introdução aos estudos linguísticos - saussure PDF

Title introdução aos estudos linguísticos - saussure
Course Estudos Linguísticos do Texto
Institution Universidade Federal de Santa Maria
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I.

Responda V, se a sentença for verdadeira em relação ao conteúdo trabalhado em aula, e F, se a sentença for falsa. Caso a questão seja considerada falsa, você deve corrigir o que está errado na questão e explicar. (cada questão vale meio ponto)

( F ) A língua como sistema é constituída por relações. Ao avaliar negativamente um seriado que assistiu na Netflix, uma pessoa pode dizer que: “A série que assistimos foi ruim” ou “A série que assistimos deixou a desejar” ou “A série foi fraca” etc. A partir dos exemplos, podemos afirmar que as palavras negritadas são representativas do eixo de relações sintagmáticas.

As palavras negritadas são representativas do eixo de relações paradigmáticas, pois, segundo Saussure, além de serem uma série de elementos linguísticos postos em uma frase com a função de contrapor o que foi dito anteriormente, os paradigmas são, também, uma forma de representar semelhança de significação (sinônimo), assim como se apresenta nas palavras em negrito._______________________________________________________ ( F ) De acordo com o CLG, “a língua é também comparável à folha de papel”. Esta comparação é feita para explicar o símbolo e seu funcionamento dentro do sistema da língua. De acordo com Saussure, o sistema linguístico é relativamente simples e seus elementos são radicalmente imutáveis. Segundo Saussure, o sistema linguístico é tão complexo que só se entende a partir da reflexão, no qual grande parte dos falantes o ignoram cotidianamente, não conseguindo modificá-la. A língua é classificada como intangível, mas não inalterável, de acordo com o professor genebrino, com isso, entende-se como algo que se transforma/evolui, com o tempo, mas sem que os indivíduos tenham participação nesse processo.

Os signos linguísticos também estão em condições de se alterarem já que possuem um princípio de continuidade, essencial para a mudança, ou seja, uma modificação na relação entre significante e significado, mas não sendo possível uma mudança geral e repentina, somente através do tempo.________________

II. 1.

2.

RESPOSTAS: Na imagem 1, observa-se a abordagem da dicotomia entre sintagmas e paradigmas, trazido por F. Saussure. De acordo com o professor, uma frase é estabelecida pela combinação de signos de forma linear e pela exclusão de outros, para fazer o sentido necessário. Sendo assim, as relações sintagmáticas são uma junção de unidades (fonemas, morfemas, signos, etc.) que o formam. Ou seja, na estrutura sintática, analisa-se os termos que se fazem presentes, de forma linear, nesta. Fazendo-se necessário a observação do nível fonológico, em que, de acordo com as regras do sistema linguístico, não se faz possível a formação de sílabas sem a composição de um som vocálico. Do nível morfológico, no qual os morfemas se juntam para formar uma palavra (sintagma vocabular), sendo

assim, afixos se unem ao radical (raiz) para complementarem determinada palavra. E, por fim, analisa-se o nível sintático, no qual unem-se todas as informações anteriores para formar a frase, tendo que possuir sentido na junção das palavras, dispondo em cada frase o sintagma nominal e verbal. Já as relações paradigmáticas se dão a partir da associação mental com base nas unidades linguísticas presentes na frase (ou em determinado contexto sintático). Essas associações efetuam-se em nossa memória no momento em que vinculamos a palavra presente por outra, que está ausente naquele contexto. Isso acontece pela memorização das palavras, relacionando-as por classe gramatical, estrutura, tipo semântico, etc. Ou seja, as relações paradigmáticas são feitas através de inúmeras vertentes de associações como, por exemplo, o radical, os afixos, sinônimos, antônimos, dentre outros. Entende-se como paradigma, por fim, todas aquelas associações feitas pelo cérebro, possuindo semelhanças (visuais) ou não. Conclui-se, então, que as relações sintagmáticas apresentam-se de forma horizontal enquanto as paradigmáticas de forma vertical, ambas ocorrendo simultaneamente. A imagem 2 aborda os signos linguísticos como tema do “meme”, sendo, estes, elementos fundamentais para o entendimento do sistema linguístico e suas funcionalidades. De acordo com o professor suiço, em cada signo linguístico



uma

união de um conceito e uma imagem acústica,

caracterizando-se, respectivamente, por significado e significante. O conceito por si só é visto na ideia abstrata (ou no próprio significado, como já o define) que temos do signo, sendo necessário fazermos associações àquilo que já vimos e conhecemos. Já a imagem acústica, ou significante, é uma impressão sensorial e psíquica do som que o signo possui, levando em consideração a fala e escrita que o mesmo apresenta. Com isso, entende-se que o signo linguístico não é um objeto em si, e sim a representação deste por diversas formas possíveis (o desenho, a palavra e a fotografia, por exemplo). Além disso, existem diversos signos para caracterizar o mesmo objeto, ou seja, há distintos significantes para designar o mesmo significado (a língua/idioma é um exemplo pontual para esse tópico). Ademais, o signo é composto por alguns princípios que o sustentam. Um deles é o princípio de arbitrariedade, no qual o apresenta como imotivado, não

tendo relações com o próprio conceito do signo. Há, também, a arbitrariedade relativa, em que nota-se uma mínima relação entre o conceito e o que o signo representa, possuindo, após a análise, um conhecimento de significação por parte do próprio. Posto isso, torna-se necessário abordar o princípio de linearidade, no qual se apresenta pela pronúncia linear do signo, não sendo possível de outra forma. Destarte, resta-nos, por fim, a focalização para os princípios de imutabilidade e mutabilidade. Segundo o conceito de imutabilidade, o signo é imutável, não sendo possível, por parte de nenhuma comunidade, a mudança do mesmo, e nem mesmo na transmissão deste, por meio de gerações, se faz possível a alteração geral e repentina do signo. Isso se dá porque a comunidade falante, para conseguir fazer uma alteração, necessitaria ter um total entendimento acerca da língua falada, no qual sabemos que são poucos os que fazem essa reflexão, quanto mais uma mudança. Quanto ao princípio de mutabilidade do signo, se torna imprescindível abordar o fator que tem como consequência a alteração de tudo, o tempo. Com isso, entende-se que nem mesmo o signo consegue escapar de uma inevitável mudança, já que o tempo altera tudo, inclusive a língua. Assim sendo, temos a sincronia e a diacronia como abordagem e investigação dos estudos da língua. A sincronia estuda o estado da língua em determinado tempo, se relacionando ao aspecto estático da ciência. Enquanto a diacronia procura estudar o aspecto evolutivo da língua, onde busca estabelecer uma relação entre dois momentos da história em determinada língua. Ou seja, ao mesmo tempo em que a sincronia analisa a língua hoje, o sistema em um dado momento do tempo, a diacronia estabelece uma comparação entre o ontem e o hoje (em hipótese e resumo), sendo eles significados do passado e do presente, respectivamente (em décadas distintas). Dessa maneira, o signo linguístico se comporta dentro do próprio sistema da língua, onde esta é um produto da nossa comunidade, que nasce e se desenvolve no âmbito social, sendo os signos elementos representativos que fazem com que a língua funcione e aja da maneira adequada. Possuindo, ele, diversas vertentes e princípios para seu adequado funcionamento....


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