Modelo de relatório 2018 Futsal PDF

Title Modelo de relatório 2018 Futsal
Author Vanessa Kollet
Course Psicologia Do Esporte
Institution Universidade Feevale
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Summary

Relatório de estágio ...


Description

VANESSA VIVIANE KOLLET

RELATÓRIO DE OBSERVAÇÕES E PRÁTICAS NO FUTSAL E NA NATAÇÃO

NOVO HAMBURGO 2018

INTRODUÇÃO O futsal também conhecido como futebol de salão é uma modalidade esportiva onde foi adaptado do futebol de campo para as quadras. Nele se confronta duas equipes de cinco jogadores cada, podendo optar por diversos sistemas de jogos. Foi criado em 1933 na cidade de Montevidéu (Uruguai), pelo professor de educação física Juan Carlos Ceriani Gravier. O futsal tem a sua própria Copa do Mundo organizada pela FIFA, cuja primeira edição foi em 1989. (FONSECA, 2007) O estágio foi realizado com a União Taquarense de futsal feminino (UTFF) um time com objetivo de performance esportiva, as aulas ocorriam na quadra de futsal do ginásio municipal de Taquara. O professor Pedro Gabriel sempre foi atencioso com minhas dúvidas e prestativo em ajudar. A natação é uma atividade física por meio aquático, do latim natatio é a ação e o efeito de nadar, o primeiro livro sobre natação foi escrito em 1538 por Nikolaus Wynmann, um professor alemão de linguística. A natação de competição começou na Europa por volta do ano de 1800, utilizando o estilo bruços e com o passar dos anos foi se aperfeiçoando os estilos. A natação fez parte dos primeiro Jogos Olímpicos em 1896, em Atenas. (VIEIRA; FREITAS, 2006) As horas de estágio foram realizadas na Água vida e esportes Ltda., nome fantasia Academia Aquárius, é uma academia que abrange diversas modalidades, como dança, musculação, pilates, natação, funcional, yoga, boxe entre outros. Na natação sempre esteve presente nas aulas objetos para brincadeiras tornando as aulas mais atrativas, o ambiente era acolhedor e as crianças se sentiam a vontade. O professor Léo me recebeu super bem, deixando auxiliar com as crianças de maneira que me fez enxergar a importância da modalidade no desenvolvimento motor e físico dessas crianças. O método de trabalho utilizado no futsal foi abordagem tradicional analítico sintético global, segundo Balbino (2005) fundamento no estudo de Vasconcelos (2002) apresenta três características: simplicidade, estabilidade e objetividade. Esse método percebe os estímulos como um conjunto organizado e não como soma das partes (GRECO, 2001). Na natação o método de trabalho utilizado foi abordagem tradicional parcial,

esse

método

consiste

em

cada

parte

separadamente até que o conjunto seja alcançado. (GRECO, 2001)

ser

aprendida

Nessa perspectiva o presente trabalho tem por objetivo ampliar o conhecimento na área pedagógica voltada para o futsal, aprender a forma de ensino da técnica e tática, presenciando e observando as aulas ministradas pelo professor Pedro Gabriel. Compreender também a pedagogia na natação direcionada às crianças, quais as atividades são desenvolvidas nessa área e o reflexo das mesmas no desenvolvimento em crianças menores de 10 anos.

MÉTODO O presente trabalho foi realizado no Município de Taquara com a UNIÃO TAQUARENSE DE FUTSAL FEMININO (UTFF) com adolescentes e adultos na faixa de idade de 13 a 45 anos, do sexo feminino, no período de 25/08/2018 à 13/10/2018. O trabalho contemplou atividade apenas de observação sendo utilizada a abordagem tradicional/analítico sintético método global. Também foi realizado o trabalho na escola ÁGUA VIDA E ESPORTES LTDA com crianças e bebês na faixa etária de 0 a 6 anos de ambos os sexos, no período de 25/08/2018 à 13/10/2018. O trabalho contemplou atividades de observação e prática sendo utilizadas para ambas as questões o modelo tradicional analítico sintético, onde várias partes podem ser ofertadas ao aluno, porém devem obedecer a um critério de complexidade, sendo ensinadas progressivamente (Paes e Balbino 2009).

RESULTADOS E DISCUSSÃO Após 25 horas de observações no futsal, foi possível evidenciar que durante as aulas observadas o docente utilizou abordagem tradicional método analítico sintético (global). Segundo (GRECO, 2001; REIS, 1994) consiste em um método onde a principal ideia é de que “o jogo se aprende jogando”. Conforme (GRECO, 1998) o modelo analítico sintético se fundamenta em princípios de organização das atividades, das mais simples para as mais complexas, das partes (divisão de movimentos) ao todo, a aprendizagem se dá pela repetição, conduzindo ao aperfeiçoamento. As aulas iniciavam com um aquecimento, após alongamento, pois é de suma importância para preparar o atleta para o treinamento e depois o treino em si, o docente sempre fazia um feedback dos erros ocorridos nos campeonatos para desenvolver os objetivos dos treinos, esses objetivos nem sempre eram alcançados, são objetivos a longo prazo, pois conforme o professor Pedro Gabriel, ele vem a tempo trabalhando com elas focando na marcação tanto alta quanto baixa, pois há uma certa dificuldade de êxito quando se trata de toda equipe ajustar esses erros. Trabalhou-se a marcação para forçar o erro adversário e dificultar a jogada ofensiva, facilitando a cobertura e recuperação da posse de bola, proporcionando possibilidades de contra-ataque. Por isso nos treinos ele trabalha trocando o posicionamento e observando qual a melhor solução para o sucesso da equipe. Também foi trabalhado com elas estímulo para o desenvolvimento de velocidade através do treino físico de aceleração, a tomada de decisão, pois sabemos a importância do atleta de detectar o problema e escolher alternativa para eficácia da jogada. A movimentação da equipe “rodízio” é fundamental no desenvolvimento tático, foi trabalhado padrão de movimentação em 3-1 e em 4-0, com objetivo de confundir a marcação da equipe adversária, criar espaço para finalizações e ter um padrão de movimentação dos jogadores quando se tem a posse de bola. Não foi possível realizar as aulas práticas no futsal pelo fato do time estar com diversos campeonatos marcados, sendo assim o professor não pode dar abertura para aplicação. Na natação foram 25 horas de observações e auxílio com o professor responsável Leonardo Denis Ostjen, durante as aulas o docente utilizou a abordagem tradicional analítico sintético método parcial. Segundo Xavier (1986) e

Tenroller (2004) esse método consiste em ensinar capacidades motoras por partes, para posteriormente uni-las. Para Greco (1998), o professor não pode deixar ao acaso o desenvolvimento das capacidades cognitivas, técnicas e táticas, mas deve torná-las eficazes no processo de ensino-aprendizagem de qualquer esporte. Em relação às aulas que auxiliei no estágio foi utilizado o método tradicional analítico sintético parcial, pois como são crianças menores de 10 anos as brincadeiras lúdicas são mais atraentes para as mesmas, juntamente com as brincadeiras ensinamos o nado crawl fragmentado em movimentação das pernas, dos braços, da cabeça e com o passar das idades podemos observar que eles unem esses aprendizados fragmentados e executam o conjunto do nado, também foi possível evidenciar nas aulas com o menino autista (Eduardo, 9 anos) que crianças especiais requerem mais atenção, por conta do autismo tínhamos que avisar que estava acabando a aula nos 15 minutos finais, para ele ir se acostumando e compreender que a aula estava chegando ao fim, nas atividades tínhamos que repetir inúmeras vezes para ele realizar a tarefa planejada, muitas vezes não queria realizar, queria brincar na água, pular, pois pessoa autista tem dificuldade de interação social e comunicação, no caso do Eduardo o autismo é de nível grave, ele não desenvolveu a fala, por essa questão é mais difícil a compreensão do mesmo para as atividades. Preciso ressaltar a importância de inclusão de pessoas com deficiências, transtornos, doenças no meio aquático, por ser uma das atividades mais indicadas para estimular o aspecto motor, melhorar a autoestima e autonomia e possibilitar a socialização, além de melhorar o sistema de cardiorrespiratório trabalha também o condicionamento físico, desenvolvendo a resistência muscular. As aulas com as crianças de 0 a 3 anos tem como objetivo fazer os alunos perder o medo da água, todas as aulas com o acompanhamento do pai ou da mãe juntamente na piscina com o bebê, realizando mergulho, batendo perninhas, sempre com brincadeiras lúdicas, músicas infantis estimulando as movimentações de pernas e braços para melhor adaptação no meio aquático. É importante salientar que a natação para bebês não tem por objetivo desenvolver o nado, mas sim contribuir para o desenvolvimento sensorial e motor, pois dentro da água eles tomam consciência do próprio corpo e experimentam novas sensações. A turminha de 3 a 6 anos a aula tem como objetivo a autodefesa, deslocamento na água, por essa questão que foi realizada atividades com obstáculos e suportes como o tapete de EVA, nadar até ele, subir, pular na água

novamente, passar pelo túnel de EVA, diversas outras atividades como relatadas na ficha de acompanhamento. (EM ANEXO) Essas atividades sempre foram desenvolvidas de forma lúdica e recreativa para as crianças, estimulando a espontaneidade, o prazer e afeto, proporcionando a elas divertimento e ao mesmo tempo diversos benefícios que o meio aquático proporciona, como o desenvolvimento dos aspectos cognitivos, emocionais e sociais. Turma menores de 10 anos:

Turma maiores de 10 anos:

CONSIDERAÇÕES FINAIS Após a realização das horas de observação pode-se inferir que o modelo de trabalho mais adequado para a modalidade esportiva de futsal é o modelo tradicional analítico sintético global, o jogo propriamente dito, através deste método permite as vivências com as mais variadas formas de jogar futsal, pois a partir da fragmentação de cada treino foi se desenvolvendo habilidades, descobrindo o potencial e capacidade de cada uma e através dessa desenvoltura aperfeiçoar as atletas. É importante salientar que o futsal por ser um esporte com variedade em estímulos motores, ele trás benefícios para o desenvolvimento cognitivo, motor e afetivo, melhorando a qualidade de vida do praticante. Pode-se concluir que o método mais utilizado no futsal, é pelo fato do analítico contribuir no aperfeiçoamento dos gestos e o global para uma maior visão do jogo e uma maior movimentação tática, o método analítico sintético continua a ser um dos mais aplicados na iniciação esportiva. É importante destacar que cada aluno é diferente, tanto em habilidade quanto em capacidade e o profissional deve compreender e respeitar a individualidade de cada um, porém sempre trabalhando em melhorar os gestos técnicos e o entendimento do jogo. Na natação infantil o modelo de trabalho mais adequado para essa modalidade é o modelo tradicional analítico sintético parcial, pois com a fragmentação das atividades a compreensão dos alunos se torna mais fácil e para executá-las também. Nas idades iniciais foi trabalhado para perder o medo da água, se adaptar, após isso o mergulho, aprender a respiração debaixo d’água, os movimentos dos braços, pernas, e cabeça no nado, o deslocamento na água e por fim colocado em prática tudo que foi aprendido através de repetições. Conclui-se que através da natação a criança conhece seu corpo, desenvolve suas capacidades, explorando e vivenciando suas possibilidades, por essa questão a natação é uma atividade valiosa para o desenvolvimento de estímulos psicomotores, porém é importante que o profissional sempre respeite a capacidade e maturidade de cada criança. A pedagogia quando voltada para crianças deverá ser aplicada de forma lúdica e recreativa para despertar no aluno o interesse por praticar esta modalidade, desta forma o desenvolvimento dessas crianças no ambiente aquático ocorre com êxito, ao mesmo tempo em que estão praticando as atividades

de forma divertida estão desenvolvendo certas áreas motoras e físicas para um crescimento mais saudável.

REFERÊNCIAS BALBINO, H. F. Pedagogia do treinamento: método, procedimentos pedagógicos e as múltiplas competências do técnico nos jogos desportivos coletivos. 2005. 262f. Tese (Doutorado em Educação Física) – Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2005. FONSECA, Cris. O berço do futebol brasileiro. Editora Aleph. São Paulo, 2007. GRECO, P. J.; BENDA, R. N. Iniciação esportiva universal: da aprendizagem motora ao treinamento técnico. Belo Horizonte: Editora UFMG. v.1, 1998. GRECO, P.J. Métodos de ensino-aprendizagem-treinamento nos jogos esportivos coletivos. In: GARCIA, E.S.; LEMOS, K.L.M. (Eds.). Temas atuais em educação física e esportes. Belo Horizonte: Health, 2001. v. VI. MOREIRA, V.J.P. A influência de processos metodológicos de ensino-aprendizagemtreinamento (E-A-T) na aquisição do conhecimento tático no futsal . 2005. 180 f. Dissertação (Mestrado em Educação Física: Treinamento Esportivo) - Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2005. PAES, R. R.; BALBINO, H. F. A pedagogia do esporte e os jogos coletivos. In: DE ROSE JR, D. et al. (org.). Esporte e atividade física na infância e na adolescência: uma abordagem multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2009. SAAD, M.A. Estruturação das sessões de treinamento técnico-tático nos escalões de formação do Futsal. 2002. 101 f. Dissertação (Mestrado em Educação Física: Teoria e Prática Pedagógica em Educação Física) - Centro de Educação Física e Desporto, Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2002. SILVA, M.V. Processo de ensino-aprendizagem-treinamento (E-A-T) no futsal: influência no conhecimento tático processual. 2007. Dissertação (Mestrado em Educação Física: Treinamento Esportivo) - Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2007. SILVA, Marcelo Vilhena; GRECO, Pablo Juan. A influência dos métodos de ensinoaprendizagem-treinamento no desenvolvimento da inteligência e criatividade tática em atletas de futsal. Rev. bras. educ. fís. esporte (Impr.), São Paulo, v. 23, n. 3, p. 297-307, set. 2009. TENROLLER, Carlos Alberto. Futsal: ensino e prática. Editora Ulbra, Canoas RS: 2004. VASCONCELLOS, M. J. E. Pensamento sistêmico: o novo paradigma da ciência. Campinas, SP: editora Papirus, 2002. VIEIRA, Silvia; FREITAS, Armando. O que é natação. Rio de Janeiro: Casa da palavra, 2006.

RELATÓRIOS DAS INTERVENÇÕES 3.2.1 Intervenção nº 1 – 29/09/2018

Temática: Natação Objetivo geral: Desenvolver e estimular os alunos para movimentações do nado e autodefesa na água. Objetivos específicos: Turma 1: Desenvolver movimentações de braços e pernas para o nado crawl. Turma 2: Estimular os alunos no meio aquático com deslocamento para autodefesa. Turma 3: Descobrir qual melhor forma de adaptação para bebês no meio aquático. Atividades: Turma 1: Controle das movimentações das pernas e braços dentro das brincadeiras lúdicas desenvolvidas durante a aula. Turma 2: Se deslocar de um obstáculo para outro nadando, foco na movimentação dos braços, por ser uma turma de menor idade, cada aula é desenvolvida para uma movimentação específica. Turma 3: Mergulho através de estímulos para melhor adaptação e movimentação das pernas. Recursos: Espaguete, prancha, bolinha, caixa acrílica, bambolê, bichinho de borracha, tapete de EVA. Referências: Tenroller (2004), Paes e Balbino (2005). Reflexão: Observei que as crianças se adaptam rápido ao meio aquático, mas de certa forma levam mais tempo para aprendizagem da técnica em si, por essa questão as aulas são abordadas pelo modelo tradicional analítico sintético parcial fazendo com que cada aula seja desenvolvida por partes, para as próximas aulas continuar estimulando o que já foi aprendido e desenvolver novas aprendizagens. Quanto a autodefesa dos mesmos no ambiente aquático isso varia de aluno para aluno, tem alguns que estão a mais tempo e já sabem se virar sozinho, alguns iniciantes que ainda dependem do professor para realização de certas tarefas, mas com o tempo todos desenvolvem a autodefesa....


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