Resumo de Auditoria PDF

Title Resumo de Auditoria
Author Inês João
Course Auditoria
Institution Universidade Catolica Portuguesa
Pages 19
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Summary

MATÉRIA DE AUDITORIAÍndice: Introdução Asserções ISA 200 – objetivos gerais do auditor independente Garantia razoável Julgamento e ceticismo profissional Risco de auditoria ISA 210 – acordar os termos de trabalhos de auditoria Estratégia e planeamento de auditoria Plano global de auditoria Programa ...


Description

MATÉRIA DE AUDITORIA Índice: 1. Introdução 2. Asserções 3. ISA 200 – objetivos gerais do auditor independente 3.1. Garantia razoável 3.2. Julgamento e ceticismo profissional 3.3. Risco de auditoria 4. ISA 210 – acordar os termos de trabalhos de auditoria 5. Estratégia e planeamento de auditoria 5.1. Plano global de auditoria 5.2. Programa de auditoria 5.3. Alterações ao plano estratégico e programas 6. ISA 300 – Planear uma auditoria de DF 7. ISA 250 – Consideração de leis e regulamentos numa auditoria de DFs 8. ISA 315 – Riscos de distorção material 8.1. Ao nível das demonstrações financeiras 8.2. Ao nível das asserções – risco inerente e risco de controlo 9. ISA 320 – Materialidade 10. ISA 330 – Resposta do auditor a riscos elevados 10.1.

Testes aos controlos

10.2.

Procedimentos Substantivos = procedimentos analíticos substantivos + testes

de detalhe 10.3.

Procedimentos adicionais

11. ISA 265 – Comunicar deficiências do controlo interno 12. ISA 230 – Documentação de auditoria 13. Setor público 14. ISA 240 – Fraude 15. ISA 500 – Prova e amostragem 16. ISA 530 – Amostragem de auditoria 17. ISA 520 – Procedimentos Analíticos 18. ISA 550 - Partes relacionadas 19. ISA 570 – Continuidade 20. ISA 700R - Formar uma Opinião e Relatar sobre DFs

1

Introdução 

Objetivo da auditoria: o principal objetivo da auditoria financeira são as asserções subjacentes às demonstrações financeiras



Objetivo do relato financeiro: dar imagem verdadeira e apropriada, em todos os aspetos materialmente relevantes, da posição financeira de uma entidade numa determinada data.



Auditoria externa: exame das contas de uma entidade, realizada por perito independente qualificado, de acordo com as normas técnicas, com o objetivo de expressar opinião sobre a conformidade da informação financeira com uma estrutura de princípios contabilísticos





O âmbito da auditoria não contempla: o

Opinião sobre a eficiência dos atos de gestão por parte da gerência

o

Opinião sobre a viabilidade económico-financeira da empresa

o

Deteção de fraudes

o

Deteção exaustiva das deficiências do sistema de controlo interno

o

Certificação das declarações fiscais

o

Cumprimento de toda a legislação e outros regulamentos aplicáveis

Segurança razoável: uma auditoria, de acordo com as normas técnicas de auditoria, é concebida para proporcionar segurança razoável de que as DFs tomadas como um todo estão isentas de distorções materialmente relevantes  não há certeza absoluta.



Síntese do processo de auditoria: 1. Atividades preparatórias (integridade do cliente, procedimentos para a retenção do cliente, carta de compromisso, contrato de prestação de serviços de revisão legal de contas, outros factos preparatórios) 2. Estratégia e planeamento 3. Execução do programa de auditoria 4. Revisão e interpretação das conclusões 5. Preparação do relatório e opinião

Asserções

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Tipos de asserções relacionadas com transações e acontecimentos (vendas, gastos com pessoal, pagamentos, recebimentos, juros): 

Ocorrência: tudo o que está registado ocorreu



Plenitude: todas as transações que ocorreram estão registadas  as DF estão plenas



Rigor: a transação foi registada pela quantia certa



Corte: transações registadas no período correto  regime do acréscimo (fatura da luz em janeiro, mas só registada em dezembro)



Classificação: transações foram registados nas contas corretas



Apresentação: transações e acontecimentos foram apropriadamente (des)agregados e claramente descritos, e as divulgações são relevantes e compreensíveis

Tipos de asserções relacionadas com saldos: 

Existência: o saldo existe  relacionado com a ocorrência da transação pois o saldo vai existir se as vendas ocorrerem



Direitos e obrigações: entidade detém ou controlo os direitos aos ativos e passivos são as obrigações das entidades



Plenitude: todos os saldos estão registados  se as transações forem plenas, os saldos também serão



Rigor, valorização e imputação: registados pela quantia correta



Classificação: estar na conta e na linha correta



Apresentação: ativos, passivos e interesses de capital próprio apropriadamente (des)agregados e claramente descritos, e as divulgações são relevantes e compreensíveis

ISA 200 – objetivos gerais do auditor independente 

Finalidade de uma auditoria: é aumentar o grau de confiança dos destinatários das DFs. Isto é conseguido pela expressão de uma opinião do auditor sobre se as DFs estão preparadas em todos os aspetos materiais, de acordo com um referencial de relato financeiro aplicável.



As DFs sujeitas a auditoria são as da entidade preparadas pela respetiva gerência com a supervisão dos encarregados de governação



Materialidade: o conceito de materialidade é aplicado pelo auditor tanto no planeamento como na execução da auditoria e na avaliação do efeito de distorções identificadas na auditoria e de distorções não corrigidas, se existirem, nas DFs.

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O auditor deve exercer julgamento profissional e deve manter ceticismo profissional durante o planeamento e a execução da auditoria e: o

Identifique e avalia os riscos de distorção material, quer devido a fraude quer devido a erro

o

Obtenha prova de auditoria suficiente (quantidade) e apropriada (qualidade) sobre se existem distorções materiais

o

Forme uma opinião sobre as DFs, baseadas nas conclusões extraídas da prova de auditoria obtida



Risco de auditoria

o

Risco de auditoria: é o risco de o auditor expressar uma opinião de auditoria inapropriada quando as DFs estão materialmente distorcidas  este risco tem de ser consideravelmente baixo, caso contrário, o relatório do auditor seria irrelevante.

o

Risco de deteção: é o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria para um nível aceitavelmente baixo, não detetem uma distorção que existe e que possa ser material

o

Risco de distorção material: é o risco de as DFs estarem materialmente distorcidas anteriormente à auditoria  são riscos da entidade  Risco inerente: a suscetibilidade de uma asserção a uma distorção que possa ser material  Risco de controlo: risco de que a ocorrência de uma distorção não seja evitada ou detetada e corrigida em tempo oportuno pelo controlo interno da entidade

o

Quanto maior o risco de distorção material  menor será o risco de deteção

o

O risco de auditoria nunca é de 0  pelo que o auditor nunca pode obter segurança absoluta de que as DFs estão isentas de distorções materiais provocadas pela fraude ou erro

4

5

ISA 210 – acordar os termos de trabalhos de auditoria 

Pré-condições de uma auditoria: a utilização pela gerência de um referencial de relato financeiro aceitável na preparação das DFs e o acordo da gerência e, quando apropriado, dos encarregados de governação quanto à premissa em que assenta a condução de uma auditoria.



Se as pré-condições não estiverem verificadas, o auditor deverá debater essa questão com a gerência.



Os termos acordados do trabalho de auditoria devem ser registados numa carta de compromisso de auditoria.



Auditorias recorrentes: o auditor não deve acordar uma alteração nos termos do trabalho de auditoria quando não houver justificação razoável para o fazer.



Quando um auditor é contratado para fazer um trabalho de auditoria tem que ter em atenção: o

Se possui os recursos humanos necessários

o

Se possui competências necessárias

o

Se a gerência reconhece as suas responsabilidades e se estão presentes as précondições de uma auditoria

o

Se possui a independência necessária.

Estratégia e planeamento de auditoria 

A estratégia e planeamento de auditoria é o momento em que o auditor inicia o seu trabalho



Significa desenvolver uma estratégia geral e uma abordagem pormenorizada quanto à … dos procedimentos:



o

Natureza: finalidade e tipo de procedimento

o

Oportunidade: momento de realização do procedimento

o

Extensão: quantidade de procedimentos

Estratégia e planeamento de auditoria será um processo de selecionar procedimentos de auditoria que se achem adequados, com vista a obter evidência suficiente e adequada para suportar a opinião do auditor sobre as DFs.



Uma adequada estratégia e planeamento de auditoria contribui para que se dedique maior atenção a áreas de risco de auditoria, que potenciais problemas sejam identificados e que o trabalho seja completado de forma expedita.

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Em auditorias recorrentes, a estratégia e o planeamento de auditoria alteram-se de uns anos para os outros.





Nesta fase existem 2 documentos fundamentais que o auditor deve preparar: o

Plano global/estratégico de auditoria

o

Programas de auditoria

Há necessidade de estabelecer um programa base que pode ser: o

Programa máximo – quando o risco de deteção é bastante alto: inclui todos os procedimentos que devem ser usados nas situações em que ao controlo interno apenas se possa ser atribuído um pequeno crédito.

o

Programas mínimos – quando o risco de deteção é baixo: na hipótese contrária.



Plano global de estratégia de auditoria: o

Deve ser suficientemente pormenorizado para orientar o desenvolvimento do programa de auditoria.

o

O seu conteúdo variará de acordo com a dimensão da entidade a auditar, a complexidade de auditoria e a metodologia e tecnologia utilizada pelo auditor.

o

Procedimentos para conhecer a atividade da empresa: slide 9 a 12

o

Deverá conhecer o SISTEMA DE CONTROLO INTERNO:  O auditor obtém conhecimento sobre o SCI através de: revisão de documentação, inquéritos aos órgãos de gestão e empregados chave e observação de procedimentos de controlo.  O conhecimento do SCI é uma importante fonte de informação acerca dos tipos de erros e irregularidades que podem ocorrer nas DFs e a probabilidade da sua ocorrência.



o

Deverá definir critérios de MATERIALIDADE

o

Deverá definir os critérios de RISCO DE AUDITORIA

o

Deverá faze a calendarização e pessoal

Programa de auditoria: define a natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria planeados necessários para implementar o plano global de auditoria.



O plano global e o programa de auditoria devem ser revistos sempre que necessário no decurso dos trabalhos  o planeamento deve ser atualizado quando se verifiquem alterações nas condições ou resultados inesperados dos procedimentos de auditoria.

ISA 300 – Planear uma auditoria de DF

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O planeamento não é uma fase isolado de uma auditoria, mas sim um processo contínuo e iterativo.



O auditor pode decidir discutir partes do planeamento com a gerência da entidade  mas a responsabilidade pela estratégia global de auditoria e plano de auditoria continua a ser do auditor.

ISA 250 – Consideração de leis e regulamentos numa auditoria de DFs 

O auditor deve obter prova de auditoria suficiente e apropriada quanto ao cumprimento das disposições de leis e regulamentos geralmente reconhecidos como tendo um efeito direto na determinação das quantias e divulgações materiais das DFs.



O auditor deve pedir á gerência que confirmem por escrito que foram divulgados ao auditor todos os casos conhecidos de incumprimento ou suspeita de incumprimento de leis e regulamentos cujo efeitos deviam ser considerados na preparação das DFs.



Se o auditor concluir que o incumprimento de uma lei/regulamento tem um efeito material nas DFs e não foi adequadamente refletido nas DFs, deve proceder de acordo com a ISA 700, expressando uma opinião com reservas ou uma opinião adversa sobre as DFs.

ISA 315 – Riscos de distorção material



Risco de distorção material: é o risco de as DFs estarem materialmente distorcidas antes do auditor executar os procedimentos.



Procedimentos de avaliação de risco: são a base para compreender a entidade e o seu ambiente e para identificar e a avaliar os riscos de distorção materiais  8

mas estes procedimentos por si só, não proporcionam prova de auditoria suficiente e apropriada para basear a opinião de auditoria. 

Em qualquer momento o risco pode alterar-se, logo é necessário ir fazendo revisões da avaliação do risco.



O risco de distorção material deverá ser avaliado asserção a asserção.



Procedimentos de avaliação de risco: o

Indagações à gerência, auditoria interna e outras pessoas relevantes na entidade: pode modificar a natureza ou oportunidade ou reduzir a extensão dos procedimentos de auditoria a executar  sozinhas não são suficientes para avaliar o risco

o

Procedimentos analíticos: podem ajudar a identificar a existência de transações ou acontecimentos não usuais e de quantias, rácios e tendências que podem indicar matérias com implicações na auditoria.

o

Observação: vê as coisas a acontecerem naquele momento  ex: o auditor a caminhar pela empresa vê uma linha de produção parada  pode significar risco na valorização dos AFT porque a máquina pode estar obsoleta



o

Inspeção: vê as coisas que já aconteceram  ex: ler atas do CA

o

Trabalho feito em anos anteriores

O risco de distorção material pode ser identificado e avaliado através do: o

Conhecimento da entidade e do seu ambiente:  Fatores setoriais, regulação e outros fatores externos  Natureza da entidade  ex: empresa que vende on-line vs empresa que vende em loja  há mais riscos nas vendas online  Políticas contabilísticas  Objetivos, estratégias e risco de negócio (risco de a empresa não conseguir atingir todos os seus objetivos)  o risco de negócio aumenta a probabilidade de detetar os riscos de distorção material  Mensuração e revisão do desempenho financeiro

o

Sistema de controlo interno da entidade:  O SCI é o processo concebido, implementado e mantido pelos encarregados

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 Menor segurança no controlo interno  maior segurança na deteção de distorções materiais  menor o risco de distorção material  Há limitações do controlo interno: como é o gestor que decide os controlos a implementar pode haver erro humano ou conluio (combinação entre as partes)  Se um controlo é ou não relevante para auditoria é uma matéria de julgamento profissional do auditor. 

Quando o auditor pretender usar informação obtida da sua experiencia anterior com a entidade e dos procedimentos de auditoria executados em auditorias anteriores, deve determinar se ocorreram alterações desde a auditoria anterior que possam afetar a sua relevância para a auditoria corrente.

ISA 320 – Materialidade 

A materialidade é um conceito aplicado ao longo de todo o trabalho de auditoria: o

Planeamento – é neste momento que o comité de auditoria define a materialidade através do seu julgamento profissional

o

Execução

o

Avaliação do efeito das distorções identificadas na auditoria e de distorções não corrigidas



A materialidade é afetada pela perceção das necessidades de informação financeira dos utentes (acionistas e investidores) das DFs.



O auditor deve rever a materialidade se, no decorrer da auditoria, tomar conhecimento de informação que faria com que tivesse inicialmente uma quantia diferente



O ponto de partida para determinar a materialidade passa por identificar uma percentagem sobre um indicador de referência - deve ser definido em função das características da empresa e utilizadores das suas DFs: o

Entidade comercial = 1% do Volume de Negócios

o

Entidade de investimento – SGPS ou imobiliária = 2% do Ativo Líquido

o

Entidade cotada = 5% Resultado Antes de Imposto

o

Entidade sem fins lucrativos = 1% Gastos/Rendimentos (Gastos e Rendimento são tendencionalmente iguais) 10

o

Quando a base/dimensão da grandeza aumenta  a percentagem a ser aplicada tende a diminuir  inversamente



Exemplo1: um investidor decide investir 100 000€, a materialidade é de 800 000€ e o erro é de 400 000€  o erro não muda a decisão de investimento, o que significa que não é necessário aviso por parte do auditor  SÓ apenas se for fraude



Exemplo2: se o GAF (=CP/Ativo) for superior a 20%, a entidade recebe um subsidio do estado  acontece que o GAF passou para os 19% (erro < materialidade)  mas como vai influenciar as decisões dos investidores, então o auditor terá de considerar esta situação



O auditor vai trabalhar para encontrar erros acima da materialidade, MAS será determinado um valor a partir do qual se começa a somar os erros abaixo da materialidade.



Materialidade de execução: o

Quantia

estabelecida

pelo

auditor,

inferiores

à

materialidade

estabelecidas para as DFs como um todo, com vista a reduzir para um nível apropriadamente baixo, a probabilidade de as distorções não corrigidas e não detetadas excederem a materialidade para as DFs como um todo o

As distorções combinadas em todas as contas deverão ser inferiores ao nível de materialidade das DFs aceite.



o

É uma ferramenta do auditor

o

Varia entre os 75% e os 50% normalmente, mas não é uma regra fixa.

Numa auditoria recorrente, há aproximação das duas materialidades

ISA 330 – Resposta do auditor a riscos elevados 

Abordagens de auditoria possíveis: o

Testes aos controlos: concebido para avaliar a eficácia operacional dos controlos na prevenção, ou na deteção e correção de distorções materiais ao nível da asserção

o

Abordagem substantiva = procedimentos analíticos substantivos (orientam para detetar distorções) + testes de detalhes (detetam as distorções materiais ao nível das asserções)  tem de haver sempre esta abordagem ou apenas só

o

Abordagem combinada 11



Tendo por base os riscos de distorção material identificados, o auditor define os procedimentos de auditoria quanto à natureza, oportunidade e extensão.



Testes aos cont...


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