Resumos Bagno e Possenti PDF

Title Resumos Bagno e Possenti
Course Introdução a Linguística
Institution Universidade do Estado do Pará
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS E EDUCAÇÃO CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM LETRAS – LÍNGUA PORTUGUESA DISCIPLINA: INTRODUÇÃO À LINGUÍSTICA

A Língua de Eulália: “Que coisa mais esdrúxula! ”. Porque (não) ensinar gramática: “Sabemos o que os alunos ainda não sabem? ”. No capítulo “Que coisa mais esdrúxula! ”, Bagno aborda o fenômeno da contração das proparoxítonas em paroxítonas, e diz ser um traço característico do português não padrão. O que por vezes resulta em transformações de significado da palavra que sofrem tal contração. À exemplo, temos a palavra “víbora”, que é uma proparoxítona, ao sofrer o fenômeno da contração se torna “briba” que é uma paroxítona. Consequentemente, o sentido da palavra é alterado, pois em algumas regiões do Nordeste, a palavra “briba” é um nome dado para a lagartixa caseira. Esse fenômeno acontece devido a aceleração do ritmo da fala, as vogais que se encontram depois da silaba tônica são pronunciadas de um modo gradativamente fraco, até desaparecerem por completo. Já Possenti, no livro “Por que (não) ensinar gramática na escola, busca estipular programas de ensino de língua materna, em diversos anos escolares, porém, não se refere à alfabetização em estágios iniciais, mas aos programas de português para os alunos que já conseguem fazer uso da codificação e decodificação minimamente, que constroem a própria gramática. Para ele, o que já é sabido não precisa ser ensinado. Propõe que os programas anuais poderiam basear-se num levantamento bem feito do conhecimento prático da leitura e da escrita que os alunos já atingiram e pôr em comparação com o projeto da escola, uma avaliação do que ainda lhes falta aprender. Citamos como exemplo que, para descobrir o que ainda não é sabido, basta analisar os cadernos dos alunos que acabam por esquecer o conteúdo que não se transforma em conhecimento de fato, mas apenas em uma informação que se esvai. Os capítulos discutem que não se deve ensinar simplesmente um conjunto de normas, mas estimulá-los a quererem enriquecer o seu vocabulário, e saberem se adaptar as diversas situações conversacionais

Haja vista que no tópico “Que coisa mais esdrúxula! ” do livro Língua de Eulália, nos mostra traços característicos do PNP, que são usados no cotidiano, logo, os alunos também fazem esse uso. Assim, seria viável a “receita” que Possenti estipula, pois segundo ele, devemos ensinar aos alunos o que eles ainda não sabem. Para a escola, o aluno não sabe o português padrão, e há anos vem ensinando a língua portuguesa usando somente a gramatica normativa, a medida que esquece de demonstrar ao aluno que o português não padrão também faz parte da língua portuguesa, que é uma variação assim como as normas cultas. Essa carência estimula o aluno a formar um preconceito linguístico de si próprio ou de outros indivíduos – ao fazer uso da língua escrita ou da língua falada, não percebendo que o uso da língua portuguesa é variável. A Língua de Eulália: “Liberdade, fraternidade e igualdade”. Porque (não) ensinar gramática: “Português é muito difícil”. Bagno diz que há um distanciamento entre o PP (Português-Padrão) e o PNP (Português Não-Padrão), essa lacuna aumenta por geralmente o PNP não ser trabalhado em sala de aula como sendo uma das modalidades que o aluno pode utilizar. Não se deve esquecer que a língua está sempre se modificando, de forma muitas vezes imperceptível pelo próprio falante. A língua não parou seu processo de evolução como alguns gramáticos nos levam a crer. Um dos “problemas” do português não-padrão, abordados pelo livro “A Língua de Eulália”, é a troca da consoante “lhê” /λ/ pela semivogal “i” /γ/, pelos usuários do PNP em palavras como: trabalho, alho, velho etc., em que eles pronunciam como: “trabaio”, “aio” e “véio”. Não que os falantes do PNP estejam incorretos ou sejam mentalmente inferiores, é que simplesmente na variante falada por eles este som consonantal não existe, do mesmo modo que no PP (Português-Padrão) não existe a consoante TH do inglês, como em thing (“Coisa”), isso mostra que o “falar certo” varia de uma língua para outra e de uma variante para outra em uma mesma língua. Este fenômeno não ocorre somente na língua portuguesa, a exemplo temos o francês, em que as classes de palavras onde se tem o “ILL”, há a mesma pronúncia do “LH” do português até o início do século passado, como se observa na palavra francesa “fille” (filha), que antigamente a pronúncia era muito parecida com o Português-Padrão “filha”. Hoje em dia a pronúncia é parecida com a do Português Não-Padrão “fia”, pois houve o desaparecimento deste som consonantal, apesar da tentativa má empreendida dos gramáticos para salvá-la da extinção. Mostrando a trajetória completa de uma palavra, durante a formação da língua portuguesa, desde o latim vulgar até sua forma recente que ainda está sujeita a transformações, percebe-se como a língua está em constante modificação, usa-se aqui a palavra, tégula (“telha”):

Tégula > Teg’la > Tegla > Teyla > Telya > Telha A palavra “telha” pertence à língua padrão, as gramáticas históricas param por aí, como se a língua tivesse parado seu processo de mudança no século XVI. Todavia, toda língua está sempre em processo de mudança, então demonstrando a realidade linguística do Português NãoPadrão, acrescenta-se mais uma forma da palavra “telha: Tégula > Teg’la > Tegla > Teyla > Telya > Telha > Têia Porém, para que se reconhecesse este acréscimo (deve ser estudado a realidade linguística brasileira) teria de haver uma grande mudança política e o reconhecimento de que há outra variedade de português. Umas das explicações da mudança fonética acontecer fora da língua, é ser um fenômeno histórico, social, por ocorrer uma mudança política no final do século XVIII na França, a Revolução Francesa, em que ocasionou na mudança da variedade linguística dominante, a medida que os aristocratas e nobres foram retirados do poder, e no lugar deles os burgueses comerciantes, banqueiros assumiram. Isso resultou devido ao fato de a língua padrão ser de quem tem o poder socioeconômico e político nas mãos. A fala dos burgueses foi ridicularizada pelos aristocratas, assim como o PNP é tratado pelos falantes escolarizados. Para tanto, Bagno em “A língua de Eulália” julga necessário que o Português, enquanto língua materna, abarque as variações que existem dentro dele, uma vez que a tentativa de negação de fenômenos como o “yeísmo”, empobrece o seu ensino. Os autores discutem que a metodologia de ensino da língua portuguesa no Brasil deve se transformar assim como a língua que se transforma naturalmente, não excluindo a Gramática normativa e nem a normas padrões, mas incluindo as outras formas dialetais do Português no ensino da língua materna para que de fato tenha-se um uso vivo e real da língua portuguesa no país relacionando a língua ao brasileiro que faz uso da mesma (discussão que o autor traz no livro “Estudar português ou estudar o brasileiro? ”, o autor, por fim, leva à dissolução dos preconceitos que acercam a língua portuguesa desde o passado até os dias atuais.

A Língua de Eulália: “Quem era o home que eu vi onte na garagem? ”. Porque (não) ensinar gramática: “Língua não se ensina, aprende-se”. Este trabalho visa discutir o fenômeno da desnasalização das vogais postômicas, o qual é abordado no livro “A língua de Eulália” de Marcos Bagno, com o objetivo de enfatizar a influência da fala, dos usos frequentes e menos frequentes, nas modificações

da escrita, que explica certas tendências e regras da língua portuguesa, como a desnasalização; O que se relaciona com o livro “Por que (não) ensinar gramática na escola” de Sírio Possenti, em que é desconstruída a ideia de que a criança entra na escola sem o domínio da língua, pois é enfatizada a velocidade que o ser humano aprende esse objeto complexo, sem tarefas escolares para essa aquisição, o domínio de uma língua (falada) é realizado, conforme o livro, com práticas efetivas, significativas e contextualizadas, à medida que o aluno tem contato com o meio em que está inserido, o que permite a construção de uma gramatica própria dele, não sendo necessário ser algo imposto. No livro “A língua de Eulália” de Marcos Bagno, no capítulo “Quem era o home que eu vi onte na garage?”, é abordado o fenômeno da desnasalização das vogais postômicas, fenômeno que tem como característica a eliminação do som nasal das vogais depois da sílaba; por exemplo, a mudança que ocorreu do latim para o português padrão, como: Abdômen (Latim) e Abdome (Português), deixando assim alguns vestígios como a palavra Abdominal que retorna com o n. Esse fenômeno atingiu também palavras que terminam em “m” e em “ão”, o português conservou em muitas palavras o “m” e o “ão” pela alta frequência de uso delas na norma padrão, as palavras quem tem uso menos frequentes foram apanhadas pela regra da desnasalização. Com isso, podemos observar de forma coerente e sem preconceito a escrita de “órgão” sendo pronunciada como “orgo”, “viagem” sendo pronunciada como “viagem”; há a quebra do preconceito, pois as pessoas que pronunciam dessa forma estão de certa forma utilizando a tendência da língua portuguesa de eliminar o som nasal das vogais postômicas, regra essa influenciada pela fala. Todos aprendem velozmente um objeto complexo, sem ser ensinados, é o que o livro “Por que (não) ensinar gramática” de Sírio Possenti no capítulo “Língua não se ensina, aprende-se”, afirma. Quanto a aquisição da linguagem, o autor afirma ser um tanto misteriosa, o fato é que todos falam muito bem, a partir dos três anos de idade. A questão não é que a criança aprende a falar sem esforço algum, pelo contrário, o trabalho é contínuo e efetivo junto dos adultos, mas nada comparado a exercício, fases e ensino de uma disciplina. (o ensino tanto da língua escrita como da língua falada pelo método da repetição não contribui para a formação de conhecimento, mas reduz se apenas a meras informações). A atividade que gera esse aprendizado é uma atividade significativa, e pode-se observar “que ocorre um uso efetivo da linguagem, um uso

sempre contextualizado, uma tentativa forte de dar sentido ao que o outro diz etc.”. Nas escolas existem propostas de ensino, porém nenhuma dessas propostas é usada no cotidiano das crianças, mas ainda assim elas dominam a língua, porque não se aprende por exercício, mas por práticas significativas; algo interessante aqui, é que nesse processo de aquisição: fora da escola existe correção, porém não existe reprovação. Os pequenos na idade inicial possuem uma maior facilidade em aprender diversas línguas, se forem apresentadas a ele.

Fenômeno: Rotacização Mito: A Língua portuguesa no Brasil apresentar uma unidade surpreendente O fenômeno de rotacização tem como exemplificação as palavras “Cráudia”, “grobo”, “pranta”, “praca”, entre outros, em que segundo as gramáticas normativas, dicionários e professores ensinam que o “certo” é “Cláudia”, “globo”, "planta", “placa”, entre outros, em que erroneamente explicam como sendo "bonito" socialmente. Assim, apresenta-se no português a questão inevitável de trocar o R e L em encontros consonantais, que tem o nome de rotacização, ou seja, é algo natural essa troca, já que o que era L em latim permaneceu em outras línguas mas no português se transformou por R, e algumas palavras continuaram com o L do latim, pois os escritores e gramáticos queriam "recuperar" a forma latina original. O autor diz que o rotacismo possui uma explicação científica baseada na sistemática ocorrência do fenômeno em questão, constata-se que, como trouxe Bagno, os erros na língua portuguesa se limitam a utilizações do código linguístico que, quando efetivadas, não atingem seu objetivo final, que é a transmissão de informações. Ou seja, o rotacismo é um acontecimento comumente observado no meio de utilização da língua e não pode ser definido com um erro, mas um sinal de que o idioma português não é uniforme. Segundo Bagno, a questão da língua portuguesa no Brasil apresentar uma unidade sem dialetos e um idioma é uma das mitologias acerca do preconceito linguístico, sendo prejudicial por não reconhecer a diversidade, desprezando o grau de escolarização, a idade, situação socioeconômica e outros. Assim, mesmo a língua portuguesa sendo a mais falada no Brasil, há variedades abrangentes que não devem ser

ignoradas, pois ocasiona o aumento do preconceito, abismo linguístico, diferenças regionais, entre outros. Por conseguinte, o autor atenua que se a linguagem fosse una, haveria pessoas sem fala, justamente por não reconhecer a língua padrão, pois até mesmo os que possuem o conhecimento da língua padrão, não fazem a todo momento o uso dessa modalidade. É necessário, como o autor salienta, a importância da escola em desconstruir esse mito e colocar em pauta a diversidade linguística do país, até pelo fato do aluno poder entender que tanto a língua padrão como a não padrão são variações, não havendo um modo certo de falar ou mais bonito. Porque (não) ensinar gramática: “O papel da escola é ensinar língua padrão”. A Língua de Eulália: “A bruxa está solta”. O livro “A língua de Eulália” de Marcos Bagno, aborda as variações da língua portuguesa faladas no Brasil, tem como objetivo desconstruir o mito de que a língua é única e homogênea, e para tal, traz a discussão sobre preconceito linguístico. O autor discute a ideia de que o português brasileiro é constituído por muitas variantes e que seria incabível ensinar todas em sala de aula, mas é necessário que o conhecimento dos processos de formação histórica dessas variantes sejam repassados aos alunos. Possenti, autor do livro Porque (não) ensinar gramática na escola, e Bagno em seus respectivos livros, questionam o ensino padrão da língua e admitem a sua importância para o domínio da escrita, mas defendem a abordagem de uma linguagem mais simplificada em sala, afim de alcançar todas as diversidades linguísticas encontradas no ambiente escolar e estimular os alunos a se interessarem pelo conhecimento da própria língua. É importante que o professor reconheça a função social que a linguagem tem com o objetivo de acabar com a visão preconceituosa da linguagem, pois a partir do momento que o professor compreende a diversidade existente na língua materna, ele consegue disseminar a ideia do respeito linguístico, possibilitando aos seus alunos outras práticas de uso da língua, sem a concepção de língua certa ou errada, bonita ou feia, mas sendo necessário dizer a eles que o uso depende da situação conversacional à medida que ainda há o preconceito linguístico e que o mesmo faz presente, perpassando o período colonial. Preconceito Linguístico: “As pessoas sem instrução falam tudo errado”. A Língua de Eulália: “Verbo pra que te quero? ”

No livro “Preconceito Linguístico” o autor Marcos Bagno apresenta alguns mitos que normalmente são utilizados como argumento à manutenção do preconceito linguístico no Brasil. O mito número quatro, intitulado “as pessoas sem instrução falam tudo errado” tem o objetivo de mostrar e descontruir duas formas de preconceito linguístico o primeiro que é um fenômeno social e político visto a partir da diferença entre as classes sociais, e o segundo que é um preconceito linguístico regional. O autor apresenta fatos do cotidiano para desconstruir os mitos que estigmatizam a língua portuguesa não padrão. Explica que várias palavras do português padrão foram “formadas” a partir do processo de rotacismo, como a palavra ‘prata’ que se originou do latim ‘plata’, no entanto, do ponto de vista da língua padrão, essas palavras estão corretas. Mas quando o falante da variável não padrão aplica esse mesmo fenômeno, a língua padrão o desconsidera. É nesse sentido que o autor afirma que este preconceito linguístico tem origem em um preconceito social, afirmando que esta não é uma questão linguística somente, mas social e política, visto que há um juízo de valor aplicado na fala, que analisa o que é falado, como é falado e, sobretudo, quem fala. Além do preconceito linguístico entre as classes sociais o autor mostra que existe preconceito com a variação linguística das regiões do país. Para explicar como acontece, o autor utiliza o fenômeno fonético da palatização, por exemplo o presente no Sudeste a palavra titia é comum ser pronunciada [t itia] e isso é aceito por todos, porém se uma pessoa do interior do nordeste pronuncia a palavra [oyt u] é motivo para que seja inferiorizado, veja, que o fenômeno que leva à pronuncia dessas palavras é o mesmo, porém um é aceito socialmente (dependendo da situação em que é falado) e o outro não. Outro fenômeno que interessa para esta discussão está presente no livro “A língua de Eulália”, que se refere à simplificação das conjugações verbais. Dessa forma, os fenômenos mostrados nesses livros discutem a existência de uma pluralidade linguística que por tempo ficaram “invisibilizadas”, inclusive no âmbito escolar. O autor aborda os mitos que representam a supervalorização da língua padrão e a estigmatização da variedade não padrão da língua. A Língua de Eulália: “Beijo rima com desejo”. Preconceito linguístico: “É preciso saber gramatica para falar e escrever bem”.

Os livros “ A Língua de Eulália” (2004) e “Preconceito Linguístico” (2007) de Marcos Bagno, se assentam numa discussão acerca da língua falada e da língua escrita. No capítulo “Beijo rima com desejo” é apresentado o processo de monotongação, em que o autor apresenta a redução de ditongos devido a esse fenômeno presente no diálogo do livro. Por conseguinte, no livro preconceito linguístico o mito n° 7 (“É preciso saber gramatica para falar e escrever bem”) opõe-se as consequências de tal fenômeno, visto que, a monotongação ocasiona por meio da escrita, situações de sonoridade consideradas “erradas”, enquanto o mito, traz a ideia de que um bom falante e bom escritor deve dominar a gramática. Sabe se que o ditongo é a união de uma vogal e uma semivogal. Semivogais só podem ser pronunciadas com o “apoio” de uma vogal, por isso, também são chamadas de semiconsoantes. No português brasileiro as semivogais são (y) e (w). O fenômeno da monotongação ocorre quando dois sons transformam se em um só, como na redução do ditongo “ei” em “e’. Neste caso, “ei”, “j” e “x” são palatais, logo devido as suas assimilações, muitas vezes são pronunciadas como um único som. Como “baixo”, “baxo”; “beijo”, “bejo”. Portanto, há a redução não propriamente “dita dos ditongos”, mas sim, a junção de um ditongo precedido das consoantes “j” e “x”. O mesmo ocorre com a consoante “r”, que apesar de não ser palatal, é produzida em uma região próxima à anterior, assim, também sofre assimilação. Exemplificando, “beirada”, “berada”. Não é a gramática normativa que “estabelece” a norma culta. A gramática tem o papel de definir, identificar e localizar os falantes considerados cultos. Mas não garante a existência de um padrão linguístico uniforme, pois não há. Sendo assim, é papel do professor de língua desconstruir o mito de que há uma normal fictícia que se inspira em um ideal linguístico inatingível, e saber manusear a língua de acordo com o contexto, formando bons usuários tanto da língua escrita como da língua falada. Preconceito Linguístico: “O certo é falar assim porque se escreve assim”. A língua de Eulália: “Sodade, meu bem, sodade”.

Nesta sociedade permeada de preconceitos, seja por questões raciais, socioeconômicas ou linguísticas. É que, o autor Bagno em seu livro “Preconceito linguístico” irá abordar essa gama de preconceitos, geralmente camuflados, tendo como

objetivo a apresentação dos mitos acerca da língua e as formas de combatê-lo. Em “A Língua de Eulália”, o autor busca, através da narrativa, explicar determinamos fenômenos da língua portuguesa e desconstruir os preconceitos acerca dela. Com base na primeira obra, trataremos o fenômeno variação, referente ao mito nº 6, presente no segundo livro mencionado. Em nenhum lugar do mundo, seja onde for, um idioma é falado de forma igual por todos os habitantes, como Bagno diz “nenhuma língua é falada do mesmo jeito em todos os lugares, assim como nem todas as pessoas falam a própria língua de modo idêntico” (BAGNO, 2007, p.52). Uma mesma língua pode possuir muitas variações, seja uma variante padrão ou não padrão, e isto não deve ser classificado como correto ou incorreto, ...


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