Presidentes do Brasil pós ditadura de 64 PDF

Title Presidentes do Brasil pós ditadura de 64
Author Jocilene Nascimento
Course História Do Brasil República Ii
Institution Universidade Bandeirante de São Paulo
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Anotações de aula sobre a história dos presidentes do Brasil após ditadura de 64...


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ANOTAÇÕES DE ESTUDO: PRESIDENTES DO BRASIL PÓS DITADURA Fernando Collor de Mello (1990 – 1992): Em 1989 foi realizada a primeira eleição direta, com Fernando Collor de Melo e Lula como candidatos. Collor saiu vitorioso no segundo turno. Seu mandato foi conturbado e cheio de escândalos políticos. Collor não parecia gostar mais de conflitos que governar, criava brigas com seus adversários a todo momento. Sua política econômica foi desastrosa, pois o país já vinha de uma imensa dívida deixada pelo governo militar que não foi resolvida no governo Sarney. A política econômica de Collor foi a chamada “plano Collor”. Esse plano buscava resolver os problemas econômicos, principalmente a dívida externa e a inflação. As principais atitudes foram o congelamento dos preços que gerou um alívio para a população; confisco dos valores depositados na poupança , a medida era fazer diminuir a dinheiro que circulava no país, no entanto, causou confusão na população que correu aos bancos para sacar; confisco de valores em conta corrente e aumento de impostos. A relação de Collor com o congresso começou a romper com as medidas do Plano Collor, no entanto a relação com a população ainda era agradável. Tudo mudou quando veículos de mídia começaram a divulgar suspeitas de corrupção envolvendo Collor. As noticias ainda eram tratadas por muitos como boato dos adversários, até que em 1992 o próprio irmão de Collor, Pedro Collor, realiza uma denúncia comprovando o envolvimento do irmão com corrupção. A noticia caiu como uma bomba no país, imediatamente os principais partidos do congresso (PT, PMDB e PSDB) montaram uma comissão para investigar as denúncias. Foi comprovado um esquema de troca de favores que relacionava Collor, ele recebia dinheiro para nomear pessoas para cargos políticos. Acreditando que possuía o apoio da população, Collor convoca o povo às ruas e lutar contra os opositores do governo. A população foi as ruas, mas pedindo o afastamento de Collor do cargo. O segundo semestre de 1992 foi marcado pelas ruas do país lotadas de pessoas com as caras pintadas, pedindo o impeachment de Collor. O movimento ficou conhecido como “Os Caras Pintada”. O clamor popular chegou no congresso e Collor foi afastado do cargo, seu vice Itamar Franco foi nomeado novo presidente da república. Itamar Franco (1992 – 1994): o curto mandato de Itamar tinha a responsabilidade de retirar o país da enorme crise econômica que cresceu no governo de Collor. A salvação do país foi a nomeação de Fernando Henrique Cardoso para o cargo de ministro. A confiança em cima de FHC foi tão grande que o mesmo recebeu carta branca para tomada de decisões. FHC montou sua equipe recheada de economistas que haviam participado do plano cruzado, ainda no governo de Sarney. Seguindo o caminho oposto à Collor, a equipe econômica decidiu montar um plano com a participação da população, então abriram o debate. Surgia assim o Plano Real, implantado entre os anos de 1993 e 1994. O Plano Real incluía o corte de gastos públicos e a arrecadação de verbas por meio da privatização de estatais. Os preços foram descongelados e anexados ao dólar, para evitar o aumento drástico. O plano foi considerado um grande sucesso, pois conseguiu reduzir a inflação e aumentou o poder de compra da população mais pobre. Fernando Henrique Cardoso (1995 – 2002): o sucesso do Plano Real foi tão grande que a popularidade de FHC o levou à presidência. No seu primeiro mandato em 1998,

focou em estabilizar o avanço econômico alcançado com o Plano real. Sua política foi baseada em evitar o retorno da inflação, assim vendeu várias estatais como a Vale, a Telebrás e o Banespa (grande banco estatal de SP). No final de seu mandato, em 1999, conseguiu aprovar no congresso uma emenda que autorizava a reeleição por mais quatro anos. Com a popularidade ainda em alta, consegui a reeleição até 2002. No segundo mandato teve como objetivo a reestruturação do modelo educacional brasileiro, aprovando em 1996 a Lei de Diretrizes de Base (LDB) e em seguida o Parâmetro Curricular para o Ensino Básico. FHC deixou a presidência em 2002, com um país financeiramente estável e com a inflação controlada. Luís Inácio Lula da Silva (2003 – 2010): Lula surgiu na carreira política ainda durante o regime militar, como líder sindical e principal organizador das greves dos metalúrgicos em São Paulo. Ainda no Regime Militar, participou da fundação do Partido dos Trabalhadores, onde até hoje é o principal nome. Lula tentou a presidência por três vezes antes de chegar ao poder: 1989 quando foi derrotado por Collor; 1994 e 1998 onde foi derrotado por FHC. Lula venceu em 2002 após derrotar o candidato indicado por FHC, José Serra. A vitória de Lula significou uma grande transformação da política brasileira e representava a chegada das classes mais inferiores no poder, pois Lula não possuía formação acadêmica e viveu a maior parte da sua vida como metalúrgico. O governo de Lula representou um dos maiores avanços econômicos do Brasil, com políticas de continuidade do modelo de FHC. A diminuição da inflação e a estabilidade do Real foram os objetivos de Lula, sendo vitorioso nos dois. A inflação foi passada com 12,53%, chegando ao menor número em 2006 com 3,17% e encerrando o mandato com 5,90%. A relação exterior também foi a grande aposta do governo de Lula, firmando parceria com a China, sua maior parceira. Com um acordo de exportação, o Brasil conseguiu um aumento do PIB de 4% ao ano. As decisões tomadas favoreceram a resistência do Brasil à crise de 2008, que não teve efeitos drásticos graças a política de incentivo à compra dos produtos internos, fazendo o dinheiro circular mais. O governo Lula começou a ruir com os grandes casos de corrupção envolvendo políticos diretamente ligados à base governamental. Diversas denúncias de corrupção surgiram, sendo a mais famosa o Mensalão de 2005, que consistia na compra de parlamentares através de caixa 02, para votarem a favor das pautas do governo. O esquema foi denunciado por Roberto Jefferson que destruiu completamente a imagem do governo, pois membros da alta cúpula, como José Dirceu (ministro da Casa Civil). Apesar do escândalo, a popularidade de Lula não foi afetada, sendo possível lançar sua candidata Dilma Rousseff que venceria as eleições em 2010. Dilma Rousseff (2011 – 2016): assim como o Lula, Dilma começou sua carreira política no período militar. Com 16 anos ingressou na Organização Revolucionária Marxista, depois entrou para o Comando de Libertação Nacional, movimento adepto a luta armada. Em 1970 Dilma foi presa em São Paulo e condenada a seis anos e um mês, além de perder seus direitos políticos por dez anos. No entanto, conseguiu redução de pena junto ao Supremo Tribunal Militar e ganhou liberdade em 1972. Foi para o Rio Grande do Sul e ajudou o MDB nas campanhas contra o regime militar. Em 1986 a 1988 ocupou o cargo de secretária da fazenda e nos anos de 1993 a 1998 atuou como secretária de energia, minas e economia do Rio Grande do Sul. Participou das

campanhas eleitorais de Lula sendo uma das principais responsáveis em montar o plano energético do governo. Logo após a eleição de Lula ingressou no PT e se tornou Ministra das Minas e Energia e em 2010 virou candidata à presidência. Dilma assumiu a presidência em um período de forte recessão econômica mundial e como medida o governo decidiu investir na infraestrutura gerando empregos e aumentando a circulação do dinheiro. Com os países da União Europeia em crise, a solução foi aumentar os acordos com a China e países da América Latina. As taxas de juros foram reduzidas aumentando o crédito aos consumidores. Todas essas medidas não conseguiram reverter a crise no país e que assolou todo o governo de Dilma. A crise resultou em várias manifestações pelo país, que lutavam contra o alto custo dos serviços coletivos e contra a corrupção que vinha desde o governo passado. A corrupção continuou em pauta quando em 2014 foi deflagrada a Operação Lava Jato, que mostrou um esquema de propina com dirigentes da Petrobrás e nomes importantes do Governo Federal. Mesmo com toda a confusão, Dilma conseguiu a reeleição, vencendo novamente o candidato do PSDB. As polêmicas de corrupção se agravaram ainda mais no segundo mandato de Dilma, o que gerou um rompimento do PT com os parlamentares. Sem o apoio da população e do congresso, o mandato de Dilma ficou insustentável, o que levou a um impeachment em 2016. Michel Temer (2016 – 2018): Temer era o vice-presidente no governo Dilma e assumiu logo após seu afastamento. Assumiu a presidência no meio de um caos político, e uma enorme crise financeira e apesar de todos os problemas conseguiu sair com bons números. As taxas de juros caíram de 14,6% em 2016 para 8,8% ao ano e o desemprego caiu para 9,32%. Apesar dos bons números, Temer terminou sem mandato em 2018 como o presidente com a menor popularidade da história com apenas 6% de popularidade....


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