Resenha-O que psicologia PDF

Title Resenha-O que psicologia
Author Elizete Pereira
Course Psicologia Social
Institution Universidade Federal do Tocantins
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Summary

Resenha crítica do livro “O que é psicologia Social” da autora Silvia T. Maurer Lane, para composição de avaliação da disciplina de Psicologia Social ....


Description

Ciências Sociais Psicologia Social Campus de Tocantinópolis

Resenha crítica do livro “O que é psicologia Social” da autora Silvia T. Maurer Lane, para composição de avaliação da disciplina de Psicologia Social ministrada pela professora Juliana Chioca Ipolito.

Tocantinópolis 19 de abril de 18

Introdução: Psicologia e psicologia Social Primeiro a autora vem nos explicar do que se trata a psicologia e de como ela estuda o comportamento humano, as experiências ou até mesmo comportamentos que praticamos sem estar conscientes. Então devemos pressupor que a psicologia social venha estudar o que acontece nas relações sociais entre essas pessoas. Ela vem pontuar que cada pessoa é diferente da outra e embora mesmo que sejam gêmeos idênticos não irão ser iguais porque as experiências moldam esses sujeitos e mesmo que vivam as mesmas experiências a sua percepção sobre tais fatos irão ser completamente diferentes. O comportamento das pessoas é reforçado ou punido de acordo com suas experiências, ou seja, se eu faço a tarefa de casa e minha mãe me deixa fazer algo que eu quero sempre vou fazer associação de que se eu fizer a tarefa ela vai me dar esse reforço positivo, da mesma forma para a punição caso contrária. Então a psicologia social vem para estudar as influências desse social na vida das pessoas, é como aquele ditado popular “Me diga com quem andas que direi quem tu és” uma comparação para dizer que o meio influencia e transforma as pessoas e por consequência as relações. Também vem apontar como é de interesse da Psicologia Social estudar como o homem transforma o meio em que vive até porque com o passar dos anos tudo acaba mudando e se transformando. Como nos tornamos sociais - Os outros Os seres humanos precisam conviver em sociedade desde o momento em que nascem porque somos dependentes de outras pessoas pra sobreviver seja o pai ou a mãe. E estando inserida nesse grupo social a pessoa deve seguir as regras que já foram estabelecidas para a sobrevivência desse grupo e quando se destoa de tais comportamentos pode ser chamada a atenção por membros do grupo e para isso é que existem as leis que são colocas para essa

convivência, eu não posso cometer um ato de incesto, por exemplo, pois a sociedade tem regras que proíbem esse tipo de relação com membros da mesma família, embora casos assim aconteçam em determinadas situações são punidas com a lei ou somente a sociedade pune tais pessoas com a exclusão social por isso esse “depender do outro” sempre irá existir. Ela também cita um exemplo de quando as pessoas estão inseridas em seu próprio meio e de quando elas são estrangeiras sobre como a sua postura muda mediante tais situações, eu atribuo um exemplo pessoal a esta parte do texto quando viajei com algumas amigas para o Rio de Janeiro e elas diziam a seguinte frase nas baladas que frequentamos “Aqui não é a nossa cidade, não conhecemos ninguém temos que aproveitar do jeito que não aproveitamos lá, afinal de contas ninguém nos conhece e nem viemos pra ficar” situação essa que casa exatamente com o que a autora aponta. - A identidade social E então ela questiona o que caracteriza as pessoas e logo em seguida nos mostra um relato de uma jovem de 17 anos, e ela analisa as características da moça em questão de acordo com o relato que ela deu sobre si mesma como gosta de ballet e não muito de estudos e etc. E aponta como essas diferenças que temos que nos atribui a uma identidade social. - Consciência de si Aponta que esses papéis sociais têm em cada pessoa e que temos a ilusão de que são naturais quando na verdade o meio em que vivemos é que nos moldam para que tenhamos tais identidades. Por isso é importante que tenhamos consciência de si e fala de como o papel histórico vem a ser influência sobre como a sociedade está posta e que para termos pessoas que dominam precisamos também ter os dominados, existem papéis sociais nesse grupo em que vivemos e cada pessoa vai entrar já sabendo os seu papel e desenvolver para que essa sociedade continue vivendo e se reproduzindo cada

vez mais e através disso também há a exploração da força de trabalho porque como ela havia colocado anteriormente para ter o “patrão” tem que existir também os funcionários desta empresa. E que somente quando for encontrado as raízes históricas para sabermos como a sociedade age da forma que age é que vamos ter consciência de si, por isso não podemos comparar por exemplo a cultura do Brasil com Inglaterra porque são países completamente diferentes tanto em questões geográficas, climáticas, política, históricas e entre outras. Como apreendemos o mundo que nos cerca -A linguagem A linguagem apareceu como forma de organização social e sobre como as pessoas precisavam dessa comunicação para sobreviver, quando as práticas de trabalho foram necessitando desta linguagem eram usados apenas fonemas que identificassem as necessidades destas pessoas só que quando a divisão do trabalho foi ficando mais complexa e sendo atribuída em outras áreas. A história via família e escola -A família A família vem a ser o grupo que mantém a sobrevivência do indivíduo, pois como citei anteriormente nós seres humanos precisamos dos cuidados de outros para sobreviver. A sociedade em que vivemos também impõe através de leis os papéis a serem desenvolvidos por cada membro do grupo familiar, por exemplo, os pais têm o dever de colocar os filhos na escola, de dar alimento, e manter sua segurança, se o estado percebe que os pais não estão desenvolvendo essa função eles interferem e tiram o filho desta família por meio do conselho tutelar e disponibilizam esta criança para a adoção por parte de uma família que tenha os requisitos necessários para cuidar desta criança. A autora também coloca a questão de como as famílias estão estruturadas em um modelo patrilinear onde a mulher se põe em submissão do homem e sobre

como os filhos do sexo masculino têm maior poder sobre os filhos do sexo feminino, em uma estrutura que preza pela monogamia (embora vejamos que ela não funciona de forma efetiva na maioria dos casos) e que as mulheres precisam ser virgens e casar virgens. Sobre o capitalismo marcante o texto nos mostra que havia famílias que mantinham relações de incesto e casavam se somente com pessoas da mesma família para manter o capital somente entre eles, e que depois quando os chefes de família precisaram manter relações comerciais com outras pessoas que usaram esses casamentos para favorecêlos. As características que são reproduzidas desde sempre nas famílias em prol da manutenção de como está posta a sociedade é bem interessante e ela cita alguns exemplos de frases que se escuta no dia a dia seja pela distinção entre meninos e meninas onde o menino brinca lá fora e a menina dentro de casa e até mesmo sobre os brinquedos que as meninas recebem como bonecas que já as prepara para a vida materna e se internaliza que toda mulher nasceu para a maternidade e não que isso lhe foi ensinado desde o seu nascimento e entendimento por gente com as brincadeiras por exemplo. -A escola A instituição de sequestro chamada “escola” esta existe para institucionalizar as pessoas, para manter a regra que existe nas sociedades e garantir que essa está se desenvolvendo de acordo com o que já havia sido proposto pelos seus antepassados. Ela vem nos mostrar sobre como essa escola passa os valores que são para a sociedade o “correto” e a partir já vem ditando a regra a ser seguida isso me lembra dum episódio que aconteceu recentemente em que jovens de uma escola protestaram por terem que usar o sutiã obrigatoriamente como sendo parte do uniforme escolar, pois este se não fosse usado poderia distrair os professores ou até mesmo os colegas. Percebemos como neste caso é uma regra que já havia sido posta na sociedade, mas que de alguma forma meninas que não se sentiam bem usando este tipo de roupa e resolveram não usar foi chamada a atenção pela

direção da escola para se adequarem nesse modelo que já havia sido posto mas que ninguém questionava porque desde que o mundo é mundo as mulheres têm que usar o sutiã e isso não era questionado, simplesmente havia a regra e a família cuidava para que essa fosse mantida, porém a partir do momento em que essa família não mantém a regra a instituição vem para lembrar nos que ela existe pelo menos em determinados espaços como a escola por exemplo. Trabalho e classe social Aponta-nos que historicamente o trabalho é uma forma de relação social e que a linguagem vem para força desta relação, pois as pessoas precisavam de comunicação para tornar esse trabalho mais efetivo e mais lucrativo e não só para a sobrevivência. Fala sobre as formas como estão organizadas a sociedade onde uns detém as formas de poder através do dinheiro e outros vendem sua força de trabalho, nesta organização muitos são pobres e poucos são ricos até porque para se manter no poder eles detém bens e isso faz com que eles (ricos) sigam mantendo seus bens e vira um ciclo. As forças de trabalho quando são fragmentadas geram a alienação do indivíduo, ele acaba se tornando somente parte pequena de uma grande máquina e pensa que seu trabalho é somente mais um dos tantos trabalhos exercidos por outras pessoas e essa alienação é boa para quem está comandando a empresa, pois este funcionário vai permanecer e continuar sendo explorado e vendendo a sua força de trabalho por valores mínimos. O indivíduo na comunidade As dificuldades que os indivíduos enfrentam e como estas estão para os outros assim como para si mesmo, pois as instituições agem sobre nós da mesma forma e quando esses indivíduos tomam consciência de si e debatem esse tipo de assunto percebem que estão cercados por pessoas que se assemelham bastante com eles mesmos.

A psicologia social no Brasil Nesta etapa a autora coloca como os psicólogos sociais procuravam intervir nas relações sociais e em saber como as pessoas estavam organizadas e porque agiam de tal forma, e essa intervenção segundo eles era para garantir melhores relações sociais entre os homens.

Minhas considerações finais Nesse texto eu pude perceber como se dão as relações desde o momento em que nascemos e sobre como as coisas vão fazendo sentido conforme a autora apresenta os fatos, sobre como a sociedade se organiza e ensina os modos de vida que são “aceitáveis”, ou seja, a norma que tem naquela sociedade e sobre como desde a infância já somos doutrinados sobre nossos papéis em “coisas de menino” e “coisas de menina” como brincar de boneca, por exemplo, já vai preparar as meninas para serem mães futuramente e sobre como tratamos tais formas como se fosse naturalizado. Sobre a questão das instituições de sequestro tais como escolas, trabalho, hospitais que agem de forma a ensinar para as pessoas a forma como devem agir principalmente quando vendem sua força de trabalho para que possam sobreviver. O papel da psicologia social é importante para perceber essas relações e como elas se organizam, sobre como o individuo não toma consciência de si e se torna apenas mais uma engrenagem na grande máquina que é a sociedade, não digo que essa organização não seja necessária para manter a ordem mediante a tantas pessoas, mas sim a forma como ela está posta, que aliena o indivíduo para se obter controle sobre ele, assim poucos são ricos e muitos são pobres e isso perdura por muito tempo onde o que a classe trabalhadora produz nem ela mesma utiliza, não tem consciência de si e nem da sua importância para a sociedade em que está inserida....


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