Memorial do Convento- Capítulo I (Recuperado Automaticamente) PDF

Title Memorial do Convento- Capítulo I (Recuperado Automaticamente)
Author Bia RF
Course Português
Institution Ensino Secundário (Portugal)
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Guiões das apresentações orais sobreMEMORIAL DOCONVENTOde José Saramago12.ºA2020/IBom dia a todos, hoje irei apresentar-vos o primeiro capítulo da obra Memorial do Convento de José Saramago. Antes de mais, digo-vos que o enredo deste romance tem princípio num tempo histórico correspondente ao ano de...


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Guiões das apresentações orais sobre

MEMORIA L DO CONVENT O de José Saramago

12.ºA

2020/2021

I Bom dia a todos, hoje irei apresentar-vos o primeiro capítulo da obra Memorial do Convento de José Saramago. Antes de mais, digo-vos que o enredo deste romance tem princípio num tempo histórico correspondente ao ano de 1711 no século XVIII, sendo D. João V, com 21 anos, o rei de Portugal. Dito isto, este capítulo começa por informar que D. João V iria à noite ao quarto da sua rainha, a austríaca D. Maria Ana Josefa, a fim de voltar a cumprir o seu real dever na tentativa de fornecer herdeiros à coroa portuguesa, lembrando que estavam casados há dois anos, e já circulavam rumores na corte de que a culpa dessa “infertilidade” seria da rainha, encontrando-se uma das provas no facto de abundarem bastardos no reino. Então, após terminar a montagem da basílica de S. Pedro de Roma em puzzle, o rei prepara-se para a noite com a ajuda dos seus inúmeros servos, e quando estavam a ser feitos os últimos ajustes, chegam apressadamente o bispo inquisidor D. Nuno da Cunha e o frei franciscano António de S. José, que traziam consigo uma mensagem. Já numa conversa anterior com o bispo, relativa à crise conjugal de sua majestade, frei António afirmara que era em Deus que cabia a decisão de D. João ter sucessão, e caso este prometesse erguer um convento de franciscanos na vila de Mafra a rainha conceberia um herdeiro. E foi esta informação que, a seguir a muitas vénias complicadas e outros floreados, foi comunicada ao rei. Este, sabendo da divina possibilidade de concretização do seu desejo, anuncia de imediato e de forma seguríssima perante os presentes e para o reino a promessa que levaria à construção do monumento se a sua esposa D. Maria Ana desse um filho no prazo de um ano. Sem mais interrupções, D. João V dirige-se aos aposentos da rainha, que também se havia preparado auxiliada pelas suas damas de companhia, e inicia-se a cerimónia. Depois de se retirarem os camaristas e as damas e de trocarem de vestes, os monarcas oram ajoelhados para que por um lado não morram durante o ato carnal e por outro para que deste momento resultem frutos. Feito isto, deitam-se na magnífica cama coberta por elaboradas armações e envolta em luxuosos tecidos, encomendada da Holanda de propósito pelo rei para a sua esposa, e finalmente consuma-se o ato. Concluído o real dever, El-rei regressa com os seus camaristas aos seus aposentos e D. Maria Ana é deixada, sendo não só confortada como adormecida no seu sufocante cobertor de penas pelas damas que a servem, sonhando nessa noite com o seu cunhado D. Francisco. Do mesmo modo, D. João imagina o filho que poderá

advir da promessa da construção do convento de Mafra ao mesmo tempo que no sossego noturno acordam os percevejos e começam a agitar-se nos colchões. E assim termina o capítulo. Em suma, neste capítulo do Memorial do Convento são abordados sobretudo dois assuntos, um deles é o relacionamento do rei D. João V com a rainha D. Maria Josefa, e o outro a promessa do monarca de edificar o Convento de Mafra.

II Bom dia, hoje vou vos falar sobre o capítulo 2 da obra Memorial do Convento de José Saramago. Começo por vos dizer que este capítulo se inicia com a anunciação da gravidez da rainha, sendo este milagre comparado com outros que ocorreram na ordem franciscana. Desta forma são dados alguns exemplos desses milagres como é o caso da morte de frei Miguel da Anunciação, em que o seu corpo depois de morto se conservou de tal forma que fez aderir uma grande quantidade de devotos à igreja de Nossa Senhora de Jesus, onde este se encontrava. Outro exemplo foi uma tentativa de assalto a uma igreja franciscana em Guimarães, em que os ladrões, quando tentavam subir por uma das suas janelas, são surpreendidos pela figura de Santo António, e com o susto, um dos ladrões cai no chão assustado. Este é socorrido pelo seu companheiro, e fica arrependido por ter tentando assaltar a igreja. Finalmente, o último milagre referido é o do desaparecimento de três lâmpadas de prata no convento de S. Francisco das Xabregas, em Lisboa. Em que durante a noite, assaltantes entraram pela claraboia de uma capela, próxima da de Santo António, e foram ao altar-mor, levando as lâmpadas consigo sem que ninguém desse por isso. Entretanto os frades chegaram à capela e, depararam-se com a falta das lâmpadas. Saíram em patrulha atrás dos ladrões, e procuram nas ruas em volta e dentro da igreja. Contudo não os conseguiram encontrar, mas aperceberam-se de que o altar de Santo António, rico em pranta, estava intacto. Com isto um frade culpou Santo António pelo furto ocorrido, e como castigo, removeu da sua estátua, a cruz e a auréola, e da sua capela toalhas e adornos, até que este devolvesse as lâmpadas. No dia seguinte um estudante, que pretendia tomar o hábito, bateu à porta do convento, querendo falar ao prelado, na conversa, revelou que as lâmpadas se encontravam no mosteiro da Cotovia, dos padres da Companhia de Jesus. Os religiosos duvidosos, levam-no até a esse convento e quando chegaram, encontraram as lâmpadas desaparecidas, regressando de seguida a Xabregas. Posteriormente, o estudante tomou o hábito franciscano, e não foi encontrado o culpado do assalto.

No final do capítulo, é confirmada a gravidez da rainha e é iniciada a construção do convento de Mafra, há muito desejado pela ordem de S. Francisco, tal como fora prometido pelo rei no capítulo 1. Em suma, no 2º capítulo de Memorial do Convento de José Saramago são referidos os milagres atribuídos à ordem franciscana, a gravidez da rainha e a promessa da construção de um convento em Mafra.

III . Este capítulo passa-se nas épocas do Entrudo e da Quaresma . Entrudo mostra-nos: - contraste entre o excesso de riqueza (gula) e a extrema pobreza do povo (dificuldades alimentares que podiam levar à morte) . com o fim do Entrudo, inicia-se a Quaresma - descrição da Procissão da Penitência onde o autor critica os rituais e costumes da época - única altura do ano em que as mulheres tinham uma “liberdade provisória” para percorrer as igrejas sozinhas, conseguindo assim, encontrarem-se com os seus amantes secretos . representando a infidelidade das mulheres . o desinteresse por parte dos homens . era uma devoção de mulheres impostoras . Já a rainha D. Maria Ana não podia usufruir desta liberdade - por ser rainha - por estar grávida . Após rezar na companhia das suas damas, adormece e sonha com o seu cunhado D. Francisco . Este capítulo faz também referencia ao estado de imundice em que se encontrava Lisboa, refletindo as condições de vida existentes, uma vez que o rei não se interessava pelo povo, mas só pelo seu próprio poder . O capítulo termina assim, com o regresso à normalidade, pois passada a Quaresma as mulheres voltavam a ficar reclusas em suas casas, como era habitual

CONCLUSÃO . Em suma, este capítulo aborda: - critica aos hábitos religiosos com . excessos do Entrudo . penitência da Quaresma . o tópico da traição das mulheres . condições de vida do povo dado o desinteresse do rei por ele

IV Neste capítulo vamos conhecer uma nova personagem, chamada Baltasar Mateus ou mais conhecido como o “Sete Sóis” É um soldado de 26 anos, nascido em Mafra, que foi excluído da guerra, por perder a sua mão esquerda na batalha de Jerez de los Caballeros onde se haveria de decidir quem iria governar Espanha, se um austríaco chamado Carlos ou um Filipe que era francês. Logo de sair do exército, Sete-Sóis pedia esmola em Évora para poder pagar ao seleiro e ao ferreiro um gancho de ferro e um espigão. Apos isto, Baltasar saiu de Évora com destino a Lisboa, passou Montemor onde se lembra que os pais não sabem se esta vivo ou morto. Continua a sua viagem passando Pegões no local onde mata um de dois homens que o quiseram roubar, posteriormente mata ao homem e utiliza o seu gancho para arrastrar o corpo. Depois de passar a noite em Aldegalega, apanhou um barco para Lisboa onde umas mulheres com o marido sentam-se ao lado de Sete-Sóis e o casal lhe oferece comida. Quando desembarca em Lisboa com pouco dinheiro no bolso, numa cidade que não conhecia bem, Baltasar tinha de decidir se ficava em Lisboa ou ia para Mafra. Baltasar caminha durante toda a tarde pelas ruas de Lisboa ate a noite, quando procura onde dormir conhece e cria laços de amizade com outro antigo soldado chamado João Elvas, Baltasar passa a noite num telheiro abandonado com 6 mendigos. Em suma, o capítulo acaba com o final dessa noite onde partilham histórias de crimes acontecidos em Lisboa.

V Bom dia a todos, hoje vou fazer-vos um resumo do 5º capítulo da obra memorial do convento de José Saramago. Começo por dizer que, o capítulo se inicia com o auto de fé, mais precisamente com as razões que impedem a rainha D. Maria Ana de estar presente, sendo estas o facto de estar de luto pela morte do seu irmão José, o imperador da Áustria, que falecera com bexigas, com 33 anos, e a mais importante o facto de se encontrar fragilizada por estar no quinto mês de gravidez e já ter sido sangrada 3 vezes. Posteriormente é descrito o auto de fé, relatando-se um sentimento de alegria em grande parte das pessoas quer por ser domingo, quer por ser dia de auto de fé. Com efeito, viam-se mulheres à janela viradas para a praça, preocupadas com a sua aparência física e tentando vislumbrar os seus pretendentes, e o povo eufórico, todos assistindo ao espetáculo. Entretanto inicia-se a procissão e são descritos alguns dos condenados, serão 104 ao todo, dos quais 51 homens e 53 mulheres, sendo que 2 delas serão executadas por serem reincidentes na heresia. No que diz respeito aos condenados descritos, entre estes encontra-se Sebastiana Maria de Jesus, cujo nome não a salvou das acusações de heresia e bruxaria, desta forma, será condenada a 10 anos de degredo no reino de angola por ter dito que tinha visões e revelações. Não muito longe dali encontra-se Blimunda, filha de Sebastiana. Blimunda procurava a mãe, encontrando-se acompanhada do padre Bartolomeu Lourenço e próxima de um sujeito alto, a quem perguntou o nome depois de travar contacto visual com a sua mãe. Foi Baltazar Mateus quem lhe respondeu. Quando o auto de Fé terminou, Blimunda dirigiu-se a casa juntamente com o padre e Baltazar que considerou as breves palavras trocadas razão suficiente para a acompanhar, depois Blimunda preparou o jantar, servindo primeiro os homens e esperou que Baltazar terminasse a sua refeição para usar a sua colher, tornando o que fora dele seu. E assim dá-se o casamento simbólico entre Baltazar e Blimunda. Mais tarde, o casal fica a sós, e Baltazar, encantando com os olhos de Blimunda afirma que ela o olhou por dentro, afirmação esta que Blimunda desmente imediatamente.

Nessa noite, Blimunda com 19 anos perdeu a virgindade e com o sangue que correu sobre a esteira desenhou uma cruz no peito de Baltazar. Por fim o capítulo termina no momento em que Baltazar acorda e vê Blimunda a comer pão de olhos fechados, e quando esta acaba de comer e os abre e promete a Baltazar, “nunca te olharei por dentro”. Em suma, neste capítulo é descrita a procissão do auto de fé onde Baltazar trava conhecimento com Blimunda e o padre Bartolomeu e é referido o ritual do casamento e a consumação do amor entre Baltazar e Blimunda.

VI

VII No início deste sétimo capítulo, a falta de dinheiro impede a construção da passarola pois, segundo padre Bartolomeu, para a fazer voar seria necessário comprar ímanes que, ainda por cima, terão de vir do estrangeiro. Enquanto não pode continuar a construção da passarola, padre Bartolomeu ajuda Baltasar a arranjar trabalho no açougue do Terreiro do Paço. No açougue, Baltasar transportava enormes quantidades de carne, e este era um trabalho um pouco sujo. • No segundo parágrafo é descrito o aumento da barriga de D. Maria Ana devido à sua gravidez. Também são referidos os assaltos que os portugueses sofreram durante as viagem à Índia e as guerras que se travaram em Pernambuco e na Baia. No terceiro parágrafo, surgem boas notícias, chega uma nau vinda de Macau, cheia de riquezas. Esta nau passou pelo Brasil, de onde trouxe tabaco e açúcar. Para além disto, nenhum tripulante morreu ou adoeceu, o que foi considerado um milagre. • No quarto parágrafo, as notícias chegavam a D. Maria Ana, mas esta estava mais interessada na sua gravidez. Todas as congregações da província da Arrábida vão rezando para que o infante nasça bem e numa boa hora, sem defeitos, e que nasça varão, para maior contentamento do rei. No quinto parágrafo, D. Maria Ana teve uma menina. No entanto, o nascimento da infanta traz auspícios de felicidade. Após o seu nascimento e um longo período de seca, seguem-se dias de chuva abundante. • No sexto parágrafo, a princesa é batizada no dia de Nossa Senhora do Ó. • O sétimo parágrafo refere os sete bispos que batizaram a princesa, cujo nome escolhido foi Maria Xavier Francisca Leonor Bárbara. A princesa recebe do seu padrinho e tio uma cruz de brilhantes de cinco mil cruzados. D. Francisco cunhado de D. Maria Ana ofereceu-lhe uns brincos no valor de vinte e cinco mil cruzados. No oitavo parágrafo, Baltasar e Blimunda assistem à festa, mas Baltasar encontra-se bastante cansado, por carregar tanta carne para o evento. • No final do capítulo é anunciada a morte de Frei António. Apesar disso, D. João V pretende cumprir com a sua promessa e o convento há de ser construído.

VIII O oitavo capítulo do livro Memorial do convento, escrito por José Saramago. Este capítulo caracteriza-se por três planos principais. O 1 é a curiosidade e descoberta de Baltasar, relativamente ao motivo pelo qual Blimunda comia todos os dias de manhã um pedaço de pão, ainda antes de abrir os olhos. Blimunda conta que tem o poder de ver as pessoas por dentro, enquanto estiver em jejum. Baltasar não acredita e, no entanto, combinam sair na manhã do dia seguinte só com a condição de Baltasar permanecer atras dela para que não pudesse velo; Nessa altura Blimunda da lhe provas do seu dom. O 2 plano principal, fala sobre o Infante D Francisco, o irmão do Rei, e o seu passatempo favorito era atirar com a pistola aos marinheiros a partir da janela do seu palácio. Por último este capítulo fala da chegada do cardinal D. Nuno que recebe “o chapéu” pelas mãos do principal Rei e do enviado papal, o que quer dizer que vai ser nomeado cardinal. Logo, há ainda o anúncio do nascimento do 2do filho do Rei, chamado Infante D Pedro, também ocorre a deslocação do Rei a Mafra para escolher o local onde será construído o convento, este ficara instalado num local chamado Alto da Vela. Em suma neste capítulo novas descobertas foram feitas e novos eventos ocorreram que darão direção a esta história.

IX Bom dia, hoje vou apresentar o capítulo lX do memorial do convento de José Saramago. O capitulo inicia-se com com a mudança do casal constituído por Baltasar Mateus, de alcunha Sete-Sóis e Blimunda de Jesus para a quinta do duque de Aveiro em S. Sebastião da pedreira, para auxiliarem o padre Bartolomeu Lourenço na construção da sua máquina voadora, a passarola. No entanto Baltazar tem dificuldades em realizar este trabalho devido ao facto de ter perdido a mão esquerda nas lutas de Olivença. Desta forma, Blimunda que possui o dom de, em jejum, ver o interior das pessoas e das coisas torna-se uma preciosa ajuda. Do mesmo modo ela tem a capacidade de recolher as duas mil “vontades” indispensável para o funcionamento da passarola. Esta mulher representa assim a força que permite ao povo a sua sobrevivência, assim como a contestação do poder e resistência. Sendo detentora de grande densidade psicológica e de uma perseverança sem limites. Quando o padre descobre o seu dom atribui-lhe a alcunha de Sete Luas, que contrasta com a de Baltazar Sete Sóis pois, assim como o Sol e Lua completam-se: são a luz e a sombra que compõem o dia – Baltasar e Blimunda são, pelo amor que os une, um só. Por outro lado Bartolomeu é funcionário da corte, tem a amizade do rei que o apoia no seu projecto, tendo este cedido-lhe a quinta de S. Sebastião da Pedreira, e ainda protegeu-o da Inquisição pelas suas peculiares invenções. Além disso, outro acontecimento que decorre nesta mesma altura são as manifestações das freiras do convento de S. Mónica contra a lei imposta pelo rei D. João V que consistia na proibição de visitas ao convento, sem ser de familiares, devido ao facto destas engravidarem de nobres, inclusive do próprio rei, de forma a evitarem-se escândalos. Como tentativa de acabar com as manifestações as freiras foram ameaçadas de excomunhão o que causou uma revolta ainda maior, acabando a lei por ser abolida. Após vários dias de trabalho, surge um problema na construção da passarola, a falta de étar, um material considerado sagrado capaz de fazer com que os corpos se libertem do peso da terra sendo apenas aprendido de sábios e alquimistas. Assim, Bartolomeu vai partir para a Holanda na esperança de aprender e recolher este material deixando a quinta e a máquina de voar ao cuidado deles. Baltazar e Blimunda após a triste despedida, decidem regressar a Lisboa para dai viajarem para Mafra de forma a visitarem os pais de Baltazar durante um curto período de tempo. Antes de partirem optam por assistir às touradas do terreiro do paço em vez de assistir ao auto de fé decorrente. Em suma, gostei bastante deste capítulo e achei interessante o facto das touradas serem comparadas aos autos de fé pois ambas remetem para a alegria e euforia experimentadas pelo rei e o povo.

X Bom dia. Hoje vou fazer um resumo do décimo capítulo do livro Memorial do Convento escrito por José Saramago. Este capítulo inicia-se com a chegada de Baltazar e Blimunda à casa dos pais de Baltazar, Marta Maria e João Francisco, em Mafra. Ao chegar a casa, Baltazar é recebido apenas pela sua mãe, porque o pai estava a trabalhar no campo e esta fica chocada quando se apercebe que o filho perdeu a mão esquerda na guerra. Pouco depois, Baltazar apresenta a sua mulher, Blimunda, que tinha ficado à espera junto à porta e a mãe de Baltazar faz-lhe logo imensas perguntas a fim de a conhecer melhor. Ao fim do dia, o pai de Baltazar chega a casa e pai e filho ficam a falar sobre a guerra. Durante a ceia, Blimunda fala sobre a sua mãe que foi degredada por a terem denunciado ao Santo Ofício e antes de João Francisco suspeitar de algo, Baltazar diz-lhe logo que Blimunda não é judia nem cristã-nova e que a mãe de Blimunda foi degredada por ter visões e ouvir vozes. Além disto, Baltazar também diz que planeia arranjar casa e viver com Blimunda em Mafra. Nessa mesma noite, o pai de Baltazar conta-lhe que vendeu as suas terras em Vela ao rei para que este pode-se construir um convento de frades como tinha prometido. Baltazar menciona aos pais que está à procura de trabalho. Eles concluem que apesar de não poder cavar, ceifar ou rachar lenha, devido à condição que tem, pode sempre tratar de animais. No dia seguinte, a irmã de Baltazar, Inês Antónia e o seu marido Álvaro Diogo vieram visitar a nova parenta e ficamos a saber que o seu filho mais novo iria morrer em breve por causa de um surto de bexigas. É ainda feita uma comparação entre a morte do filho de Inês, onde ao seu funeral iria apenas a família mais próxima, e a morte do segundo filho da rainha, infante D. Pedro, onde ao seu funeral viriam o Rei, a Rainha, membros do clero e da nobreza. Ficamos também a saber que a rainha está gravida do terceiro filho e que este sim será o futuro rei de Portugal. Após a chegada de Baltazar a Mafra, este ajuda o pai no trabalho de campo e num desses dias vai ter com o cunhado, que está a trabalhar como pedreiro na construção do convento, e os dois ficam a falar sobre o convento e sobre os frades que vão para lá viver. Entretanto, Baltazar chega a casa e encontra Blimunda a falar com a sua mãe e começa a pensar nas diferenças entre a sua relação com Blimunda e a do rei e da rainha. Enquanto ele ama Blimunda e ambos são fiéis um com o outro, o rei e a rainha casaram com o objetivo de obter herdeiros para a coroa portuguesa e a fidelidade não existe. Em simultâneo, Blimunda e Marta Maria falam sobre as várias idas da rainha a igrejas e conventos onde reza pelo seu marido, D. João V que está doente e sofre de constantes desmaios. Enquanto D. João V está em Az...


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