Pulicose Caninae Felina Unibh 2017 0518160227 PDF

Title Pulicose Caninae Felina Unibh 2017 0518160227
Author Caroline Nogueira
Course Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos
Institution Centro Universitário de Belo Horizonte
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INSETO S HEMATÓFAGO S PARA SITA S DOS NIMAIS DOM MÉSTICO S AN I.

PULGAS:

As pulgas são insetos hematófagos pertencentes à ordem Sinphonaptera que são encontrados parasitando uma diversidade de aves e mamíferos. Tabela1. Principais doenças transmitidas por pulgas ao Homem e aos Animais: NOME

AGENTE ETIOLÓGICO

ESPÉCIE DE PULGA VETORA

RESERVATÓRIO

Rickettsia typhi

Xenopsylla cheopis

Roedores domiciliares

Salmonella sp. (bactéria)

Xenopsylla cheopis

Roedores e Homem

Peste Bubônica

Yersinia pestis (bacteria)

Xenopsylla cheopis Xenopsylla brasiliensis

Roedores silvestres e domiciliares

Himenolepíases

Hymenolepis diminuta

Xenopsylla cheopis Pulex irritans Ctenocephalides sp.

Roedores sinantrópicos

Tifo murino Salmoneloses 1

Hymenolepis nana (vermes) Dilepdíase

Dipylidium (vermes)

Filariose de cães

caninum Ctenocephalides canis Ctenocephalides felis Pulex irritans

Dipetalonema reconditum

Ctenocephalides canis Ctenocephalides felis

Cães

Cães

Dentre as espécies de importância na Medicina Veterinária, destacam-se aquelas que são encontradas parasitando cães e gatos: Ctenocephalides felis felis, Ctenocephalides canis, Pulex irritans e Tunga penetrans. Tais pulgas exercem sobre seus hospedeiros diversas ações, como ectoparasitos: Ação Irritativa = pelo efeito da picada e conseqüente inoculação de saliva, elas podem provocar reações alérgicas de intensidade variada aos respectivos hospedeiros. Em animais domésticos (cães e gatos) estima-se que 50% dos problemas dermatológicos sejam devido às reações de hipersensibilidade cutânea em resposta à infestação por pulgas. Tais reações causam intenso prurido e irritação aos hospedeiros que se tornam inquietos e, na tentativa de se livrarem das pulgas, mordem e arranhem a pele, arrancando os pêlos e escarificando os tecidos cutâneos. Ação Espoliadora = Altas infestações em animais de pequeno porte podem conduzir à anemia. Nas pulgas, o repasto sangüíneo se prolonga após o ingurgitamento das fêmeas para que o sangue extravasado sirva de alimento às larvas. Ação Inflamatória = principalmente causada por aquelas espécies que penetram na pele dos hospedeiros (bicho-de-pé). Os orifícios provocados pela introdução do parasita no corpo do hospedeiro tornam-se via de acesso para agentes oportunistas, determinando infecções secundárias.

1 Peste Bubônica = a área de peste no Brasil corresponde a 240.000 Km2 , ocorrendo em 971 localidades-focos situadas em 189 municípios, nos seguintes estados: CE (27), RN (5), PB (9), PE (44), AL (20), BA (68), MG (14) e RJ (2).

Centro Universitário de Belo Horizonte - Unibh Curso Medicina Veterinária – módulo 3A Disciplina Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos Professora Carolina Maria Vianna de Freitas

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Além disso é importante salientar o papel da espécie Xenopsyla cheops cujos hospedeiros primários são os ratos, como vetora da bactéria Yersinia pestis que é o agente etiológico da Peste Bulbônica. O papel da pulga na veiculação de doenças ao homem e aos animais pode ser interpretado de duas maneiras: como vetor biológico, onde apenas ocorre a multiplicação do agente etiológico (vírus, bactérias) no interior do inseto, ou como hospedeiro intermediário, onde a participação do sifonáptero é obrigatória para fechar o ciclo do endoparasito (protozooses e helmintoses).

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PULICOSE CANINA E FELINA (Ctenocephalides felis felis):

1.1

INTRODUÇÃO:

-Apenas algumas espécies de pulgas podem ser encontradas em cães e gatos – destas, podemos citar Ctenocephalides felis felis, Ctenocephalides canis e Pulex irritans. Com base na literatura mundial especializada, verifica-se que a C. felis felis prevalece amplamente sobre as demais. -Dentre os principais prejuízos determinados pelo parasitismo por C. felis felis , destacam-se: Irritação nos animais parasitados, podendo em altas infestações domiciliares incomodar as pessoas que vivem em contato com os hospedeiros infestados. Nos cães e gatos a dermatite alérgica à picada de pulgas (DAP) é um problema constante na clínica de pequenos animais Uma vez que os adultos se alimentam de sangue podem causar, em infestações maciças, anemia nos animais parasitados. Apresentam um importante papel como hospedeiro intermediário da larva metacestoda de Dipylidium caninum, Hymenolepis nana e H. diminuta. Podem também funcionar como HI das microfilárias de Dpitalonema reconditum . Determinam gastos períodicos com ectoparasiticidas para o controle da população de pulgas nos animais e no ambiente e com medicamentos paliativos para o tratamento de dermatites e de endoparasitose causada por D. caninum.

1.2.

CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS E EPIDEMIOLÓGICAS:

C ic loo Bioló giicoo: Composto pelas fases de ovo, larva, pupa e adultos: (1) Ovos: Representam 50% da carga parasitária total. São depositados entre os pêlos dos hospedeiros mas caem facilmente no ambiente durante o deslocamento destes. Desta forma, tendem a acumular-se em grandes quantidades nos locais habitualmente mais frequentados pelos animais. O pico de produção de ovos ocorre durante o período noturno o que exlica a elevada concentração de pulgas nas casinhas, caixas ou cestos, tapetes ou carpetes onde dormem os cães ou gatos. A umidade relativa do ar variando entre 50 a 92% é ideal para a eclosão das larvas. (2) Larvas: Representam 35% da carga parasitária total. Exitem 3 períodos larvários (L 1, L 2 e L3). Normalmente se desenvolvem no ambiente, sendo facilmente encontradas nas fendas do assoalho, debaixo de tapetes e em lugares habitados por animais hospedeiros do estádio adulto. Em casos de animais de pêlos longos que retêm os ovos, as larvas podem ser normalmente vistas sobre o corpo dos hospedeiros. Alimentam-se de quase todo o tipo de matéria orgânica (descamações cutâneas, fungos, microorganismos, resíduos alimentares) e, particularmente, das partículas fecais das pulgas adultas. O período larval irá durar entre 5 a 11 dias. Centro Universitário de Belo Horizonte - Unibh Curso Medicina Veterinária – módulo 3A Disciplina Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos Professora Carolina Maria Vianna de Freitas

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(3) Pupas: Representam 10% da carga parasitária total. Em condições favoráveis (27 C e 80% de UR) as pulgas adultas podem emergir do pupário em cerca de 5 a 9 dias. Todavia, são necessários determinados estímulos ambientais (calor, umidade, vibrações, CO 2) para que essa emergência ocorra. Dentro do casulo, as pulgas são mais resistentes contra a dessecação do que os ovos e as larvas. (4) Adulto: Representam 5% da carga parasitária total. As pulgas adultas emergentes do pupário apresentam fototropismo e geotropismo positivo, ou seja, são atraídas pela luz. Resposndem a vários estímulos, sendo atraídas por alterações no gradiente de temperatura e na luminosidade, vibrações, correntes de ar, CO2 , ruídos, odores e outros estímulos químicos. Podem sobreviver no ambiente por até 62 dias, dependendo da umidade relativa do ar. No hospedeiro, iniciam a postura em no máximo 48 horas após a primeira alimentação. Podem sobreviver nos animais por até 113 dias. Durante a alimentação, as fêmeas excretam grandes quantidades de partículas fecais que caindo no solo, irão servir de alimento para as larvas em desenvolvimento.

1.3

CONTROLE INTEGRADO:

-Deve visar a redução das infestações a níveis toleráveis. -Baseia-se na combinação harmônica de métodos mecânicos/culturais (manejo das condições ambientais) e de métodos químicos (uso adequado de produtos seletivos).

1.3.1 Controle Mecânico Cultural: (a)

Ambientes Internos:

-L Limp mpe za pe períódi dica ca daa casa. Neste caso deve-se evitar o acúmulo de móveis e objetos desnecessários que dificultam ou desestimulam uma limpeza sistemática e eficiente. Rem -R emo ção d a M até tér iaa Org rgânica c a a mbi bie nt al que é a principal fonte de suprimento alimentar para as larvas em desenvolvimento.

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-U Usoo re door r de regu lar ar de A s p ira rad de Pó Pó. Além de auxiliar na remoção da matéria orgânica e sujidas, possibilita a retirada de boa parte dos ovos e das larvas. Cuidado especial deve ser dado a áreas acarpetadas, embaixo de móveis ou de almofadas em sofás e poltronas que são áreas utilizadas com frequência pelos cães. É importante que todo o lixo proveniente da aspiração seja vedado e imediatamente descartado. Lav age -L gem o u as as pir ira çãoo pe riódi dica de pe pe ç ass ut ililiza zadas na na ca cama dos an animai ais, tais como cobertas, mantas, tapetes, panos, etc... -Impedimento ou rest riçã ção do ac e sso so doss anim im ais is ao interior e/ou a determinados cômodos da residência. (b)

Ambientes Externos:

-Todo esforço de controle deve ser dirigido notadamente à limpeza das áreas sobreadas, frequentemente úmidas e protegidas da luz solar direta: canis, coberturas de garagem, áreas de serviço, gramados arbustivos com acúmulo de folhas e galhos secos (+ frequentados pelos animais). - Lembrar que: Uma vez eliminada mecanicamente a população de pulgas dos ambientes internos e

protegidos os animais c/ produtos adulticidas, muitas vezes o tratamento do ambiente externo torna-se desnecessário.

1.3.2 Controle Químico: -Até recentemente, os produtos utilizados para o controle químico de pulgas eram à base de organofosforados, carbamatos e piretróides, em associação ou não e em diferentes modalidades de aplicação: Pó ou Talco: São produtos de fácil aplicação. Cobrir apenas locais estratégicos (próximo à cauda, no vetre próximo às patas traseiras, na área do estômago e ao redor do pescoço). Xampus: Existem várias marcas no mercado com eficácia variável. Tem a função principal de remover as pulgas presentes no corpo do animal durante o banho. Desta forma, para que seja eficiente é necessário que fique em contato com o corpo do animal por mo mínimo 10 minutos, antes de ser enxaguado. Sprays: São produtos facilmente aplicáveis, contudo, normalmente de custo mais elevado. Normalmente são produtos adulticídas de contato (Ex: fipronil). A periodicidade de uso varia de produto para produto. Sabonetes: Seguem o mesmo padrão dos xampus, sendo necessário um tempo mínimo de contato para que o produto funcione de forma razoável.

Spot on : São as pioneiras bisnaguinhas, facilmente aplicadas sobre o dorso dos animais. Os produtos espalham-se através da oleosidade dos pêlos dos animais onde persistem por longos períodos em altas concentrações ( Efeito Residual). Contudo, é impressindível que o corpo do animal não esteja totalmente limpo antes da aplicação do produto.

-As principais causas da baixa eficiência dos produtos utilizados são: (1) Falta de critério do proprietário na avaliação prévia da situação. Muitas vezes a aplicação do aproduto não é necessária; (2) Utilização do produto em subdosagem e (3) Desenvolvimento efetivo de resistência.. Centro Universitário de Belo Horizonte - Unibh 4 Curso Medicina Veterinária – módulo 3A Disciplina Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos Professora Carolina Maria Vianna de Freitas

-Hoje, os métodos de controle químico mais frequentemente utilizados, baseiuam-se na aplicação de produtos reguladores de crescimento dos insetos e de substâncias adulticidas com prolongado poder residual.

(a)

Reguladores de Crescimento dos Insetos:

No Brasil o principal produto é o Luferunon (Program ) , uma substância inibidora da síntese de quitina. Quanquer interferência na síntese ou deposição de quitina irá influenciar diretamente o processo de muda dos insetos. Não sendo adulticida, o luferunon exerce seu efeito notadamente sobre o desenvolvimento embrionário, causando alterações na síntese e deposição de quitina da larva ainda dentro do ovo. Desta forma, irá agir principalmente nas formas imuaturas que se encontram no ambiente (ovo50%). Uma vez que é eliminado pelas fezes das pulgas adultas que se alimentam nos animais tratados, pode também apresentar um certo sobre as larvasw que se alimentam dessas fezes. Devido à sua incapacidade em controlar as pulgas adultas, para que o uso do Luferunon seja proveitoso, alguns preceitos devem ser respeitados: (1) Todos os animais da propriedade/residência devem ser tratados; (2) Evitar o acesso de animais de fora, não tratados (reinfestação ambiental); (3) Impedir o acesso dos animais tratados a ambientes possivelmente infestados (menos importante) e (4) No início do tratamento utilizar juntamente com o Luferunon , uma adulticida com bom poder residual (b)

Adulticidas de Contato (no animal):

-Produtos desenvolvidos nos anos 80 e 90 e que apresentam três requisitos básicos: (1) Rápido efeito Knock-down, ou seja, que eliminam as pulgas antes qeu estas iniciem o ciclo reprodutivo; (2) Prolongado poder residual (até 4 semans) e (3) Praticidade de aolicação e de manuseio.

Fiproni l (Froontline )) -Atua como antagonista no receptor do GABA, inibindo o fluxo celular dos íons de Cl- e, portanto, afetando o principal mecanismo neuromodulador dos insetos. Consequentemente, o Fipronil irá causar um aumento da atividade elétrica da célula nervosa com morte do parasito por hiperexcitação.. -As formulações comerciais baseiam-se em produtos spray ou spot on com alto poder residual (Frontline ).

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Im i da clloppri d (A dva ntaagee ) ):: -Causa bloqueio dos receptores nicotínicos da junção póssináptica, interrompendo os impulsos nervosos. -As formulações comerciais são de uso tópico ( spot-on) que atingem sua eficácia máxima dentro de 24 horas póstratamento. O intervalo entre as aplicações pode serde até um mês, dependendo do grau de infestação ambiental -Não é recomendado o uso do Imidacloprid para o tratamento de infestações por carrapatos ou endoparasitos..

N itr eppirra m ((C ap s taar )): -É um pulicida adulticida cuja principal função é a de oferecer um rápido Knock-down. -Atua bloqueando os receptores nicotínicos da acetilcolina (semelhante ao Imidacloprid). Sua degradação é muito rápida. -O produto não é recomendado para o uso em cães com idade inferior a 4 semanas. -No programa de controle integrado, é ideal o uso de Nitrepiram (adulticida) com o Luferunon. O primeiro irá controlar as infestações esporádicas nos animais e o segundo irá agir a longo prazo, sobre o desenvolvimento dos ovos e larvas no ambiente. S ella meec t inna (Reev olll ut ioon r ) ):: -São avermectinas que agem portanto, potencializando a ação inibidora neuronal mediada pelo GABA, promovendo a hiperpolarização do neurônio e, portanto, inibindo a transmissão nervosa. -A formulação comerciail é aplicada no dorso dos animais, através de spto-on . -Atua também controlando helmintos gastrointestinais, sendo efetiva a aplicação em cadelas no periparto e no pós parto para o controle de actoparasitas e endoparasitas nos filhotes. -Muito recomendada para o controle de Dirofilaria imintis. -A principal desvantagem é o alto custo por aplicação.

1.3.3 Inseticidas Ambientais Externos: os piretróides -Os piretróides agem alterando a cinética junto aos canais de Na+ e K+. -Não possuem efeito Knock down imediato sobre as pulgas adultas. Desta forma, quando estas emergem dos casulos podem ainda sobreviver por algumas horas antes que o princípio ativo possa exercer o seu efeito. Neste caso, o proprietário deve ser alertado, evitando-se com isso malentendidos sobre a eficácia dos produtos utilizados.

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-Recomenda-se uma reaplicação ambiental do inseticida decorrido o prazo de tempo de 1-2 semanas, visando a supressão da população de adultos eventualmente emergentes.

2.

TUNGÍASE CANINA E FELINA ( Tunga penetrans )::

2.1

INTRODUÇÃO:

-Causa uma patologia popularmente conhecida por bicho de pé, quando a fêmea hematófaga penetra na pele dos animais e do homem onde produzem ovos que ficam retidos no abdome. Apesar de ambos serem hematófagos, apenas as fêmeas penetram nos tecidos. -É a menor pulga conhecida. -Os hospedeiros atacados mais freqüentemente são: porco, homem, cão e gato. No homem, prefere penetrar principalmente na sola plantar, calcanhar, cantos dos dedos (dos pés e das mãos). -Apresenta alta prevalência no Brasil, especialmente nos meses mais quentes.

2.2

CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS:

C iclo Bioló giicoo: -Machos e fêmeas permanecem em locais secos, próximos de chiqueiros, montes de esterco e no peridomicílio (jardins e hortas). Após a cópula, a fêmea procura um hospedeiro e penetra ativamente no local escolhido onde permanece com a cabeça e o corpo mergulhado nos tecidos. -As fêmeas se alimentam de sangue e em alguns dias começam a aumentar o abdome desproporcionalmente. Este aumento é devido ao grande número de ovos que são retidos na região abdominal (cerca de 100 ovos). Ao fim de aproximadamente 15 dias, todos os ovos estão eliminados como bala de canhão e a fêmea morre e sai ou é destruída pela reação do hospedeiro. -Os ovos no chão úmido e sombreado dão origem às larvas e posteriormente às pupas. -A principal fonte de disseminação é através de esterco (ovo, larva, pupa e adulto) ou através de hospedeiros portadores de fêmeas grávidas.

I mppo r tâ nciia Mééd i caa e Vetteri n á r iaa: -As fêmeas, ao penetrarem na pele dos hospedeiros, provocam intenso prurido. Depois de grávida, o prurido continua e, às vezes, seguido de dor. Em infestações múltiplas pode dificultar a movimentação do hospedeiro. -O maior perigo da tungíase é a veiculação mecânica de tétano ( Costridium tetani), micoses, gangrena gasosa ( Clostridium perfrigens ). As lesões iniciais podem servir também de porta de entrada para outros agentes bacterianos. -A tungíase pode provocar ainda, dificultada de postura e de locomoção dos hospedeiros, necrose óssea e tendinosa e até perda dos dedos dos pés.

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2.3

PROFILAXIA E CONTROLE:

-Tratamento dos hospedeiros infestados: Retirada do parasita dos tecidos do hospedeiro. Para tanto é necessária a desinfecção prévia do local e da agulha. Fazer pequenas dilacerações na pele, circundando a tumoração. É imprescindível muito cuidado para não aprofundar a agulha, o que pode causar dor e romper a pulga. Após a incisão completa da pele, retirar o bicho-de-pé, puxado-o com os dedos polegar e indicador, que funcionam como uma pinça.

-Evitar andar descalço e, ao trabalhar com esterco, usar luvas. -Aplicação de K-otrine® em chiqueiros. -Como medidas naturais recomenda-se a varredura com posterior incineração do lixo.

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