RELAÇÕES SOCIAIS E SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL – PARTE II – CAPÍTULO IV EM BUSCA DE ATUALIZAÇÃO PDF

Title RELAÇÕES SOCIAIS E SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL – PARTE II – CAPÍTULO IV EM BUSCA DE ATUALIZAÇÃO
Course Fundamentos Históricos Teórico-Metodológicos do Serviço Social II
Institution Universidade Federal de Viçosa
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RELAÇÕES SOCIAIS E SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL – PARTE II – CAPÍTULO IV: EM BUSCA DE ATUALIZAÇÃO A legitimação do Serviço Social no Brasil nos foi mostrada durante toda a leitura do livro Relações Sociais e Serviço Social no Brasil, tal legitimação e viabilização se atribui a demanda social que fortalece o desenvolvimento do Serviço Social no território brasileiro. Neste capítulo começamos a ver o surgimento dos primeiros congressos dos profissionais de assistentes sociais e demais setores interessados na instituição. Os congressos surgem como forma de reafirmar o compromisso ético, a necessidade das políticas de assistência social e diversos outros debates.

O Serviço Social tem, a todo

tempo, provar para a própria categoria profissional, para a própria população e para a classe burguesa a sua necessidade e ainda mostrar resultados, relevância e validade, e é nestes congressos que se constroem e se reafirmam todas as justificativas para cada um desses grupos. Se há também uma contradição entre o que é difundido pela instituição e pelo o que é feito na prática diária dos Assistentes Sociais: um determinismo que se é colocado onde o indivíduo, supostamente, não teria liberdade sobre suas escolhas e experiências, porém tal determinismo vem com uma carga preconceituosa e julgadora. 1. OS CONGRESSOS DE SERVIÇO SOCIAL NA DÉCADA DE 1940 O primeiro Congressos Brasileiro de Serviço Social foi realizado em 1947 e também foi um ambiente preparatório para o segundo Congresso Pan-Americano de Serviço Social, que foi realizado no Brasil. O Congresso Pan-Americano advém do Congresso Interamericano de Atlantic City (EUA, 1941) daí podemos observar a influência do Serviço Social americano no Brasil e em todas demais nações da américa latina. O pensamento que era compartilhado por diversos participantes do congresso era o de que a classe operária seria a única responsável pela sustentação de Assistentes Sociais. Tal pensamento fora refutado e colocado que se deve ter uma visão de conciliação entre o capital e o trabalho, entre a classe empregadora e a classe empregada. A formação profissional também foi debatida, visto o crescimento de escolas de Serviço Social. Idealiza-se uma grade curricular, condições mínimas, exigências, formas e condições de ingressos nestas escolas e regulação do ensino e reconhecimento profissional, surgindo assim a ABESS – Associação Brasileira de Escolas de Serviço Social e da ABAS – Associação Brasileira de Assistentes Sociais.

Os anais do primeiro Congresso Brasileiro tiveram uma ausência de um tema central para debate. As preocupações e teses se difundiram em diversos temas como Serviço Social na área médica, Serviço Social na indústria agricultura e comércio, Serviço Social na família menores e educação e etc. Tal diversidade e é reflexo da situação do Serviço Social no Brasil na década de 40. No período do Estado Novo, o Serviço Social se amparava nas medidas do Estado de um governo autoritário e pelas corporações empresariais e se surge um aumento da demanda para os Assistentes Sociais. Devido ao êxodo rural promovido durante a industrialização se teve um crescimento das áreas urbanas e a multiplicidade das expressões da questão social (derivada da exploração do trabalho), logo os assistentes sociais acabam por terem dezenas de áreas, além das já conhecidas se criam novas expressões, para atuar. A partir do 2º Congresso Pan-Americano de Serviço Social, foi notável a mudança de um discurso menos ideológico e menos ligado às instituições religiosas. Porém mesmo com este afastamento se é apresentado um discurso de que o Serviço Social deveria agir não apenas na parte econômica, se tratando aqui da atuação dos assistentes sociais na família, mas como agente combatente da suposta “doutrinação comunista” que avançava sob o país, segundo os governantes ditatoriais daquela época, a qual pensamento foi alvo de críticas. Mas o que se se ansiavam os participantes ali do congresso era não uma cópia da atuação do serviço social americano no Brasil, mas sim uma readaptação do Serviço Social à própria realidade brasileira, partindo de uma revisão da matriz curricular do curso de Serviço Social, e a valorização da pesquisa a partir do próprio Serviço Social, a qual foram ditos que não seriam cientistas sociais, apenas executantes das medidas já conhecidas pelo até ali então. Ainda sobre os discursos do curso de Serviço Social, foram pautadas ideias de apresentar uma forma de formação de assistentes sociais em níveis diferentes, ideia também rejeitada por conta de que o curso deveria se manter em nível superior, e logo se é rejeitada uma escola popular de serviço social para que pessoas mais carentes tivessem acesso ao ensino de Serviço Social, porém se teve um consenso de que o ensino de Serviço Social é para todos independente se elite ou proletário. Porém é so um reflexo de como o curso de Serviço Social ainda lembrava do perfil social e econômico das assistentes sociais. Ao fim do congresso ainda se contabilizou diversas inquietações, porém tais contestações a estas não foram descritas, uma censura devida a situação do cenário político do Brasil? Talvez. Um discurso sobre a atuação em locais periféricos também foi

executado, e “soluções” dadas para situações da realidade acabam sendo atropeladas pela própria realidade, cria-se um cenário de insegurança e duvidas entre o meio profissional. Ainda se há uma luta, indo contra tudo o que conhecemos sobre o modo de ação Serviço Social atual, em se justificar sua viabilidade e rentabilidade, seriedade da formação e compromisso cristão, aliança com o capitalismo e com uma doutrinação não reformista, apenas nos limites dados, e um discurso aliado a burguesia e elite sobre os problemas oriundos dos problemas assistenciais, novamente segundo o Estado e a classe dominante....


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