A literatura infantil na concepção do Rcnei e Dcnei PDF

Title A literatura infantil na concepção do Rcnei e Dcnei
Author Alessandra Aparecida Da Silva
Course Sociolinguística: Língua e Cultura
Institution Universidade do Estado de Mato Grosso
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Summary

A literatura infantil tem um papel fundamental no desempenho e desenvolvimento da criança, com isso a LDB (lei 9.394/96) estabelece que a educação infantil é a 1ª etapa da educação básica para o desenvolvimento integral da criança e que a leitura de histórias é o momento em que a criança pode conhec...


Description

A literatura infantil na concepção do RCNEI e DCNEI A literatura infantil tem um papel fundamental no desempenho e desenvolvimento da criança, com isso a LDB (lei 9.394/96) estabelece que a educação infantil é a 1ª etapa da educação básica para o desenvolvimento integral da criança e que a leitura de histórias é o momento em que a criança pode conhecer a forma de viver, pensar, agir, conhecer valores e culturas e que ao se contar a história deve haver um preparo. A DCNEI – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2010), ao trabalhar a ideia de Literatura Infantil, busca garantir uma imersão nas distintas linguagens, o que possibilita experiências de narrativas, de apreciação e interação com a linguagem oral e escrita, seus distintos gêneros e suportes, integrando essas experiências à construção de um cidadão. Seguindo a ideia da importância de apresentar à leitura as crianças, as diretrizes da educação infantil, estabelece o desenvolvimento da criança diversificadamente, nessa concepção, as diretrizes educacionais descrevem e estabelecem a necessidade de o educador desenvolver e aguçar todos os aspectos de desenvolvimento da criança. "(...) os professores deverão organizar a sua prática de forma a promover em seus alunos: o interesse pela leitura de histórias; a familiaridade com a escrita por meio da participação em situações de contato cotidiano com livros, revistas, histórias em quadrinhos; escutar textos lidos, apreciando a leitura feita pelo professor; escolher os livros para ler e apreciar. Isto se fará possível trabalhando conteúdos que privilegiem a participação dos alunos em situações de leitura de diferentes gêneros feita pelos adultos, como contos, poemas, parlendas, trava-línguas, etc. propiciar momentos de reconto de histórias conhecidas com aproximação às características da história original no que se refere à descrição de personagens, cenários e objetos, com ou sem a ajuda do professor". RCNEI, (1998, vol.3, p. 117-159).

De acordo com o DCNEI e a RCNEI, a inserção da leitura é fundamental para interação da criança e no desenvolvimento cognitivo, afetivo, social, na construção de valores e na definição do caráter da criança entre outros, ambos tratam de auxiliar o educador em sala, porem a contação de história esta além da sala da sala de aula, não podemos deixar que somente o professor proporcione a criança um momento de leitura e conhecimento através da contação, mas a interferência da família também é importante, entretanto faremos essa abordagem adiante. Queremos aqui incluir a importância dos referenciais teóricos ao abordar a literatura infantil, características e

praticas educativas necessárias para um bom desenvolvimento do educador ao realizar a contação de história.

2.1 RCNEI: algumas reflexões O Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (1998) vem tratar como pratica pedagógica a sonorização de histórias, fazendo assim para as crianças uma organização de forma expressiva o material sonoro, trabalhando a percepção auditiva, a discriminação e a classificação de sons. Os livros de história só com imagens são muito interessantes e adequados para esse fim. Neste caso, após a fase de definição dos materiais, a interpretação do trabalho poderá guiar-se pelas imagens do livro, que funcionará como uma partitura musical. Os contos de fadas, a produção literária infantil, assim como as criações do grupo são ótimos materiais para o desenvolvimento dessa atividade que poderá utilizarse de sons vocais, corporais, produzidos por objetos do ambiente, brinquedos sonoros e instrumentos musicais. O professor e as crianças, juntos, poderão definir quais personagens ou situações deverão ser sonorizados, realizando um exercício prazeroso, podendo-se ver a relação da musicalidade com a literatura infantil. Também é destacado que a partir de um livro que contenha apenas imagens, fazer uma leitura de imagens em grupos, pelo qual as crianças elaboram não somente os conteúdos comentados, mas estabelecem uma experiência de contato e diálogo com as outras crianças, desenvolvendo o respeito, a tolerância à diversidade de interpretações ou atribuição de sentido às imagens, a admiração e dando uma contribuição às produções realizadas, por intermédio de uma prática de solidariedade e inclusão. É nessa interação ativa que acontecem simultaneamente a observação, a apreciação, a verbalização e a ressignificação das produções. Nessas situações, novamente, a imaginação, a ação, a sensibilidade, a percepção, o pensamento e a cognição são reativados. O professor ao promover experiências significativas de aprendizagem da língua, por meio de um trabalho com a linguagem oral e escrita, se constitui em um dos espaços de ampliação das capacidades de comunicação e expressão e de acesso ao mundo letrado pelas crianças. Essa ampliação está relacionada ao desenvolvimento gradativo das capacidades associadas às quatro competências linguísticas básicas: falar, escutar, ler e escrever. (RCNEI, 1998, p.117)

A leitura pelo professor de textos escritos, em voz alta, em situações que permitem a atenção e a escuta das crianças, seja na sala, no parque debaixo de uma árvore, antes de dormir, numa atividade específica para tal fim, fornece às crianças um repertório rico em oralidade e em sua relação com a escrita. O ato de leitura é um ato cultural e social. Quando o professor faz uma seleção prévia da história que irá contar para as crianças, independentemente da idade delas, dando atenção para a inteligibilidade e riqueza do texto, para a nitidez e beleza das ilustrações, ele permite às crianças construírem um sentimento de curiosidade pelo livro e pela escrita. A importância dos livros e demais portadores de textos é incorporada pelas crianças, também, quando o professor organiza o ambiente de tal forma que haja um local especial para livros, gibis, revistas etc. Que seja aconchegante e no qual as crianças possam manipulá-los e “lê-los” seja em momentos organizados ou espontaneamente. A roda de conversa é o momento privilegiado de diálogo e intercâmbio de ideias, por meio desse exercício cotidiano as crianças podem ampliar suas capacidades comunicativas, como a fluência para falar, perguntar, expor suas ideias, dúvidas e descobertas, ampliar seu vocabulário e aprender a valorizar o grupo como instância de troca e aprendizagem. A participação na roda permite que as crianças aprendam a olhar e a ouvir os amigos, trocando experiências, podendo contar fatos às crianças, descrever ações e promover uma aproximação com aspectos mais formais da linguagem por meio de situações como ler e contar histórias, cantar ou entoar canções, declamar poesias, dizer parlendas, textos de brincadeiras infantis etc.(RCNEI, 1998, p.138)

É de grande importância o acesso, por meio da leitura pelo professor, a diversos tipos de materiais escritos, uma vez que isso possibilita às crianças o contato com práticas culturais mediadas pela escrita. Comunicar práticas de leitura permite colocar as crianças no papel de “leitoras”, que podem relacionar a linguagem com os textos, os gêneros e os portadores sobre os quais eles se apresentam: livros, bilhetes, revistas, cartas, jornais etc. Afirma-se assim que a contação de histórias auxiliam tanto no desenvolvimento da aprendizagem e linguagem da criança, como pode ser um processo colaborativo com outras modalidades, como a musicalidade, a leitura de imagens, entre outros, que em conjunto enriquecem a aprendizagem e o conhecimento da criança.

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