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Conjecturas e Refutações...

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Aluno: Ivanderson Monteiro da Silva Professor: Vagner da Silva POPPER, Karl R. Conjecturas e Refutações. Brasília: Editora da UnB, 1980.

Karl Raimund Popper nasceu em Viena em 28 de julho de 1902, e sua morte data de 17 de setembro de 1994 em Londres. Foi um filosofo da ciência austríaco naturalizado britânico. É considerado por muitos como o filosofo mais influente do século XX a tematizar a ciência. Foi também um filosofo social e político de importância considerável, um grande defensor da democracia liberal e um oponente implacável do totalitarismo. Ele é talvez melhor conhecido pela sua defesa do falsificacionismo como um critério da democracia entre a ciência e a não-ciência, e pela sua defesa da sociedade aberta. Nascido em uma família de classe alta de origem judaica secularizada, foi educado na Universidade de Viena. Concluiu o doutoramento em filosofia em 1928 e ensinou numa escola secundaria entre 1930 e 1936. Em 1937, a ascensão do Nazismo levou-o a emigrar para a Nova Zelândia, onde foi professor de filosofia na Universidade de Canterbury, em Christchurch. Em 1946, foi viver na Inglaterra, tornando-se assistente de logica e de método cientifico na London School of Economics, onde foi nomeado professor em 1949. Foi nomeado cavaleiro da Rainha Isabel II em 1965, e eleito para Royal Society em 1976. O texto aqui resenhado é de sua autoria, chama-se Ciência: Conjecturas e Refutações (O Progresso do Conhecimento Científico). O texto propõe refletir sobre algumas das idéias de Karl Popper sobre o pensamento lógico e racional e seu desenvolvimento. O método das conjecturas e refutações é por onde ele inicia sua reflexão, pois ele de início aceita a conclusão de que a partir de observações e da lógica não podemos verificar a verdade de enunciados gerais como as leis e teorias científicas. Ou seja, se uma teoria não fornece os meios para uma possível contestação empírica, se não há experiências capaz de contestá-la, deve ser reconhecida como mito. Ele acreditava ser inadequado o princípio de verificabilidade proposto pelo Círculo de Viena, por ser restritivo em determinados aspectos e amplo em outros, pelo fato de que incluía formas de conhecimento como a astrologia, a psicanálise e o marxismo, pois excluíam boa parte da ciência contemporânea. Popper traça uma comparação entre o conhecimento científico e a teoria evolucionista, que seria entendida como uma lógica situacional em que a vida evolui por tentativa e eliminação do erro.

Popper critica a ideia de que as teorias científicas são explicações últimas das essências das coisas, como também critica a perspectiva, que é consideravelmente mais popular entre os filósofos, de que essas são apenas instrumentos conceptuais para prever o curso da natureza. Ao longo do texto é visto que Popper descreve que uma teoria científica somente pode ser refutada, ou seja, contestada por meio da observação e da experimentação. Que a falsidade de um enunciado universal pode ser deduzida por meio de enunciados singulares. O falsacionismo sempre é uma subordinação da observação à teoria. Considerava-se que tudo nas ciências era vindo da experimentação, Popper diz que, as experiências servem somente para comprovar ou refutar as teorias, que são livres de especulações. Ele também diz que, uma teoria quando não está mais dando conta de uma observação, logo ela deve ser abandonada. Quanto mais falseável for uma teoria, ou seja, quanto mais embasamentos oferecer para ser testada, melhor a mesma será então considerada. A ciência só progride pelo fato de que ela vive da correção de suas teorias. Sendo assim, o progresso científico é inerente à racionalidade da ciência e, sem ele, esta não existiria da maneira que conhecemos. O desenvolvimento científico não se constrói pelo acumulo de informações ou por idéias geniais e sim, pela substituição de teorias antigas por teorias novas....