Resumo de Celso Furtado Formação Econômica do Brasil Capítulo XXX - A crise da economia cafeeira PDF

Title Resumo de Celso Furtado Formação Econômica do Brasil Capítulo XXX - A crise da economia cafeeira
Author Juliana Kaomy
Course Economia Brasileira
Institution Universidade Católica Dom Bosco
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Resumo de Celso Furtado Formação Econômica do Brasil Capítulo XXX - A crise da economia cafeeira...


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Resumo de Celso Furtado: Formação Econômica do Brasil Capítulo XXX - A crise da economia cafeeira

No último decênio do séc. XIX criou-se uma situação muito favorável à expansão do café no Brasil, devido ao surgimento de crédito necessário para os fazendeiros e também ao enfraquecimento da concorrência. Em um cenário propício ao investimento nessa cultura de exportação, a superprodução começou a estar presente nesse setor de forma constante, levando, por conseguinte, a uma relativa diminuição do preço do café e da renda dos cafeeiros. Sendo inviável a resolução do problema pela desvalorização da taxa cambial, foram propostas, no convênio de Taubaté, medidas a serem tomadas pelo governo e que iriam ao encontro dos interesses dos cafeicultores. Uma das propostas consistia em “responsabilizar” o governo, no caso o federal, de comprar os excedentes do café para que houvesse uma normalização da oferta e demanda desse produto e um consequente ajuste de preço. Tal medida de ajustar a oferta artificialmente criava incentivos para mais investimento na produção desse produto agrícola, já que os lucros provenientes do café estavam garantidos pelo governo, resultando em um agravamento do problema inicial da superprodução. Fica claro com dados estatísticos principalmente dos anos próximos ao de 1930 de que essas medidas estavam tornando a situação de equilíbrio entre produção e exportação insustentável. Durante o período que abrangeu os anos de 1927 até 1929, a produção média foi de 20,9 milhões de sacas de café, enquanto que a exportação só absorveu aproximadamente 14,1 milhões. Um outro fator que demonstrava que essa conjuntura estava se agravando ainda mais, era o fato de que a demanda não acompanhava a produção. Enquanto que a quantidade de café no mercado, proveniente do Brasil, expandia muito mais rapidamente, a demanda dos principais compradores mudava de forma quase nula, tendo pequenas quedas ou poucas ascensões ao longo dos anos. Uma forma de tentar solucionar esse problema seria estímulos vindos do governo que poderiam incentivar as pessoas, que insistiam em investir cada vez mais no café, em optarem por outros setores que poderiam lhe proporcionar uma renda similar à proveniente do café. Porém tal “fonte alternativa” dentro do Brasil era inexistente. Com essa medida governamental de comprar o excedente da produção interna de café e consequentemente aumentar o preço deste produto no cenário mundial em favor aos cafeicultores, o processo inflacionário emergiu, trazendo em conjunto o aumento das importações, devido à baixa elasticidade da oferta brasileira. De forma simultânea, houve, porém uma entrada significativa de capital privado estrangeiro no país que deu lugar a uma situação cambial extremamente favorável, e induziu o governo a embarcar na política de conversibilidade. Entretanto, com a crise de 1929, esse capital investido no Brasil, foi repentinamente retirado do solo nacional com facilidade aumentada pelos aspectos da conversibilidade....


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