Resumo de As Prostitutas na Bíblia, de Jonathan Kirsch PDF

Title Resumo de As Prostitutas na Bíblia, de Jonathan Kirsch
Author Gleydson Firmino
Course História Antiga
Institution Universidade Federal de Rondônia
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Resumo de As Prostitutas na Bíblia, de Jonathan Kirsch...


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“As Prostitutas na Bíblia” – Jonathan Kirsch Jonathan Kirsch, colunista literário do Los Angeles Time, é um advogado e escritor norteamericano que resolveu escrever o livro “Prostitutas na Bíblia” quando lia a Bíblia para seu filho, e percebendo o conteúdo violento e erótico que se encontra no livro sagrado, sem falar das censuras, resolveu expor isso também para outras pessoas.

Capítulo 1: Histórias proibidas da Bíblia O cerne deste capítulo engloba histórias bíblicas que, para um leitor contemporâneo, é algo chocante e ao mesmo tempo esclarecedor, pois, a ideia de “escritura sagrada” automaticamente exclui qualquer pensamento negativo a respeito do conteúdo. Mas, já de inicio, é mostrado ao leitor o caso não tão famoso de Noé e seu filho Cam, pai de Canaã, o qual viu seu pai inteiramente nu e bêbado após o fim do dilúvio. O caso é pouco conhecido devido às censuras sofridas ao longo dos anos, porém, não foi o único.

Capítulo 2: Ló e suas filhas A bíblia hebraica relata várias situações onde genocídios, guerras, sexo e etc. são bem comuns. Uma delas é a história de Ló, tida como a primeira relação incestuosa dos tempos bíblicos. Antes do ato, a destruição de Sodoma, ora feita por anjos do Senhor, ora pelo próprio Deus, caracteriza uma posição não muito agradável para um Celestial que é tido como bondoso e poderoso, ao menos nos tempos atuais. Toda a população é dizimada de forma covarde e impiedosa. Somente Ló, sua esposa e suas duas filhas conseguem escapar, pois, segundo os anjos, eles seriam os únicos justos na cidade pecaminosa. Mas na verdade, eles só se salvaram por piedade divina, aliás, pela consideração que o Todo-Poderoso tinha a Abraão, tio de Ló e “braço direito do divino”, que negociou, literalmente, a vida desse seu sobrinho e sua família. Eis que a destruição começa. Sodoma e Gomorra são alvos de uma “chuva” de fogo e enxofre que a destrói juntamente com todos que nela residiam desde o mais inocente ao mais pecador. Enquanto isso, Ló e sua família se vão o mais rápido possível em busca de local seguro. Durante a fuga, a esposa de Ló, inquieta com a ideia de ter deixado para trás suas filhas e netos que não acreditaram em Ló, olha para trás na vã esperança de que elas os estejam seguindo, mas, virou uma estátua de sal, como já haviam alertado os anjos destruidores. Restando apenas Ló e suas filhas nas redondezas, a geração acabaria ali. Mas eis que a filha primogênita, juntamente com a caçula, embriaga o pai por duas noites consecutivas e têm relações sexuais com ele, gerando assim, Moabe e Bem-Ami.

Capítulo 3: Vida contra a morte: O sagrado incesto das filhas de Ló Neste capítulo, a destruição de Sodoma e Gomorra perde o foco, sendo enfatizado somente a experiência de Ló e sua família. O primeiro a ser enfatizado é a atitude por parte de Ló em oferecer suas filhas virgens em troca da segurança dos dois viajantes que chegara à cidade e que mais tarde a dizimaria. A chegada desses enviados de Deus despertou uma curiosidade nos homens sodomitas, os quais foram até a residência de Ló e exigiram os dois viajantes para que eles pudessem “conhecê-los”. Antes disso, Ló os recebe em casa com toda a hospitalidade e gentileza, oferecendolhes comida e bebida. E os dois anjos finalmente expõem o motivo de suas presenças e pede a Ló que saia da cidade junto com toda sua família, que somente eles estavam usufruindo da “piedade” de Deus. Mas eis que, lá fora, uma turba de sodomitas homens cerca a casa exigindo os dois viajantes. Ló, tendo certeza de que os homens estranhos eram do Divino, embora sua esposa pensar o contrário defende os homens tentando negociar de todas as formas que consegue. Mas de nada adianta. Então Ló, decidido a protegê-los, se expõe aos homens e oferece suas duas filhas virgens para deleite dos homens sedentos, mas de nada adianta, pelo contrário, Ló seria o alvo se não entregasse os dois forasteiros. E quase é isso que acontece se não fossem os movimentos rápidos e surreais dos homens para puxá-lo de volta a residência. Depois do momento, a turba se acalma e parece dispersar-se, deixando-os em paz. O que é mais discutido, além do incesto, é essa atitude de Ló em proteger estranhos em troca das vidas de suas próprias filhas. Até o momento, não havia certeza de que os dois homens estavam ali por ordens divinas, como a esposa contesta, mas mesmo assim Ló tem toda a certeza de que os homens estavam sendo sinceros. Mas tarde, é comprovada a veracidade das palavras dos forasteiros e os ditos justos são levados a fugirem de sua cidade. Depois da destruição em massa e da petrificação da esposa de Ló, chegamos a outro fato importante: O ato incestuoso comandado pelas filhas do sobrinho de Abraão. Depois do genocídio, as filhas se veem em desespero por não haver mais nenhum macho para que procriasse a espécie, o único era o seu pai. Tendo somente essa saída, as duas filhas dormem com ele e geram dois filhos homens, Moabe e Bem-Ami. Só que, o ponto a ser chegado - e que é bem observado – é que não há punição para o ato, tendo em vista uma cidade totalmente destruída por causa dos pecados que, possivelmente, também incluía o incesto.

Capítulo 4: A violação de Diná O capítulo relata uma história confusa e pouco esclarecedora: O estupro (ou não) de Diná por Siquém, um heveu filho de Hemor. A história começa com a ida de Diná juntamente com outras mulheres a um determinado lugar. Nessa ida, encontram um grupo de homens que zombam e riem delas, com exceção de um: Siquém. Este, grosseiramente, segundo o relato bíblico, começou a elogiar a jovem Diná. Passados os elogios, este homem a leva para um bosque no outro lado da estrada, onde o possível ato pode ter ocorrido de fato. Segundo relatos de uma serva, ele, depois que

a jovem Diná tropeça, cai também por cima e começa a levantar o vestido dela, o que foi o início do ato violento. Mas eis que Hemor, pai do possível violentar, chega a Jacó, pai da moça, pedindo-lhe a permissão de casamento para seu filho Siquém, que estava perdidamente apaixonado por Diná. O pai e os irmãos de Diná, Simeão e Levi, já sabiam do ato que fora relatado pela serva. Jacó, por sua vez, não dá muita importância à suposta violação de Diná e parece preservar a ligação de paz com a tribo Cananeia de onde Siquém e Hemor são pertencentes. Ao contrário dele, os irmãos se revoltam e querem vingança a todo custo. Siquém se estuprou de fato, não aparentava. Esta conversa entre as duas famílias se deu a partir do interesse amoroso que este demonstrava ter por Diná, fato este que incomodara ainda mais os irmãos, mas não ao pai. Um fato que sucede a discussão é a proposta que Levi e Simeão fazem ao pretendente de sua irmã: Só seria um casamento legal se Siquém, e seu povo, fossem circuncidados, no pretexto de que se tornariam um só povo após a circuncisão. Siquém, segundo a bíblia, aceita a proposta e faz com que todo o seu povo seja também circuncidado. Sabendo que o ritual fora feito, os irmãos de Diná, Simeão e Levi, partem para a sua vingança, aproveitando que todos os homens estavam sofrendo os reflexos dos procedimentos e que não poderiam se defender. Sendo assim, os dois exterminaram todo o povo de Siquém e Hemor, inclusive os dois, e resgataram sua irmã que residia com Siquém, mesmo sem consentimento de Jacó, que se sentiu amendrontado após saber da barbárie que seus filhos fizeram.

Capítulo 5: “Vê o flagelo que castiga o teu ódio” O primeiro fato observado nesse capítulo é a omissão de Diná e também uma possível censura sofrida com o decorrer das traduções. O segundo fato é que para um estuprador, Siquém se mostra muito romântico com a vítima, a ponto de ir até a casa do pai da moça pedir-lhe em casamento, o que depois sucede ao extermínio de sua tribo por Levi e Simeão. E em terceiro, a conduta de Jacó a respeito da violação da filha, que parecia menos importante do que a diplomacia entre o patriarca e o príncipe da região, Hemor. Tais interpretações do caso de Diná se dão a partir do momento de que não há certeza do que as traduções se referem exatamente, ou se ao menos estão corretas, e além, se foram ou não retiradas ou colocadas frases e palavras para mudar totalmente o contexto, ou escondê-lo. Tais dúvidas colocam Siquém, ora como estuprador, ora como pretendente, mas não diz realmente o que ele é. Outro ponto observado é a suposição de que Diná e Siquém não tem uma relação exatamente de vítima e agressor, mas de dois jovens que vivem uma paixão proibida, tanto que a jovem foi encontrada na casa do “agressor” pelos irmãos, o que levou a essa hipótese. Outra coisa abordada é o modo pelo qual Levi e Simeão agem para vingar a ofensa a sua irmã, exigindo que a circuncisão fosse feita em Siquém e seu povo para que só assim o casamento fosse permitido, mas a real intenção era usar o rito firmado entre Deus e Abraão como auxílio na vingança. A postura de Jacó perante o massacre de Siquém foi, para o leitor, com certeza, no mínimo egoísta, pois ele preza mais a diplomacia do que a honra de sua filha e família, o que ele explica como “necessário, pois sua família israelita estava cercada de cananeus, e, por conseguinte, em desvantagem”. Mas isso não convence seus filhos, que não recebem a benção do pai e também não herdam a “Terra Prometida”.

Capitulo 6: Tamar e Judá Judá casa-se com uma cananeia de nome Sué, esta que lhe concede três filhos: Er, Onan e Selá. Pressionado pelos anciãos israelitas, Judá ver a necessidade de casar seu primogênito Er para que este lhe desse um neto e continuasse o clã. Naturalmente, Judá comenta o assunto com seu amigo Hirá, cananeu, que tempos depois aparece para Judá com uma proposta de casamento. A moça se chamava Tamar, mulher fértil e dona de uma beleza grandiosa, segundo a bíblia. O casamento acontece, mas num dado momento, Er sai das terras de Judá por um motivo desconhecido para Tamar e nunca mais volta, deixando esta sem nenhum herdeiro. Vendo que seu filho não cumpriu o papel de marido, Judá ordena agora que seu segundo filho, Onan, o faça. Onan vai para a cama de Tamar e faz o que deveria ser feito, porém, no momento crucial da relação, Onan cancela o coito e joga seu sêmen no chão, se recusando a engravidar a mulher que já fora do seu irmão. Segundo a bíblia, ele fez isso porque mesmo sendo ele o pai biológico da criança, a descendência seria automaticamente destinada a seu falecido irmão, o que ele não via como algo positivo para si. Depois desse episódio, no dia seguinte, Onan viu-se com uma febre que mais parecia ser resultado de um tipo de “peste” lançada por Tamar, e que o matou dias depois. Vendo que seus dois primeiros filhos estavam mortos e que Tamar ainda não tinha um herdeiro, a responsabilidade ficaria agora em Selá, filho caçula de Judá. Enquanto Selá cresce, Judá manda Tamar de volta a sua casa. Nesse período, Judá perde sua mulher e vê-se em estado de luto. Judá, após perder sua mulher, vai à Timná para se divertir com outras mulheres, e Tamar ouve o diálogo entre seu pai e um pastor da região. Ali, silenciosamente, começa a pensar num modo de ter um filho, já que Selá havia crescido, mas não tinha sido enviado a ela como o prometido. Então, ela se disfarça de prostituta e aguarda Judá no caminho em que ele passaria. Judá, na companhia de seu amigo Hirá, avista aquela meretriz ao longe e logo se sente atraído por ela. Eis que acontece o ato sexual entre os dois e, mais do que isso, a semente do herdeiro de Judá estava sendo plantada, mesmo que ele não soubesse quem era a “prostituta”. Após o ato, Judá é forçado a deixar com a meretriz alguns de seus pertences como garantia de pagamento, que seria um ovino saudável, exigido por Tamar. A atitude de Tamar chegou aos ouvidos de Judá como um adultério, e segundo a tradição, a adúltera tinha de ser queimada. E foi o que Judá mandou fazer. Ela se retirou da casa de seu pai a pedido de Judá para que fosse punida, porém, chegando lá, ela revela que o pai dos gêmeos é Judá.

Capítulo 7: A mulher voluntariosa que passou à história O capítulo analisa o acontecimento anterior, relacionando Judá e Tamar com José e Potifar, este último que, segundo a Bíblia, é um exemplo de homem que resiste aos prazeres carnais, ao contrário de Judá.

O fato de Tamar ser cananeia pode ter sido mais embaraçoso do que o fato de Judá ter transado com ela, pois durante boa parte da história bíblica, os cananeus são tidos como rivais em todos os sentidos pelo povo hebreu. O ato tão próximo do incesto de Tamar é analisado não como um ato pra prazer pessoal, e sim como um ato necessário para que ela desse um herdeiro a Judá, coisa que seus dois filhos não fizeram, e ainda mais importante para a história bíblica, pois se ela não houvesse feito isso, o Messias, por exemplo, jamais teria nascido tendo em vista que ela é tida como trisavó do mesmo.

Capítulo 8: Séfora e Moisés O capítulo fala sobre Moisés, Séfora e a tentativa de homicídio sofrida por Moisés. Séfora estava a dar água a seu rebanho, juntamente com suas irmãs, quando dois pastores, que zombavam delas, são intimidados e postos para correr por Moisés. Após o momento, as filhas de Jetro chegam em casa um pouco mais cedo que o normal e o pai lhes pergunta o motivo. Uma das filhas diz e o pai logo indaga o motivo pelo qual não convidaram o tal homem para jantar com eles. Moisés aceita o convite e passa a conviver com Jetro, cuidando de seus rebanhos. Jetro acabou cedendo a mão de sua filha mais velha, Séfora, a Moisés, a qual mais tarde seria peça chave na tentativa de homicídio de Moisés por Jeová ou por algum deus pagão. Esse episódio acontece quando Moisés supostamente é “convocado” por Deus para libertar o povo hebreu do faraó egípcio, e ruma com Séfora e seu filho Gerson para o Egito. No meio do caminho, no deserto, Séfora se vê assombrada com a imagem de algum ser sobrenatural atacando Moisés durante o sono, engolindo-o quase que totalmente, com exceção do pênis, órgão extremamente importante na história bíblica. O tal fato pode ser explicado pela não circuncisão do filho de Moisés que, segundo a tradição do povo de Moisés, deveria ser feita aos oito dias de nascimento da criança. Na tradição madianita, o ato deveria ser feito aos 30 anos. Vendo que a tentativa de homicídio poderia está relacionada com a circuncisão, Séfora pega o primeiro objeto cortante e faz o ato cirúrgico ali mesmo, às pressas. Com a pele em mãos, Séfora faz com que o ser enxergue o ato, passando a pele recém-extraída em suas pernas, ou órgão genital, só então os movimentos cessaram e tudo se acalmou.

Capítulo 9: O noivo de sangue: Séfora como a Deusasalvadora de Moisés

O capítulo aborda mais o ataque noturno a Moisés e a atitude desesperada para salvar o marido. Moisés vinha de uma tradição que dizia que a circuncisão deveria ser feita aos oito dias de

nascimento, mas a tradição do povo de Séfora dizia que o ato só poderia ser feito após os trinta anos. Isso, talvez, pode ter levado Deus a se revoltar contra Moisés e tentar contra sua vida no caminho para o Egito, mas Séfora, no desespero, enfrenta Deus e faz com ele cesse os ataques fazendo a tal circuncisão, pacto vindo da época de Abraão e muito significativo na história bíblica.

Capítulo 10: Jefté e sua filha Jefté, filho de uma prostituta com um homem rico, que o abrigou, convivia como subjugado nessa residência. Em meio a seus irmãos era o que mais não recebia regalias de um filho, isso porque quem cuidava dele era sua madrasta, mulher de boa aparência e de boa família, que o odiava. Com a morte do pai, e o passar do tempo, os irmãos de Jefté já crescidos, o expulsam da casa do pai e o comunica que Jefté nada herdará da herança do pai. Indignado com a atitude dos irmãos, Jefté recorre aos anciãos de Gileade, que ouvem e analisam as exigências de Jefté, porém, no fim, a sentença é dada totalmente a favor dos meios-irmãos. Após a sentença, alguns companheiros de Jefté o incentivam a voltar à casa do pai e matar alguém, para ser reconhecido, mas Jefté não faz isso e decide se retirar de Gileade, indo morar na fronteira de Israel com Amon. Tempos mais tarde, Jefté recebe a visita de alguns anciãos de Gileade, que o pedem para liderar um exército contra os amonita, que a mando do Todo-Poderoso, estavam indo destruir o Povo Escolhido por terem adorado um deus cananeu. Depois de muito diálogo Jefté aceita a proposta e vai guerrear contra o exército de Amon. Durante a ida ao campo de batalha, Jefté, já sabendo das dificuldades, faz uma promessa a Deus: Se a vitória for sua, ele sacrificará a primeira coisa que o vier receber no retorno a sua casa. Foi o que aconteceu. Jefté promove uma matança no território de Amon e volta vitorioso do campo de batalha. Como já havia prometido o sacrifício se caso voltasse vitorioso, teve de matar sua filha, pois ela foi a primeira coisa que aparecera a sua frente.

Capítulo 11: Uma deusa de Israel: o culto proibido da filha de Jefté O fato mais analisado neste capítulo é a promessa feita por Jefté a Deus. Isso leva a muitas hipóteses e uma delas era o porquê de Deus não ter interferido no sacrifício de Seila, filha de Jefté, assim como fez com Abraão e Isaac. Essa omissão por parte de Deus revela uma personalidade não tão agradável do Divino. Jefté não sabia também que sua filha viria lhe receber, obviamente, talvez por isso fez uma promessa tão equivocada assim. O lugar que ele morava também, segundo o autor do livro, era cheio de animais de pequeno porte, logo se pode deduzir que Jefté tinha uma pequena certeza de que alguma animal o viria receber na chegada de sua casa. Quando Jefté chega e é recebido pela sua filha, sente-se no dever de cumprir a promessa, mesmo ela sendo sua única descendente. Está então o incentiva a cumprir, porém, pede dois meses ao pai para que ela “chore sua virgindade” numa montanha próximo dali. Esse fato é interpretado por alguns eruditos bíblicos como uma saída estratégica da filha de Jefté para pedir ajuda a alguns anciãos, pois ela sabia que

algumas pessoas do local teriam o “poder” para anular uma promessa de tal porte. Mas nada consegue e volta dois meses após para ser sacrificada pelo seu pai.

Capítulo 12: O viajante e sua concubina O capítulo começa relatando uma briga entre o viajante levita e sua concubina. A concubina, extremamente ofendida, larga o levita e vai para casa do seu pai, nas terras de Judá. O levita, achando que sua concubina voltaria por livre e espontânea vontade, a espera, porém, após quatro meses, ele é obrigado a ir busca-la na casa do seu pai. Então ele partiu rumo à casa de seu sogro, todavia, temente no que este lhe poderia fazer, pois temia que sua concubina houvesse falado alguma coisa exagerada. Mas, preocupou-se a toa. Chegando lá, foi bem recebido, e dormiu ali cerca de cinco noites, pois sua concubina não queria retornar com ele. Finalmente ela decide ir e eles partem rumo à casa do levita. No caminho, eles se veem obrigados a procurar abrigo em uma vila israelita imaginando que seriam bem acomodados. Mas, mesmo sendo do mesmo povo, ninguém lhe deu um teto para pernoitar, exceto um velho muito amigável que os convidou para sua casa. Chegando nessa humilde moradia, os homens comeram e beberam fartamente e se divertiram muito. Em determinado momento, uma turma de benjamitas, semelhantes àqueles homens de Sodoma e Gomorra, exigiam o viajante para que pudessem conhecê-lo. O velho tentou negociar com os pervertidos, porém sem êxito. Então, o velho oferece sua filha virgem e a concubina do levita para saciar a “fome” dos homens. Mas somente a concubina é jogada para eles, que a estupram durante toda a noite e ao amanhecer, a jovem é jogada à porta do velho, imóvel como se já estivesse morta. Então, o levita o corpo violado de sua concubina e o levou para casa. Lá, literalmente dividiu o corpo da moça em doze partes e enviou para doze tribos israelitas, com exceção da cidade de Benjamin, tentando promover assim, uma guerra de vingança para limpar toda a terra santa.

Capítulo 13: Deus e Gino-sadismo O capítulo começa evidenciando o que a bíblia nos quer transmitir: durante o livro de Juízes, muitos, senão todos, assassinatos se deram pela falta de um rei e da ordem que ele impõe. Focando no caso do levita e sua concubina, o tal ultraje resulta numa guerra política entre as tribos de...


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