Geografia - Hidrosfera PDF

Title Geografia - Hidrosfera
Author Maria Luiza
Course Geografia
Institution Ensino Médio Regular (Brasil)
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Geografia Hidrosfera Rios A extensão do curso de um rio, desde a nascente até a foz ou desembocadura, é dividida em três partes: curso superior ou alto curso, curso médio e curso inferior ou baixo curso. Ao descer um rio, ou seja, quando se toma a direção de sua foz, segue-se a jusante desse rio. Quando o deslocamento é feito em direção à nascente, segue-se a montante. Observando na direção da foz de um rio, identificam-se suas margens: direita e esquerda. Tipos de drenagens ou de escoamento dos rios Conforme se dá o escoamento das águas de uma bacia hidrográfica, sua drenagem pode ser principalmente: exorreica — quando o escoamento das águas da bacia se faz diretamente no mar; endorreica — quando a drenagem é interna, não havendo o escoamento até o mar. Nesse caso, o rio principal e sua bacia desembocam, em geral, em um lago.

Bacia hidrográfica A rede hidrográfica, ou rede de drenagem, está inserida na bacia e é formada apenas pelos cursos fluviais, ou seja, pelo rio principal e seus afluentes. Já a bacia hidrográfica abrange, além dos rios, toda a área banhada por eles, bem como as áreas situadas entre os próprios rios. Nas porções mais elevadas da bacia, encontram-se os divisores de bacia ou divisores de água. Água subterrânea, lençol freático e aquíferos Cerca de um terço de toda a água continental está armazenado no solo ou no subsolo, retido nas rochas impermeáveis, compondo os lençóis subterrâneos ou quando são mais volumosos, os aquíferos. Além de abastecer parte da população rural e urbana em diversas regiões do mundo, a água subterrânea propicia a prática da irrigação em áreas semiáridas e desérticas.

Águas oceânicas As águas oceânicas ocupam mais de 70% da superfície da Terra. Influenciam as temperaturas e a umidade atmosférica e garantem o funcionamento do ciclo hidrológico.

Dinâmica das águas oceânicas Ondas e marés Os ventos são responsáveis pela formação e pelas oscilações das ondas em alto-mar, bem como por impulsioná-las em direção a costa. As marés correspondem à subida e à descida do nível das águas oceânicas e sofrem influência dos efeitos gravitacionais criados pela Lua e pelo Sol. Durante as fases da lua nova e lua cheia, estendem-se as amplitudes das marés (variações de altura entre maré alta e a maré baixa), ocasionando as marés de águas-vivas ou de sizígia. Correntes marítimas Movidas pela ação dos ventos na superfície dos oceanos e também pela força de Coriolis (resultante do movimento de rotação da Terra), as correntes marítimas ou oceânicas podem ser quentes (quando circulam a partir das proximidades da linha equatorial, direcionandose às latitudes maiores) ou frias (quando se movem das águas circumpolares em direção às latitudes menores).

Recursos hídricos do planeta De toda a água presente no planeta, menos de 5% corresponde às águas continentais localizadas em sua superfície ou sob as camadas de rochas. Porém, a água disponível na superfície ou abaixo dela não está distribuída de forma homogênea. Há extensas regiões com escassez de chuvas, por exemplo. Em outras áreas, a retirada da cobertura vegetal e a contaminação das águas degradam bacias hidrográficas e reduzem a disponibilidade de água potável. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a quantidade de água necessária para realizar todas as atividades de um ser humano (considerando indústria, agropecuária, comércio, doméstica) é de 1 700 m3 por ano.

Água e questões ambientais A circulação da água em seus diferentes estados, por vezes, resulta em situações que ocasionam impactos socioambientais. Inundações, mais comuns durante o fenômeno El Niño, chuvas ácidas e redução do volume dos lagos são alguns desses problemas. El Niño Periodicamente, ocorre um aumento na temperatura superficial das águas do Pacífico, próximo à costa sul-americana. Sobre tais águas, mais quentes do que o normal, forma-se uma zona de baixa pressão atmosférica. Esse fenómeno inverte a circulação de massas de ar de uma grande área do Pacífico que, em vez de se dirigirem à Polinésia e à Austrália, seguem para a América do Sul, carregadas de umidade.

Entre os principais efeitos do El Niño no território brasileiro, estão: • inundações no Centro-Sul do Brasil e; • intensificação da seca no interior do Nordeste brasileiro.

Chuvas ácidas As chuvas ácidas estão associadas à emissão de poluentes industriais. Em áreas urbanas, as principais consequências delas advindas manifestam-se na intensificação do intemperismo químico, afetando as edificações. Nas áreas rurais, a precipitação de chuva ácida tem efeitos mais danosos sobre rochas, solos de pouca espessura e sobre as próprias plantas.

Redução do volume das águas lacustres As águas dos lagos, como as dos rios, têm sido utilizadas há milênios pelas populações humanas. Contudo, sua exploração excessiva, principalmente para irrigar campos de cultivo, bem como sua contaminação por diferentes formas de poluição têm provocado a redução gradual do volume de água potável e da superfície de alguns lagos, de modo particular em regiões de escassez de chuvas, como os lagos Chade, na África Setentrional, e Aral, na Ásia Central.

Questão da água no Brasil Regiões hidrográficas A fim de orientar o planejamento e o gerenciamento de recursos hídricos, a Agência Nacional de Águas (ANA) define região hidrográfica como um espaço territorial compreendido por uma bacia, grupo de bacias ou sub-bacias hidrográficas contíguas, com características naturais, sociais e económicas homogêneas ou similares. São reconhecidas, no território brasileiro, 12 regiões hidrográficas. As principais são: Amazônica, Tocantins-Araguaia, Paraná, São Francisco, Paraguai, Parnaíba e Uruguai. Região Hidrográfica Amazônica A maioria dos rios dessa unidade hidrográfica apresenta características de rios de planície, com gradiente reduzido e pouca velocidade das águas, possibilitando a navegação. Nas últimas décadas. em razão de seu imenso volume, o grande potencial hidroelétrico da Bacia Amazônica vem sendo utilizado de forma polêmica, com a construção das barragens situadas nos rios Madeira (usinas de Jirau e Santo Antônio) e Xingu (Usina Hidrelétrica de Belo Monte).

Região Hidrográfica do Tocantins-Araguaia Os rios Araguaia e Tocantins nascem no Planalto Central e seguem em direção norte, em cursos quase paralelos. Para a construção da Usina Hidroelétrica de Tucuruí, no Rio Tocantins, inaugurada em 1984, foram inundadas vastas áreas da Floresta Amazônica. Região Hidrográfica do Paraná Essa região hidrográfica concentra mais de 30% da população do país, além de apresentar intensa atividade económica. Nela, ocorre a maior parte da produção de energia elétrica nacional, com destaque para a Usina Hidroelétrica de ltaipu. Região Hidrográfica do São Francisco O Rio São Francisco tem suas nascentes localizadas em Minas Gerais e deságua na divisa de Alagoas e Sergipe. Esse importante rio, formado de afluentes perenes e intermitentes, conta com diversas usinas de energia hidroelétrica em funcionamento, como Itaparica, Sobradinho e Três Manas. Região Hidrográfica do Paraguai A maior porção da bacia situa-se sobre um relevo bastante plano: a Planície do Pantanal Mato-Grossense. O Rio Paraguai nasce no Planalto Central e segue na direção sul, traçando parte da divisa do Brasil com a Bolívia e com o Paraguai. Por um lado, destaca-se por ser um dos mais ricos biomas brasileiros, com grande potencial turístico e biodiversidade. Por outro lado, constata-se uma ameaça de processo de assoreamento de seu leito, em grande parte, por causa da expansão da agropecuária no Domínio do Cerrado. Região Hidrográfica do Parnaíba Tal como o Rio São Francisco, o Parnaíba atravessa, com seu curso perene, parte da Região Nordeste afetada pela escassez de chuvas. Região Hidrográfica do Uruguai O Rio Uruguai apresenta significativo potencial hidroelétrico, especialmente para as diversas atividades agroindustriais desenvolvidas nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Águas subterrâneas Como ocorre na superfície, o Brasil também é rico em águas subterrâneas. Segundo a Agência Nacional de Águas nosso país conta com 27 sistemas aquíferos, entre os quais se destacam os do Guarani e de Álter do Chão.

Questão legal e ambiental

Em relação à proteção dos recursos hídricos, pode-se dizer que a legislação brasileira sofreu um retrocesso com a aprovação, em 2012, do novo Código Florestal, visto que este estabeleceu a permissão do uso de topos de morros, montanhas e encostas para alguns tipos de cultivos, bem como a redução pela metade da área obrigatória de matas ciliares a serem recompostas nas pequenas propriedades rurais, entre outras medidas.

Política ambiental internacional e brasileira Movimento ambientalista moderno Em 1968, reunidos em Roma, diversos cientistas e políticos realizaram pioneiros debates ecológicos. Na ocasião, o elevado crescimento populacional causava grande preocupação. Dessa forma, as ideias do Clube de Roma refletiram uma visão de mundo em voga na época: o pensamento neomalthusiano. Em 1972, em Estocolmo, na Suécia, realizou-se a primeira conferência internacional sobre o ambiente promovida pela ONU. Em seu relatório final, destacavam-se as recomendações para adoção de políticas voltadas ao controle do crescimento populacional, especialmente nos países subdesenvolvidos. Desenvolvimento sustentável e Eco-92 Conforme o Relatório "Nosso Futuro Comum" ou "Relatório Brundtland", publicado em 1987, "o desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem a suas próprias necessidades". No debate ambiental do final do século XX, o principal problema deixava de ser o grande aumento da população e passava a ser os padrões de desenvolvimento e consumo adotados por algumas sociedades. Na Eco-92, conferência ambiental realizada no Rio de Janeiro, em 1992, a visão ecomalthusiana, passou a ser superada pelo conceito de desenvolvimento sustentável. Agora a crítica se voltava contra as nações mais ricas, cujo modelo de desenvolvimento teria conduzido o mundo à crise ecológica. Entre as principais iniciativas idealizadas na Eco-92, destacam-se: • Agenda 21 — carta de intenções que orienta a implementação de políticas de planejamento e execução de ações globais, nacionais e locais que possibilitam construir um século XXI melhor que o século XX, especialmente em relação à preservação do ambiente e à promoção da justiça social.

• Carta da Terra — inspirada na Declaração Universal dos Direitos Humanos, foi concebida como um documento que afirma os direitos do planeta, de sua biodiversidade e das gerações futuras em desfrutá-lo. • Protocolo de Kyoto — criado em 1997, na cidade homônima, estabelecia medidas para conter as mudanças climáticas.

Mudanças climáticas: a questão do aquecimento global Os gases do efeito estufa e o aumento da temperatura global O dióxido de carbono, por se acumular na atmosfera, é considerado o mais importante dos chamados gases de efeito estufa, fenômeno natural no planeta e essencial à nossa sobrevivência. A temperatura média do planeta teve um aumento de 0,5 °C no século XX e a primeira década do século XXI foi considerada a mais quente da história. O aumento da temperatura agrega mais energia à atmosfera, tornando os climas mais extremos. Algumas consequências possivelmente relacionadas a esse aquecimento já se fazem perceber: • aumento da quantidade de furacões — pela primeira vez, foi registrado um furacão no Atlântico Sul, o Catarina, que, em 2005, passou pelo sudeste do estado de Santa Catarina; • nas últimas décadas, houve uma perda de cerca de 20% dos corais do planeta. Entre as previsões mais preocupantes para outros efeitos estão: • elevação do nível dos mares; • aumento da ocorrência de enchentes e deslizamento de encostas e áreas montanhosas; • prejuízos à biodiversidade.

Política ambiental brasileira Entre os avanços na política ambiental brasileira verificados na última década, destacam-se a atuação positiva e comprometida em relação aos acordos ambientalistas internacionais e a redução dos índices de desmatamento da Floresta Amazônica, ainda que estejam distantes de estancar. No entanto, algumas ações recentes do governo brasileiro têm sido objeto de críticas por parte dos ambientalistas, como o forte investimento na extração do petróleo do pré-sal, a implantação de grandes hidroelétricas na Bacia Amazônica, a pouca efetividade em coibir os impactos ambientais produzidos pela expansão do agronegócio e a aprovação do Novo Código Florestal Brasileiro....


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