Title | Paleta DE Narmer |
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Author | Rafa Leite |
Course | História Cultural e das Mentalidades do Antigo Egipto (not translated) |
Institution | Universidade Nova de Lisboa |
Pages | 3 |
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Um breve análise da paleta de Narmer...
PALETA DE NARMER
Placa cerimonial egípcia com inscrições e relevos que representam a unificação do Baixo e do Alto Egipto sobre o rei Narmer Datação-c.3100-3200 a.C. Descoberta em Hieracômpolis em 1898 por James E. Quibell e a sua equipe de arqueólogos Rei o Faraó da época Tinita (séc.XXXII a.C.) o Considerado o fundador da Primeira Dinastia o O primeiro faraó do Egito unificado o Nome é representado pelo hieróglifo peixe-gato
Imagem Dividida em duas faces Anterior Posterior
Face anterior
Dividida em quatro níveis/zonas Superior Intermédio superior Intermédio inferior Inferior Zona superior Termina numa forma recortada, semelhante em ambos os lados Nome do rei inscrito entre as duas cabeças de bovinos Dois bovinos representam a deusa Hathor Zona intermédia superior No lado esquerdo temos o rei Namer a usar a coroa vermelha (deshert) do Baixo Egito e a cauda tourina pendente na sua cintura O rei apresentar-se como a figura de maiores dimensões A esquerda do rei surge o seu portador de sandálias reais sob um símbolo retangular (?) Á direita do rei (frente) um possível sacerdote precedendo os porta estandartes com símbolos da casa real ou das regiões do reino Do lado direito encontra-se (o destino da procissão) uma fileira de dez cadáveres decapitados (possivelmente inimigos derrotados) Figuras vistas de cima-preocupação em escolher a vista que melhor se aplica a essa situação) Os símbolos sobre esta poderão significar o nome da nova província
Zona intermédia inferior Apresenta dois animais cujos pescoços se entrelaçam formando um círculo no centro da representação Animais-domados por duas figuras (representadas de lado) Simboliza a união do Baixo com o Alto Egito Zona inferior Representação (narração) simbólica de um touro (que representa Narmer) a dominar uma figura (inimigo) aos seus pés e arrasa a
cidade inimiga
Face Posterior Dividida em três níveis/zonas Superior Intermédia Inferior Zona superior Idêntica é da face anterior ( duas representações de Hathor e o nome do
rei entre elas) Zona intermédia Face com maior destaque-simboliza o poder e a vitória do rei unificador Narmer Representado como a figura de maior dimensão Está a usar a coroa branca (hedjet) do Alto Egito e a cauda taurina (usada em acontecimentos solenes) Ajoelhado aos pés do rei uma figura (inimigo) agarrada pelos cabelos ao lado esquerdo do rei (numa posição mais recolhida) está, novamente, o portador das sandálias no lado direito sobre a cabeça da vitima uma imagem, composta de significado complexo-o deus Falcão Hóros segura uma coroa ligada a uma cabeça na base de um conjunto de papiros, onde pousa a cabeça e o papiro simbolizam o Baixo Egito, o falcão vitorioso é Horus ( o deus do alto Egito). Horus e Narmer são a mesma pessoa. O deus triunfa sobre os inimigos Zone inferior Apresenta duas figuras contorcidas (possíveis inimigos derrotados) Por baixo dos pés de Narmer um objecto retangular, uma cidade fortificada/citadela
Esta paleta apresenta algumas das características que os relevos e as pinturas egípcias iriam ter: - Um vincado sentido de ordem – a superfície foi dividida em bandas horizontais e cada figura assenta numa linha equivalente ao solo. O artista egípcio não representa uma cena tal como apareceria a um único observador, num dado momento. Representa simultaneamente perfis, imagens vistas de cima ou frontais. As figuras importantes como o faraó e os que se movem à sua volta, beneficiando da sua divindade, tentam representar-se de forma mais completa possível: olhos e ombros de frente, cabeça e pernas de perfil VISÃO COMPÓSITA – Estilo egípcio de representação do ser humano. As cenas com estas figuras são solenes, intemporais Parece criado especificamente para exprimir de forma visual a majestade do rei divino. A qualidade hirta da imagem estava adequada à natureza divina do faraó: Os mortais agem, o faraó é.
Sempre que é necessário representar uma (o artista não tinha que representar movimento ou ação) contorção, o artista abandona a visão compósita....