Questões sobre 2 textos- política expansionista PDF

Title Questões sobre 2 textos- política expansionista
Author giovanna hakimian
Course Economia Brasileira
Institution Escola Superior de Propaganda e Marketing
Pages 2
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Summary

Esta atividade contem as repostas para dois questionamentos referentes a aplicação de políticas expansionistas no contexto da pandemia....


Description

Questões sobre 2 textos: política expansionista Ao ser analisado ambos os textos solicitados, é possível observar que ambos os entrevistados acreditam que a única maneira de sairmos da crise causada pelo Covid-19 é por uma política expansionista.

Nessa ótica, Vandyck Silveira argumenta sobre o presidente Jair Bolsonaro e suas decisões frente ao contexto vivenciado na economia brasileira atual. Criticando Bolsonaro, de maneira a insinuar que seu governo não está sendo capaz de criar uma solução eficaz que aborde os dois tópicos da discussão, saúde e economia, Silveira acredita que o governante esteja focando apenas no tópico económico, como estratégia política individual de solidificar a sua credibilidade diante ao povo.

Em sua entrevista, o CEO da Trevisan ressalta que caso a situação continue dessa forma, o índice de desemprego chegará a 20% e resultará em um cenário de caos social. Assim, ele argumenta que o Brasil deve analisar quais setores econômicos devem voltar gradualmente ao funcionamento, de maneira a aumentar o consumo/liquidez da economia e impedir que o PIB atinja a percentuais negativos de até 5% e que o desemprego não chegue às taxas mencionadas anteriormente.

Ademais, Silveira argumenta que o problema do governo brasileiro atual é a falta de planejamento e liderança e ainda compara Bolsonaro com FHC, de maneira que o segundo conseguiu lidar firmemente com as parcelas divididas da população e implementar as reformas econômicas coerentes com a situação que o Brasil vivenciava. Ao dizer isso, o entrevistado insinua que há uma necessidade urgente de implementar as medidas estruturais de forma mais eficiente e rápida, deixando de lado assim, brigas de oposição entre governo federal e Câmara que é o caso da PEC 10/2020 discutida atualmente no cenário federal e que será mais explorada ao decorrer do texto.

Apesar de Silveira considerar que grande parte do problema é a falta de planejamento e liderança, ele também defende que há um problema muito mais enraizado e antigo, relacionada a uma questão estrutural do governo. Segundo o entrevistado, a relação dívida pública e PIB no Brasil hoje chega a 77% e que ainda há margem, pois o teto ainda é de 95%. Contudo, ele compara o Brasil a um alcoólatra - "se abre a torneira, não bebe apenas um copo, bebe a garrafa

inteira", insinuando dessa forma, que o Brasil não é capaz de usar essa ferramente de forma íntegra e equilibrada. Já na visão dos autores da matéria do Estadão, "Guerra assimétrica: uma análise da PEC 10/2020" , sua maior preocupação é o foco intenso apenas no futuro da nação, sendo que talvez, existe a possibilidade de não ter amanhã - ou seja, defende, principalmente, ações focadas no presente às ações aspiracionais que o governo vem tomando.

Nessa ótica, os autores defendem o uso de medidas mais estudadas e menos arriscadas e ainda mencionam o fato de que as ações inseridas no tal "orçamento de guerra" que mencionam a autonomia do Banco Central para compra e venda de títulos no mercado secundários local e internacional não fazem sentido, pois o tal risco de crédito das operações que se demonstra bastante elevado, não foi um resultado derivado da pandemia e sim uma escolha de agentes privados, que se derivam do apetite ao risco; dessa forma, não é justo que toda a população pague por isso. Segundo os autores, a solução não está em conceder ao BC autonomia na atuação da formação de preços, pois essa demonstra ser a opção mais arriscada uma vez que com essa atitude o BC transferiria para o Governo Federal um conjunto de dívidas privadas com taxas super baixas de recuperabilidade.

Além do mais, argumentam que a PEC mencionada não é um orçamento em si, de maneira que não possuem duas características básicas: previsão de receita e suas fontes e fixação de despesas. Ao ter a carência desses dois traços, os autores fazem uma analogia com um cheque em branco dado ao governo, sendo que a única coisa que essa PEC proporcionaria ao governo é o poder de escolha da direção desses gastos e que essa liberdade é extremamente errônea. Portanto, ao analisar ambos textos, foi possível compreender que não só o presidente, como também as elites econômicas, estão tentando implementar medidas que as beneficiem propriamente, desconsiderando os impactos negativos que poderão atingir grande parcela da população brasileira. Deve-se ter em mente também, que a ameaça invisível que aflora no mundo como um todo, afeta toda a população e as medidas para contê-la, unida a uma ajuda econômica advinda do governo, devem ser prioritárias para uma recuperação mais rápida do país no âmbito da saúde, uma vez que, quanto maior a velocidade de recuperação da população, mais cedo a recuperação económica poderá ser iniciada....


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