Resumos- filosofia da arte e teorias essencialistas e não essencialistas PDF

Title Resumos- filosofia da arte e teorias essencialistas e não essencialistas
Author brina queen
Course Filosofia Moderna
Institution Universidade de Coimbra
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O problema da definição da arteA palavra estética remete para o plano da sensibilidade e significa compreensão pelos sentidos. Na verdade, é porque todos nós temos sensibilidade estética que nos deixamos impressionar emocionalmente por certos objetos, que designamos de objetos estéticos.O ser humano...


Description

O problema da definição da arte

A palavra estética remete para o plano da sensibilidade e significa compreensão pelos sentidos. Na verdade, é porque todos nós temos sensibilidade estética que nos deixamos impressionar emocionalmente por certos objetos, que designamos de objetos estéticos. O ser humano é afetado por uma multiplicidade de estímulos que seleciona, descodifica e configura de diferentes formas. Assim, enquanto muitos lhe passam despercebidos, outros há que, pela sua beleza e elevação, fazem nascer essa dimensão vivencial que designamos de experiência estética. Trata-se, pois, de contemplar o que os sentidos registam e descobrir o que de novo e insubstituível a realidade oferece. Um sujeito pode ter uma experiência estética quando contempla objetos naturais (uma paisagem, o pôr do sol, um gesto), objetos artísticos (pintura, escultura, poema) ou durante o processo solitário de criação artística. Não podemos reduzir o objeto estético à obra de arte. Daí decorre, também, que um objeto se torna estético a partir do momento que é percebido pelo sujeito como belo., O belo é, pois, a propriedade ou o valor que confere aos objetos uma dimensão estética. A experiência estética não remete para o plano da compreensão lógica, mas para o da vivência individual das afeções, preferências e rejeições de cada um. E, por isso, o que caracteriza este tipo de experiência é o prazer desinteressado e não a utilidade que esta pessoa proporcionar. Embora este tipo de experiência tenha uma marca afetivo-emocional, a apreciação da beleza envolve a formulação de um juízo que, por isso mesmo, reflete a forma como o ser humano percebe o belo – o feio, o sublime e o horrível -, quer nos objetos naturais, quer nos que se consideram arte. “O que é a arte?” - a resposta não é consensual entre os filósofos. Por um lado, o universo da arte inclui uma grande variedade, tanto de manifestações, como de produções artísticas; por outro, o termo em questão conhece tantas aceções quantos os momentos e as teorias de arte que surgiram ao longo da história. A dificuldade que o problema encerra prende-se com o facto de hoje existirem objetos e formas de arte de tal modo díspares que transformaram a questão da

definição de arte numa missão impossível, já que parece termos chegado a um ponto em que qualquer coisa pode ser arte.

Se é um facto que nem tudo é arte, há, então, que aferir critérios de validação. Ora, fazê-lo, inevitavelmente, é excluir dessa denominação tudo o que não os respeite ou os ultrapasse. Mas a verdade é que o impulso criador (e criativo) do artista, desafia-o a libertar-se dos cânones e a produzir algo inovador e transgressor. E a arte caracteriza-se por este dinamismo. Por isso, a sua definição encerra em si mesma uma contradição, pois visa encontrar os limites de um conceito que, em si mesmo, é aberto. A resposta à questão continua a ser objeto de reflexão da Filosofia. Na realidade, o que se pretende saber é se existem elementos ou marcas comuns às diferentes formas de arte ou critérios que nos permitam distinguir os objetos artísticos de quaisquer outros objetos. O ser humano mobiliza os conhecimentos e as técnicas para que possa responder à necessidade que sente de traduzir as experiências e emoções que o mundo lhe oferece. De cada vez que o faz de um modo novo, único e original, recriando sentidos, produz arte. É pela arte que o ser humano cria um espaço de transfiguração da realidade e descobre uma nova dimensão de possíveis deixando a sua marca no mundo. A arte traduz a necessidade humana de compreender e dar novos sentidos à realidade e de expressar vivências, sentimentos e desejos que nascem de uma forma peculiar de ser, ver e estar no mundo. São inúmeras as produções que ao longo da história foram consideradas arte. Tê-lo-ão sido justamente? E segundo que preceitos? Durante muito tempo designaram-se arte as criações que se diferenciavam dos restantes objetos pelas suas propriedades intrínsecas. Foi com base neste critério que as diferentes teorias essencialistas definiram a arte como imitação, expressão ou forma significante. Esta abordagem foi alvo de contestação por parte de diversos pensadores: quer dos que consideraram a arte um conceito indefinível, quer dos que recorreram a elementos extrínsecos à obra (contexto institucional ou a história da arte) para a classificar como arte. As teorias essencialistas distinguem-se das não essencialistas por designarem como arte as criações que, pelas suas capacidades essenciais (imitação, expressão de sentimentos ou forma significante) se diferenciam dos restantes objetos.

Teorias essencialistas da arte

A arte como representação Uma obra é arte se, e só se, é produzida pelo homem e imita algo.

- Antiguidade Clássica - Imitação foi o critério mais usado para classificar a arte - Aplicava-se sempre que, através de uma criação, um artista reproduzia a -

realidade Se ele não a retratasse adequadamente, a sua obra não seria considerada artística Era condição necessária da arte que ela imitasse/copiasse numa tela ou num bloco de mármore aquilo que a realidade sugeria Apesar de atualmente sabermos que este critério não é linear, muitas obras de arte imitam efetivamente alguma coisa Muitas vezes, perante uma obra de arte, procuramos encontrar-lhe o sentido e avaliamos a mestria do artista em função da realidade que reproduziu.

Mas poder-se-á considerar que é arte tudo o que imita alguma coisa? A resposta é não. Há imitações que, mesmo realizadas na perfeição, jamais poderão ser consideradas arte. Tal acontece, por exemplo, quando, numa situação social, alguém imita um comportamento exemplar ou condenável de outrem. Neste caso estamos certos de que ele não é arte e de que o seu autor não é artista. Não basta imitar para ser arte. - Conceber a arte como imitação significa reduzir a atividade criativa a uma técnica de reprodução neutra - Porque o que se quer transpor para a obra se submete ao olhar do artista, a arte seria incapaz de abarcar a complexidade inerente à própria realidade, tornando difícil a sua captação tal qual é

Se a arte fosse mera imitação, poderia a música ser considerada arte? Não. Coloca-se, ainda, a questão de saber como aceder à realidade original que motivou a obra, a fim de determinar a exatidão e perfeição da cópia. Tal não parece possível, quer pelo hiato temporal que separa o momento da criação do da contemplação, quer pela dificuldade em aceder ou recuperar o objeto original. Foi para dar respostas a estas objeções que alguns autores propuseram que se utilizasse a designação de “arte como representação”. Deste modo torna-se possível classificar como arte não apenas o que imita, mas também o que representa/simboliza e que requer uma interpretação. No entanto, esta abordagem não está isenta de críticas, pois continua a haver obras que nada representam que não são concebidas para representar nada, mas para criarem efeitos visuais interessantes e que recebem a denominação de arte.

Tese principal: Uma obra é arte se, e só se, é produzida pelo homem e imita algo. Característica própria da teoria: Uma obra para ser arte tem de imitar algo. Para Platão e Aristóteles, a arte era uma forma de imitação da natureza. Platão desprezou-a, mas Aristóteles reconheceu-lhe uma função pedagógica. O desprezo de Platão resulta das suas conceções filosóficas acerca da realidade e do conhecimento. Para ele, as realidades que percebemos no mundo sensível são meras cópias imperfeitas das ideias e um artista apenas imita essas cópias. A arte resume-se à cópia de uma cópia. Aristóteles considera que todas as suas formas são imitações que se distinguem entre si pelos meios que utilizam e pelo que retratam. Pontos fortes da teoria: - Adequa-se ao facto incontestável de muitas pinturas, esculturas e outras obras de arte imitarem algo da natureza - Oferece um critério de classificação das obras de arte bastante rigoroso, o que nos permite distinguir com facilidade um objeto que é uma obra de arte de outro que o não é.

Críticas: - Encontramos obras de arte que não imitam nada por exemplo na pintura ou na escultura e de forma ainda mais notória na literatura ou música. - (A perspetiva é redutora, tanto em termos de conceção de objeto estético, como no que respeita à perceção da complexidade do ato criativo, pois há obras que embora nada imitem são consideradas arte) - Se o critério de validação da arte fosse a imitação, aplicar-se-ia a um número reduzido de produções e seria impossível determinar o valor estético pela dificuldade de aceder às realidades que a motivaram.

A arte como expressão Uma obra é arte se, e só se, exprime sentimentos e emoções do artista. A partir do séc. XIX, a resposta dada à questão “O que é a arte?” passou a assentar no ponto de vista do sujeito criador que, pela arte, exprime o seu mundo interior. De acordo com a arte expressivista: - Só a produção humana capaz de expressar e comunicar as emoções e sentimentos vividos pelo artista aquando da criação da obra pode ser considerada arte - A obra de arte deve ser capaz de despertar no espectador as mesmas emoções sentidas pelo artista no momento da criação O critério que permite distinguir a arte da não arte, não é o que se imita ou representa, mas as emoções e os sentimentos que determinada obra expressa. Quando o artista expõe numa obra um objeto ou uma paisagem, ele não está a reproduzir ou imitar o exterior, mas a imprimir na obra a sua vivência emocional. O valor estético da obra depende da capacidade que ela tem de comunicar a intenção do criador. Tolstói:

- No momento em que cria, o artista tem o propósito de transmitir às outras pessoas um sentimento que ele experimentou certa vez, pelo que, no ato da criação, procura evocá-lo de novo e expressá-lo por certos sinais exteriores. - Defende que o artista deve ser capaz de fazer o espectador reviver os mesmos sentimentos que experimentou e de o contagiar com as mesmas emoções. - A obra de arte é um veículo de transmissão de emoções.

Collingwood: - Antes de produzir a obra, o artista desconhece a natureza das suas emoções, pois possui apenas um conjunto difuso e indefinido de sentimentos. - É somente ao usar a imaginação e o pensamento para preparar a sua obra que essa excitação emocional vai sendo clarificada para ser depois articulada com os objetos que o artista produz. - A experiência estética do espectador deve proporcionar-lhe o acesso aos sentimentos e emoções individuais do autor da obra.

Críticas: - Para ser considerada arte, uma obra tem de ser a expressão clarificadora e intencional das emoções individuais que o artista partilha com o espectador. Porém, nem sempre a arte realiza este propósito pois há obras reconhecidas como arte que não exprimem qualquer emoção e porque há formas de arte, como o teatro ou cinema, nas quais o artista não expressa as suas emoções, mas representa/finge as da personagem que interpreta. - Nem sempre é possível conhecer as emoções que o artista quis transmitir no momento da criação, nem garantir que este tenha tido intenção de expressar emoções. Critério valorativo: uma obra é tanto melhor quanto melhor conseguir exprimir os sentimentos do artista que a criou.

A arte como forma significante Uma obra é arte se, e só se, provocar emoções estéticas, sendo que estas resultam da relação que o observador estabelece com a obra de arte. Algumas das principais dificuldades levantadas pelas teorias da arte como imitação e expressivista ligavam-se ao facto de elas não oferecerem um critério de classificação suficientemente abrangente, acabando por destituir de valor artístico muitas obras que são consideradas arte. A questão mantém-se: o que separa a arte da não arte? Clive Bell: - Ponto de partida para a sua reflexão: crença de que a arte tem uma essência e de que a existência de uma definição rigorosa deste conceito seria fundamental não só para identificar, mas também para apreciar a arte - Considera que a sensibilidade estética de um sujeito (capacidade de se emocionar perante uma obra de arte) e a sua capacidade de raciocínio (proporcionada por um pensamento organizado e lógico) são as condições necessárias para a elaboração de uma teoria que formalize, a partir das qualidades essenciais comuns a todas as obras, o conceito de arte. - A característica de provocar emoções estéticas constitui a condição necessária e suficiente para que um objeto seja uma obra de arte.

Teoria formalista de Bell: considera que é a capacidade de provocar emoções estéticas nos expectadores que permite demarcar a arte da não arte. É o sujeito que tem a capacidade de descobrir a arte, a partir da emoção estética que ela lhe desperta. O reconhecimento do valor de uma obra depende, ainda, da existência de atributos estruturais (forma significante) inerentes aos objetos sujeitos a apreciação.

Bell diz-nos que existe uma característica comum a todas as obras: a forma significante. Tal qualidade requer da parte do crítico ou espectador uma certa sensibilidade, para que a possa captar. Não se trata de afirmar, como na expressivista, que uma obra exprime emoções, mas de reconhecer numa obra a capacidade de as despertar. Assim, é a presença ou ausência da forma significante numa obra que determinará o seu estatuto artístico. Para Bell, a arte é um conceito valorativo, o que significa que, para que uma obra seja reconhecida como arte, não basta ter sido classificada como tal, é necessário haver alguém que lhe atribua valor e lhe reconheça um estatuto.

Críticas: - Nem todos os espectadores são capazes de reconhecer uma obra de arte por não perceberem a sua forma significante ou por não experimentarem qualquer emoção estética. - Bell não clarifica os conceitos que funda a sua teoria, incorrendo uma circularidade: a emoção estética é o que decorre da forma significante e esta é o que torna possível a emoção estética. - Torna-se impossível refutar esta teoria pois, fazê-lo, implicaria pressupor o mesmo que a teoria pretende demonstrar: que a fruição de uma obra de arte genuína produz, no observador sensível, uma emoção estética.

Teorias não essencialistas Teoria institucional da arte George Dickie começou por distinguir entre o que é estético e o que é artístico, remetendo o primeiro para o plano de uma experiência individual e o segundo para uma prática social coletiva. É nesta segunda vertente que Dickie compreende a arte: como uma prática institucionalizada e sistémica que pressupõe uma relação entre público e artistas. Para Dickie, é o contexto cultural em que uma obra se desenvolve e apresenta que fazem com que seja reconhecida como arte. Ao contrário do que defendia

Bell, para Dickie, o conceito de arte não tem um sentido valorativo, mas classificativo. Ou seja, não se trata de avaliar se uma determinada obra é boa ou má, mas de encontrar os critérios que permitam separar a arte da não arte. A teoria proposta por Dickie é uma tentativa de definir a arte não pelas propriedades específicas que apresenta, mas pelo modo como é produzida. Por isso, mais do que avaliar a qualidade das obras, interessa saber o que lhes confere o estatuto de arte. É perfeitamente aceitável que um objeto seja considerado arte sem que tenha qualquer valor associado. Tal significa que o que faz de algo uma obra de arte é a satisfação de determinadas condições que a permitam classificar como tal. Condições: - Ser um artefacto é a primeira condição para algo ser arte. Acontece que esse conceito é demasiado amplo, pois inclui tudo o que foi manipulado – total ou parcialmente – pelo ser humano. Apenas são arte os artefactos que adquiriram um estatuto no interior de um enquadramento institucional. - O termo “mundo da arte” é usado pelo autor para se referir à natureza da arte e ao contexto institucional em que as práticas artísticas se desenvolvem e preparam uma apresentação para o público. É o modo como é feita essa inserção no mundo que faz de algo arte. Não é um corpo de autoridades formalmente organizado que determina o que é arte, mas o todo que serve de pano de fundo aos artistas nos momentos de criação.

Para Dickie, não existe nenhum momento solene em que uma obra seja oficialmente denominada como obra de arte. Para ser arte, é apenas necessário que o artefacto seja tratado como tal, isto é, colocado numa galeria, publicado, representado ou produzido, de modo a que possa ser apreciado.

Críticas: - Incapacidade para distinguir a boa da má arte pois a teoria de Dickie só classifica um objeto como sendo ou não arte, abstendo-se de a avaliar. Há quem a considere uma teoria pobre, pois, ao escusar-se esta avaliação, acaba por legitimar que qualquer objeto desde que integrado no contexto adequado possa ser reconhecido como arte.

- Ao afirmar que é arte o que o “mundo da arte” denomina como tal, sem indicar as razões pelas quais se atribui esse estatuto a um artefacto e não a outro, a teoria institucional da arte parece tornar-se circular e vazia. - Fragilidade de não reconhecer como artistas aqueles que criam as suas obras à margem dos circuitos institucionais.

Teoria histórica da arte Levinson procurará clarificar o conceito de arte a partir do enquadramento de uma dada obra na história da arte. Para Levinson, a arte é um fenómeno absolutamente dependente da sua história, pelo que, enquanto atividade humana, ela não pode ser encarada como uma mera sucessão de eventos apresentados ou reconhecidos em contextos específicos. O que faz de um objeto arte não é o contexto histórico em que ocorre, mas a ligação específica que estabelece com outras obras do passado. Cabe ao artista fazer essa ponte, pelo que é essa a intenção de se encontrar com o passado (com o que ao longo da história tem sido considerado arte) que confere a um objeto um tal estatuto. Numa clara oposição à teoria institucional, Levinson defende que a arte é necessariamente retrospetiva, pois não basta que um objeto seja candidato à apreciação no mundo da arte para merecer essa designação. É preciso que estejam reunidas as condições que o tornem, historicamente, passível de ser reconhecida como tal. Condições: - O artista deve possuir a propriedade apropriada (direito de propriedade) sobre o objeto em análise ou estar devidamente autorizado pelo seu proprietário a agir sobre ela. Um artista apenas pode designar como sua uma obra produzida a partir dos seus materiais e recursos ou dos que usou com a autorização explícita do seu proprietário. Não é possível que alguém transforme em arte um objeto que não é seu. - A arte não pode surgir de um impulso momentâneo. Para Levinson, só há arte se houver, por parte do autor, uma intenção não passageira de relacionar a arte do represente (a sua obra) com a do passado (a que já assim foi reconhecida). Tal implica que o artista faça uso dos seus conhecimentos de história da arte ou que saiba o suficiente acerca dos objetos e dos auditórios para poder fazer referência àquilo que a arte já

foi. O propósito do artista é que a sua obra seja historicamente perspetivada como arte, tal como o foram ou são as obras do passado.

Mesmo que o artista não conheça a história da arte, o facto é que ela existe e que foi sempre sob a sua luz e orientação que as obras foram perspetivadas como arte. Para o autor, somente a ligação ao passado torna possível reconhecer uma obra como arte.

Críticas: - Levinson deixa-nos sem saber o que muda num objeto quando ele se transforma em obra de arte. - Faz do direito de propriedade uma condição necessária para que haja arte, - Supõe como condição para a arte a existência de uma intenção por parte de um autor. Há obras que foram publicadas sem que para isso tenha havido uma intenção clara do seu autor. - Não clarificou de que modo se terão afirmado como arte as primeiras obras. Se só é arte o que se relaciona com a história, como podem as obras primordiais ser arte se, antes delas, não há arte com que possam ser relacionadas? Se as obras primordiais não forem arte, será possível que as subsequentes o possam ser?...


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