Relatório de Bioquímica Clínica - Determinação quantitativa de colesterol PDF

Title Relatório de Bioquímica Clínica - Determinação quantitativa de colesterol
Course Bioquímica Clínica
Institution Universidade de Brasília
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Relatório completo de aula prática de bioquímica clínica sobre determinação quantitativa de colesterol, contendo gráficos tabelas e todos os cálculos. ...


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INTRODUÇÃO Colesterol é um composto químico gorduroso que integra a membrana das células do organismo. A maior parte é sintetizada no fígado e é transportada no sangue por proteínas especiais, as “lipoproteínas”, encarregadas da distribuição deste colesterol por todas as células do corpo. As mais importantes são o LDL e o HDL. Uma dessas, o LDL-colesterol está associado com o risco de desenvolver a doença coronariana e por isso ficou popularmente conhecida como “colesterol mau”. Como esta substância integra as células do corpo, é natural que os alimentos de origem animal sejam ricos em colesterol. Os vegetais, por sua vez, são pobres em colesterol. (SOCERJ, 2010) O colesterol é um componente fundamental para a integridade das células e para a produção de hormônios. Seu excesso na circulação, entretanto, pode ser danoso ao organismo. Pode ser adquirida pela alimentação ou por produção endógena no fígado. (SOCERJ, 2010) Os alimentos ingeridos são de extrema importância para o controle dos níveis da LDL e HDL. As gorduras são classificadas em três categorias: poliinsaturadas, monoinsaturadas e saturadas. (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, 2007) As poliinsaturadas, encontradas principalmente em óleos vegetais líquidos, como os de girassol, milho e soja, baixam os níveis de LDL, mas não na mesma proporção em que as gorduras saturadas aumentam esse índice. Por isso, um indivíduo não pode contrabalançar os problemas causados pelas gorduras saturadas, simplesmente aumentando o consumo de poliinsaturadas. (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, 2007) Outro fato que merece ser destacado é que as dietas ricas em gorduras pollinsaturadas tendem a baixar um pouco os níveis de HDL, podendo, ainda, diminuir a imunidade do organismo. Já as gorduras moninsaturadas, presentes na azeitona, no amendoim e seus respectivos óleos, e no abacate, ao substituírem as saturadas, fazem baixar o LDL, sem diminuir o HDL, e parecem não afetar a imunidade. (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, 2007) Já com relação aos triglicerídeos, são a principal gordura originária da alimentação, mas podem ser sintetizados pelo organismo. Altos níveis de triglicerídeos (acima de 200) associam-se à maior ocorrência de doença coronariana, muito embora altos níveis de triglicerídeos costumem

acompanhar-se de baixos níveis de HDL; é, portanto, difícil apontar o verdadeiro “vilão”: se o triglicerídeo alto ou se o HDL baixo”. (SOCERJ, 2010) A ingestão de gordura, doces e álcool pode elevar os triglicerídeos, razão pela qual se deve medir sua concentração no sangue após 8 horas de jejum. Triglicerídeos muito altos, acima de 400-500, podem causar inflamação do pâncreas (pancreatite) e devem, pois, ser tratados agressivamente com dieta e drogas. (SOCERJ, 2010) Sendo assim, quando há um aumento de LDL isolado, tem-se o diagnóstico de hipercolesterolemia; aumento de triglicerídeos isolado, hipertrigliceridemia; valores alterados de LDL juntamente com triglicerídeos, hiperlipidemia mista; e, HDL baixo é quando os níveis de HDL isolado ou em associação com o aumento de LDL e triglicerídeos estão baixos. As recomendações para o tratamento do colesterol alto devem levar em consideração os níveis de colesterol total, LDL, HDL e a associação com outros fatores de risco para doença coronariana. Dieta, exercícios físicos e perda de peso constituem o tripé insubstituível mesmo para quem utiliza os medicamentos para baixar o colesterol. A redução da ingestão de colesterol e gorduras saturadas e o aumento no consumo de fibras pode reduzir em 10 a 15% os níveis sanguíneos de colesterol e em 15 a 20% os de triglicerídeos. Mas caso níveis elevados persistam com a dieta, indicam-se os medicamentos. (SOCERJ, 2010)

OBJETIVO: Realizar a dosagem de colesterol e triglicerídeos no sangue e comparar os resultados encontrados com os valores de referência através do teste enzimático colorimétrico para determinação de colesterol e triglicerídeo. MATERIAIS:

● ● ● ● ● ● ● ● ●

Tubos de ensaio; Micropipetas; Ponteiras; Amostra 1 e 2; Reagente; Padrão; Espectrofotômetro; Suporte para tubos de ensaio; Banho-maria.

MÉTODO: A análise da determinação de colesterol é feita após a hidrólise e oxidação enzimática, e a determinação dos triglicerídeos é feita após o rompimento enzimático com lipoproteína lipase.

Para a realização da prática, inicialmente, foi necessário a separação de 6 tubos de ensaio conforme as amostras e o padrão, sendo 3 para amostra de colesterol e os outros para a amostra de triglicerídeo. Foi pipetado 1 mL de reagente para todos os respectivos tubos de ensaio; posteriormente. Para a análise de colesterol, em um tubo foi pipetado 10 µL de padrão e nos tubos 2 e 3 foram colocados 10 µL de amostra 1 e 2 respectivamente. Fez-se o mesmo esquema para a análise de triglicerídeos. Feito isto, foi realizado a homogeneização dos mesmos e colocados em banho maria por 10 minutos a 37°C. Por fim, passados os 10 minutos, foi feita a determinação da absorbância das amostras e do padrão. Com as absorbâncias determinadas, foi necessário a realização de um cálculo com o objetivo de encontrar a concentração de triglicerídeos e colesterol nas amostras. Cálculo :

T riglicer ídeos/Colesterol

absorbância da amostra ( mg dL ) = absorbância do padr ão

x Conc. P d ( mg ) dL

RESULTADOS E DISCUSSÕES: Após os procedimentos de análise foram feitos os cálculos e obtidos as concentrações da amostra Após os procedimentos de análise foram feitos os cálculos e obtidos as concentrações da amostra 1 e amostra 2 para Triglicerídeos (Tabela 1) e Colesterol (Tabela 2). Tabela 1. Absorbância do padrão e concentrações de Triglicerídeos Triglicerídeos Amostras 1 2 3 4 5 6 7 Média Desv. Pad.

Padrão (nm) 0,228 0,247 0,256 0,263 0,214 0,219 0,230 0,237 0,019

Amostra 1 (mg/dL) Amostra 2 (mg/dL) 446,800 166,800 299,200 421,000 409,300 416,400 348,690 358,313

1301,700 1214,570 1125,800 1185,000 1238,000 1564,300 1240,860 1267,176

98,317

141,731

Então foi feito a curvar de Levey-Jennings para o padrão, a fim de se verificar a exatidão e precisão, assim como a qualidade dos testes realizados (Gráfico 1). Gráfico 1. Curva de Levey-Jennings para o padrão do Triglicerídeos

Aplicando o sistema de controle através das Regras de Westgard no padrão (Gráfico 1) foi identificado que essa análise está dentro dos padrões e os resultados dos pacientes podem ser liberados. Em seguida foi analisado as concentrações de triglicerídeos de cada amostra e comparando às concentrações de referência.

Tabela 2. Comparação dos níveis de triglicerídeos sanguíneo com os valores de referência(VR) Triglicerídeos Amostr a

Médias das análises (mg/dL)

1

258,313

2

1267,176

VR Desejável: < 200 Limites de Alto Risco: 200 - 400 Alto risco: > 400 Desejável: < 200 Limites de Alto Risco: 200 - 400 Alto risco: > 400

Resultado Limites do Alto Risco

Em seguida, todo procedimento foi repetido, analisando dessa vez as concentrações de colesterol (Tabela 3). Tabela 3. Absorbância do padrão e concentrações de colesterol Colesterol Amostras 1 2 3 4 5 6 7 Média Desv. Pad.

Padrão (nm) 0,271 0,272 0,364 0,316 0,239 0,298 0,530 0,327 0,098

Amostra 1 (mg/dL) Amostra 2 (mg/dL) 233,940 194,800 136,800 208,800 243,500 204,700 115,800 191,191

393,350 312,250 243,400 335,440 397,500 522,800 194,300 342,720

47,804

108,680

Foi feito a montagem da Curva de Levey-Jennings para analisar a qualidade do padrão do colesterol (Gráfico 2).

Alto Risco

Gráfico 2. Curva de Levey-Jennings para o padrão do Colesterol

Ao aplicar o sistema de controle através das Regras de Westgard no padrão do colesterol (Gráfico 2) é possível identificar que essa análise está dentro dos padrões e os resultados dos paciente podem ser liberados. E analisado os resultados com base nos valores de referência para concentração de colesterol no sangue (Tabela 4).

Colesterol Amostra

Médias das análises (mg/dL)

VR Desejável: ≤ 200 1 191,191 Limites de Alto Risco: 200 - 240 Alto risco: > 240 Desejável: ≤ 200 2 342,72 Limites de Alto Risco: 200 - 240 Alto risco: > 240 Tabela 4. Comparação dos níveis de colesterol sanguíneo com os valores de referência(VR) 1 e amostra 2 para Triglicerídeos (Tabela 1) e Colesterol (Tabela 2).

Resultado Níveis Normais

Alto Risco

CONCLUSÃO Com isso, os experimentos executados para realizar a dosagem da concentração de colesterol e de triglicerideos, levando-se em consideração que todos os pacientes são adultos com idade entre 20 e 60 anos, demonstraram que os valores encontrados na amostra dos pacientes mostram dois resultados: Para o paciente 1 de triglicerídeos o resultado apresentou uma variação em relação aos valores de referência, sendo que está no limite de alto risco. Já o pacientes 2 de triglicerídeos apresentou uma variação em relação aos valores de referência, com valores superiores ao que é permitido. Sendo assim, os valores que estão acima do permitido podem ser desencadeados principalmente por causa da má alimentação, com consumos de alimentos ricos em gorduras e falta de exercícios físicos. O pacientes 1 de colesterol apresentou em seu exame um valor aceitável em relação aos valores de referência, com valores dentro dos limites permitidos. Para o paciente 2 de triglicerídeos o resultado apresentou uma variação em relação aos valores de referência, com valores superiores ao que é permitido. Sendo assim, os valores que estão acima do permitido podem ser desencadeados por diversos fatores como genética, do estilo de vida, prática de atividade física e dieta.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. COLESTEROL. Disponível em:< https://www.endocrino.org.br/colesterol/>. Acesso em 8 de out 2019. SOCERJ. COLESTEROL E TRIGLICERÍDEOS. Disponível em:< https://socerj.org.br/colesterol-e-triglicerideos/>. Acesso em 8 de out 2019. ....


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