Lacoste - Resumo geografia isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra PDF

Title Lacoste - Resumo geografia isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra
Author Gabriel Buzinaro
Course Fundamentos de Geologia e Petrografia
Institution Universidade Estadual do Paraná
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Summary

resenha critica sobre o livro de Lacoste...


Description

LACOSTE, Yves. A geografia – isso serve, em primeiro lugar para fazer guerra. Tradução Maria Cecília França – Campinas, SP: Papirus, 1988.

Geografia, isso serve para que?

Gabriel Henrique Buzinaro

Lacoste nasceu em Marrocos no ano de 1929. Entre 1947 e 1951 concluiu seu curso de Estudos Superiores de Geografia na Sorbonne (Paris, FR). Apesar de ter nascido em Marrocos, na cidade de Fez, a sua cidadania é francesa, pois, maior parte de sua vida passou na França. No início dos anos 1970 lançou sua revista Hérodote e também lançou diversos livros como: La géographie, ça sert, d'abord, à faire la guerre, títulos que, contribuíram muito para o desenvolvimento da geopolítica. Em grande maioria acredita-se que a geografia não passa de uma simples matéria acadêmica, trazendo consigo explicações e dados de fatores como topografia, longitude-latitude, clima, densidade demográfica e fusos horários. Assim começa o questionamento de que a geografia é realmente uma ciência, visando que essa matéria de suma importância é composta por outras matérias como, política, economia, pedagogia e geologia. Como toda ciência a geografia tem um ponto estratégico em seus conteúdos, tornando ela em grande parte uma matéria restrita e almejada por grandes autoridades. Sua importância é notável, já que é utilizada como um saber estratégico para conduzir operações militares dentro das áreas demográficas, econômicas, e políticas do governo. Sobretudo por procedimentos sutis a geografia escolar e universitária ajudou a mascarar procedimentos não evidentes na análise do espaço para, sobretudo a pratica do poder. Uma grande parte dos geógrafos universitários acredita que a geografia evoluiu de forma tão rápida que acabou mudando alguns aspectos da geografia em poderio Governamental. Nas últimas décadas a confecção de cartas de altíssima precisão para todos os países, fez com que se aplicasse uma análise bem mais precisa das combinações geográficas, como a relação do homem e seu habitat, deixando mais complexo a estratégia de empresas ou do governo sobre a sociedade. Pode-se usar como exemplo, uma grande empresa que se instala em uma área da cidade, para isso houve não só uma análise topográfica com também

uma pesquisa populacional. O território com seu espaço e população é de importância significativa para aqueles que comandam operações militares, destacando que não se trata unicamente o deslocamento de tropas, mas também os aspectos físicos e humanos em uma guerra com condições geográficas e sociais indispensáveis e decisivas para a batalha. Uma grande parte dos geógrafos universitários acredita que a geografia evoluiu de forma tão rápida que acabou mudando alguns aspectos da geografia em poderio Governamental. Nas últimas décadas a confecção de cartas de altíssima precisão para todos os países, fez com que se aplicasse uma análise bem mais precisa das combinações geográficas, como a relação do homem e seu habitat, deixando mais complexo a estratégia de empresas ou do governo sobre a sociedade. Pode-se usar como exemplo, uma grande empresa que se instala em uma área da cidade, para isso houve não só uma análise topográfica com também uma pesquisa populacional. A partir do final do século XIX foi considerada a existência de duas geografias uma antiga e a outra nova. A geografia antiga é classificada com um conjunto de conhecimentos e representações cartográficas, e conhecimentos variados referente ao espaço, utilizado em sua maioria por dirigentes como instrumento de poder. A geografia nova apareceu a menos de um século, ela é considerada a de mascarar a importância estratégica do espaço. Já que deixa isenta a pratica políticas e militares como também de decisões econômicas. A minoria no poder tem consciência da importância e usa em função de seus próprios interesses, com a grande maioria não dando nenhum tipo de atenção a uma disciplina classificada como pouco importante. Na escola todas as disciplinas ensinadas são classificadas como de importância na aplicação fora do sistema de ensino, já a geografia é a única matéria sem parecer uma aplicação pratica. A negligência com essa matéria acaba deixando ela com uma atenção ofuscada e quase imperceptível na visão social e acadêmica, mas com o passar do tempo à geografia se tornou fonte de inspiração e publicidade em filmes, revistas, paisagens, entre outras formas de representação do espaço. A geografia é descrita como um saber estratégico, classificando de suma importância a interpretação dos mapas cartográficos e estatísticas da população de um determinado País. Existem casos em que a confiscação e tão rígida, que apenas funcionários do governo e autoridades como, polícia e forças armadas, contem acesso a essas informações.

A importância do conteúdo geográfico não é só usada para estratégias sobre o terreno. A ausência total dos tipos geográficos permite com que grandes atores hegemônicos coloquem em pratica estratégia espacial do capitalismo. Algumas empresas por meio de uma estratégia de movimento usam técnicas para desviar rapidamente seus investimentos, e acabam se beneficiar das vantagens de uma nova instalação. Usando a alegação de derrota dos objetivos proclamados pela empresa, esses grandes atores hegemônicos investem e desinvestem em vários estados para explorar os recursos em todas as áreas sendo fiscais, monetárias e salariais. Para uma geografia aplicada se manifesta em espaços que se têm dificuldades, no qual envolvem relações complexas. Como uma pesquisa geográfica que é aplicada direta ou indiretamente a função de problemas, dificuldades, desequilíbrios, que e de responsabilidade do governo de resolver e transpor. As tarefas de pesquisa não são diretamente uma tarefa dos burocratas, ou dos políticos, mas são esses pesquisadores de grande maioria externos aos organismos políticos. As pesquisas feitas são conduzidas em uma serie de lugares e regiões, sobre diversos problemas, isso tudo para organismos diferentes que querendo ou não estão ligados uns aos outros como a problematização e destruição da biosfera, enormes aglomerações urbanas, seja também desigualdade das diversas regiões. Mas todos esses problemas aparecem cada vez mais próximos ligados uns aos outros. Eles se impõem como capitais de uma crise global. Para os estudiosos que se dedicam no estudo dessa ciência estão ligados diretamente a problemas de capitais e político, o saber é uma forma de poder muito cobiçada, quando se diz respeito a analise espacial tem um grande perigo pois a geografia serve primeiramente para fazer a guerra, deixando esse saber estratégico e extremamente perigoso em mãos de alguns países. O estudo da geografia e a busca de conhecimento dos espaços acabam fornecendo ao poder informações do meio social que permite agir a favor ou contra os homens que vivem nesses espaços, ou seja, se o valor cientifico da pesquisa for grande, haverá informações valiosas que permitirão agir de uma forma mais eficiente sobre o grupo estudado. Dependendo do contexto político que a pesquisa for utilizada pode trazer tantos resultados positivos quanto negativos, tudo isso com dados fornecidos por um geografo que deve ser considerado não só um espectador importante, mas sim um agente de informações. Cada geógrafo tem que ter consciência das suas responsabilidades com respeito à sociedade, homens e mulheres, se o espaço apreendido for amplo, mais o grupo que eles formam será numeroso e mais ele é visto em uma escala pequena, mas em uma pesquisa conduzida em escala grande, abordando um espaço mais restrito, com um grupo de pessoas menos numeroso não se deve camuflar suas responsabilidades. Mas na qualidade de objeto de

estudo o geografo deve se tornar consciente já que o resultado de suas pesquisas pode chegar a diversos órgãos como esporádico do exército, controlando melhor os homens e mulheres que foram alvos das pesquisas. A extração de um saber, observado, questionado, uma enquete de procedimentos clássicos para a pesquisa, as pessoas que ajudam o geografo nesse tipo de pesquisa, desde responder as questões ou guiaram no terreno ajudando de diversas formas, não terão as informações que o pesquisador obteve. Esses objetos de pesquisa estão diretamente ligados ao fluxo das forças econômicas e políticas que estarão sempre de forma bem organizada cabe ao geografo, uma vez formulados, formalizados, cartografados que se tornarão instrumentos eficazes para ações que serão empreendidas sobre um determinado grupo segundo estratégias e objetivos. Essa obra que em sua publicação conseguiu fazer uma ótima critica a todas as vertentes da geografia, essa crítica que pode se resumir grossamente em dizer que a geografia era mais uma ferramenta Estatal do que a ciência do espaço, porque uma das principais utilidades da geografia naquela época era usar a geografia como um conhecimento de território para avanços militares e também como uma maneira do governo conhecer seu território e sua população. Não que nos dias atuais isso não aconteça, porém, naquele momento era usado quase que exclusivamente para isso sem que os próprios acadêmicos soubessem disso e produzissem seus artigos científicos para ser usados pelo governo e pelo Estado-Maior de suas Forças Armadas. Com a leitura da obra, pode se afirmar que, a geografia está muito além de uma disciplina da grade curricular escolar básica, mas sim uma ferramenta de suma importância para a soberania do pais, pois, se não houver um conhecimento topográfico, conhecimento de seus biomas, conhecimento de suas riquezas minerais e inúmeros outros saberes, não tem como o pais se desenvolver. O porquê de não se desenvolver é um quesito até que simples de se entender, pois, se não houver o conhecimento de suas fronteiras a segurança e soberania nacional estará em cheque, com risco de invasão gradual de outros países e roubarem seus territórios e também contrabando de drogas e armas ilícitas põem em risco a segurança nacional. E conhecendo seus biomas e suas riquezas minerais conseguirão estudar e desenvolver melhores tecnologias para explorar o que seu território tem de riqueza e desenvolver sua sociedade. Então é fato que a geografia usada pelo Estado é de suma importância para sua população, para que tenham sua segurança e desenvolvimento com esse auxilio do Estado. Mas em contrapartida, a geografia física tem que ser aberta para entendimento de sua população, para que haja a compreensão de como é formado seu próprio país. E a geografia política não pode apenas ser desenvolvida para isso,

tem-se a necessidade de desenvolver uma geografia que seja critica mostrando seu lado na história, não como era feito antes, mas sim sendo critica a todo tipo de governo, não de maneira cega, mas sim de maneira racional, seja o governo de esquerda ou direita, socialista ou capitalista, autoritário ou libertário, conservador ou liberal. Mas sim, tem que ter um lado para conseguir desenvolver uma crítica mais incisiva, porém não se pode deixar de se apresentar o outro lado, critica que mantenho até nos dias atuais, pois é raro encontrar professores e alunos que saibam olhar para o outro lado político que você concorda e saber mostrar os erros e não fazer uma oposição cega. Com isso desejo apresentar que não pode haver uma doutrinação de apenas um lado dentro da sala de aula, porque com isso a oposição acaba sendo melhor desenvolvida e não algo estático e doutrinado. Dissertando isso o que quero passar é que Lacoste fez uma obra limpa e necessária para aquele momento da história, porque vivíamos no auge da Guerra Fria e todos os países estavam muitas vezes olhando apenas para isso e deixando o resto de lado, mas com essa obra Lacoste mudou a visão de muitos geógrafos que fez com que a geografia desse um passo gigante no quesito ciência social e do espaço, deixou de ser apenas uma arma do governo. Uma crítica que faço em questão ao livro e não a seu conteúdo em si, mas é que por muitos momentos se acabam sendo repetitivos diversos aspectos já tratado anteriormente. Mas acaba sendo uma leitura essencial para quem quer entender o desenvolvimento da geografia nesse período da história. A primeira versão do livro ainda em francês foi publicada em 1976 com o título “à faire la guerre”, escrito por Yves Lacoste. Sua primeira versão chegou ao Brasil em 1988, traduzido por Maria Cecília França, em Campinas-SP publicado pela Editora Papirus. A obra tem um renome incrível dentro dos cursos de Geografia no Ensino Superior.

LACOSTE, Yves. A geografia – isso serve, em primeiro lugar para fazer guerra. Tradução Maria Cecília França – Campinas, SP: Papirus, 1988....


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