Popper, Karl R. Conjecturas e Refutações. Resenha PDF

Title Popper, Karl R. Conjecturas e Refutações. Resenha
Course Filosofia
Institution Universidade Federal de Rondônia
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Reflexões sobre o texto de Popper. ...


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Popper, Karl R. Conjecturas e Refutações (o Progresso do Conhecimento Científico). Brasília: Editora da UnB. 1980.

CONJECTURAS E REFUTAÇÕES Karl Popper, nascido em Viena na Áustria, tornou-se no ano de 1928 doutor em Filosofia pela Universidade de Viena, que a partir de 1946 decide ir morar na Inglaterra onde se torna membro da Real Sociedade de Londres, que busca por sua vez um melhoramento e desenvolvimento nas ciências. Na sua obra em análise, Popper teria como ideia central a distinção entre a ciência e a pseudociência, propondo questionamentos que fariam fronteiras com diferentes teorias de conhecimento. Para iniciar com suas linhas de pensamento, Popper propõe a si mesmo alguns problemas, sendo eles quando uma teoria viria a ser considerada científica, e quais critérios faria isso ser possível, porém, o enfoque não era quando uma teoria seria verdadeira ou aceitável, e sim a partir dessas questões-problemas distinguir o que caracterizava a ciência e a pseudociência (metafísica). No entanto, essas perguntas obtinham respostas, a de que elas se diferem pelo método empírico (decorrente da observação e experimentação), e é por meio delas que ele se questiona ainda mais, buscando a distinção agora entre o método empírico e o pseudo empírico, pois por mais que houvesse observação, o pseudo método não seria classificado como científico, utilizando no texto como exemplo, a astrologia. Seguindo, é bem claro que quatro teorias estimulavam Popper a prosseguir com suas análises, a teoria da relatividade de Einstein, teoria marxista a psicanálise de Freud e por último é citado a “psicologia individual” de Alfred Adler. Pois, essas teorias eram bastantes discutidas, e em 1919 a teoria de Einstein é confirmada por observação, se questionando ainda mais sobre a cientificidade das teorias mencionadas, uma vez que através de comparação, procura-se a distinção entre a teoria de Einstein (uma vez confirmada), das demais teorias. Portanto, ele não tinha como intuito duvidar da veracidade dessas teorias, mas ele via, que elas tinham pontos semelhantes (principalmente com a astrologia e os mitos), o fato de deter a explicação de tudo, e ter um caráter revelador, pois, quando entendida haveria a confirmação das ideias em todo redor, se baseando na proposição de que as verdades provenientes dessas teorias só não seriam vistas por quem se recusasse, pois eram evidentes, estariam em todo lugar. Com isso, ele mostra que pelo fato de as teorias anteriores serem facilmente “verificadas”, uma vez que possibilitava a explicação de tudo, a de Einstein era particular, pois, por mais que pudesse ser confirmada (e foi em 1919), correria

o grande risco de ser refutada, caso em sua observação o que fora previsto não acontecesse. Com isso, formulou conclusões a essas observações: a primeira de que se procurarmos confirmações, forçaremos a realidade a se adaptar ao que acreditamos, tornando-as verdadeiras. A segunda afirma que uma teoria só é considerada científica se for refutável (passar por teste), já a terceira define que quanto mais obter proibição, mais científica ela é, seguindo a sequência, quando menos refutável for, menos científica. A quinta, propõe que se alguém faz um experimento estará fazendo um teste, logo, refutando a teoria, sendo assim, quanto mais testável, mais riscos de ser negada, e nas ciências humanas a exposição ao teste é menos possível. Já a sexta mostra que a evidência confirmadora não deve ser confirmada se não testada, e por último, a teoria que for direcionada a irrefutabilidade diminuirá seu nível científico. Resumidamente, o critério que define o status científico de uma teoria é a sua capacidade de ser refutada ou testada. Seguindo a linha, a teoria de Einstein estaria bem colocada, ao contrário da astrologia e marxismo, que fariam das suas ideias teórica irrefutáveis, por meio do baseamento em interpretações vagas, que dificilmente falhavam. Assim como as teorias psicanalistas, que não teriam a possibilidade de teste, quando se tratava de comportamentos humanos que eram incapazes de contradizê-las. Portanto, definir uma teoria como irrefutável (pseudocientífica) não a considerava errada ou absurda. Mas, cruzava uma linha entre as afirmações das ciências empíricas, e as de caráter religioso, metafísico, que era um problema discutido por Popper entre 1928 e 1929, chamado de problema da demarcação. Contudo, sabia que estudiosos entrariam também em questões como esta, como o citado Wittgenstein. Segundo ele, eram dividas entre falsas proposições (sem sentido e significado) e as proposições que se baseavam em fatos que podiam ser verificados pela observação, defendendo que seu critério de significação deveria funcionar como o da demarcação. Portanto, Popper se recusaria a aceitar, pois, descrevia a significação como um pseudoproblema, em contrário da demarcação. Logo depois, se interessa por um outro problema, o da indução de Hume, que faz explicações causais a fatos psicológicos, sendo sua ideia central a da repetição baseada na similaridade, em que Popper contestava através de três argumentos que concluiriam que a repetição imaginada por Hume não é perfeita, pois são repetições apenas se consideradas de um ponto de vista particular. Portanto, as ideias de Karl Popper, não estariam voltadas à veracidade das diferentes teorias (definir quando eram verdadeiras/aceitáveis suas

proposições), mas definir e separar os graus de cientificidade de cada uma, analisadas com o critério de refutabilidade, traçando uma linha entre elas e enriquecendo a filosofia da ciência....


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