair de cabeça no chão” e o pé direito virou. Pessoas que estavam ao seu redor a ajudaram e ela foi levada ao hospital, onde foi diagnosticada com fratura bimaleolar. Após o diagnóstico foi colocado uma tala para imobilização e a cirurgia para fixação da fratura foi realizada no dia seguinte. Na cirurgia foi colocada uma placa e 3 pinos no maléolo lateral e 2 pinos no maléolo medial. Posteriormente, a paciente ficou imobilizada com gesso durante 40 dias e se movimentando com muletas, pois não podia colocar o pé no chão, e após esse período e retirada do gesso usou a muleta por mais 3 dias, até começar a realizar a descarga de peso no membro. No período pós cirúrgico, fez o uso do medicamento Tramal para alívio da dor durante 7 dias e realizou aplicações constantes de gelo por 20 minutos durante esse período e os realiza até hoje, também para alívio da dor. A paciente faz tratamento fisioterapêutico desde quando tirou o gesso, em que o tratamento era voltado inicialmente para o processo cicatricial e passa por atendimentos atualmente na Unidade Saúde e Escola (USE). Sua principal queixa é a dificuldade para andar, subir escadas com degraus altos e subir rampas, além disso, ainda apresenta dor, principalmente na parte da manhã que vem

-

acompanhada de rigidez, graduada em 4 na EVA, e dor ao andar, graduada em 3 na EVA. HP e familiar: A paciente não apresenta doenças crônicas como diabetes e hipertensão, só relatou ter fraturado o primeiro dedo da mão e tornozelo jogando vôlei.

AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA ➔ PALPAÇÃO/INSPEÇÃO Na realização da palpação sobre a estrutura óssea dos maléolos medial e lateral a paciente não apresentou dor e foi possível sentir um relevo no maléolo lateral na região onde se encontram os pinos. Já na palpação da região dos ligamentos.. a paciente apresentou dor a palpação, classificada por ela como 2 na EVA. Na inspeção não foi notado nenhuma alteração em comparação com o lado sadio, e sua cicatriz apresentou um bom aspecto cicatricial, sem aderências. ➔ TESTE DE FORÇA Durante a avaliação os testes musculares dos flexores plantares, dorsiflexores, inversores e eversores do membro acometido (tibial anterior, extensor longo e curto do hálux, fibular terceiro, fibular longo e curto, tibial posterior, sóleo, gastrocnêmio e quadríceps) apresentaram força 4 na classificação de força muscular, ou seja, a paciente conseguiu completar os movimentos contra a gravidade e alguma resistência feita pelo terapeuta. ➔ ESCALA DE DOR Foi utilizada a Escala Visual Analógica (EVA) para mensurar a dor referida pela paciente, em que essa relatou dor 4 pela manhã e dor 3 ao caminhar e realizar tarefas como subir escadas e rampas.

➔ GONIOMETRIA Variávei s

Dorsifle xão (CCA)

Dorsifle Dorsifle xão xão (CCA) - (CCF) p/ testar com flexibilid descarg ade dos a de flexores peso

ADM (E)

35º

33º

ADM (D)

20º

29º

Flexão Plantar

Inversã o do pé

Eversã o do pé

Inversã o do retropé

Eversã o do retropé

13cm = +/-46,8º

48º

27º

20º

10º



0cm

40º

19º

16º



10º

(E): membro esquerdo (saudável); (D): membro direito (lesionando)

Variáveis

Flexão Dorsal

Flexão Plantar

Abdução (Eversão)

Adução (Inversão)

ADM (N)

0-20º

0-45º

0-20º

0-40º

(N): valores normais

CONDUTA TERAPÊUTICA ● Aquecimento com bicicleta ergométrica por 5 minutos; ● Alongamento de dorsiflexores com a técnica FNP: Paciente em decúbito dorsal na maca, com o pé pra fora da maca. Terapeuta resiste por 6s á contração e alonga o membro por 30 segundos. ● Alongamento de flexores plantares: A paciente sentada com joelho em extensão, e uma fita elástica é colocada na sola do pé e o próprio paciente deve fazer a tração, até sentir a “dor de alongamento” por 30 segundos. ● Fortalecimento dos Músculos eversores (Fibular longo, fibular curto e extensor longo dos dedos): Paciente sentado em uma cadeira, com joelho fletido a 90º, faixa elástica enrolado sobre o pé que irá realizar exercício e sustentada na outra ponta pelo outro pé do paciente. ● Fortalecimento do Músculo glúteo médio: Paciente em decúbito lateral, com uma caneleira no membro a ser fortalecido, este membro deve ser elevado até o ponto máximo em que não se observa movimento do quadril. ● Fortalecimento do Músculo glúteo máximo: Paciente em decúbito dorsal, com joelho flexionado a 90º com as mãos pronadas ao lado do corpo. O quadril deve ser suspenso sem que haja compensações. A progressão desse exercício pode ser feita em unipodal ● Fortalecimento dos Músculos Dorsiflexores (tibial anterior, extensor longo dos dedos e do hálux e fibular terceiro): Paciente sentado com o pé para fora da maca; o fisioterapeuta com uma faixa elástica envolta do dorso do pé do paciente, realiza uma força e pede para ele levar o pé em sua direção. Nos exercícios de fortalecimento serão realizadas 3 séries de 12 repetições para cada grupo muscular em questão, utilizando de 70-85% de 1RM. As progressões podem ser feitas com mudança de carga nos pesos ou usando faixas elásticas de menor elasticidade. OBJETIVO TERAPÊUTICO Tendo em vista que a nossa paciente apresentou déficits de força muscular, ADM reduzida e disfunção no padrão da marcha, teremos como principais objetivos o aumento da flexibilidade articular, o ganho de força e com isso a melhora no padrão da marcha. REFERÊNCIAS ● ANGEL, C. K. The rationale behind surgical approaches to ankle fractures. Orthopaedics And Trauma, v. 32, n. 6, p. 437-445, set. 2018. ● RATAMESS, N. et al. Progression models in resistance training for healthy adults [ACSM position stand]. Med Sci Sports Exerc, v. 41, n. 3, p. 687-708, 2009. ● KONOR, M. M. Reliability Of Three Measures Of Ankle Dorsiflexion Range Of Motion. Int J Sports Phys Ther, v. 7, n. 3, p. 279-287, jun. 2012....


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