Resenha filosofia da educação 2, ética e competencia PDF

Title Resenha filosofia da educação 2, ética e competencia
Course Filosofia Da Educação
Institution Universidade Federal do Piauí
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Resenha do livro Ética e competência feito individual e a fim de obtenção de nota na disciplina de filosofia da educação 2, curso de pedagogia...


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RIOS, Terezinha Azerêdo. Ética e competência. 1 ed. São Paulo: Cortez, 2013. Ana Caroline Gomes Adelino Terezinha Azerêdo Rios, mineira de Belo Horizonte, formou-se em filosofia na UFMG. Vive em São Paulo desde 1968. É mestre em filosofia da educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e doutora em educação pela Universidade de São Paulo. Este livro é resultado de sua dissertação de mestrado. Sua tese de doutorado foi também publicada pela Cortez editora com o título, Compreender e ensinar: para uma docência da melhor qualidade. É membro do grupo de estudos e pesquisas sobre formação de educadores e da Sociedade de Filosofia da Educação dos Países de Língua Portuguesa (Sofelp). Tem trabalhado como assessora e consultora em projetos de formação continuada de profissionais da educação e de diversas outras áreas. Esta obra é fruto da tese de mestrado de Terezinha Azerêdo e se divide em cinco capítulos, o primeiro intitulado de A filosofia e a compreensão da realidade: ética –política filosofia da educação, o segundo como Educação e sociedade: perspectiva política da prática educativa, o terceiro como As dimensões da competência do educador, o quarto capítulo como Ética e competência no contexto das organizações e o quinto como Competência e utopia: prática profissional e projeto. No primeiro capitulo a autora nos deixa claro que fará suas reflexões sobre a educação porem se baseando na filosofia, e nos convida a um passeio pela Grécia Antiga onde fará uma passagem rápida por esse período explicando conceitos básicos da época em que ocorreu a “passagem do mito à razão”. Naquela época os filósofos (e Terezinha designa os filósofos como “amantes da sabedoria”) buscavam o saber inteiro das coisas para que pudesse haver um saber total sobre tudo, não apenas um aspecto da sabedoria, mas sua totalidade, portanto a filosofia é caracterizada pela reflexão da realidade, do homem, da natureza x o homem e muito mais e isso nos demonstra a relação da filosofia com todos os campos do saber e como ela pode ser usada em praticamente todas as reflexões que forem feitas ao longo da vida e ao decorrer do livro Terezinha mostra que não será feita apenas uma reflexão sobre a filosofia de, mas sim sobre a filosofia da educação em si e sobre os problemas que se encontram em tal e a partir da prática pedagógica nos revelar o que se está fazendo na educação.

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No segundo capítulo faz-se a divisão do capítulo em cultura, sociedade, trabalho onde ela procura falar sobre a educação enquanto fenômeno social e histórico passando pela cultura ao afirmar que ocorre transmissão da cultura através da educação, cultura pode ser designado como um conceito chave para se estabelecer relações entre educação e sociedade, pois um de certa forma complementa o outro e vice e versa. Cada homem teu seu papel na construção de uma sociedade através do seu trabalho e na construção da cultura, por esse motivo a autora nos afirma que não pode haver homens cultos e não cultos para ela também não há a separação entre trabalho e sociedade na medida em que ele trabalha e cria a cultura. Em sociedade, educação, escola a autora retoma novamente a ideia da escola como espaço de transmissão de cultura e sobre o conceito de ideologia, em particular a ideologia liberal sendo muito transmitida nas escolas, ela afirma que a escola não apenas transmite a cultura, mas também a modifica em seu interior, a escola não é de todo autônoma, nem de todo subordinada, mas sim um constituinte da sociedade em seu sentido mais amplo. Em educação e política Terezinha faz relação da política, e esta não está submetida somente aqueles que governam, mas a esfera da educação, a esfera política serve também para guiar a ação do educador e ele deve conhecê-la bem para que exerça o seu papel na sociedade, o questionamento trazido de que a escola não tem sido eficaz como deveria isso mostra que a política na educação não está sendo utilizada. No terceiro capítulo ela define que competência é o ato de “fazer bem” e leva em consideração os papeis sociais na construção dos sujeitos, para explicar as competências do educador e para que tal explicação ocorra deve-se explicar o que é a competência de acordo com Terezinha e que além de se fazer bem se tem uma dimensão técnica e também entra a ética como forma de mediação, sem ética não há valoração somente a criação de profissionais medíocres e “bonzinhos”, sem vontade de inovar e sobressair aquilo que lhes foi imposto. No tópico a presença da ética como dimensão da competência se retoma a ideia da “não consciência política” no agir profissional e sobre o falso moralismo que se sobressai no agir de muitos profissionais, ética, política e técnica não devem ser separadas porem aliadas na construção dos seres para que também haja uma relação entre a teoria e a pratica, competência, uma articulação entre os saberes, não só aprender para sim mesmo, mas para beneficio de outrem.

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Prosseguindo, no quarto capitulo há uma busca em refletir sobre competências profissionais além do campo da educação, passando pelo campo empresarial e vemos que nesse campo especifico não se julga a filosofia como algo alheio a este mundo, a realidade a qual estão inseridos e o que é repassado pela filosofia não podem ser levados para as relações cotidianas, porém deve haver a busca da filosofia também no ambiente profissional, para nortear e auxiliar as relações a fim de que sejam organizadas No tópico trabalho no mundo contemporâneo: tecnologia e globalização nos mostram que a tecnologia vem com o intuito de provocar profundas mudanças e interferir no agir da sociedade do mundo contemporâneo, a globalização diminui fronteiras e expande as interrelações em escala mundial e seus efeitos por vezes são colaterais, ao mesmo tempo em que a tecnologia ajuda também pode ser uma arma valorosa na criação de profissionais e população alienada em geral. Em profissão e cidadania fala-se novamente sobre as competências que devem partir de uma profissional e que a construção dessas competências não é algo estático mas que vai se construindo com o passar do tempo e essa competência é valorosa no sentido de construção de um profissional inteiro e não pode ser considerada apenas como um processo mais sim como um estado permanente, os princípios éticos e morais que devem permear esses valores para que haja a criação de uma espécie de “bem comum” que possa ser valiosa a cada um de nós. A gente não quer só dinheiro- ética no trabalho: para além dos códigos vai trazer profissionais que partindo de serem bem realizados e felizes, não aquele ideal romântico de felicidade como sugere a autora, mas uma felicidade que surge de realização pessoal e saber que age moralmente não por questão financeira, mas sim por que sua ética e moral estão tão arraigadas em si que se torna algo simples, comum e corriqueiro. Porem raras pessoas age dessa maneira e a autora atribui isso ao fato de não sermos seres capacitados a reflexão ou que não buscam refletir e sugere que nos empenhemos em construir uma sociedade capaz de refletir e agir moralmente pondo em movimento a utopia, tema do próximo capítulo. Finalmente, o último capítulo do livro trata de um profissional de caráter utópico, que terá de ser exigente, associando sua exigência a uma questão de necessidade; o profissional exigente não ficará satisfeito com o pouco e não procurará uma formação fácil, este será um ser atuante e preocupado com o meio em que vive, o rigor será apenas mais umas de suas

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exigências para sua prática porem não se pode confundir rigor com rigidez e inflexibilidade, alguém que seja autoritário e age com rigor e ética profissional, quanto aos professores, devem assumir a postura de alguém que procure modificar e fazer diferente com seus alunos, trazer mudanças significativas e aprender a lidar com as diferenças. A utopia está relacionada com a esperança, esperança de que profissionais valiosos como esses sejam de fato uma realidade mundial e desde já podemos utilizar o que temos para buscar tal transformação, o projeto dessa construção não deve ser abandonado e sim dado uma oportunidade. Todos devem participar desse projeto por que “ninguém pode ser competente sozinho” e temos que andar juntos em direção a um bem comum e cabível a todos nós. Essa obra pode ser utilizada por qualquer um que esteja em formação acadêmica na valoração de uma formação acadêmica de qualidade, é uma obra vasta e rica de conteúdo que nos traz reflexões muito importantes sobre como agimos em nosso meio profissional e nos mostra o quanto temos que melhorar, não no sentido de sermos falsos moralistas, mas sim buscar sermos profissionais que buscam mudanças de fato e que estão atentos à sociedade em volta, não apenas em si....


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