Colangite felina - resumo PDF

Title Colangite felina - resumo
Course Medicina Felina
Institution Universidade Estadual do Centro-Oeste
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Colangite-colangiohepatite: normalmente descrito apenas como colangite, composto por anomalias histopatológicas do trato biliar, com ou sem associação a enfermidade hepática. Subdividida em três formas:  Colangite Neutrofílica: causada pela migração de bactérias oportunistas intestinais pelos ductos biliares. Muito comum em machos jovens, apesar de afetar o

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Sinais clínicos: bastante visíveis, como vômito, diarreia, letargia, anorexia, desidratação, dor abdominal e icterícia, além de ocorrência de hepatomegalia em alguns animais Diagnóstico: no exame bioquímico e hemograma, pode-se observar neutrofilia, aumento de ALT, AST, FA e GGT, além de hiperbilirrubinemia e bilirrubinúria. A ultrassonografia mostra hiperecogenicidade difusa no parênquima do fígado, ou ainda não apresenta nenhuma alteração. O diagnóstico definitivo é feito apenas por histopatologia hepática Tratamento: o principal tratamento é a antibioticoterapia, que deve ser baseada no tipo de agente que for identificado, seja por biópsia, aspiração ou biópsia, optando pelo uso de antibióticos de amplo espectro no caso de não ser possível a identificação (ampicilina, amoxicilina/clavulonato), de 8 a 12 semanas até normalizar as enzimas hepáticas. Outra opção é aplicação de ácido ursodexosicólico, pois contribui para o fluxo da bile (sendo contraindicado em casos de obstrução, e deve-se suplementar com taurina, pois o ácido aumenta sua perda na urina. O animal irá ainda necessitar de suplementação com vitamina K e as do complexo B, por suas ações antioxidantes. O manejo da dieta é importante, pois a absorção diminuída leva o animal à gliconeogênese e lipidose hepática, devendo ser de alta concentração de proteínas, além de conter altos níveis de potássio, pois ele é perdido em grandes quantidades nas hepatopatias, devido à êmese e diarreia.

 Colangite Linfocítica: ocorre de maneira progressiva, com infiltração de linfócitos e plasmócitos no lúmen e epitélio dos ductos biliares, é de etiopatogenia incerta e sem predisposição por gênero ou faixa etária. o

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Sinais clínicos: são os mesmos da forma neutrofílica, mas de forma mais branda, se desenvolvendo ao longo de meses, adicionando ainda perda de peso, poliúria, polifagia e polidipsia. Diagnóstico: observa-se no hemograma uma anemia arregenerativa, linfocitose e eritrócitos com poiquilocitose. No exame de bioquímica sérica evidencia hiperbilirrubinemia e aumentos leves de ALT e AST. No exame de ultrassom, o parênquima hepático está normal, ou ainda apresentando nódulos, hepatomegalia, ascite e linfoadenomegalia. O diagnóstico definitivo é feito apenas por histopatologia hepática Tratamento: o tratamento segue o mesmo protocolo de manejo dietético, suplemento vitamínico e antibioticoterapia, associado ainda à glicocorticoides em dose imunossupressoras, para reduzir as lesões hepáticas, que costumam ser imunomediada, podendo usar a predinisolona por via oral de 6 a 12 semanas, reduzindo a dose de 1-2mg/kg até atingir a dose terapêutica. Será necessário monitorar as enzimas hepáticas no tratamento a longo prazo. Caso a predinisolona não seja efetiva pode-se substituir a mesma por clorambucil

 Colangite Crônica: causada pela presença de parasitas na bile, principalmente trematódeos do gênero Platynossomum, afetando muito fêmeas o o

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Sinais clínicos: frequentemente assintomática, ou com sinais clínicos comuns de colangite, como febre, icterícia, algia abdominal. Diagnóstico: apresenta no hemograma anemia arregenerativa, eosinofilia e linfocitose. No exame bioquímico sérico, pode-se observar Hiperglobulinemia e ALT e AST com aumento suave. Realiza-se também o exame de fezes para verificar a presença de ovos de parasitas. A ultrassonografia não costuma ser usada, por não apresentar nenhuma alteração de conformidade específica, mas pode ser utilizada como auxílio para obter bile por aspiração guiada, caso não seja possível realizar um exame de fezes. Tratamento: o tratamento se baseia em antiparasitários (como o Praziquantel, uma vez ao dia, por 5 dias), e caso a quantidade de parasitas esteja muito grande, pode-se realizar a remoção cirúrgica dos parasitas...


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