MAPA Mental Fisiologia DO Cálcio PDF

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A distribuição do mineral cálcio é 98% no esqueleto que junto com o fosforo da origem firmeza, dureza e estrutura dos ossos; os outros 2% podem ser encontrados primeiramente no líquido extracelular. O cálcio presente no meio extracelular e essencial para que haja transmissão dos impulsos nervosos, contração dos músculos cardíacos e esqueléticos, coagulação sanguínea e como componente do leite/colostro. Já o cálcio presente no meio intracelular realiza atividades como em uma ampla gama de enzimas e atua como um importante segundo mensageiro, transportados informações a partir da superfície celular e do seu interior. São necessários níveis adequados de Ca2+ para que aconteça com a frequência e forca a contração dos músculos reticulo-ruminais, se fazendo necessário para que a microbiota consiga digerir os alimentos.

Geralmente esses mecanismos são capazes de prevenir a febre do leite, deixando o cálcio dentro dos limites fisiológicos. Entretanto pode-se acontecer de ter a diminuição dos níveis séricos de cálcio causando casos de hipocalcemia. Pode ocorrer a hipocalcemia em 3 situações: - perda de cálcio maior que a quantidade ingerida e a mobilizada; - quando o animal a deficiência hormonal; - ou quando ocorre falha nas respostas hormonais. Quando ocorre essa condição pode resultar em perda da função dos nervos e músculos e quando grave ocorre a hiperexcitabilidade do sistema nervoso, fasciculação muscular, tetania e recumbência esta condição se apresentando como febre do leite ou hipocalcemia clínica. Estes sintomas acontecem porque a liberação da acetilcolina na junção esta diretamente relacionada com o teor de Ca que entra na extremidade terminal do neurônio motor. Este teor por sua vez depende da concentração extracelular do íon.

E de extrema importância para o tecido adiposo que o Ca 2+ se mantenha em níveis adequados para que ocorra a mobilização, assim o organismo poderem utilizar a gordura mobilizada como fonte energética ou para síntese de gordura no leite. Esta mobilização se faz necessária para manter-se níveis de metabolismo energéticos adequados para o início de lactação para atender as exigências de produção e reprodutivas do animal.

A forma do cálcio no plasma é ionizada, mas pode também se apresentar ligado a proteínas (principalmente albumina), ou ácidos orgânicos e inorgânicos como citrato e fosfato ou livre. Cálcio ionizado é aquele que se apresenta de forma livre no meio, participa das funções fisiológicas e é regulado por hormônios e está relacionada as patologias relacionadas a este íon. No volume sérico de bovinos adultos se apresenta em torno de 8,5 a 10mg/dL, sendo de 45 a 50% estão na forma ionizada. Já pode-se correlacionar os níveis de cálcio livre e cálcio total com a decorrência da variação do pH sanguíneo. Como não observa grandes variações no mesmo na maior parte do tempo, a relação se mantém estável mesmo em animais que apresentam febre do leite ou tiveram administração exógena de cálcio. A concentração de cálcio sérico, principalmente na forma ionizada não pode fugir desses valores, pois acarreta várias consequências graves para a fisiologia, e a vida do animal, como a perda do potencial elétrico e condutividade de membrana de músculos e nervos.

FISIOLOGIA DO CÁLCIO

A homeostase do cálcio pode ser regulada por 3 hormônios:

1,25-dehidroxivitamina D → sendo a vitamina D a sua percursora, produzida pela pele de quase todos os mamíferos pela conversão fotoquímica de 7-dehidrocolesterol. O fígado hidroxila a vitamina D circulante em 25-hidroxivitamina D, uma forma inativa formada pela ação de enzimas microssomais, a enzima volta a circulação sanguínea sendo convertida em 1,25-dihidroxivitamina D nos rins pela ação da enzima 1-αhidroxilase. Este hormônio agora apresentando a capacidade de aumentar o transporte ativo de cálcio e fósforo pelas células intestinais por aumentar o numero de receptores destes minerais. Os metabólitos de vitamina D podem apresentar atividade antagônica nas vias de ativação da vitamina D, quando se apresentam pouco ativa. .

Paratormônio (PTH) → quando ocorre uma queda na concentração sérica deste mineral, a paratireoide secreta PTH. O mesmo tem ação nos túbulos renais aumentando a reabsorção de cálcio e a excreção de fósforo. Nesta situação o PTH só consegue reverter se a perda for pequena, pois as perdas pela urina são baixas, aproximadamente 1-2g Ca/dia. O PTH também se apresenta como responsável prela reabsorção óssea de cálcio. Ele se liga aos osteoblastos (células formadoras da matriz óssea), que através das citocinas ativam os osteoclatos (células responsáveis pela reabsorção óssea). A efetividade desse mecanismo e diretamente dependente do tempo de secreção do hormônio. O PTH atua nas células renais aumentando a produção da enzima 1-α -hidroxilase, sendo essa enzima a responsável pela ativação da vitamina D em um hormônio regulador de cálcio.

Calcitonina → hormônio secretado pelas células C da glândula tireoide quando a concentração de cálcio está acima dos níveis normais. Ele aumenta a perda urinaria inibindo a atividade dos osteoclastos de reabsorção óssea, reduzindo assim a concentração plasmática de cálcio.

Com o intuito de manter as concentrações séricas de cálcio neste limiar, os vertebrados apresentam um sistema para manter a homeostase, aumentando a entrada de cálcio para o meio extracelular sempre que seus níveis atinjam valores mais baixos. Os níveis de cálcio plasmáticos diminuem devido a perdas através da deposição mineral nos ossos e em organelas intracelulares em tecidos moles, secreções digestivas, suor, urina e fezes, mas apresentando perdas maiores na gravidez pela necessidade de cálcio para o feto e formação de colostro e quando a vaca esta em lactação, para produção de leite. Quando o cálcio fica abaixo do seu linear o organismo aciona 3 rotas: - absorção de cálcio pela dieta realizada pelo transporte ativo, com gato de energia, - reabsorção de estoques nos ossos e reabsorção de cálcio no filtrado pelos glomérulos renais, reduzindo assim a perda urinária....