Regra, J. As entrevistas iniciais na clínica analítico-comportamental infantil PDF

Title Regra, J. As entrevistas iniciais na clínica analítico-comportamental infantil
Author Sahâmia Martins
Course Bioetica
Institution Universidade Federal do Piauí
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As entrevistas iniciais na 25 clínica analítico-comportamental infantil Jaíde A. G. Regra

ASSUNTOS DO CAPÍTULO > Entrevistas iniciais com os pais: objetivos e fases. > Aspectos formais da entrevista inicial com os pais. > Aspectos relacionados ao conteúdo: levantamento de dados. > Exemplos de entrevistas iniciais. > Entrevistas iniciais com a criança: objetivos e fases.

Na clínica analítico-comportamental infantil, a criança é trazida para atendimento clínico pelos pais, e ambos são clientes. Alguns pais separados optam por fazer a entrevista juntos. Outra maneira de fazer a entrevista inicial é solicitar a vinda de todos os membros da família no primeiro atendimento. É mais fácil de se realizar uma entrevista familiar em clínica-escola onde há estagiários. São necessários dois profissionais ou duas duplas de estagiários supervisionados. Este modelo foi usado em hospital por Fernández (1987/1990) e adaptado à clínica analítico-comportamental com alunos do 5o ano de Psicologia, supervisionados (Regra, 1997). A entrevista inicial é feita com todos os membros da família, por aproximadamente meia hora, com quatro es-

tagiários. Decorrida meia hora, formam-se dois subgrupos: dois estagiários atendem o casal, na entrevista de pais, e dois estagiários fazem a sessão fraterna, observando a interação entre os irmãos. Após 30 minutos, os irmãos são conduzidos para a sala de espera e a dupla atende a criança individualmente. Outro estagiário pode fazer atividade recreativa com os irmãos na sala de espera. Esse formato de entrevista proporciona uma riqueza de dados, levantados em um período de aproximadamente 1 hora e meia. É uma maneira interessante de obter informações sobre os problemas trazidos, diluindo a queixa da criança através de todos os membros da família. Mostra-se à criança selecionada pela família, enquanto “aquela que tem problemas”, e ao grupo familiar que cada um pode mudar um pouco para favorecer o trabalho terapêutico do grupo familiar e da criança.

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> ENTREVISTA INICIAL COM O CASAL

b)

Objetivos da entrevista inicial com os pais: 1. levantamento de dados com descrição dos ; 2. levantamento de , sobre as variáveis que podem estar favorecendo a ocorrência dos comportamentos-alvo – o levantamento de hipóteses dirige o comportamento do clínico na tomada de decisão sobre as próximas questões a serem feitas; 3. levantamento das hipóteses mais prováveis sobre as

nos primeiros 20 minutos, ocorre um resumo do histórico dos problemas da criança. Há pais com necessidade de prolongar esse período e pais que resumem as informações. c) com perguntas direcionadas para obter dados relevantes. Friedberg e McClure (2001/2004) mostram a importância de se

Para isso, utilizam-se do mapa de frequência de comportamentos, com o registro das situações em que ocorre cada um dos comportamentos observados e os horários correspondentes. Isso facilita ao clínico fazer a análise dos comportamentos envolvidos e elaborar procedimentos para alterar os comportamentos-alvo. Nessa investigação através de perguntas, o clínico é conduzido ao levantamento das hipóteses mais prováveis.

– as respostas dadas pelos pais tornam algumas hipóteses mais prováveis e outras, menos prováveis; 4. apresentação da d) ; 5. – orientar a aplicação de procedimentos simples para testar a habilidade dos pais nessa tarefa e dar início ao processo de mudança; 6. fechamento do . A entrevista inicial com os pais pode ser dividida em não necessariamente nesta ordem: a)

nome completo dos pais e da criança (idade e data do nascimento), primeiro nome dos irmãos e idade; nome da escola; endereço da família; telefones; período da escola; nome da coordenadora.

explicar aos pais sobre o trabalho desenvolvido pelo atendimento clínico analítico-comportamental, explicando como um comportamento pode ser aprendido – que é possível usar estratégias e procedimentos para que a criança “desaprenda” (emita o comportamento em frequência muito baixa) os comportamentos que são prejudiciais ao seu desenvolvimento e aprenda outros comportamentos funcionais que deveriam ser emitidos em contextos semelhantes. e) através das hipóteses mais prováveis às menos prováveis, descrever como alguns dos comportamentos–alvo podem ter sido aprendidos através da história de vida da criança. Descrever algumas possíveis soluções que possam produzir um efeito tranquilizador e favorecer a adesão ao tratamento. f) pode ter a função de agilizar o processo terapêutico e de um

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teste para o comportamento dos pais em relação ao seu repertório de entrada para seguir a orientação proposta. g) frente ao trabalho. h) Ferreira (1997) analisa as contingências específicas envolvidas nessa relação, em que o clínico deve descrever as regras nas quais as relações terapêuticas serão baseadas. Deve especificar o número de sessões por semana (em geral, uma sessão semanal com a criança), a duração da sessão de 50 minutos, a inclusão de uma sessão mensal de orientação de pais ou sessão familiar com todos os membros; especificar as regras sobre faltas e férias, a possibilidade de ocorrer uma sessão fraterna ou de se fazer sessão compartilhada mãe/criança ou pai/ criança e, finalmente, conversar sobre os valores, qual o custo mensal e a forma de pagamento. A maneira como os pais se comportam frente às regras fornece amostras de seu comportamento em cada uma das situações.

> ASPECTOS FORMAIS DA ENTREVISTA a)

– são feitas perguntas para se obter descrições comportamentais de relatos obscuros. Exemplo: Mãe: Meu filho é muito nervoso. Terapeuta: Como é esse nervoso? O que a senhora observa seu filho fazendo quando acha que ele está nervoso? Dê um exemplo de uma situação em que ele fica nervoso.

b) “Dê um exemplo que descreva a situação e o comportamento”. c) Exemplo: “Seu filho

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costuma desobedecer ou ele é obediente?” Um outro modo de perguntar: “O que seu filho faz quando vocês lhe dizem que não pode fazer algo?”. d) “A senhora se sente culpada quando acontece isso?”. Um outro modo de perguntar: “Como a senhora se sente nessa situação?”. e) Costumam fazer um relato livre. Durante este relato, anotam-se pontos a serem esclarecidos depois. f)

> ASPECTOS RELACIONADOS AO CONTEÚDO: LEVANTAMENTO DE DADOS a)

identificar as condições físicas do passado e atuais, uso de medicamentos; doenças, idade em cada uma delas e graus de febre; problemas neurológicos, endócrinos e outros (Conte e Regra, 2000). b) quando perceberam o aparecimento dos primeiros “problemas”; o que os pais e as outras pessoas costumavam fazer; o que já fizeram para resolver o “problema”; como a queixa afeta a vida da criança e de cada membro da família; frequência de ocorrência em uma semana ou em um mês. Durante a queixa livre, os pais são solicitados a informar sobre os motivos que os trouxeram à consulta. Costumam fazer um relato livre. Histórico de desenvolvimento da criança: como era o sono em bebê; por quem era cuidado; se houve mudanças de cuidadores e em que época; como foi ensinado o treino

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de toalete; como foi o primeiro dia na escola. Especificar a frequência de ocorrência em um dia, em uma semana ou mês do comportamento-alvo; lista de comportamentos “adequados” e “inadequados”. Durante o relato dos pais, são levantadas hipóteses sobre as possíveis variáveis entrelaçadas que podem estar controlando os comportamentos-alvo da criança. É importante levantar muitas hipóteses, das mais prováveis às menos prováveis. São essas hipóteses formuladas que norteiam o levantamento de dados. c) obter a descrição da rotina da família: o horário em que a criança se levanta, como é acordada e por quem; como são os hábitos de higiene após levantar -se; se necessita de ajuda para isso ou é capaz de fazê-lo sozinha; como é o café da manhã, quem está presente, como a criança come e o que come; os comportamentos que se seguem ao café da manhã; descrição do almoço; ida para a escola, volta da escola, com quem faz a lição e de que forma, se é lenta ou rápida, se tem prazer pela aprendizagem ou se apresenta recusas para fazer as tarefas acadêmicas; como é o jantar, o que ocorre após o jantar; quando o pai e a mãe chegam, o que fazem juntos e como é o preparo para ir dormir; horário em que deita e dorme. Em todas as situações, é importante obter a informação sobre a interação entre os membros da família. Solicitar exemplos de situações de interação entre os irmãos. Como é na escola, o que a professora fala sobre a criança; habilidades sociais na escola e em casa. Tipos de dificuldades e de habilidades. d)

o que

as pessoas fazem e falam quando a criança se comporta desse modo). e) f) . Que tipo de crenças eles aprenderam sobre ser uma “boa mãe” e sobre ser “um bom pai”. g) Compartilhar com os pais as hipóteses levantadas pelo clínico a partir dos dados coletados, identificando aquelas que são mais prováveis e as menos prováveis. Mostrar que as primeiras hipóteses norteiam a investigação através de novos levantamentos de dados, os quais poderão conduzir a informações que irão descartar algumas hipóteses e fortalecer outras. h)

> EXEMPLOS DE ENTREVISTAS INICIAIS EM UM CONTEXTO CLÍNICO Caso 1: Entrevista com os pais de uma menina de 4 anos – possível diagnóstico de transtorno alimentar Queixa livre: Os pais relatam que a criança sempre foi mandona, com gênio muito forte e tinham que fazer tudo do jeito que ela queria, senão era muito estressante e ocorriam muitas brigas. Mesmo fazendo tudo como a criança queria, ainda assim ela achava formas de confrontar. Apresentava dificuldades de relacionamento com outras crianças. Com adultos, relacionava-se melhor. Procurava muitas vezes fazer o contrário do que lhe era solicitado, querendo sempre dar a última palavra. Atualmente, na hora da refeição, diz que não quer comer e fecha a boca. “Obrigamos que ela coma de várias formas: ora brigando, ora conversando e fazendo brincadei-

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ras, ora deixando sem comer” (sic). Ao pedir leite, costuma-se dá-lo, para que ela não fique com fome. Quando come, seleciona os alimentos e não gosta de quase nada. Atualmente, só come salsicha com arroz e batatas fritas. Para ampliar a variedade de alimentos, os pais lhe perguntam se quer experimentar algo novo, e a criança diz que não quer; então, servem-lhe salsicha com arroz e batatas porque, pelo menos isso, ela come. É importante levantar dados sobre a evolução dos sintomas-queixa; da evolução dos padrões de comportamento que fazem parte da classe “formas de alimentar -se”. Após o levantamento dos dados referentes aos itens anteriores mencionados, é feita, junto aos pais,

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que não lhe estavam disponíveis. Nesse contexto, nasce o irmão e parte das atenções recebidas pela criança se volta para ele. Quando a criança se recusa a comer, impede que a rotina da casa ocorra sem estresse, recebe muito mais atenção e seu novo e bonzinho irmão pode ser deixado um pouco de lado. Ao se solicitar um registro simples dos comportamentos ocorridos durante a refeição e

Caso 2: Entrevista com os pais de um menino de 5 anos – possível diagnóstico de Transtorno Opositor Desafiador Possíveis controles imediatos: atenção dada contingente à recusa em comer, aumento da preocupação dos pais quando a criança não come. Primeiras hipóteses: a) A criança pode receber atenção mínima quando come e apresenta outros comportamentos “adequados”. Quando se recusa a comer, todos dão atenção para o comportamento de recusa. Esse comportamento aumentará de frequência. b) A criança recebia atenção muito frequente tanto para os comportamentos “adequados” como para os comportamentos “inadequados”. Aprendeu que os pais, babá e avós cedem quando ela tem uma birra e, dessa forma, consegue as poucas coisas

Queixa livre: Apresenta problemas de comportamento na escola; é agressivo e bate nas crianças. Quer tudo na hora, é imediatista, impõe autoridade e tem reação explosiva. Antes, ocorriam brigas diárias com ataques de fúria. Já mudou três vezes de escola, sempre com as queixas de agressividade, de não fazer as tarefas e de apresentar dificuldade em ficar sentado. Ao entrar na escola atual, pegou um amigo pelo pescoço. Tem acessos de raiva (uma a duas vezes ao dia), e na escola as agressões são diárias. O psiquiatra supõe que tem Transtorno Opositor Desafiador com comportamentos explosivos intermitentes, mas prefere aguardar 4 meses de terapia analítico-comportamental para rever a criança e analisar os dados. A criança tem dificuldades para lidar com situações de perdas. Não se socializa

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com outras crianças e apresenta bom relacionamento com adultos, desde que concordem com ela. Fica irritada quando se altera uma sequência de comportamentos a qual estava habituada. Mostra-se inflexível. Quer ser a primeira da fila e se atraca com a criança que estiver na frente, para arrancá-la daquela posição. Perde coisas e mostra-se desorganizada. Exemplo de questões relevantes:

a) , nomeados como “agressivos”. Descrição dos pais: “Ele bate nas crianças, chuta, pega pelo pescoço, senta sobre a mão da criança e demora para sair de cima e diz que foi sem querer, pisa na mão de uma criança que está brincando no chão, joga pedrinhas em criança pequena no

> QUADRO 25.1 Descrição dos comportamentos-alvo da criança e dos eventos que os antecendem e os sucedem. Contexto (o que ocorre antes)

Comportamentos da criança

Consequente (o que ocorre depois)

1. A professora dá uma tarefa que (C) não consegue fazer.

(C) anda pela sala sem fazer a tarefa.

Colega (J) diz para a professora que (C) não está fazendo a lição.

2. A professora manda (C) se (C) continua andando. sentar.

A professora fica brava com (C).

3. A professora coloca (C) sentado.

(C) fica emburrado e não faz a tarefa.

(C) consegue se esquivar de enfrentar uma tarefa difícil.

4. No recreio, brincando na areia.

(C ) pisa na mão de (J), que A professora faz (C) pedir estava sentado no chão, (J) desculpas para (J). grita e (C) demora para tirar o pé e diz que foi sem querer.

5. Outro colega (M) pegou um brinquedo.

(C) agarra o brinquedo.

6. (M) se solta de (C).

(C) agarra (M) pelo pescoço A professora separa (C) e o leva para conversar com a Orientae arranca o brinquedo. dora.

7. No parque, vendo uma criança pequena sendo acariciada pela babá.

Joga pedrinhas na criancinha.

A babá protege a criancinha e a mãe de (C) conversa com ele, dizendo que não pode fazer isso e que tem que pedir desculpas.

8. (C) não pede desculpas e anda de bicicleta.

Tenta atropelar a mesma criancinha (na qual havia jogado pedrinhas).

A mãe conversa com ele, dizendo que não pode fazer isso porque machuca, e a criança é tão boazinha e não está fazendo nada de mal.

9. O irmão se sentou no sofá. (C) arranca o irmão do lugar, gritando que esse é o lugar dele, e bate no irmão.

A mãe bate em (C), que grita muito e avança na mãe com crise de fúria.

(M) segura o brinquedo e não solta.

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playground, tenta atropelar as crianças com sua bicicleta, etc.”

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ção do desconforto que ocorre quando enfrenta algo que não consegue fazer.

b)

É importante compartilhar com os pais as hipóteses levantadas e a análise de comportamento efetuada inicialmente. Análise de uma sequência hipotética de comportamentos emitidos pela criança, fundamentada pela descrição de comportamentos dos pais: Situação 1: A professora dá uma tarefa para a classe que a criança (C) não consegue fazer  (C) se sente desconfortável, com medo de errar e de se expor  anda pela sala sem fazer tarefa  colega (J) conta para a professora que (C) não está fazendo a lição  (C) sente raiva de (J)  a professora manda (C) se sentar  (C) sente raiva da professora, que se uniu a (J), e continua andando pela sala e fazendo ao contrário do que a professora lhe pede  a professora fica brava com (C) e sente irritação por não ser obedecida e ser desafiada em sua autoridade e coloca (C) sentado  (C) fica emburrado e não faz a tarefa  (C) consegue se esquivar de enfrentar uma tarefa difícil e continua desafiando a professora e fazendo o contrário do que lhe foi solicitado. Neste contexto, o primeiro comportamento de “andar pela sala” tinha a função de evitar o enfrentamento de uma tarefa difícil. Quando (J) conta para a professora sobre (C), (C) sente raiva de (J) e da professora, que não compreendeu sua dificuldade; comporta-se de forma opositora (é difícil obedecer a pessoa pela qual se está sentindo raiva) e a professora o obriga a se sentar. Mesmo sentado, (C) mantém seu comportamento opositor, recusando-se a fazer a tarefa; esse comportamento pode estar sendo mantido pela redu-

Situação 2: Brincando na areia  (C) observa (J) brincando e apoiando a mão no chão  (C) pisa na mão de (J)  (J) grita  (C) demora para tirar o pé e diz que foi sem querer  a professora exige que (C) peça desculpas. Supondo que (C) teve dificuldades em lidar com a emoção de raiva com (J) na sala de aula, ele espera no recreio uma situação favorável para pisar na mão de (J), dizendo que foi sem querer. A professora exige que (C) peça desculpas.

Ao fazer a criança pedir desculpas, tanto a professora como os pais podem produzir vários efeitos inesperados sobre os comportamentos dela: o que realmente se está ensinando nessa situação? A criança classifica seus comportamentos inadequados como “maus”. (C) está desenvolvendo um autoconceito negativo em relação a ser mau porque muitos de seus comportamentos são classificados como maus e seguidos de broncas e punições. Quem pede desculpas é bonzinho; quem pede desculpas sendo obrigado a fazê-lo continua sendo mau

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e sentindo muita raiva de ter que pedir desculpas contra sua vontade. A professora está emparelhando uma emoção muito desconfortável com o comportamento de desculpar-se. Isso poderá reduzir a probabilidade futura de (C) vir a se desculpar “espontaneamente” e de reduzir a frequência do compor tamento agressivo. Quando (C) agredir o colega, deve ter sua atividade recreativa suspensa e permanecer em situação neutra, sem atenção. Após acalmar -se, conversar com (C) sobre outra maneira de lidar com a raiva sem machucar o coleguinha poderá ajudá-lo a descrever comportamentos alternativos para o mesmo contexto. Ensiná-lo a encontrar uma solução para lidar com a situação: (C) pode dizer a (J) que não gosta que conte coisas suas para a professora, e a professora pode introduzir uma regra na classe: “cada um deve tomar conta de si mesmo”. Quando aprender a lidar com a raiva sem machucar o outro, (C) pode ser ensinado a pedir desculpas “espontaneamente”, sem ser forçado para isso. Situação 3: No parque, vendo uma criança pequena sendo acarinhada e cuidada pela babá; joga pedrinhas na criança e diz que não gosta dela. Parece que ver o outro recebendo atenção elicia em (C) algum desconforto emocional: sente ciúmes (sentimento que pode ocorrer ao ver alguém recebendo atenção e ele sem nenhuma atenção). Dizer que não gosta da criança é uma forma de descrever seu desconforto, mesmo que não compreenda porque não gosta dela. Quando sua babá afirma que é feio fazer isso, e que não pode se comportar dessa maneira, está reafirmando que seus comportamentos são feios e maus e os comportamentos da outra criança são bons. (C) pode estabelecer novas relações: se eu sou mau, então não sou amado, e

se ela é boa, então ela é amada. Isto pode aumentar o desconforto e ampliar o “ciúme”. Dymond e Barnes (1994) efetuaram uma análise de comportamento mostrando como a...


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