OS Chistes E SUA RelaÇÃo COM O Inconsciente PDF

Title OS Chistes E SUA RelaÇÃo COM O Inconsciente
Author Emily Emiliano
Course Psicanalise I
Institution Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
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OS CHISTES E SUA RELAÇÃO COM O INCONSCIENTE (1905) “A interpretação de sonhos” (1900), “A psicopatologia da vida cotidiana” (1901) e “Os chistes e sua relação com o inconsciente” (1905) fazem uma trilogia. Em cada um dos três livros, Freud focalizou uma formação do inconsciente: os sonhos, as parapraxias e, por fim, os chistes. A obra fala sobre os chistes, analisando-os na perspectiva da sua relação com o inconsciente. Um chiste é o mesmo que um dito espirituoso, uma tirada com efeito cômico. Exemplos: “familionário”, tête-à-bête, Rousseau, “Traduttore, traditore!”, “Amantes amentes”, professores ordinários e extraordinários etc. Os chistes são um modo de expressão socialmente aceitável de impulsos recalcados (os desejos sexuais e as tendências agressivas são, precisamente, os dois impulsos humanos mais recalcados pela sociedade). Os chistes são formados no inconsciente. Um chiste é algo que emerge, ocorrendo ao seu autor de uma forma involuntária. O objetivo do chiste é suscitar prazer em seus ouvintes. Logo, ele provoca o riso – quando fraco, um leve sorriso; quando bom, uma sonora gargalhada. O riso é uma descarga de energia psíquica. Qual é o seu mecanismo? A manutenção de uma inibição interna requer alguma despesa psíquica. Com o chiste, essa inibição é momentaneamente suspensa. A energia psíquica empregada na inibição fica, então, disponível e é descarregada através do riso. Essa descarga é prazerosa. O prazer do chiste procede, pois, da economia na despesa com a inibição. Esse é o segredo do efeito de prazer dos chistes tendenciosos. Há uma espécie de alívio momentâneo, uma experiência de liberação. Frequentemente um gracejo delata algo sério. Ou seja, por meio de um chiste, algo da verdade do desejo de quem se diverte com o chiste vem à tona. Formação do chiste:Um chiste veicula um pensamento. O pensamento do chiste é abandonado por um instante, mergulha no inconsciente, sendo, ali, submetido a uma revisão, e, em seguida, emerge como chiste. A elaboração do chiste compreende uma série de mecanismos. Entre eles: a condensação, o deslocamento, a representação pelo oposto, a representação indireta, o uso do absurdo (nonsense), o raciocínio falho, o duplo uso de uma palavra, o trocadilho, o duplo sentido, o sofisma, a substituição do “não” pelo “sim”, a exageração, a omissão, a alusão, a unificação, a representação por uma minúcia, a analogia etc. A origem do prazer gerado pelo chiste depende do tipo de chiste. Há dois tipos de chistes: os inocentes e os tendenciosos. 1. Chiste Inocente:  encontra o seu fim em si mesmo.  costuma ter sobre os seus ouvintes um efeito moderado.  o prazer decorre simplesmente dos métodos técnicos empregados pelo chiste.  deriva prazer simplesmente da técnica que utiliza.

2. Chiste Tendencioso:  serve a um propósito particular.  seus principais propósitos são a sexualidade (chiste obsceno) e a agressividade (chiste hostil).  frequentemente suscitam uma súbita explosão de riso.  o prazer decorre da técnica chistosa etambém da consecução do seu propósito, isto é, da satisfação de impulsos libidinais e hostis.

OBSERVAÇÃO: Há uma grande concordância entre os métodos de elaboração do chiste e aqueles da elaboração do sonho. Essa concordância não é casual: segundo Freud, os chistes são formados no inconsciente. Um chiste é algo que emerge, ocorrendo ao seu autor de uma forma involuntária. Ou seja, os chistes ocorrem aos seus inventores involuntariamente; satisfazem desejos recalcados; empregam técnicas semelhantes àquelas da elaboração dos sonhos; procedem, enfim, do inconsciente – em resumo, eis o que Freud tem a dizer sobre “Os chistes e sua relação com o inconsciente”....


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