O Papel DO Pedagogo NA Educação Infantil PDF

Title O Papel DO Pedagogo NA Educação Infantil
Course Pedagogia
Institution Universidade Nilton Lins
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O Papel DO Pedagogo NA Educação Infantil ...


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O PAPEL DO PEDAGOGO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

RESUMO

Este artigo tem como objetivo de fornecer esclarecimentos sobre um tema que irá contextualizar as funções do pedagogo no campo da educação infantil, esclarecendo seu real processo interpessoal, competência de apropriação e conhecimento para o desenvolvimento da potencialidade corporal, afetiva, emocional, estética e ética da criança pré-escolar. Em uma abordagem qualitativa, foi relacionado os desafios pata tal progresso e os benefícios que essa educação oferece para o desenvolvimento da capacidade infantil, nem menos importante, as atribuições do pedagogo como gestor na educação, os limites, dificuldades e barreiras que caracterizam a relação pedagogo-aluno. Por isso, o desenvolvimento pessoal e aprendizagem da criança estar sujeito ao estímulo e atribuições, fornecendo diretrizes que aumentam a autonomia, o protagonismo e o estímulo motor e social da criança ao mundo. Palavras-chave: Pedagogo. Educação infantil, criança.

INTRODUÇÃO O presente trabalho faz parte da conclusão do módulo II do curso de pedagogia do Centro Universitário Leonardo Da Vinci – UNIASSELVI, e tem como objetivo principal refletir o papel do pedagogo na educação infantil. Tendo em vista que a atuação do mesmo quando feita com esmero proporciona muitos benefícios durante o processo de aprendizagem da criança, e quanto mais cedo ela sofrer essa influência positiva, maiores serão os benefícios a longo prazo para a sua vida acadêmica. O pedagogo deve compreender que existe uma diversidade subjetiva, política e cultural que cada aluno traz consigo, assim sendo também os professores que são os profissionais responsáveis por abrir caminhos frente a essa diversidade, de modo que elas sejam expostas ao mundo como processos conscientes e constituintes nas relações humanas, atuando no desenvolvimento de forma integral para fornecer 1Acadêmicos do curso de graduação de pedagogia. 2 Professora tutora-externa

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promoção em um contexto educativo de diversos campos de conhecimentos, enriquecendo a integralidade durante o desenvolvimento infantil. Entretanto, o pedagogo deve estar atento para o currículo, ou seja, para aquilo que deve ser ensinado, e nem menos importante sua metodologia, ou seja, como deve ser ensinado. Dessa forma, ele irá proporcionar à sua equipe uma possibilidade de ação que considere a utilização de “técnicas adequadas que permitem o estudo de alternativas e tomadas de decisão. […] Uma metodologia que permite a apropriação do conhecimento e seu manejo criativo e crítico” (GUIRRO, 2009, p.71). O papel do pedagogo desse modo é mais do que dar vistos nos planejamentos dos professores ou de simplesmente assinar fichas exigidas pela burocracia da regência escolar, mas sim de “derrubar paredes” da escola de “saltar seus muros” (GUIRRO, 2009, p.71). Em outras palavras, o papel do pedagogo é de quebrar velhos paradigmas que retardam ou diminuem a capacidade de interação entre alunos e professores e buscar outras possibilidades de interação por meio de tecnologias modernas, por meio de recursos gratuitos que convoquem todos (alunos e professores, funcionários e comunidade escolar) a interagir com a escola. Isso mostra que o pedagogo está atualizado com as novas interações sociais, novas formas de contatos socais, novos conhecimentos que podem ser apreendidos com essas situações. 1. A importância do pedagogo na Educação infantil De acordo com as Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil (2010) é necessário seguir alguns princípios para as propostas pedagógicas: O primeiro é o princípio ético, da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades. Seguido pelo princípio políticos, dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática. E por último pelo princípio estéticos: da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade de expressão nas diferentes manifestações artísticas e culturais. Segundo Negrine (2002, p. 23) na Educação Infantil, os professores que são preparados para atuar neste âmbito precisam realizar tarefas e funções múltiplas.

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Em outras palavras, cabe a eles proporcionar experiências variadas às crianças: informativas, recreativas, motoras, musicais, plásticas, etc. A lógica é formar um professor unidocente que dê conta de tudo e de todos, desta forma, o pedagogo pode desenvolver nas crianças as habilidades motoras, além das demais práticas que costumam ser desenvolvidas. Elas precisam correr, pular, saltar, rolar, subir, descer, engatinhar, tocar e ser tocada. E acima de tudo, conhecer o próprio corpo e as possibilidades de vivências que ele oferece. “Ao movimentarem-se as crianças expressam sentimentos, emoções e pensamentos, ampliando as possibilidades do uso significado de gestos e posturas corporais” (BRASIL, 1998, p. 15). Entende-se que a importância do pedagogo na Educação Infantil é refletir junto aos educadores sobre as percepções de infância, de atendimento à criança, de instituição e orientá-los na construção de uma prática pedagógica com vistas à superação do trabalho fragmentado. Um outro objetivo do pedagogo deve ser o de orientar o educador no sentido de que seu trabalho estimule o desenvolvimento da criança. 1.1. Os desafios que o pedagogo enfrenta na Educação infantil Segundo ZAIAS et al (2010) o pedagogo enfrenta no espaço escolar desafios e também conflitos nas relações as quais mantém consigo mesmo e também com outros agentes educacionais no desenvolvimento da sua prática cotidiana na escola. ZAIAS et al (2010) em sua pesquisa com pedagogos de uma escola estadual e municipal de educação infantil concluiu que a

maior dificuldade desses

profissionais no contexto escolar está no momento de sua prática, ou seja, de sua atuação; pois o mesmo relata dificuldades sendo elas interpessoais, tanto com alunos como também com professores, sendo na função de administrar conflitos; os quais relatam problemas como: falta de estrutura, excesso de alunos em sala de aula, indisciplina, falta de comprometimento na participação do corpo docente no pré-conselho e na hora atividade, dificuldade em conscientizar os pais em participar das reuniões, pois a participação dos mesmos é de suma importância para o desenvolvimento da instituição. LINHARES et al (2011) identificou que muitas vezes a formação inicial do pedagogo professor da Educação Infantil, ainda está relacionada a questões burocráticas, a modelos de estágio que desconectam as teorias das práticas ou

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práticas dissociadas da realidade. E não são poucas as vezes que o professor supervisor do estágio carece de experiência teórico-prática no campo. Ou seja, supervisiona para a Educação Infantil, sem nunca ter sido professor da “Educação Infantil”. Sem querer entrar a fundo no mérito da questão, e apesar dos argumentos contrários que se possam construir frente à afirmativa, levantamos só um questionamento: ‘’ alguém pode ensinar a nadar sem nunca ter nadado? ’’ São assim inúmeras as questões que envolvem os problemas da formação do pedagogo professor da Educação Infantil, e os conflitos decorrentes entre a teoria e prática, ou em outras palavras, a práxis propriamente dita.

1.2. Os benefícios da atuação do pedagogo na Educação infantil Segundo as Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil (2010) as práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular da Educação Infantil devem ter como eixos norteadores as interações e as brincadeiras para garantir experiências que:

promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da

ampliação de experiências sensoriais, expressivas, corporais que possibilitem movimentação ampla, expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da criança; favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical. Entretanto, os conhecimentos também aprova que crianças tenham experiências de narrativas, de apreciação e interação com a linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes suportes e gêneros textuais orais e escritos; Recriem, em contextos significativos para as crianças, relações quantitativas, medidas, formas e orientações espaço temporais; Ampliem a confiança e a participação das crianças nas atividades individuais e coletivas; situações

de

Possibilitem

aprendizagem mediadas para a elaboração da autonomia das

crianças nas ações de cuidado pessoal, auto-organização, saúde e bem-estar; Possibilitem vivências éticas e estéticas com outras crianças e grupos culturais, que alarguem seus padrões de referência e de identidades no diálogo e conhecimento da diversidade; Incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o

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questionamento, a indagação e o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao tempo e à natureza; Promovam o relacionamento e a interação das crianças com diversificadas manifestações de música, artes plásticas e gráficas, cinema, fotografia, dança, teatro, poesia e literatura;

Promovam a interação, o

cuidado, a preservação e o conhecimento da biodiversidade e da sustentabilidade da vida na Terra, assim como o não desperdício dos recursos naturais; Propiciem a interação e o conhecimento pelas crianças das manifestações e tradições culturais brasileiras. Art. 3º O currículo da Educação Infantil é concebido como um conjunto de práticas que buscam articular as experiências

e

os

saberes

das

crianças

com

os

conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade. (BRASIL, 2009, p. 01) (Grifos nossos).

Podemos observar que são inúmeros os benefícios que promovem o desenvolvimento pessoal e aprendizagem da criança em âmbito escolar, que quando são seguidas corretamente, essas diretrizes aumentam a autonomia, o protagonismo e os estímulos sociais e motores. 2. MATERIAIS E MÉTODOS O presente estudo tem tipologia de cunho bibliográfico, através de pesquisas em rede de dados, de forma exploratória, analise e leitura de obras de vários autores relacionados ao tema.

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A pesquisa bibliográfica ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto (...) (LAKATOS, 2003, p.183) Para a análise dos dados coletados, foi utilizada uma abordagem qualitativa, buscando-se fazer um minucioso levantamento bibliográfico sobre o papel do pedagogo e sobre os desafios encontrados durante sua prática na educação infantil, através de leitura do material selecionado, para, após as devidas análises, chegarse à construção de elementos que compuseram este papper. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Tendo como base, apresentamos concordância com Veiga (1992) ao afirmar que a prática pedagógica é uma ação social orientada por objetivos, finalidades e conhecimentos inserida no contexto social da criança. Contudo, (BRASIL, 2001), afirma que as primeiras experiências de vida são as que marcam profundamente, quando positivas, tendem a reforçar, ao longo da vida as atitudes de autoconfiança, de cooperação, solidariedade e responsabilidade. As ciências que se debruçaram sobre a criança nos últimos cinquenta anos, investigando como se processa o seu desenvolvimento, coincidem em afirmar a importância dos primeiros anos de vida para o desenvolvimento e aprendizagem posteriores. Segundo Barbosa (2007), citado por Camargo (2012, p.40) “Uma prática libertadora oferece à criança a possibilidade da descoberta de si mesmo, do outro e do mundo, ao mesmo tempo em que pode construir sua própria identidade e também ressignificar o que vê, experimenta, e o que sente. (p. 36)” Esse processo de formação e atuação permite ao pedagogo uma amplitude para

determinar

o

desenvolvimento

emocional

progressivo

da

criança,

desencadeando com ações que contribuam para atender as especificidades da Educação Infantil. Se a vida da criança está organizada, a sua memória enriquece-se com um conteúdo útil, que se vai acumulando sucessiva e

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gradualmente. Amplia-se o seu horizonte e formam-se o espírito observador e o inquisitivo. O seu raciocínio forma-se não só através de tipos especiais de atividade, nas brincadeiras, no trabalho ou nas aulas, mas também na vida quotidiana em que a sua mente tem que trabalhar ativamente para compreender o grande número de fenómenos inesperados e as constantes dificuldades que lhe surgem no dia a dia. (LIUBLINSKAIA, 1973, p. 23-24)

Sabemos que os pedagogos são os responsáveis por abrir caminhos frente a uma diversidade de conhecimentos, por esse motivo levou-se em consideração a metodologia aplicada durante esse processo, que além das técnicas utilizadas para tal desenvolvimento, é importante preparar a caixa de informações e organizar rotinas de instituição educativas, para que ocorra um raciocínio lógico progressivo e para fim se tenha uma concepção de que possa estimular sentimentos positivos ao meio da criança. 4. CONCLUSÕES Podemos concluir que o desenvolvimento aplicado no ensino da criança expressa expectativa que deve oferecer um âmbito de organização de rotina, tempo e de espaço, onde o educador infantil comprometido com a pratica pedagógica atenda as especificidades complementar no que se diz respeito ao aspecto motor dos alunos. De acordo com Gallahue & Ozmun (2003, p. 238), “os responsáveis pelas crianças devem compreender as características desenvolvimentistas dos préescolares, suas limitações e seus potenciais. Apenas assim poderemos estruturar experiências desenvolvimentistas que, de fato, possam refletir as necessidades e os seus interesses. ” Segundo (BRASIL, 1998, p. 23) neste processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis. Conforme Zabalza (1998, p. 158), criar uma rotina diária é “fazer com que o tempo seja um tempo de experiências ricas e interações positivas” Para melhor compreensão, segundo Luz (2010, s/p), esclarece que: as atividades e rotinas devem ser planejadas de modo a assegurar que essas ações sejam promotoras do processo de

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desenvolvimento, considerando seus interesses, desejos e capacidades atuais, ações que devem ter sentido para essas crianças e não para os adultos ou para o modelo de adulto que se pretende atingir.

REFERÊNCIAS ANGHINONI, Sara Joana. Práticas pedagógicas na educação infantil e a visualidade contemporânea. Passo Fundo : UPF, 2006. ANGOTTI, Maristela . Semeando o trabalho docente. In: Oliveira , Zilma Moraes Ramos de (ORG). Educação Infantil : muito olhares. 5 ed. São Paulo: Cortez, 2001 BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil / Secretaria de Educação Básica. – Brasília : MEC, SEB, 2010. BRASIL, Ministério da Educação. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF. 2001 CHAVES, Marta. Práticas Pedagógicas na educação infantil: contribuições da teoria histórico- cultural. Fractal: Revista de Psicologia, v. 27, n. 1, p. 56-60, jan.-abr. 2015. Disponível

em:

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1984-

02922015000100056&script=sci_arttext. Acesso em: 06. Jun. 2018 GUIRRO, Antonio Benedito. Administração de benefícios e remuneração: RH. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. OLIVEIRA, Ronilda Rodrigues da Silva. DA SILVA, Carmem Virgínia Moraes. Práticas pedagógicas na educação infantil: conhecimentos e contradições . Seminário Gepráxis, Vitória da Conquista – Bahia – Brasil, v. 6, n. 6, p 3442-3460, 2017.

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SEED Orientações para a (re) elaboração, implementação e avaliação de Proposta Pedagógica na Educação Infantil. Curitiba, - Secretaria de Estado da Educação do Paraná, 2006. TUSSI, Dorcas. O espaço e o currículo: conexões e diálogos sobre as práticas pedagógicas no cotidiano na educação infantil. 2011. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós- Graduação em Educação, Universidade Federal de Santa

Catarina

(UFSC),

2011.

Disponível

em:

http://cascavel.ufsm.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3968. Acesso em: 06. Jun. 2018 VEIGA, Ilma Passos Alencastro. A prática pedagógica do professor de Didática. 2. ed. Campinas: Papirus, 1992....


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