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Resenha sobre o inconsciente para freud. Com crítica e opiniões....

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• Luiz Alfredo Garcia-Roza, Freud e o Inconsciente. GARCIA ROZA, L.A. Freud e o Inconsciente. Rio de Janeiro: editora Jorge Zahar, 2009. (páginas 76 – 81)

RESENHA CRÍTICA FREUD E O INCONSCIENTE

O livro Freud e o Inconsciente foi escrito por Luiz Alfredo Garcia-Roza, possuindo várias edições ao decorrer dos anos. Na presente resenha não será discutido todo o livro, mas apenas uma parte intitulada “O capítulo VII e a primeira tópica”. Nesta parte o autor refere-se a tópica não a um lugar físico, ainda que cite que Freud em sua obra de a entender exatamente isso, mas sim a lugares metafóricos que podem servir de vários modos para a distribuição de desejos, sendo assim, o autor se refere a lugares psíquicos em sua concepção tópica. A primeira tópica freudiana seria então que a psique é formada pelos sistemas Inconsciente, pré-consciente e consciente, estando eles em constante conflito. Apesar de Freud tratar esses sistemas como lugares não físicos e não localiza-los anatomicamente, no contexto científico da época e até hoje tentam encontrar lugares anatômicos para os distúrbios mentais e para os fenômenos psíquicos no geral. O texto nos mostra que essa tópica está envolvida no sentido progressivo-regressivo e é nessa medida que surge o conceito de regressão na teoria psicanalítica. O importante então não é onde esses sistemas estão localizados, mas a posição relativa que mantém com os demais, pois assim permite um fluxo num determinado sentido, que é onde começa a atividade psíquica (estímulos internos ou externos) e onde termina numa descarga motora. Portanto o inconsciente só pode ter acesso ao consciente se passar pelo préconsciente, e qualquer que seja seu conteúdo ele só é transcrito, modificado ou distorcido se passar pela estrutura do pré-consciente. Foi também no inconsciente que Freud detectou os impulsos dos sonhos, o inconsciente por sua vez teria acesso ao pré-consciente e de alguma forma ao consciente (durante o sono), com isso

enquanto que no estado de vigília o processo de excitação percorre o caminho progressivo, nos sonhos a excitação percorre o caminho inverso, sendo este a regressão. Esta parte do livro em si está voltada a expor a teoria psicanalítica quanto aos sistemas psíquicos e como se dá sua estrutura e funcionamento, sendo esses sistemas tidos como metafóricos e pertencentes a um fluxo para a realização de suas atividades. O interessante é como Freud se dedicou a encontrar uma explicação para os sonhos e como isso o levou a regressão e seus incontáveis questionamentos e assim como na época, a regressão não é uma prática aceita pela maioria dos profissionais....