O Estado Novo - Salazarismo PDF

Title O Estado Novo - Salazarismo
Author João Anis
Course História A
Institution Ensino Secundário (Portugal)
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Summary

Trabalho acerca do Estado Novo, mais propriamente, sobre o Salazarismo e os seus efeitos....


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Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca Escola Secundária de Ponte da Barca Cód. Agr.: 152626

O ESTADO NOVO

ANO LETIVO: 2020/21 DISCIPLINA: HISTÓRIA A PROFESSORA: GRAÇA PIRES TRABALHO REALIZADO POR: JOÃO ANIS Nº17 12ºB

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ÍNDICE ÍNDICE

2

INTRODUÇÃO

3

CONTEXTUALIZAÇÃO

4

DA DITADURA MILITAR AO ESTADO NOVO PORTUGAL: O ESTADO NOVO

4 5

CARACTERÍSTICAS DO NOVO REGIME POLÍTICA ECONÓMICA

5 7

ECONOMIA SUBMETIDA AOS IMPERATIVOS POLÍTICOS

7

ESTABILIDADE FINANCEIRA

7

A IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA

8

POLÍTICA COLONIAL

8

POLÍTICA CULTURAL

9

CONCLUSÃO

10

BIBLIOGRAFIA

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INTRODUÇÃO Com este trabalho pretendo desenvolver a temática do ‘’Estado Novo’’, englobando e desenvolvendo todos os aspetos que o envolvem, nomeadamente: ● ● ● ● ●

Contextualização de Portugal antes do Estado Novo Portugal durante o Estado Novo Política Económica Política Colonial Política Cultural

A metodologia usada para a realização do mesmo foi a pesquisa bibliográfica em junção com alguma pesquisa online.

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CONTEXTUALIZAÇÃO DA DITADURA MILITAR AO ESTADO NOVO Durante a Primeira República foram vividos inúmeros momentos de dificuldade, nomeadamente, a nível económico, político e social. Estas enormes dificuldades foram evidentemente sentidas pelo Povo, que desacreditados no governo decidiram tomar medidas drásticas. No dia 28 de Maio de 1926 foi então levado a cabo pelos militares um golpe de estado orientado pelo General Gomes da Costa que tinha como finalidade tomar o poder àqueles que consideravam inaptos. Dada então a queda da Primeira República, apesar de aberto o espaço necessário ao triunfo da Ditadura Militar, a mesma também fracassou nos seus objetivos de ‘’regenerar a pátria’’ e de lhe devolver estabilidade. Para além destes objetivos não alcançados, existiam no seio do governo diversos desentendimentos e falta de preparação técnica por parte dos dirigentes da ditadura, o que resultou não só no agravamento do défice orçamental mas também no seu completo insucesso. É aqui então que entra António de Oliveira Salazar, até então um professor de Economia na Universidade de Coimbra, que havia sido convidado para aderir ao governo como Ministro das Fazendas. O sucesso deste foi de tal modo enorme que acabou mesmo por mais tarde ser promovido a Primeiro Ministro de Portugal, cargo que manteve fortalecido até à sua queda. Durante este período, o mesmo adotou medidas em relação à economia que permitiram pela primeira em sucessivos anos de crise suprimir o saldo financeiro negativo em Portugal, sendo este, o principal motivo que o levou a adquirir poder e influência e até mesmo reunir todo o poder em si através da constituição de 1933 (Estado Novo) que vigorou até à Revolução de 25 de Abril.

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PORTUGAL: O ESTADO NOVO CARACTERÍSTICAS DO NOVO REGIME Agora a comando de António de Oliveira Salazar, o novo regime, mais conhecido por Estado Novo, caracterizou-se por se aproximar um pouco daquilo que se vivia no resto da Europa, na medida em que: Era conservadorista e tradicionalista, isto é, repousava em valores e conceitos tradicionais que jamais alguém deveria colocar em causa, sendo os principais, ‘’Deus, Pátria, Família’’, seguidos por, ‘’a Autoridade, a Paz Social, a Hierarquia, a Moralidade, a Austeridade.’’ Dentro deste conservadorismo e tradição, também nos é possível verificar a defesa do Estado por tudo que era genuinamente Português, ao lado do enaltecimento do mundo rural, que era tido como um refúgio da virtude e da moralidade, existia uma elevada proteção da religião católica, que foi definida como a religião oficial da Nação Portuguesa e por último mas claramente não menos importante a mulher voltou a perder o seu lugar no holofote e voltou a ter um papel mais passivo no que tocava ao ponto de vista económico, político, social e cultural. Era nacionalista, já que desde cedo uma das preocupações do regime foi promover a união de todos os portugueses de modo a promover o enaltecimento da pátria, tal como na União Soviética, este chegou à conclusão de que todas as mínimas divisiões fragilizavam a Nação e, de modo a evitar as mesmas os partidos políticos foram abolidos e foram recorrentes intensas campanhas de exataltação dos valores nacionais quer atráves do passado glorioso de Portugal durante os descobrimentos, quer atráves das produções culturais nacionais. Recusava o liberalismo, a democracia e o parlamentarismo (autoritário), tal como o fascismo italiano, o Estado novo caracterizou-se por ser antiliberal, antidemocrático e antiparlamentar. Segundo o ponto de vista do líder de Estado, a Nação devia representar um todo e não um conjunto de indivíduos isolados, ora,

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deste modo prevalecendo assim o interesse da Nação sobre os direitos individuais. Outro fator que contribuiu para isto foi o desenvolvimento da constituição de 1933, já que Salazar via a valorização do poder executivo como garantia de um Estado forte de autoritário capaz de governar de maneira efetiva. Era corporativista, na medida em que à semelhança do fascismo italiano também se mostraram empenhados na unificação da Nação e no fortalecimento do Estado repudiando o divisionismo fomentado pela luta de classes e apoiando o corporativismo como modelo de organização económica, política e social. Isto é visível através dos organismos que se agrupavam pelas funções que desempenhavam e pelos seus interesses, de modo a fomentar o bem comum. Tal como os outros líderes autoritários por toda a Europa, Salazar também se focou no elevado uso da propaganda, que de forma mais ou menos eficaz, conseguia obter a atenção das massas que mais tarde iriam apoiar o projeto do regime. Para além disto, desde cedo foi controlada a mentalidade da população mais jovem por todo o país, isto tudo com o objetivo de as educar para aquilo que se acreditava ser o ideal, a dita Mocidade Portuguesa, no caso dos jovens, e as Milícias Salazaristas, para os restantes. Ora o facto de ser um regime monopartidário aliado ao controlo que era exercido sobre o povo através de juramentos permitiu um elevado controlo sobre o regime, impedindo assim que existissem quaisquer tentativas de o silenciar. Existia um elevado culto pelo chefe, durante este novo regime era recorrente o culto ao chefe de estado, Salazar, já que este era tido como intérprete supremo do interesse nacional, este era idolatrado através de propaganda, figuras representativas nas escolas e venerado pela Nação.

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E, por último, pode-se dizer que foi um regime repressivo, na medida em que era recorrentemente a subordinação os interesses do Estado em relação aos direitos e liberdades dos cidadãos, o uso da censura a partir de uma rigorosa vigilância sobre todas as produções intelectuais, onde tudo que fosse visto como ameaça para o Estado era erradicado e mais tarde os seus compositores punidos. O maior exemplo desta repressão era a famosa PIDE que perseguia, prendia, torturava e matava quem manifestasse o mínimo sinal de oposição ao regime Salazarista, ignorando para tal quaisquer direitos humanos e até mesmo a constituição.

POLÍTICA ECONÓMICA ECONOMIA SUBMETIDA AOS IMPERATIVOS POLÍTICOS Esta concentração de poderes por parte do Estado também se fez sentir na economia, onde se abandonou por completo o livre cambismo e se adotaram medidas extremamente protecionistas. Aliado ao nacionalismo, que promovia a aquisição de produtos nacionais, fomentando assim a economia local, Salazar acreditava que o país tinha de ser autossuficiente de modo assim a ganhar poder económico.

ESTABILIDADE FINANCEIRA Desde que chegou ao governo, Salazar impôs uma limitação rigorosa naquilo que tocava às despesas do Estado e, em simultâneo com os impostos exigidos à população, conseguiu então aumentar a receita do Estado. Claramente este aumento não se deveu apenas a estas medidas, mas, também aliadas ao facto de Portugal não ter um papel ativo na Segunda Grande Guerra o que obviamente evitou inúmeras consequências negativas, como baixas, recursos

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económicos e investimento em material bélico. A verdade é que esta guerra acabou mesmo por nos favorecer, de modo em que Portugal conseguiu aproveitar as necessidades económicas dos países envolvidos na Grande Guerra e até mesmo dinamizar alguns setores ligados à exportação.

A IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA Como foi anteriormente mencionado, Salazar era um homem que possuía valores tradicionais, e como tal era totalmente a favor do meio rural, que curiosamente também era um dos meios mais necessários para a dita autossuficiência. Tendo como objetivo a autossuficiência da Pátria, este desenvolveu inúmeras infraestruturas, promoveu a fixação de população no interior de modo a fomentar a economia, realizou amplas campanhas de florestação e promoveu fortemente a produção de produtos e bens nacionais na alimentação portuguesa, visando mais uma vez em consideração a autossuficiência e o nacionalismo da Nação.

POLÍTICA COLONIAL As colónias africanas desempenharam um papel de enorme valor no que toca ao Estado Novo, quer pelo nacionalismo económico, quer pelo fomento do orgulho nacionalista. Dentro do nacionalismo económico, as colónias serviam como meio de escoamento de produtos agrícolas e industriais e obviamente como um local ideal para o abastecimento de matérias-primas por preços bastante apelativos. Dentro do fomento do orgulho nacionalista, as colónias, evidentemente serviam como propaganda para o Estado Novo, já que, através delas era possível exaltar e

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relembrar as missões ultramarinas levadas a cabo pelo povo português durante os descobrimentos, podendo até mesmo dizer-se que as colónias eram Santo Graal de Portugal.

POLÍTICA CULTURAL O projeto cultural do Estado Novo consistia, à semelhança daquilo que se passava no resto da Europa, na criação artística e literária fortemente relacionada com os interesses do Estado. Esta mesma política foi aplicada de modo a que fossem suprimidos quaisquer projetos artísticos e literários que fizessem frente ao estado, e isto através da alta censura levada a cabo pelo Estado, em simultâneo com a dinamização cultural e propagação dos ideais e valores defendidos pelo Estado.

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CONCLUSÃO Com este trabalho espero ter dado a entender de forma simples e clara o tema que me foi requisitado, respondendo em simultâneo às aprendizagens essenciais fornecidas pelo manual ‘’Um novo Tempo da História’’.

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BIBLIOGRAFIA RESUMOS.NET. Acesso em 26 Dez. 2020 UM NOVO TEMPO DA HISTÓRIA. CÉLIA PINTO DO COUTO. MARIA ANTÓNIA. MONTERROSO ROSAS. Acesso em 27 Dez. 2020 WIKIPÉDIA.

Acesso em 26 Dez. 2020

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