Kymlicka, Will. Filosofia política contemporânea PDF

Title Kymlicka, Will. Filosofia política contemporânea
Author Daniela Vicentini
Course História das Ideias Políticas
Institution Universidade Federal de Rondônia
Pages 3
File Size 67.3 KB
File Type PDF
Total Downloads 21
Total Views 112

Summary

resenha do texto filosofia política contemporânea de Will Kymlicka...


Description

Disciplina: História das Ideias Políticas Professor: Dr. Vagner da Silva Aluna: Daniela Vicentini KYMLICKA, Will. Filosofia política contemporânea. Tradução: Luís Carlos Borges. São Paulo: Martins Fontes, 2006. Cap. 2, Utilitarismo. O texto inicia com o tópico Utilitarismo onde o autor afirma que é aceito que o renascimento da filosofia política normativa começa com a publicação da obra de John Rawls A THEORY OF JUSTICE ele fala que essa teoria domina todos os debates contemporâneos, não por que todos concordem com ela, mas por ela servir como uma base onde surgem outras ideias que se opõe a ela e tais ideias são melhores compreendidas se relacionadas a tal teoria. O utilitarismo afirma que o ato correto moralmente é aquele que produz a maior felicidade ao maior número de pessoas em uma sociedade. Tanto na versão estrita quanto na abrangente do totalitarismo ela tem adeptos e opositores, os opositores dizem que suas falhas são tantas que ele acabará por desaparecer, os adeptos creem que a moralidade diz respeito à maximização da felicidade humana. No tópico 1 nomeado Dois Atrativos o autor trata das duas características que tornam uma teoria atraente da moralidade politica, a primeira afirma que não depende da existência de Deus, para muitos a ideia de moralidade anda junto com a existência divina e sem Deus essa noção não passa de um conjunto de regras sem objetivo. O utilitarismo porem independe desse fator, a felicidade ou bem estar é algo que buscamos para nós e para os que nos são queridos o tempo todo, os utilitaristas defendem que essa busca seja feita imparcialmente sejam as pessoas filhas ou não de Deus. O outro atrativo do qual o autor fala é o consequencialismo do utilitarismo, ele propõe verificar se o ato praticado faz algum bem a todos. Ele cita o exemplo da homossexualidade e da bebida dança e palavrões que muitos dizem que é errado, porem não conseguem demonstrar as consequências ruins vindas desses atos, o consequencialismo impede essas proibições arbitrárias, pois exige que quando condenamos qualquer ato apontemos quem é prejudicado por ele e da mesma forma o consequencialismo diz que uma coisa só é moralmente boa se torna a vida de alguém melhor. Portanto o utilitarismo não é apenas um conjunto de regras e proibições ele fornece um teste para assegurar que essas regras tenham uma função útil. No segundo tópico, nomeado como Definindo a Utilidade, o autor questiona como devemos definir o bem estar humano e a utilidade, ele afirma que muitos definem em função da felicidade, e daí vem o lema que é enganoso e que não é aceito por todos "O máximo de felicidade para o maior número de pessoas." ele identifica quatro posições assumidas a primeira o Hedonismo do Bem-estar é a visão de que a sensação de prazer é o principal bem humano, pois entre duas escolhas parecidas escolhemos a que nos dá mais prazer ele cita exemplos do poeta que as vezes acha escrever doloroso e frustrante, mas que ainda assim escrever para é valioso, para o leitor da poesia que as vezes acha a leitura mais perturbadora do que prazerosa a felicidade deles diz o autor, é como a do

masoquista que se encontra nas sensações aparentemente desagradáveis, talvez o poeta encontre prazer na tortura e frustração. O autor reflete um exemplo muito interessante que é: Se os neurofisiologistas criassem uma máquina capaz de injetar drogas as quais criariam os estados conscientes mais prazerosos que se pudesse imaginar, se o prazer fosse à coisa mais importante que temos todos iriam querer se submeter a essa invenção, porem a maioria das pessoas preferem a morte a estar constantemente drogados tal condição não pode ser chamada de vida muitos diriam que isso seria uma vida desperdiçada é citado o exemplo ainda do termo o qual as pessoas nos Estados Unidos assinam dispensando os sistemas sustentadores da vida caso não haja esperança de recuperação preferem estar mortas mesmo que esse sistema possa suprimir a dor e induzir o prazer é preferível estar morto a estar drogado, sem a droga poderíamos fazer as coisas que realmente queremos e que fazem sentido na nossa vida. Ele coloca neste ponto a utilidade de estado mental não hedonista, que se opõe por completo a concepção hedonista afirmando que as coisas que valem a pena ter e fazer na vida não pode ser reduzido a um estado mental. Os utilitaristas que defendem este pensamento dizem que a experiência, por exemplo, de escrever poesia e o estado mental que ela leva pode ser compensador, embora não seja prazeroso esse utilitarismo se preocupa com todas as experiências valiosas sejam elas como forem. Ele aponta à invenção de Nozick a chamada Maquina de Experiências, as drogas utilizadas podem produzir qualquer estado mental desejado, ainda assim não nos ofereceríamos para a experiência, pois o que queremos é maior do que qualquer estado mental, não queremos apenas a experiência das sensações queremos viver aquilo. A Satisfação da Preferencia. Segundo esta visão aumentar a utilidade das pessoas é satisfazer as suas preferencias, quem adota essa concepção diz que todas as preferencias devem ser satisfeitas igualmente, pois isso traz o bem-esta, porem na hora da escolha podemos estar fazendo a escolha errada a nossa preferencia pode não ser tão boa. As preferencias não definem nosso bem, elas são previsões "queremos ter as coisas que valem a pena termos e nossas atuais preferencias refletem nossas crenças atuais sobre o que são essas coisas que valem a pena." (P. 19) O utilitarismo da satisfação das preferencias afirma que uma coisa se torna valiosa quando desejada por muitas pessoas, porem isso é um equivoco, ter a preferencia não torna uma coisa valiosa, ela deve ser preferida por ser valiosa, portanto satisfazer uma preferencia errada por tal coisa não trará bem estar. Então a utilidade é aumentada não pela satisfação das preferencias, mas na satisfação das preferencias verdadeiras. Preferencias Informadas. Segundo essa visão o utilitarismo tem o objetivo de satisfazer as preferencias que tem base na informação completa e nos julgamentos corretos e rejeita as informações que são incorretas e irracionais, preferimos ouvir a verdade ainda que ela nos cause insatisfação momentânea, pois viver acreditando em algo que não é real acaba por não ter sentido.

No terceiro tópico Maximizando a Utilidade o autor questiona, como o utilitarismo especifica a ideia de que devemos promover a utilidade das pessoas, e os utilitários dizem que a ação correta é a que maximiza a utilidade a que satisfaz a maior quantidade de preferencias possível. Relações Especiais. O agente U baseia suas ações em cálculos utilitários e pressupõe que cada pessoa mantem com ele a mesma relação moral, isso não considera que eu deva ter maior relação moral com as pessoas do meu convívio, nossas instituições nos dizem que existem as obrigações morais e que elas devem ser cumpridas independente de quem elas beneficiem, Preferencias ilegítimas. O segundo problema com o utilitarismo como processo de decisão diz respeito a exigência não de que cada pessoa deve receber igual peso na nossa decisão mas que cada fonte de utilidade deve receber igual peso, se for considerada a discriminação racial em uma sociedade predominantemente branca ou os homossexuais que ofendem a maioria heterossexual ou ainda os mendigos bêbados que desagradam as pessoas que se deparam com eles que e que para muitos seria melhor que fossem eliminados essa preferencias são desinformadas, se satisfeitas não produziriam utilidade. O desejo de negar os direitos de outros nem sempre é desinformado e o com base no melhor conceito de utilidade satisfazer essas preferencias pode ser uma fonte de utilidade para alguns. Ainda que o utilitarismo procure tratar igualmente as pessoas essa intuição não é confiável, o utilitarismo interpretou mal o conceito de igual consideração para com o interesse individual de cada um, e isso permite que muitas pessoas sejam tratadas como inferiores e função de outras pessoas. A Política do Utilitarismo. O autor questiona quais são as implicações práticas do utilitarismo como moralidade política, e reponde que ele poderia justificar o sacrifício dos membros fracos e impopulares em beneficio da maioria da sociedade, mas ele também foi utilizado para atacar quem detém privilégios à custa da maioria. Os utilitários originais eram radicais filosóficos e queriam repensar a sociedade inglesa acreditavam que as praticas daquela sociedade se davam pela superstição feudal e não pela razão. Os utilitários contemporâneos por outro lado, se esforçam para demonstrar que o utilitarismo deixa tudo como está, enquanto os utilitários originais estavam dispostos a julgar os códigos sociais do bem-estar humano os contemporâneos creem que há boas razões para seguir a moralidade cotidiana sem questionar....


Similar Free PDFs