Relatório sobre crioterapia e turbilhão - Hidroterapia - Fisioterapia aquática PDF

Title Relatório sobre crioterapia e turbilhão - Hidroterapia - Fisioterapia aquática
Author Jéssica Lopes
Course Apontamentos De Fisioterapia
Institution Centro Universitário de João Pessoa
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA – UNIPÊ GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA COMPONETE CURRICULAR HIDROTERAPIA PERIODO 3º - TURMA C

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA CRIOTERAPIA E TURBULHÃO

JOÃO PESSOA - PB 2016

JÉSSICA LOPES DE SANTANA PAMPLONA

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA CRIOTERAPIA E TURBULHÃO

Relatório

apresentado

ao

componente

curricular de Hidroterapia, ministrado pela profª Carla Patrícia Novaes Dos Santos Fechine, referente à aula prática realizada sobre Crioterapia e Turbilhão.

JOÃO PESSOA - PB 2016 2

SUMÁRIO 1. RESUMO........................................................................................................4 2. INTRODUÇÃO...............................................................................................4 3. CRIOTERAPIA...............................................................................................4 3.1.

INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES................................................5

3.2.

TESTE DE HIPERSENSIBILIDADE AO FRIO........................................6

3.3.

FORMAS DE APLICAÇÃO......................................................................6

4. CRIOCINÉTICA.............................................................................................8 5. CRIOALONGAMENTO..................................................................................9 6. TURBILHÃO...................................................................................................9 6.1.

TEMPERATURA....................................................................................10

6.2.

TIPOS DE TURBILHÃO........................................................................11

6.3.

MATERIAIS E ACESSÓRIOS...............................................................11

6.4.

TEMPO DE TRATAMENTO..................................................................12

6.5.

TÉCNICA DE TRATAMENTO................................................................12

6.6.

CUIDADOS E PRECAUÇÕES..............................................................12

6.7.

INDICAÇÕES........................................................................................13

6.8.

CONTRAINDICAÇÕES.........................................................................13

7. CONCLUSÃO..............................................................................................13 8. REFERÊNCIAS............................................................................................14

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1. RESUMO Este relatório é embasado na aula prática realizada sobre crioterapia e turbilhão. Terá como propósito ressaltar os efeitos terapêuticos destas técnicas, assim como, sua forma de utilização, indicações e contraindicações, a fim de aprofundar o conhecimento a cerca destes recursos terapêuticos. 2. INTRODUÇÃO A crioterapia é uma das técnicas mais utilizadas pelos fisioterapeutas hoje em dia, principalmente no esporte, onde ela passa a ser a técnica prioritária em qualquer tipo de lesão ocasionada no atleta. Além de ser uma técnica de baixo custo e, teoricamente de fácil manuseio, os profissionais da área da saúde escolhem essa técnica para diversos fins, tais como: reduzir edema, dor, inflamação, etc. Quanto a técnica do turbilhão, é uma forma de hidroterapia em que usamos a água de forma turbilhonada, a uma pressão e temperatura préestabelecida com finalidade terapêutica. 3. CRIOTERAPIA A Crioterapia é um grupo de diversas técnicas e procedimentos usados na Fisioterapia no qual se aplica baixas temperaturas em regiões locais ou gerais do corpo. Knight define crioterapia como "terapia com frio" a aplicação terapêutica de qualquer substância ao corpo que resulte em remoção do calor corporal, diminuindo, assim a temperatura dos tecidos. A crioterapia é um método utilizado há mais de 100 anos para o tratamento das diversas patologias. Atualmente, é usado pela maioria dos fisioterapeutas nas clínicas de reabilitação, principalmente no tratamento das disfunções neurológicas e traumáticas. Por ser um recurso barato, de fácil acesso e por não apresentar efeitos colaterais, é utilizado também pela medicina popular. O seu largo espectro de ação nos permite o tratamento de lesões traumático-ortopédicas agudas, linfáticas assim como de queimaduras, objetivando a redução do edema, a diminuição da dor, a prevenção da hipóxia 4

secundária e a diminuição de contraturas, proporcionando uma reabilitação mais rápida ao indivíduo. 3.1.

INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES A fisiologia (ciência) dessa terapia consiste em: 

Diminuição da condução elétrica nervosa gerando alguns

benefícios como analgesia (diminuição da dor); 

Redução do edema (impede que o inchaço se instale após uma

lesão imediata); 

Redução dos efeitos da hipóxia secundária: quando temos uma

lesão tecidual, uma pancada, por exemplo, há naquele local, células que são destruídas pela lesão chamadas de hipóxia; o corpo ao tentar reparar essa lesão, acaba destruindo as células que estão perto das lesadas e a esse fenômeno damos o nome de hipóxia secundária; 

É um excelente estimulador e dessensibilizador: podemos usar o

gelo para estimular uma área paralisada ou com hiper ou hiposensibilidade a fim de restabelecer a sensibilidade próxima do normal naquela região. Esse efeito de dessensibilização é muito usado em amputações a fim de diminuir a “dor em membro fantasma”. Isso ocorre devido à hipersensibilidade causada pela ligação de várias terminações nervosas que foram descontinuadas em um determinado ponto do membro. A estimulação pelo gelo ajuda que as fibras nervosas parem de enviar impulsos elétricos de forma exacerbada. Ou seja, ajuda a diminuir a condução do impulso nervoso, para que as informações cheguem “bagunçadas” ao cérebro, diminuindo esse efeito “doloroso”. Como toda terapia, tem seu efeito contraindicado: o gelo não deve ser usado por pessoas alérgicas a ele, por pessoas que apresentem o fenômeno de Rainaud, aplicação em áreas anestesiadas, em doentes com alteração do nível de consciência e da cognição, crioglobulinemia, hemoglobinúria paroxística ao frio e em casos de insuficiência circulatória.

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3.2.

TESTE DE HIPERSENSIBILIDADE AO FRIO

Esse teste é fundamental antes de qualquer método de aplicação da crioterapia, porém, muitos dos terapeutas não se preocupam em fazer esse teste. Consiste em uma aplicação de aproximadamente 10 a 20 seg. usando um cubo de gelo sobre um ponto da pele e após esse período verifica-se a condição da pele. Se a hipersensibilidade ocorrer, isso deve ser documentado e o tratamento com a crioterapia suspenso.

Figura 1: Teste hipersensibilidade ao gelo

3.3.

FORMAS DE APLICAÇÃO A escolha correta do método de aplicação deve ser baseada,

principalmente, de acordo com a área a ser tratada, sendo que o tempo de aplicação varia tanto em relação ao método utilizado como a área, isto é, uma articulação que apresenta menor espessura do tecido adiposo, o tempo 6

necessário para atingir o resfriamento é menor do que em uma outra área que possui uma maior quantidade de tecido adiposo. A critoterapia possui diversas aplicações, entre elas: compressas de gelo que podem ser aplicadas como pacotes de gelo ou panquecas; compressas de gel; compressa fria química; bolsa de borracha; imersão em gelo; massagem com gelo; polar care; crio cuff; spray e banhos de contraste. O método utilizado na aula prática foi compressa de gelo através da panqueca. A panqueca fria é utilizada com frequência por pessoas em suas casas. Para se preparar uma panqueca fria devemos molhar uma toalha em água fria e adicionar, dentro da toalha, gelo moído e dobramos em forma de uma panqueca. Pode ser indicada nos casos onde necessitamos de um resfriamento superficial. Esse método tem eficiência em torno de apenas 5 min, pois a partir desse momento a temperatura se eleva perdendo assim o objetivo do tratamento.

Figura 2: Compressa de gelo - Panqueca Fria

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4. CRIOCINÉTICA Conforme visto na aula prática a criocinética é a combinação sistemática de aplicações de frio para causar hipoestesia à área do corpo lesionada e de exercício ativo, graduado e progressivo. Esta técnica é utilizada desde a década de 60, tendo sido alvo de diversos experimentos. O que torna o método eficaz é a combinação de calor (gerado pelo exercício), frio e exercício, permitindo a reabilitação mais rápida da lesão. A crioterapia tem como efeito fisiológico a analgesia, e o exercício precoce minimizam os efeitos da imobilização, como diminuição da mobilidade (por contratura capsular ou aderências), diminuição da força (principalmente dos tendões) e perda da propriocepção (percepção corporal), permitindo exercícios ativos mais cedo e de uma forma mais intensa. A dor deve ser usada como parâmetro limite para a realização dos exercícios, para que não sobrecarregue a articulação lesada e cause danos. É comum a dor aumentar um pouco após essa prática, mas aos poucos vai sumindo, à medida que o corpo adquire uma percepção do exercício. O principal efeito da criocinética se deve aos elementos combinados, como a redução da dor pelo frio, o aumento do fluxo sanguíneo gerado pelo exercício e o restabelecimento da função neuromuscular. A criocinética retarda a atrofia muscular e as inibições neurais e reduz muito o edema pela "ação de drenagem" muscular. A musculatura possui um sistema de drenagem automático gerado pela contração muscular. Os exercícios devem ser elaborados de forma simples, e é possível progredir de acordo com a velocidade do paciente. A contraindicação deste método são as mesmas para qualquer tratamento frio. Teremos como procedimento de aplicação para a crioterapia o tempo entre 12 a 20 minutos e a realização dos exercícios da região hipoestésica entre 2 a 3 minutos.

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5. CRIOALONGAMENTO O crioalongamento consiste na combinação de frio, alongamento e a técnica contrair-relaxar da FNP. A técnica contrair-relaxar envolve uma contração isotônica do antagonista, permitido amplitude de movimento na rotação contra resistência máxima, mas nenhum movimento nos outros componentes, seguida de um período de relaxamento. Pacientes que apresentam dificuldades com amplitude de movimento, sem movimento ativo favorável no padrão agonista, podem se beneficiar desta técnica, pela facilitação do relaxamento do padrão antagonista. Nesta técnica o terapeuta move passivamente o membro do paciente até o final da sua amplitude passiva. E então, solicita que o paciente realize uma forte contração da musculatura antagonista. O movimento não é permitido e após um tempo de cinco segundos é pedido ao paciente para relaxar. Após isso o segmento corporal é reposicionado pelo terapeuta e iniciado novamente. As indicações desta técnica estão relacionadas quando a contração dos músculos encurtados é dolorosa ou fraca para produzir uma contração eficaz, a crioterapia auxiliará na analgésica, visando diminuir o espasmo muscular e a dor. 6. TURBILHÃO A agitação, ou o turbilhonamento, da água é em geral conseguido à custa de uma impulsão conseguida à base de pás ou hélices mecânicas, que giram por força de um motor, ou por injeção sob pressão de ar comprimido dentro do tanque, ou da banheira. Os benefícios efeitos produzidos pelos banhos de turbilhão resultam da ação combinada do calor e da suave massagem da água. Os turbilhões são um método efetivo de aplicar calor em áreas de contorno irregular (STARKEY,2001). Consiste na imersão parcial dos MMSS e MMII em um tanque provido com jatos de água com pressão variável que propiciam uma massagem dirigida para área afetada. O turbilhão na fisioterapia consiste em um tanque de água, normalmente morna, onde há um turbilhonamento da água, assim como em uma banheira de hidromassagem,

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Normalmente era usado com o intuito de se reduzir edemas mais antigos, mais rígidos que podem se desenvolver após traumas, fraturas, etc. Ajuda também no processo de ganho de amplitude de movimento em articulações que apresentam rigidez, contribui para alívio momentâneo de dores ou desconfortos que não possuem contra-indicação para aplicação de termoterapia, contribui para alteração circulatória momentânea. A temperatura ideal do turbilhão é de 38-40º, é usado para o tratamento das extremidades (perna e braços). O grande diferencial do turbilhão é a mobilidade que ele dá ao paciente, para movimentar os membros. O jato de água quente que atinge a região lesionada promove a analgesia. É indicado principalmente para artrites, entorses, luxações, rigidez e dor pós-operatória, imobilizações pós-fraturas e edemas. É contraindicado para pacientes com feridas abertas e incisões operatórias não cicatrizadas. 6.1.

TEMPERATURA 

32°C – tonifica os músculos



37 a 38°C – relaxamento muscular



38 a 40°C – vasodilatação; aumento da circulação

sanguínea; diminuição da pressão arterial; aumento do metabolismo; é mais sedante e analgésico. 

Abaixo de 25°C – pode ser usado no tratamento de regiões

edemaciadas. A pressão do jato de turbilhonamento pode ser regulada para mais ou para menos, e deve ser utilizados por massageamento da região, dessensibilização de coto, diminuição de aderências e fibroses, e alívio de contratura muscular.

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6.2.

TIPOS DE TURBILHÃO Para membros inferiores, para membros superiores e de meio decúbito.

Figura 3: Tubilhão para membros superiores

Figura 4: Tubilhão para membros inferiores

6.3.

MATERIAIS E ACESSÓRIOS 

O gabinete que contém a água pode ser de aço inoxidável,

de fibra de vidro, ou cimento revestido com azulejo. 

Deve possuir uma válvula para entrada e saída da água 11

6.4.



Termômetro



Termostato



Adaptações para posicionar o paciente



Cadeira giratória



Jato turbilhonável (com regulagem)



Resistência elétrica para aquecimento da água

TEMPO DE TRATAMENTO Em torno de 20 a 40 minutos

6.5.

TÉCNICA DE TRATAMENTO 

Limpar a área com água e sabão neutro ou solicitar ao

paciente que faça uma ducha antes do tratamento 

Direcionar o jato em toda a extensão do segmento,

mudando sua posição por algumas vezes durante o tratamento, ou realizar movimentos durante todo o período de tratamento. 

Deve-se fornecer meios ao paciente para que possa

enxugar a região após tratamento 

É recomendável que se junte à água uma substância anti-

séptica. Na falta de uma droga mais adequada, pode ser usada uma solução de permanganato de potássio, bem diluída. 

É recomendável que se troque a água ao iniciar um novo

dia de trabalho e pelo menos mais uma vez ao dia durante as sessões de tratamento. 

Pode ser usados o turbilhão com água com gelo, onde há

associação da crioterapia e da massagem de turbilhão.

6.6.

CUIDADOS E PRECAUÇÕES 

Observar o estado geral do paciente durante o tratamento,

principalmente nos turbilhões de meio decúbito. 12

6.7.

6.8.



Evitar deixar o paciente sozinho



Não ligar a resistência com o aparelho sem água



Evitar que o paciente toque na resistência



Evitar anti-sépticos espumantes



Evitar pacientes com doenças contagiosas



O piso da área deve ser antiderrapante.

INDICAÇÕES 

Artralgia



Artrite



Anquilose



Contusão



Contratura



Coto doloroso



Distensão



Espasticidade



Hipertonia



Fibrose



Pré cinético



Mialgias e etc.

CONTRAINDICAÇÕES 

Estado febril



Processo inflamatório agudo



Edema



Doenças dermatológicas



Feridas abertas e etc.

7. CONCLUSÃO A partir da aula prática realizada, foi possível fazer a associação com o que foi estudado teoricamente com as formas de aplicação desse conteúdo na

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realização da terapêutica, fazendo assim, que fosse possível um maior entendimento das técnicas de crioterapia e turbilhão. 8. REFERÊNCIAS



KNIGHT, K. L. Crioterapia no Tratamento das Lesões Esportivas. São Paulo: Manole, 2000

 GUIRRO, Rinaldo, ABIB, Carla, MÁXIMO, Carla. Os efeitos fisiológicos da crioterapia: Uma revisão. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo, v.6, n.2, p. 164-70, jul/dez., 1999.



MANCUSO, Juliana Prestes. Entenda a crioterapia, seus benefícios e aplicação. Disponível em: . Acesso em: 30/08/2016



MANCUSO, Juliana Prestes, Entenda a criocinética. Disponível em: . Acesso em: 30/08/2016.



Portal Educação, Crioterapia: o que é e para que serve? Disponível em: . Acesso em: 30/08/2016



Portal Educação, Contrair – relaxar. Disponível em:< http://www.portaleducacao.com.br/fisioterapia/artigos/20257/contrairrelaxar>. Acesso em: 30/08/2016



Portal da Fisioterapia, Crioterapia. Disponível em: . Acesso em: 30/08/2016



PINHEIRO, Flávio Baptista. Estudo do uso da crioterapia na fisioterapia e sua comprovação científica. Disponível em: . Acesso em: 30/08/2016



Fisio e Saude, Turbilhão - conheça mais sobre este aparelho. Disponível em:. Acesso em: 30/08/2016

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