Polímeros na Construção Civil PDF

Title Polímeros na Construção Civil
Course Materiais De Construção
Institution Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
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Resumo sobre Polímeros na Construção Civil...


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POLÍMEROS NA CONSTRUÇÃO CIVIL 1. POLÍMEROS NA CONSTRUÇÃO CIVIL 1.1 Principais polímeros e propriedades dos materiais poliméricos A palavra polímero origina-se do grego poli (muitos) e mero (unidade de repetição). Assim, um polímero é uma macromolécula composta por muitas (dezenas de milhares) de unidades de repetição denominadas meros, ligados por ligação covalente. A matéria-prima para a produção de um polímero é o monômero, isto é, uma molécula com uma (mono) unidade de repetição (Canevarolo, 2002). Dependendo do tipo de monômero (estrutura química), do número médio de meros por adeia e do tipo de ligação covalente, poderemos dividir os polímeros em três grandes classes: Plásticos, Borrachas (ou Elastômeros) e Fibras (Canevarolo, 2002). Uma classificação mais abrangente cita ainda os Revestimentos, os Adesivos, as Espumas e as Películas (Callister 2002). Muitos polímeros são variações e/ou desenvolvimentos sobre moléculas já conhecidas podendo ser divididos em quatro diferentes classificações (Canevarolo, 2002): • Quanto à estrutura química; • Quanto ao método de preparação; • Quanto ao comportamento mecânico; • Quanto ao desempenho mecânico. 1.1 Propriedades mecânicas As propriedades mecânicas dos polímeros são especificadas através de muitos dos mesmos parâmetros usados para os metais, isto é, o módulo de elasticidade, o limite de resistência à tração e as resistências ao impacto e à fadiga, sendo que para muitos polímeros, utiliza-se de gráficos tensão- deformação para a caracterização de alguns destes parâmetros mecânicos. Os comportamentos típicos tensão-deformação dos polímeros são mostrados na figura 1. A curva A ilustra o comportamento de polímeros frágeis, que apresentam ruptura no trecho elástico. A curva B apresenta comportamento semelhante a aquele encontrado em materiais metálicos e caracteriza o trecho inicial elástico, seguido por escoamento (limite de escoamento 1) e por uma região de

deformação plástica até a ruptura à tração (limite de resistência à tração LRT) que pode obter valores maiores ou menores que o limite de escoamento. A curva C é totalmente elástica, típica da borracha (grandes deformações recuperáveis mesmo sob pequenos níveis de tensão) e é característica da classe dos Elastômeros (Callister, 2002).

Figura 1. Comportamento tensão-deformação para polímeros (Callister, 2002).

1.2 Propriedades térmicas Além das propriedades térmicas que caracterizam os polímeros como termopláticos ou termofixos e das transições térmicas dos polímeros, pontos importantíssimos na escolha dos materiais adequados para a aplicação como materiais de engenharia, citados nos itens anteriores, destacam-se a baixa condutividade térmica e altos coeficientes de dilatação térmica linear quando comparados a materiais não poliméricos, quatro a cinco vezes maiores, da ordem de 0,2 a 2,3x10-4 ºC-1 (Mano, 2000). 2.3 Propriedades óticas A principal propriedade ótica a ser considerada neste trabalho é a transparência, apresentada por polímeros amorfos ou com muito baixo grau de cristalinidade, quantitativamente expressa pela transmitância (razão entre a quantidade de luz que atravessa o meio e a quantidade de luz que incide perpendicularmente à superfície,

podendo alcançar até 92% nos plásticos comuns). Materiais poliméricos muito cristalinos tornam-se translúcidos ou semitransparentes, ou mesmo opacos. 2. PRINCIPAIS POLÍMEROS UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL 2.1 Instalações hidráulicas prediais Os polímeros podem ser usados para instalações prediais de água, esgoto sanitário e captação e condução de águas pluviais. Em instalações hidráulicas prediais de água, há uma utilização cada vez maior dos seus componentes produzidos em polímeros. No caso do PVC (poli cloreto de vinila), segundo o manual TRIKEM (1988), é utilizado basicamente para a condução ou manuseio de água à temperatura ambiente e no caso da condução de água quente são indicadas às tubulações de CPVC (poli cloreto de vinila clorado), semelhante ao PVC, porém com maior estabilidade em relação à água quente. As tubulações baseadas em PVC são indicadas para aplicações em edificações residenciais, comerciais e industriais. 2.2 Instalações elétricas Dentre os componentes elétricos, podem ser citados os eletrodutos para a passagem de fios e cabos, internamente às paredes das construções; perfis para instalações elétricas aparentes; fios e cabos com isolamento; e componentes terminais da instalação (caixas, espelhos, tomadas, interruptores e outros). Estes componentes elétricos são bastante difundidos por permitir um bom isolamento elétrico e por minimizar os efeitos de curto circuito originados dos fios descascados. Há ainda, os dutos e subdutos responsáveis pela passagem de calor. Os polímeros mais largamente empregados para confecção destes materiais são: PVC (poli cloreto de vinila), PS (poliestireno), PE (polietileno),

PP

(polipropileno),

PPO

(polióxifenileno)

e

o

PCTFE

(politrifluorcloroetileno). 3.3 Esquadrias e portas A implantação de janelas de PVC no projeto e construção de edifícios tem sido realizada obedecendo a certas exigências da qualidade como segurança, habitabilidade, durabilidade e qualidade dos dispositivos complementares. Ao se comparar o custo de esquadrias fabricadas com materiais distintos, no caso o PVC e o alumínio, deve-se considerar determinados aspectos como o desempenho da esquadria; se a esquadria é

fornecida com vidro e persiana; o custo de instalação da esquadria e do vidro, entre outros aspectos. A fabricação das portas de PVC baseia-se na mesma formulação utilizada para a fabricação de janelas em PVC rígido. Atualmente a porta sanfonada em PVC rígido é um produto bem-sucedido devido à sua facilidade de limpeza, instalação e funcionamento, cujas funções são dividir e decorar os ambientes. Quando recolhidas ocupam pouco espaço e podem ser instaladas em paredes que já receberam acabamento. 2.4 Telhas As telhas plásticas utilizadas atualmente, são as telhas de PVC rígido, aplicadas em combinação com outros tipos de telhas; além das telhas de policarbonato, fibra de vidro e plipropileno, fabricadas no Brasil. 2.5 Pisos, revestimentos e forros Os pisos vinílicos são materiais produzidos a partir do PVC e apresentados no mercado através de placas, pisos semiflexíveis ou mantas que são adaptados para aplicação em qualquer ambiente interno como residências. O forro pode ser descrito como uma barreira utilizada no interior das edificações, entre a cobertura e os ambientes, com uma diversidade de funções como acabamento interior, isolamento térmico, absorções sonoras, delimitação espacial e ocultação de redes de instalação. Os painéis mais utilizados são os de gesso, fibras vegetais, resinas sintéticas (principalmente PVC e acrílico), de madeira e de metal. Entre as propriedades dos polímeros utilizados na confecção de painéis para forro de teto podemos destacar a instalação mais limpa e eficiente, a facilidade de limpeza, a baixa densidade, o ótimo isolamento acústico e elétrico, e um bom desempenho térmico devido às cavidades internas que formam vazios de ar. 2.6 Tintas e vernizes As tintas base aquosa para alvenaria no Brasil são produzidas em sua grande maioria com emulsões acrílicas-estirenadas. Existem as emulsões acrílicas puras, as vinilacrílicas e os PVAs (poliacetato de vinila).

Como importantes propriedades das tintas podemos citar um baixo módulo de elasticidade, uma grande resistência a intempéries, e ótima aderência ao substrato onde é aplicada....


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