Habilidades NA SaÚde PDF

Title Habilidades NA SaÚde
Author Bruna Magno
Course Doenças do Sangue, Inflamatórias e Infecciosas
Institution Universidade do Estado do Pará
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Summary

trabalho sobre habilidades na saúde ...


Description

HABILIDADES BÁSICAS NA SAÚDE ENFª BRUNA MAGNO

SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO..............................................................................................4 2- DESENVOLVIMENTO..................................................................................5

2.1 - COLETA DE DADOS/HISTÓRICO DE ENFERMAGEM.........................6 2.2 - EXAME FÍSICO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO....................................7 2.3 - BIOSSEGURANÇA..................................................................................8 2.4 - CARACTERÍSTICAS DO BACILO/ALTERAÇÕES NO HEMOGRAMA. .9 2.5 - EXAMES PARA O DIAGNÓSTICO DA TUBERCULOSE........................9 2.6 - TRATAMENTO.......................................................................................10 3- CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................11 4- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................12

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1- INTRODUÇÃO O sistema imunológico é um conjunto de estruturas e processos biológicos formados por uma rede de células, tecidos e órgãos que atuam na defesa do organismo contra as doenças. Estes invasores externos, chamados de antígenos, podem ser provenientes de micro-organismos como bactérias, fungos, protozoários e vírus ou agentes nocivos como substâncias tóxicas. Os antígenos são combatidos por substâncias que o próprio sistema imune produz, chamadas de anticorpos. Estes reagem de maneira específica aos antígenos. Assim, quando o sistema imune não está fortalecido para combater os invasores de forma eficaz, o organismo fica suscetível e sucumbi com doenças, infecções ou alergias. Assim a microbiologia explora os microrganismos abrangendo organismos procariontes e eucariontes unicelulares como, por exemplo, bactérias, vírus e fungos. Além desses, a microbiologia também analisa os protozoários, as algas unicelulares, os virus e os príons. Então as habilidades de enfermagem, está relacionada em reconhecer a importância das diferentes ciências e suas influências no processo de vida, compreender as articulações existentes entre os diferentes saberes das disciplinas, e conhecer também as principais correntes das ciências que fundamentam o método científico do conhecimento humano. Portanto, a semiologia, requer não apenas habilidades, mas também ações rápidas e precisas como: a preparação para o exame físico, a seleção de instrumentos apropriados, a realização das avaliações, o registro de achados, e a tomada de decisões tem papel fundamental em todo o processo de assistência ao cliente. Por fim o enfermeiro no cuidado ao paciente em suas dimensões, observando, avaliando e intervindo na promoção, prevenção e recuperação da saúde que é essencial para proporcionar um cuidado humanizado e holístico frente ao processo da assistência de enfermagem.

4 2- DESENVOLVIMENTO

A Ciência Biológica deve possibilitar a compreensão de que a vida se organizou através do tempo, sob a ação de processos evolutivos tendo resultado numa diversidade de formas sobre as quais continuam atuando as pressões seletivas, esses organismos, incluindo os seres humanos, não estão isoladas, ao contrário, constituem sistemas que estabelecem complexas relações de interdependência. Relação esta que estão estruturadas na Política Nacional de Humanização (PNH), vinculada à Secretaria de Atenção à Saúde que exige estas mudanças nos cuidados e nas gestões dos serviços de saúde que busca colocar em prática os princípios do SUS exigem deste profissional uma comunicação entre pessoas que querem passar algum tipo de informação. Portanto, os profissionais formados nesta área do conhecimento têm papel preponderante nas questões que envolvem o conhecimento da natureza exercida nas seguintes competências e habilidades gerais: tomada de decisão, comunicação, liderança e administração e gerenciamento, considerando assim habilidades e competências do enfermeiro dar-se-á início ao relato da anamnese.

2.1- COLETA DE DADOS/HISTÓRICO DE ENFERMAGEM

A coleta de dados deve ser feita de forma minuciosa, baseada em uma entrevista com o intuito de averiguar todos os aspectos que levou o paciente a adquirir a doença e assegurando ao enfermeiro qual estratégia elaborar diante deste panorama. Portanto o objetivo da coleta de dados consiste em conhecer o paciente para tratá-lo da maneira correta e segura, fazer busca dos comunicantes, e a prevenção da doença dentro da área de atuação do enfermeiro em conjunto com toda a equipe de saúde.

5 Com base no que foi supracitado, um histórico de enfermagem segundo Barros (2010) para ser efetivo precisa englobar os seguintes componentes: IDENTIFICAÇÃO: nome do paciente, idade, sexo, cor/raça pressão arterial , peso, altura, estado civil, escolaridade, ocupação profissional, renda familiar, hábitos e vícios, local de trabalho: hábitos e exposição a fatores de risco, residência/bairro, naturalidade, escolaridade, filiação a previdência, religião, internações anteriores, nome do responsável, quando necessita permissão para procedimentos de risco. QUEIXA PRINCIPAL: expressão do paciente sobre o motivo que o levou a procurar assistência e descrição dos sintomas que apresenta e quando surgiram, localização, intensidade, fatores que agravam e aliviam os sintomas, isso para conhecer os aspectos do elemento causador de desequilíbrio das necessidades humanas. HISTÓRIAS DA DOENÇA ATUAL – HDA, relatar em termos técnicos para cada sintoma, o inicio gradativo ou súbito, duração, característica do sintoma na época de início: local, intensidade e relação com a queixa, evolução: comportamento ao decorrer do dia, semana, mês: relação com outras queixas ex; dor torácica a relacionasse; tosse, dispneia hemoptise, situação do sintoma no momento atual, antecedentes pessoais. DOENÇAS PREEXISTENTES E MEDICAMENTOS EM USO: história mórbida da doença pregressa, antecedentes patológicos e fisiológicos, antecedentes familiares; enxaqueca, diabetes, tuberculose, hipertensão, câncer, doenças alérgicas entre outras, relação dos remédios que tomou ou toma e outras substancias que ingere para alivio de sintomas. INTERROGATÓRIOS

SINTOMATOLÓGICOS:

constituir

um

complemento da história da doença atua levantar possibilidades e reconhecer enfermidades que não guardam relação com o quadro sintomatológico registrado na HDA. ANTECEDENTES PESSOAIS E FAMILIARES: hábitos de vida e condições socioeconômicas e culturais da paciente; alimentação, déficit calórico global, déficit proteína, déficit lipídio, déficit carbo-hidrato, consumo calórico acima do normal, déficit de legumes e verduras, alimentação láctea

6 exclusiva, estado de saúde dos familiares diretos verificar se tem histórico de alguma patologia e causa da morte se for o caso. HÁBITOS DE VIDA E CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS: relato das condições de moradia, hábitos de higiene, alimentação, sono e repouso, atividade física, atividade sexual, lazer/recreação e eliminações.

2.2- EXAME FÍSICO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO A tuberculose pulmonar do adulto geralmente ocorre pela reativação endógena de um foco latente quando associado a um vaso linfático. Uma vez infectado e com fatores de risco para desenvolvimento da doença surgem os sintomas. O principal sintoma é a tosse, que pode ser seca inicialmente, mas tende a tornar-se produtiva com a evolução da doença, com expectoração purulenta, febre vespertina, sudorese, fraqueza entre outros. Logo, o exame físico baseia-se na verificação do sistema respiratório, as alterações ao exame não são extensas, geralmente restringindo-se à presença de ruídos adventícios como os estertores e, às vezes, os roncos na região pulmonar. Deve-se adotar os métodos propedêuticos durante a avaliação, começando pela inspeção onde será observado o estado geral desse paciente, se apresenta dificuldade para respirar e qual o grau dessa dificuldade, em seguida vem a palpação, etapa em que será verificado a expansibilidade, frêmito tóraco-vocal e a transmissão da vibração do movimento do ar através da parede torácica durante a fonação ou presenças de nódulos. Depois partimos para a percussão para determinar se o som obtido é claro pulmonar, timpânico, maciço ou sub-maciço. E por último vamos para a ausculta avaliar presença de murmúrio vesicular, ruídos adventícios: sibilos, roncos, creptos e atrito pleural.

2.3- BIOSSEGURANÇA

7 A tuberculose é uma doença transmitida através de aerossóis, portanto alguns cuidados diferenciados precisam ser tomados. A biossegurança durante os cuidados de enfermagem aos pacientes com tuberculose tem por objetivo minimizar os riscos de se contrair a doença no ambiente de trabalho. Baseando-se nas recomendações da ANVISA é importante o uso sistemático de equipamentos de proteção individual (EPI) como: máscaras PFF2 (N-95) para o profissional de saúde, máscara cirúrgica para o transporte do paciente dentro da unidade de saúde, higienização das mãos e quarto privativo até que a baciloscopia do paciente fique negativa.

2.4- ALTERAÇÕES NO HEMOGRAMA Com base no diagnóstico da paciente, é necessário a realização de alguns exames adicionais para auxiliar no tratamento, dentre os quais, temos o hemograma. Nesse exame podemos ver que a tuberculose pulmonar provoca anemia normocítica normocrômica, com aumento da formação de rouleaux e elevação da (VSG) Velocidade de Sedimentação Globular. Quando a doença é grave, a leucocitose e a neutrofilia são comuns, há linfocitose em cerca de um quarto e linfopenia em um quinto dos pacientes. Embora se tenha considerado a monocitose como característica da tuberculose ela é observada em apenas um quarto dos pacientes, enquanto metade deles apresenta monocitopenia. A trombocitose é frequente. As contagens mostram baixas de Hb, VCM normal ou reduzido e aumento do RDW. Portanto os pacientes com tuberculose miliar são, geralmente, anêmicos. Ao contrário da tuberculose pulmonar aguda, a leucocitose é rara e a leucopenia comum. Antes de discorrer sobre o processo inflamatório, é necessário fazer uma resumo sobre como ocorre a fisiopatologia da tuberculose para uma melhor compreensão do assunto. Os bacilos vão adentrar as vias aéreas e os macrófagos alveolares vão fagocitar esses micro-organismos com o intuito de conter a infecção, porém, o bacilo é intracelular facultativo, ou seja, mesmo dentro ou fora do

8 macrófago ele vai continuar se reproduzindo por conta da ativação do fator de virulência lipoarabinomanano (LAM) que vai enganar o sistema imune. Logo, essa multiplicação vai ocorrer de forma bem lenta dentro das células, e nesse tempo alguns desses macrófagos infectados vão vão ter destruído alguns bacilos e vão criar epítopos que vão mostrar pras células TCD4 desencadeando uma resposta imunológica, então as célulasTCD4 vão liberar interleucinas, TNF, interferon e posteriormente vão formar granulomas e é essa estrutura que realmente vai tentar destruir o Mycobacterium. Com base no que foi explicitado, uma pessoa infectada com tuberculose apresenta dificuldade no processo respiratório devido ao processo inflamatório que foi desencadeado pela imunização ativa no organismo que engloba células de defesa no sistema imunológico. A proteção adquirida é aquela obtida pela estimulação da resposta imunológica com a produção de anticorpos específicos, ou seja, através da vacina BCG que todas as crianças menores de 4 anos devem tomar para se proteger contra as formas mais graves da doença.

2.5- CARACTERÍSTICAS DO MICRO-ORGANISMO E EXAMES PARA O DIAGNÓSTICO DA TB O bacilo não secreta toxinas, a sua virulência está baseada nas propriedades da sua parede celular. E sua parede contém uma grande concentração de lipídios, proporcionando uma barreira impermeável a alguns antibióticos tornando ele resistente, alguns dos elementos presentes em sua membrana são: a bicamada lipídica, peptídeoglicano, as porinas que são canais que permitem a troca de metabólitos com o meio, o ácido micólico vai fornecer resistência as enzimas digestivas dificultando então a morte do microorganismo e o Lipoarabinomanano (LAM) que vai Inibir a ativação dos macrófagos e CD4+ além de estimular a febre. De acordo com o Manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil (2011) para que se comprove que um paciente foi

9 infectado pelo Mycobacterium tuberculosis é necessário que se faça a pesquisa do bacilo alcool-ácido resistente – BAAR, a baciloscopia do escarro, desde que executada corretamente em todas as suas fases, permite detectar de 60% a 80% dos casos de tuberculose pulmonar, o que e importante do ponto de vista epidemiológico, já que os casos bacilíferos são os responsáveis pela manutenção da cadeia de transmissão. A baciloscopia de escarro deve ser realizada em, no mínimo, duas amostras: uma por ocasião da primeira consulta e outra, independentemente do resultado da primeira, na manhã do dia seguinte, preferencialmente ao despertar. Nos casos em que há indícios clínicos e radiológicos de suspeita de TB e as duas amostras de diagnóstico apresentem resultado negativo, podem ser solicitadas amostras adicionais. A cultura é outro método de elevada especificidade e sensibilidade no diagnóstico da TB. Nos casos pulmonares com baciloscopia negativa, a cultura do escarro pode aumentar em até 30% o diagnóstico bacteriológico da doença. A radiografia de tórax é método diagnóstico de grande importância na investigação da tuberculose. Diferentes achados radiológicos apontam para a suspeita de doença em atividade ou doença no passado, além do tipo e extensão do comprometimento pulmonar. Deve ser solicitada para todo o paciente com suspeita clínica de TB pulmonar. Nos pacientes com suspeita clínica, o exame radiológico permite a diferenciação de imagens sugestivas de tuberculose ou de outra doença, sendo indispensável submetê-los a exame bacteriológico. A prova tuberculínica – PT consiste na inoculação intradérmica de um derivado protéico do M. tuberculosis para medir a resposta imune celular a estes antígenos. É utilizada, em adultos e crianças, para o diagnóstico de infecção latente pelo M. tuberculosis. Na criança também é muito importante como método coadjuvante para o diagnóstico da TB doença. Além dos exames complementares recomendados no diagnóstico de TB e TB resistente pelo Ministério da Saúde, outros testes de imagem, fenotípicos,

imunossorológicos

dependendo da necessidade.

ou

moleculares

podem

ser

solicitados

10

2.6- TRATAMENTO Caso a doença seja comprovada o tratamento é feito com o RHZE (R) Rifampicina (H) Isoniazida (Z) Pirazinamida e (E) Etambutol. Para os casos de Tuberculose pulmonar e outras formas da TB são 6 meses de tratamento. 2 meses sendo tratado com (R) Rifampicina (H) Isoniazida (Z) Pirazinamida e (E) Etambutol, tempo conhecido com fase intensiva ou fase de ataque e 4 meses sendo tratado apenas com (R) Rifampicina e (H) Isoniazida. É de suma importância o paciente fazer o Tratamento Diretamente Observado (TDO) como estratégia fundamental para assegurar a cura do doente, pois serve para evitar o abandono do tratamento, construir um vínculo entre o paciente e o profissional, além de observar se o cliente apresenta algum efeito colateral das medicações administradas.

3- CONSIDERAÇÕES FINAIS Nos extraordinários

últimos

anos,

avanços

que

as

Ciências

constituem

os

Morfofuncionais pilares

básicos

tiveram para

o

conhecimento das Ciências Farmacológicas e Biomédicas. Assim, a disciplina subsidia a formação do profissional da saúde, frente ao conceito de homem biopsicossocial, tendo em vista suas múltiplas necessidades Fornece informações no campo das Ciências Morfofuncionais, que o habilitarão na busca de soluções de problemas, visando desenvolver atitudes críticas frente às informações científicas, capacitando-o no exercício de suas funções como elemento de transformação social, com consciência comprometida com a ética profissional e a melhoria da qualidade de vida humana. Portanto concluímos que o serviço deve ser realizado dentro dos padrões de qualidade levando em consideração a ética /bioética, deve-se analisar também seus aspectos emocionais, que são considerados parte do

11 problema apresentado. Para que esse aprofundamento no histórico do paciente ocorra, “o enfermeiro e outros profissionais da área da saúde devem se especializar em outras áreas e se aprofundar em diversos aspectos, demonstrando, acima de tudo, um maior interesse no indivíduo que está sendo atendido” (CURADO, 2017).

4- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARMANI,

Fernanda.

Educacional

Microbiologia. S.A.,

Londrina:

2016.

Editora

e

Distribuidora

Disponível

em:

acesso em 19 de novembro de 2017. BARROS, Alba Lucia Bottura Leite de. Anamnese e Exame Físico.2°.ed.São Paulo: Artmed. 2010. BRASIL. Manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil.

Brasília:

Ministério

da

Saúde,

2011.

Disponível

em:

acesso em 18 de novembro de 2017. CURADO, Ana Carolina de Castro. Fundamentos semiológicos de enfermagem. Londrina : Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017. Disponível

em:

<

http://cead.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?

id=2706>acesso em 19 de novembro de 2017. ENGELKIRK, Paul G; DUBEN-ENGELKIRK, Janet Burton. Microbiologia para as ciências da saúde. 9º.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan Ltda.2015.

12 PEREIRA,

Adriana

Camargo.

Et.al.

Sustentabilidade

na

prática:

Fundamentos experiências e habilidades.21º ed. Valinhos SP: Anhanguera publicações Ltda.2011. PORTO, Celmo Celeno. Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem. 6º.ed.Rio de Janeiro. Guanabara Koogan Ltda.2015....


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