Resenha - SHOW DE Truman - Behaviorismo PDF

Title Resenha - SHOW DE Truman - Behaviorismo
Author Thiago Oliveira
Course História da Psicologia
Institution Universidade do Estado de Minas Gerais
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Summary

Resenha crítica sobre o filme Show de Truman....


Description

O SHOW DE TRUMAN Direção: Peter Weir. EUA, 1998. 102 min. O filme gira em torno do protagonista chamado Truman Brubank, que tem sua vida inteiramente filmada e transmitida ao vivo para o mundo através da TV. O filme começa a partir do 30º ano de transmissão do “show”, onde o protagonista não sabe que sua vida inteira é a apenas uma atração televisiva. Truman tem uma vida normal, onde é casado, possui amigos e um emprego como corretor de seguros. Sua rotina é bem simples vista no início do filme, onde todos os dias cumprimenta seus vizinhos, compra revistas para sua esposa, encontra dois senhores que sempre dizem ir procura-lo no seu trabalho. A vida, ou o show, se passa no maior estúdio do mundo, que pode até ser visto do espaço, que fica em uma ilha com o nome de Seaheaven. Todos os acontecimentos que ali ocorrem, desde a forma como as pessoas se tratam até mesmo os eventos que deveriam ser tidos como naturais, como o nascer do dia e a chegada da noite, fazem parte de um roteiro específico para imitar a “vida real”. Apesar de toda a grandiosidade existente, Truman não tem ideia que toda a sua vida foi condicionada para que ele tivesse certas atitudes, sendo de forma cuidadosa, educado por reforços positivos e negativos para viver da forma “correta” para o prosseguimento do show. Um dos mais notáveis condicionamentos para que o personagem se mantivesse dentro de um roteiro já planejado para o mesmo, foi a morte do pai pela água, tido como um reforço negativo, pois como viviam em uma ilha, em algum momento Truman poderia querer desbravar a vida lá fora, sendo a saída pelo mar o mais fácil, e criando esse trauma, foi gerado um medo em relação ao contato com esse mundo exterior pela água. Apesar de todos os esforços para que uma vida real fosse sentida pelo protagonista, devido a todos os fatores de condicionamento ao seu redor, o mesmo parece sentir, a partir de certo momento, um descontentamento, o que o faz começar a desconfiar da realidade em que está vivendo. Uma das cenas que mais marcam essa passagem acontece quando Truman segura sua esposa e ela acaba “quebrando a quarta parede” (algo muito usado em certas revistas em quadrinho, quando o personagem fala com alguém que não está presente ali, como exemplo, alguém por de trás das câmeras) ao pedir para fazerem alguma coisa. Nesse momento, o protagonista apesar de confuso, passa a ter uma certeza mais real de que algo não está certo. Observando essa sequência de acontecimentos, notamos claramente uma relação estímulo e resposta, sendo a situação de perigo vivenciada pela esposa e ocasionada pelo marido como o estímulo que resultou na resposta imediata da mesma, procurando ajuda e fugindo completamente ao roteiro que deveria ser seguido,

o que deu também uma visão real, e não mais de somente um show completamente roteirizado. Chegando à parte final do filme, quando Burbank consegue um barco e ruma a sua fuga para a realidade, os produtores do show procuram utilizar de reforços punitivos na esperança de que o protagonista sinta medo e não saiba o que fazer, na esperança de que esse comportamento seja extinto e não mais venha a se repetir. Apesar de todos os esforços, com determinação e vontade, coisas que tenho comigo que em dada situação possam não ser controladas por nenhuma força externa, Truman ultrapassa todos os desafios, incluindo o medo do mar causado pelo trauma já citado, e chega ao limite do grande estúdio de gravação. Em uma emocionante sequência, ao abrir a porta para sua liberdade, o criador do show, Cristof, começa a falar com o protagonista, tentando de alguma forma ainda o manter nessa grande mentira, dizendo coisas que poderiam o fazer mudar de ideia, procurando criar um medo da realidade lá fora, e quando isso não surte algum efeito, ele através de reforços positivos, começa a falar coisas boas a respeito de toda a vida que Truman viveu até agora, na esperança que o mesmo mude de ideia, o que também não altera as motivações do protagonista, que usa o seu bordão e se retira da cena. Thiago Oliveira da Silva Psicologia 1º Período Noturno...


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