Parede Torácica PDF

Title Parede Torácica
Author Pedro Heitor
Course Anatomia/Radiologia I
Institution Pontificia Universidade Católica do Paraná
Pages 6
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Summary

todas as estruturas da parede torácica...


Description

PAREDE TORÁCICA A parede torácica verdadeira inclui a caixa torácica, os músculos que se estendem entre as costelas, a pele, a tela subcutânea, os músculos e a fáscia que revestem a face anterolateral. A cavidade torácica é formada por três compartimentos: O mediastino central, ocupado pelo coração e pelas estruturas que transportam o ar, sangue e alimento; e as cavidades pulmonares direita e esquerda, ocupadas pelos pulmões. Funções: 1. Proteger os órgãos internos torácicos e abdominais contra as forças externas; 2. Resistir às pressões internas negativas geradas pela retração elástica dos pulmões e pelos movimentos inspiratórios; 3. Proporcionais fixação para os membros superiores e sustentar seu peso;

ESQUELETO DA PAREDE TORÁCICA Consiste em 12 pares de costelas e cartilagens costais associadas, 12 vértebras torácicas e discos intervertebrais (IV) interpostos entre elas, além do esterno. 1. Costelas verdadeiras (I a VII). Fixam-se diretamente ao esterno por meio de suas próprias cartilagens costais. 2. Costelas falsas (VIII, IX e geralmente X). Suas cartilagens unem-se à cartilagem das costelas acima delas; portanto, a conexão com o esterno é indireta. 3. Costelas flutuantes (XI, XII e às vezes X). As cartilagens rudimentares dessas costelas não têm conexão, nem mesmo indireta, com o esterno; elas terminam na musculatura abdominal posterior. 4. Costelas TÍPICAS (III a IX)  Cabeça da costela: cuneiforme e com 2 faces articulares separadas pela crista da cabeça da costela.  Colo da costela: une a cabeça da costela ao corpo no nível do tubérculo.  Tubérculo da costela: situado na junção do corpo e do colo. Possui uma face articular lisa e uma não articular rugosa.  Corpo da costela (diáfise) - ângulo e sulco (abriga vasos e nervos intercostais). COSTELAS ATÍPICAS: 1. A costela I é a mais larga, mais curta e mais curva das 7 costelas verdadeiras. Tem uma única face articular (vértebra T1) e 2 sulcos tranversais para os vasos subclávios, este sulcos são separados pelo tubérculo do músculo escaleno anterior. Possui também o sulco da A. Subclávia (atrás do tubérculo). Na frente do tubérculo passa a veia subclávia. Plexo braquial - referência entre o escaleno anterior e o escaleno médio - anestesia do plexo. 2. A costela II tem o corpo mais fino, menos curvo e é bem mais longa que a costela I. Tem duas faces articulares (vértebras T1 e T2). Tuberosidade para o músculo serrátil anterior. 3. Costelas X a XII possuem apenas 1 face articular. 4. Costelas XI a XII são curtas, não têm colo nem tubérculo. Cartilagens costais se encontram entre as costelas e o esterno, prolongam as costelas anteriormente e contribuem para a elasticidade da parede torácica. Massagem cardíaca - em pessoas mais jovens pode ser realizada com mais vigorosidade, enquanto que em idosos há maior chance de quebrar costelas. Espaços Intercostais separam as costelas e suas cartilagens costais uma das outras, começam entre a 1ª e a 2ª costela. Ex: o 4º espaço intercostal se situa entre a 4ª e 5ª costelas. Espaço subcostal é o espaço abaixo da costela XII e não se situa entre as costelas, o ramo do nervo espinal T12 é o nervo subcostal.

VÉRTEBRAS TORÁCICAS 

FÓVEAS COSTAIS bilaterais nos corpos vertebrais , geralmente em pares, uma inferior e outra superior, para articulação com a cabeça das costelas.

 

FÓVEAS COSTAIS dos processos tranversos para articulação com os tubérculos das costelas, exceto nas duas ou três vértebras torácicas inferiores. Processos espinhosos longos com inclinação inferior.

ESTERNO O esterno é o osso plano e alongado que forma a região intermediária da parte inferior da caixa torácica. Sobrepõese diretamente às vísceras do mediastino em geral e as protege, em especial grande parte do coração. Possui 3 partes: Manúbrio; corpo e processo xifoide. Em adolescentes e adultos jovens são unidas por articulações cartilagíneas (sincondroses) que se ossificam em torno da meia idade. Manúbrio: incisura jugular; ângulo do esterno (2º espaço intercostal) e incisuras claviculares (direita e esquerda). Corpo: incisuras costais e cristas transversais. Processo xifoide: articulação xifoesternal (cartilaginoso) SÍNFISE MANÚBIOESTERNAL SÍNFISE XIFOESTERNAL

ABERTURAS DO TÓRAX - Abertura SUPERIOR do tórax:  Posterior, a vértebra T1, cujo corpo salienta-se anteriormente na abertura.  Lateral, o 1º par de costelas e suas cartilagens costais.  Anterior, a margem superior do manúbio esterno As estruturas que passam através da abertura superior do tórax incluem traqueia; esôfago, nervos e vasos que suprem e drenam a cabeça, o pescoço e membros superiores. - Abertura INFERIOR do tórax:  Posterior, a vértebra torácica XII, cujo corpo salienta-se anteriormente na abertura.  Posterolateral, o 11º e o 12º pares de costelas.  Anterolaterais, as cartilagens costais unidas das costelas VII a X, formando as margens costais.  Anterior, a articulação xifosternal. Ao fechar a abertura inferior do tórax, o diafragma separa quase por completo as cavidades torácica e abdominal. O diafragma apresenta alguns "buracos" para a passagem do esôfago, da aorta e veia cava inferior. Hiatos (buracos entre fibras musculares).

ARTICUALÇÕES DA PAREDE TORÁCICA INTERVERTEBRAL Vértebras T1 a T12. É do tipo sínfise (cartilagínea secundária). Articula os corpos vertebrais adjacentes unidos pelo disco IV. Os ligamentos são longitudinais anterior e posterior. Movimento limitado principalmente a pequenos graus de rotação. COSTOVERTEBRAIS As articulações da cabeça da costela e as costotranversárias. São do tipo sinovial plana. A cabeça de cada costela com a fóvea costal superior do corpo vertebral de mesmo número ou a fóvea costal inferior do corpo vertebral superior a ela e o disco IV entre elas. Nas costotransversárias, o tubérculo da costela com o processo transverso da vértebra de mesmo número. Na cabeça, os ligamentos são radiados e intra-articulares. Costotranversário, lateral e superior. COSTOCONDRAL Articulação cartilagínea primária (hialina). Extremidade lateral da cartilagem costal com a extremidade esternal da costela. Cartialgem e osso unidos por periósteo. Normalmente não há movimento nessa articulação; a cartilagem costal propicia flexibilidade.

INTERCONDRAL Articulação sinovial plana. Entre as cartilagens costais das costelas VI e VII, VII e VIII, e VIII e IX. Ligamentos intercondrais. A articulação entre as cartilagens costais das costelas IX e X é fibrosa. ESTERNOCONDRAL 1ª articulação cartilagínea primária (sincondrose) e 2ª - 7ª a articulação é sinovial plana. A articulação das 1ª cartilagens costais com o manúbio do esterno. Articulação do 2ª - 7ª pares de cartilagens costais com o esterno. ESTERNOCLAVICULAR Articulação sinovial selar. Extremidade esternal da clavícula com o manúbio esternal e a 1ª cartilagem costal. Esternoclaviculares anterior e posterior, costoclavicular. Essa articulação é divida em dois compartimentos por um disco articular. MANUBRIESTERNAL Articulação cartilagínea secundária (sínfise). Articulação entre o manúbio e o corpo do esterno. XIFOSTERNAL Articulação cartilagínea primária (sincondrose). Articulação com o processo xifoide e o corpo do esterno.

MOVIMENTOS DA PAREDE TORÁCICA Os movimentos da maioria das costelas ocorrem ao redor de um eixo geralmente transverso que passa por sua cabeça, colo e tubérculo. Esse eixo, associado à inclinação e à curvatura das costelas superiores, que modificam o diâmetro AP do tórax, e movimentos em alça de balde das costelas inferiores, que alteram seu diâmetro transversal. A contração e o relaxamento do diafragma, convexo superiormente, alteram suas dimensões verticais. O aumento das dimensões, resulta em inspiração, e a diminuição causa expiração.

MÚSCULOS DA PAREDE TORÁCICA Estão divididos em camadas: Externa, Média e Interna. SERRÁTIL POSTERIOR SUPERIOR Fixação superior: ligamento nucal, processos espinhosos das vértebras C7 a T3. Fixação inferior: margens superiores das costelas II e IV. Inervação: 2º a 5º nervos intercostais. Principal ação: elevação das costelas SERRÁTIL POSTERIOR INFERIOR Fixação superior: processos espinhosos das vértebras T9 a L2. Fixação inferior: margens inferiores das costelas VIII a XII perto de seus ângulos. Inervação: ramos dos nervos espinais torácicos T9 a T12. Principal ação: abaixa as costelas LEVANTADOR DA COSTELA Fixação superior: Processos tranversos de T7 a T9. Fixação infeiror: Costelas subacentes entre o tubérculo e o ângulo. Inervação: ramos primários posteriores dos nervos C8-T11. Principal ação: eleva as costelas INTERCOSTAIS EXTERNO, INTERNO E ÍNTIMO Fixação superior: Margem inferior das costelas. Fixação inferior: margem superior das costelas abaixo. Inervação: nervo intercostal. Principal ação: externo, eleva as costelas durante inspiração forçada; interno e íntimo se dividem em parte interóssea (abaixa as costelas) e parte intercondral (eleva as costelas) durante a respiração forçada (ativa). SUBCOSTAL Fixação superior: face interna das costelas inferiores perto de seus ângulos.

Fixação inferior: margens superiores da costela II ou III abaixo. Inervação: n. intercostal. Principal ação: atua da mesma forma que os intercostais internos. Inspiração. TRANVERSO DO TÓRAX Fixação superior: face posterior da parte inferior do esterno. Fixação inferior: face interna das 2ª-6ª cartilagens costais. Inervação: n. intercostal. Principal ação: abaixa pouco as costelas, expiratório fugaz. DIAFRAGMA Principal músculo da respiração. Partes: esternal (processo xifoide ao centro tendíneo), costal (6 cartilagens costais inferiores e 4 costelas inferiores ao centro tendíneo) e lombar (arcos fibrosos medial, recobrindo o PSOAS MAIOR, e lateral, recobrindo o QUADRADO LOMBAR, e corpos das vértebras lombares altas ao centro tendíneo). Pilares do diafragma: direito (hiato esofágico), esquerdo+direito (hiato aórtico, por onde passa também o ducto linfático, cisterna do quilo). Forame da veia cava inferior. Inervação: nervos frênicos. Disparos incessantes e involuntários do nervo frênico -> diafragma : SOLUÇOS. PEITORAL MAIOR Metade medial da clavícula, esterno, cartilagens costais. Crista do tubérculo maior do úmero. Nervo Peitoral Lateral e Medial (C5-T1) PEITORAL MENOR Processo coracoide Face externa da 3ª, 4ª e 5ª costelas Nervo Peitoral Medial SUBCLÁVIO Face inferior da clavícula 1ª costela e cartilagem costal Nervo subclávio (C5-C6)

FÁSCIA DA PAREDE TORÁCICA A fáscia muscular profunda recobre e reveste os músculos da parede torácica. A fáscia endotorácica é uma camada fibroareolar fina situada entre a face interna da caixa torácica e o revestimento das cavidades pulmonares, que pode ser aberta cirurgicamente para dar acesso às estruturas torácicas. FÁSCIA PEITORAL. FÁSCIA ENDOTORÁCICA - separada pela pleura parietal (serosa que reveste internamente a caixa torácica).

RESPIRAÇÃO Músculos que elevam a caixa torácica: INSPIRAÇÃO. Músculos que rebaixam a caixa torácica: EXPIRAÇÃO.

NERVOS DA PAREDE TORÁCICA Os nervos seguem nos espaços intercostais, paralelamente às costelas, e suprem os músculos intercostais e também o tegumento e as faces superficial e profunda da pleura parietal. Como não há formação do plexo relacionada com a parede torácica, o padrão de inervação periférica e segmentar é idêntico nessa região. Os nervos intercostais seguem um trajeto posteroanterior ao longo do comprimento de cada espaço intercostal. Ramos anteriores dos nervos T1-T11 formam os nervos intercostais. O ramo anterior do nervo T12 é o nervo subcostal. NN. INTERCOSTAIS TÍPICOS. 4º, 5º e 6º. 1º, 2º e 3º - intercostobraquiais. NN. TORACOABDOMINAIS - 7º ao 11º N. SUBCOSTAL - ramo anterior do nervo T12.

VASCULARIZAÇÃO DA PAREDE TORÁCICA ARTÉRIAS ARTÉRIA INTERCOSTAL SUPREMA. Tem origem no tronco costo-cervical da A. Subclávia. 1ª e 2ª AA. Intercostais Posteriores. ARTÉRIAS INTERCOSTAIS POSTERIORES. Têm sua origem na artéria intercostal suprema (1º e 2º espaços intercostais) e parte torácica da aorta. Trajeto: seguem entre os músculos intercostais internos e íntimos. Distribuição: músculos intercostais, pele sobrejacente e pleura parietal. ARTÉRIAS INTERCOSTAIS ANTERIORES. Têm sua origem nas artérias torácicas interna (1º-6º espaços intercostais) e musculofrênica (7º-9º espaços intercostais). Trajeto: seguem entre os músculos intercostais internos e íntimos. Distribuição: músculos intercostais, pele sobrejacente e pleura parietal. ARTÉRIA TORÁCICA INTERNA. Tem sua origem na artéria subclávia. Trajeto: segue inferior e lateralmente ao esterno entre as cartilagens costais e o músculo transverso do tórax para se dividir em artérias epigástrica superior e músculo frênica. Distribuição: pelas artérias intercostais anteriores e artéria musculofrênica.Da ramos perfurantes que dão origem às artérias mamárias. ARTÉRIA SUBCOSTAL. Tem origem na parte torácica da aorta. Trajeto: segue ao longo da margem inferior da costela XII. Distribuição: músculos da parte anterolateral do abdome. ARCO ARTERIAL. Saída de ramos anteriores oriundos da torácica interna. Saída de ramos posteriores (intercostais posteriores) oriundos da aorta. Toracotomia - evitar pegar nervos e vasos intercostais, principalmente com artérias, pulsantes, maior pressão, hemorragia mais grave, mais acentuada. Se forem lesados muitos vasos intercostais posteriores, pode haver compressão e isquemia da medula gerando paralisias e outras lesões neurológicas. VEIAS As veias intercostais acompanham as artérias e nervos intercostais. Há 11 veias intercostais posteriores e uma veia subcostal de cada lado. As veias intercostais posteriores se anastomosam com as intercostais anteriores. A maioria das veias intercostais posteriores termina no sistema venoso ázigo/hemiázigo que conduz o sangue venoso até a veia cava superior. VEIA ÁZIGO. Formada pela V. Subcostal Direita e V. Lombar Ascendente Direita. Recebe as veias intercostais posteriores lado direito - 11ª a 5ª costelas. 2ª, 3ª e 4ª intercostais posteriores como tronco. VEIA HEMIÁZIGO. Formada pela V. Subcostal e V. Lombas Ascendente. Recebe 11ª,10ª e VEIA HEMIÁZIGO ACESSÓRIA. Formada pelas veias intercostais posteriores Esquerdas, desemboca na veia hemiázigo. A VEIA INTERCOSTAL SUPERIOR DIREITA é tipicamente a última tributária da veia ázigo, antes de sua entrada na VCS. A VEIA INTERCOSTAL SUPERIOR ESQUERDA geralmente drena para a veia braquiocefálica esquerda. VEIAS TORÁCICAS INTERNAS acompanham as artérias torácicas internas. Formada pela V. musculofrênica e V. epigástrica superior. Recebe as VV. intercostais anteriores. Desemboca na V. braquiocefálica. * No diafragma há comunicação entre o SISTEMA ÁZIGO e o SISTEMA PORTA HEPÁTICO. Sangramento para dentro do esôfago é comum em casos de cirrose hepática, varicoze das veias do sistema porta hepático.

MAMAS Ambos os sexos. Constituição: papila mamária, aréola, tecido subcutâneo, glândulas mamárias. Ginecomastia: hipertrofia das mamas nos homens. Homens também podem ter câncer de mama. Extensão: linha axilar média ao esterno. Processo mamário que se estende até a axila. 2ª a 6ª costelas. ESPAÇO RETROMAMÁRIO: entre a mama e a fáscia peitoral. Permite certo deslizamento, espaço utilizado para por silicone. LIGAMENTOS RETROMUSCULARES MAMÁRIOS.

CONSTITUIÇÃO GLANDULAR: lóbulos, ductos lactíferos, seio lactífero, aréola (glândulas sebáceas amamentação). VASCULARIZAÇÃO: ramos da A. Torácica Interna, Lateral, Toracoacromial e AA. Intercostais Posteriores. Drenagem venosa: V. Axilar e V. Torácica Interna. Drenagem linfática: Linfodos da axila. Mama direita (ducto torácico direito) e Mama esquerda (ducto torácico). Câncer de mama -> metástase nos linfonodos da axila. Retirada das mamas e dos linfonodos. INERVAÇÃO: nervos intercostais.

ANOTAÇÕES DA AULA PRÁTICA A ARTÉRIA INTERCOSTAL POSTERIOR É RAMO DA AORTA A ARTÉRIA INTERCOSTAL ANTERIOR É RAMO DA TORÁCICA INTERNA SUBCLÁVIA SOBE ARTÉRIA VERTEBRAL E DESCE COMO TORÁCICA INTERNA INTERCOSTAL SUPREMA É RAMO DA ARTÉRIA COSTOCERVICAL A PARTIR DA 7ª COSTEL, AS INTERCOSTAIS SÃO RAMOS DA MÚSCULO FRÊNICA VEIAS QUE DRENAM A CAIXA TORÁCICA NA PARTE POSTERIOR DRENAM PARA A VEIA AZIGO QUE DRENA PARA A CAVA SUPERIOR VEIAS INTERCOSTAIS ANTERIORES VÃO PARA A TORÁCICA INTERNA...


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