Resenha Freud - Resumo O mal-estar na civilização PDF

Title Resenha Freud - Resumo O mal-estar na civilização
Author Natalia Vieira Laurindo
Course Comunicação, história e sociedade
Institution Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Pages 2
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Summary

Resenha rápida sobre o Mal-Estar Particular de Freud...


Description

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O Mal-Estar Particular Considerada uma obra símbolo da psicologia moderna, O Mal-Estar na Civilização, de Sigmund Freud, propõe uma profunda reflexão a respeito da constituição da sociedade e seu reflexo na individualidade humana. Para isso, o autor se baseia, sobretudo em dois pilares: o da libido e da agressividade, embasando, sobre eles, toda sua argumentação a respeito de como a civilização seria a causa do constante mal-estar da humanidade. Antes de adentrar ao estudo da sociedade, o livro discorre sobre um “Sentimento Oceânico” que seria de caráter totalmente subjetivo do qual as religiões se apoderam para a construção de seus domínios. Partindo dessa crítica, o autor salienta o papel destas, juntamente com o estado e outras instituições deste cunho, na normatização dos padrões de comportamento, o que inibiria os homens de externarem seus instintos naturais, fato que seria a causa do mal-estar na civilização. Em suma: a civilização – com suas leis e normas – anularia os instintos do homem, impedindo-o de alcançar a felicidade. O principal objetivo do homem, nessa concepção, seria o alcance da felicidade plena que, todavia, seria inalcançável, visto que a realização de tarefas prazerosas tem sua atração reduzida pela repetição, devido às repressões impostas pela sociedade. Assim, o mal-estar se instalaria no homem por meio, sobretudo, do sentimento de culpa, que seria o conflito da consciência, entre ego (racional, o “eu” propriamente dito) e superego (consciência) devido à realização, ou apenas vontade, de uma violação das normas impostas. Os meios para se enfrentar esse mal-estar estariam relacionados, primordialmente, à saciação dos desejos sexuais e a liberação da agressividade. O cenário econômico de recessão - às vésperas da Crise de 29 - no qual a obra foi escrita, além do contexto particular vivenciado pelo autor que vivera durante a Primeira Grande Guerra e tinha, em seu histórico, uma família fora dos padrões, inevitavelmente acabou influenciando em seu resultado; pois esses caminhos o guiaram a tomada da agressividade e libido como referência para a construção de suas teorias. Analisando esse fato, pode-se concluir que esta cera “limitação” de referências fez com que a obra tomasse uma via de mão única, deixando de explorar tópicos que pudessem ser de relevância em sua construção, pois notasse nitidamente o tom pessimista na obra, típico do contexto no qual está inserido. Este viés acaba colocando a felicidade plena como utopia dentro da civilização, pois ao colocar que apenas podemos nos utilizar de formas de satisfação momentânea ele acaba afirmando a impossibilidade da existência de um “Bem-Estar”.

Sigmund Freud - 1930, Viena. Psicanálise....


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