RESUMO EMBRIO: Embriologia do Sistema Urinário - Aula PC PDF

Title RESUMO EMBRIO: Embriologia do Sistema Urinário - Aula PC
Author Karol Janones
Course Medicina
Institution Universidade Federal de Mato Grosso
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Summary

EMBRIOLOGIA SISTEMA URINÁRIO ...


Description

EMBRIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO Aula PC •

O mesoderma embrionário intermediário representa a origem inicial do sistema urinário; durante o processo de flexura do embrião, separa-se do mesoderma paraxial, situandose na região posterior do embrião (próximo ao saco vitelínico);



A partir daí, forma a crista urogenital, que se dividirá em crista gonadal e cordão nefrogênico;



O cordão nefrogênico originará três conjuntos de órgãos excretores renais: •

Pró-néfron; •







Rim rudimentar, não chegando a formar estruturas excretoras, sendo afuncional em seres humanos; começa a se desenvolver na 4ª semana e ao final dela já desapareceu.

Mesonéfron (maior e mais comprido); •

Funcional durante o período que compreende a 5ª semana até a 8/9ª semana; forma estrutura de excreção renal (néfrons ligados a ductos mesonéfricos, que desembocam na cloaca); a abertura da cloaca (9ª semana) coincide com a finalização das atividades do mesonéfron;



É necessária uma grande área para pouca quantidade de néfrons, sendo limitado e pouco eficiente.

Metanéfron (desenvolvimento da 5ª à 8/9ª semana); •

Rim definitivo; em uma pequena estrutura há grande densidade de néfrons;



É ligado ao ducto mesonéfrico, que origina o divertículo metanéfrico (forma o sistema coletor) ou broto uretrérico; associado ao divertículo está o blastema metanéfrico (forma o sistema excretor) ou mesoderma metanéfrico (derivado da parte caudal do cordão nefrogênico);



O sistema excretor é formado pelos néfrons; o condutor, pelo ureter, cálices maiores e menores dos rins e túbulos coletores;



Há indução de genes e sinalizadores sobre o sistema excretor para que este divida-se e penetre o sistema coletor (mesoderma metanéfrico);



A entrada dos túbulos excretores no mesoderma metanéfrico determina a formação de vesículas nestes, que sofrerão alongamento e formarão a estrutura básica nefrítica (glomérulo, cápsula de Bowman, TCP, alça de Hemle, TCD), que acaba por se fundir com o sistema coletor.

Ascensão Renal: •

A subida do rim ocorre devido ao crescimento do feto (o crescimento maior em proporção da região caudal determina a elevação renal);



Além da ascensão, o hilo renal sofre rotação de 90º para o plano medial;

• •

Este período é marcado por diversas malformações.

Variações anatômicas dos vasos renais: •

A estenose das artérias renais está relacionada a casos de hipertensão arterial especialmente em casos que elas são subdivididas.



Os rins fetais são compostos por lobúlos, diferentemente no adulto humano, que tornase liso;



Malformações congênitas: •

Agenesia renal unilateral: assintomática; diagnosticada com ultrassonografia;



Agenesia renal bilateral: diagnosticada pela mínima quantidade de líquido amniótico, fato que acarretará disfunção do desenvolvimento pulmonar e do sistema locomotor, além de diversas outras complicações;



Ectopia renal e anomalia de rotação: normalmente ocorrem concomitantemente; •





Duplicação pielocalicial (cálices duplicados, um drena o polo superior e outro que drena a parte inferior, com ambos drenando o terço médio);



Duplicação renal (rim extranumerário);



Ureter ectópico: ureter ectópico pode variar a região em que desemboca; ex: vagina, períneo;



Rim displásico multicístico: formação de cistos (devido à fusão não-eficiente das porções coletora e excretora, ou por estenoses presentes na alça de Hemle e nos túbulos contorcidos) na área renal.

Divisão da cloaca – Bexiga urinária: •

Por volta da 6ª semana, as partes urinária, genital e intestinal ainda estão fundidas, determinando a formação de uma única abertura; tal estrutura (cloaca) passará por processo divisão, a partir do septo urorretal; •

• •

Ectopia simples, ectopia renal cruzada com fusão renal , ectopia renal com fusão renal.

Tal septo (no adulto é representado pelo períneo) divide a cloaca em uma porção anterior (urogenital) e uma posterior (retal).

O alantoide desemboca no teto da parte vesical na região da cloaca, local no qual haverá a formação da bexiga urinária.

Úraco: ligamento que se dá entre o umbigo e o teto da bexiga; •

Anomalias: •

Não-fechamento do úraco: acarreta liberação de urina pelo umbigo;



Cisto do úraco: regiões do úraco não se fecham;

• •

Extrofia de bexiga: •



Seio do úraco: dilatações do úraco.

Derivada do não-fechamento da parede abdominal na região da bexiga; além disso, acarreta não-formação da genitália.

Megacistis: cisto que pode comprimir o córtex renal e comprometer a função deste órgão; derivada da distensão da bexiga no abdome durante a gestação;

EMBRIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO •

Durante o dobramento do embrião no plano horizontal, o mesoderma intermediário é deslocado ventralmente e perde sua conexão com os somitos; •



Uma elevação longitudinal de mesoderma (crista urogenital) se forma em cada lado da aorta dorsal; o cordão nefrogênico é o responsável pela formação do sistema urinário.

O mesoderma intermediário (nefrótomo), em qualquer lado da parede dorsal do corpo, origina três estruturas néfricas consecutivas, uma série de brotos epiteliais; •

Na região cervical, estas estruturas provavelmente representam o vestígio dos pronefros (rins primitivos), que se desenvolvem em alguns vertebrados inferiores;



À medida que os pronefros regridem na quarta semana, são substituídos por um par alongado de mesonefros, que se desenvolvem nas regiões torácica e lombar; •



O mesonefro é funcional, possuindo néfrons completos, apesar de ser simples; são drenados por um par de ductos mesonéfricos (de Wolff), que crescem caudalmente para se abrir na parede posterior do seio urogenital primitivo.

Por volta da 5ª semana, um par de brotos uretéricos nasce dos ductos mesonéfricos distais e estimulam o mesoderma intermediário sacral a se transformar nos metanefros, ou rins definitivos.

DESENVOLVIMENTO DOS SISTEMAS NÉFRICOS •

O mesoderma intermediário origina as estruturas néfricas do embrião, porções das glândulas suprarrenais, as gônadas e o conjunto de ductos do sistema genital;



Formação do Pronefro: •

No início da 4ª semana, o mesoderma intermediário ao longo 5º ao 7º nível do eixo cervical origina um pequeno ducto formado pela epitelização de parte do mesoderma intermediário; tal ducto é denominado ducto mesonéfrico (ducto de Wolff);



Os ductos mesonéfricos aparecem inicialmente como um par de bastões verticais sólidos, que se condensam no mesoderma intermediário iniciando-se na região pronéfrica; •

Tais bastões crescem em direção à região caudal devido à proliferação e à migração de células presentes em suas extremidades;





À medida que os ductos mesonéfricos se desenvolvem e se estendem caudalmente, induzem a formação dos túbulos mesonéfricos a partir do mesênquima do mesoderma intermediário mais caudal, iniciando a formação do mesonefro;



Conforme crescem para a região lombar mais inferior, os ductos se afastam do mesoderma intermediário e avançam para se fundir com as paredes da cloaca no dia 26 (originará parte posterior da bexiga); •





Enquanto isso, o mesoderma intermediário adjacente ao ducto mesonéfrico se condensa e organiza-se em uma série de brotos epiteliais; estes brotos tornam-se rapidamente ocos e formam o pronefro, que em seres humanos não se diferencia em estruturas excretoras funcionais, desaparecendo por volta do 24º dia.

À medida que se fusionam com a cloaca, os bastões começam a cavitar em suas porções distais, para formar uma luz, cuja canalização progride cranialmente; em sua terminação caudal, o ducto mesonéfrico induz a evaginação do broto uretérico.

Formação do Mesonefro: •

No início da 4ª semana, os túbulos mesonéfricos começam a se desenvolver dentro do mesoderma intermediário adjacente ao ducto mesonéfrico, da região torácica superior até o nível de L3;



São produzidos cerca de 40 túbulos mesonéfricos, havendo a formação de vários em cada segmento corporal;



A nomenclatura crista urogenital deriva do fato de que as gônadas desenvolvem-se imediatamente mediais à crista mesonéfrica;



Conforme mais túbulos caudais se diferenciam, mais túbulos craniais regridem; assim, eles nunca estarão em número superior a 30 pares;



Ao final da 5ª semana, as regiões craniais dos mesonefros sofrem uma maciça regressão e os túbulos mesonéfricos se diferenciam em unidades excretoras, como uma versão mais curta do néfron metanéfrico adulto, com a terminação medial do túbulo formando uma cápsula de Bowman, que envolve um grupo de capilares para a formação do glomérulo renal e, consequentemente, do corpúsculo renal;



A extremidade lateral de cada túbulo mesonéfrico se funde com o ducto mesonéfrico, abrindo assim uma passagem das unidades excretoras para a cloaca;



As unidades excretoras mesonéfricas são funcionais em período que equivale de seis a 10 semanas e produzem pequena quantidade de urina, deixando de funcionar após 10 semanas de gestação.

Formação do Metanefro: •

Os rins definitivos são formados por dois componentes funcionais: a porção excretora e a coletora; ambas são derivadas de fontes divergentes de mesoderma intermediário;



O desenvolvimento do rim metanéfrico começa no início da 5ª semana e já permite sua funcionalidade por volta da 9ª semana;



Os rins permanentes se desenvolvem a partir de duas fontes:







Divertículo metanéfrico: evaginação do ducto mesonérico, próximo à sua entrada na cloaca; à medida que se alonga, o divertículo penetra na massa metanéfrica de mesoderma intermediário;



Massa metanéfrica de mesoderma intermediário: derivada da parte caudal do cordão nefrogênico.

O início da formação do rim metanéfrico começa com a indução da formação dos brotos uretéricos, no mesoderma intermediário da região sacra; •

Tais brotos aparecem por volta do 28º dia; por volta do 32º dia, cada broto penetra na porção do mesoderma intermediário denominada blastema metanéfrico, e então o broto começa a se bifurcar;



À medida que ramifica-se, cada uma das novas terminações em crescimento adquire um agregado de blastema metanéfrico, dando uma aparência lobulada ao metanefro;



Por volta da metade da 6ª semana, o metanefro em desenvolvimento é formado por dois lobos separados por um sulco, sendo formados mais lobos com o passar da gestação, até que ao final da 16ª semana, são formados de 14 a 16 deles.

Os néfrons (unidades definitivas formados de urina nos rins) se diferenciam do blastema metanéfrico; •



A diferenciação de cada um destes primórdios depende, essencialmente, de sinais estimuladores recíprocos.

De certo modo, o mesênquima metanéfrico induz o broto uretérico a crescer e se ramificar para formar os ductos e túbulos coletores, enquanto as extremidades dos brotos induzem o mesênquima a se condensar e se converter em uma vesícula epitelial; •

O mesênquima adjacente à extremidade do ramo do broto uretérico é envolvido por matriz extracelular que modifica rapidamente sua composição em resposta às influências indutivas do broto uretérico;



Ao mesmo tempo, sinais estimuladores recíprocos do blastema metanéfrico regulam a formação das ramificações e o crescimento das extremidades bifurcadas dos brotos uretéricos.



Quando o broto uretérico entra em contato com o blastema metanéfrico, suas extremidades se alargam para formar uma ampola que originará a pelve renal; •

Por volta de 32 semanas, aproximadamente 11 gerações de bifurcações terão formado de 1 a 3 milhões de ramos, que se tornarão os futuros túbulos

e ductos coletores renais. •



Cada néfron se origina como uma vesícula epitelial (néfrica) no interior do capuz de blastema que circunda a ampola de um túbulo coletor; •

Inicialmente, a vesícula néfrica se desenvolve em uma estrutura de formato curvo e depois forma um túbulo em forma de “S”; este túbulo funde-se com o ducto uretérico e, então, as duas luzes tornam-se contínuas, formando o túbulo urinífero;



No momento em que o corpúsculo renal é formado, o túbulo néfrico se alonga e forma os elementos restantes do néfron.

Durante a 10ª semana, as extremidades dos TCD começam a se conectar aos túbulos coletores e os metanefros tornam-se funcionais; ainda que os rins fetais produzam urina durante o período gestacional, sua principal função é suplementar a produção de líquido amniótico; •



Fetos com agenesia renal bilateral passam por oligoidrâmnio e, assim, ficam confinados em um pequeno espaço amniótico; tal fato gera uma condição chamada sequência de Potter.

O SNA do rim (regula o fluxo sanguíneo e a função secretora) origina-se de células das cristas neurais que invadem os metanefros no início de seu desenvolvimento.

ASCENSÃO DOS RINS •

Entre a 6ª e a 9ª semanas, os rins ascendem para a região lombar, logo abaixo das suprarrenais, seguindo ao longo da aorta dorsal;



O processo de ascensão renal é causado por diminuição da curvatura do corpo e pelo crescimento do corpo nas regiões lombar e sacral;



Conforme o rim ascende, o hilo, antes localizado ventralmente, gira medialmente quase 90º, estando no final da ascensão direcionado ântero-medialmente;



Na pelve, o metanefro recebe seu suprimento arterial do ramo pélvico da aorta; durante sua subida, é revascularizado pelas artérias que se originam da aorta.

TUMORES E DEFEITOS RENAIS •



Tumor de Wilms: •

Câncer dos rins que, com frequência, afeta crianças por volta dos 5 anos de idade, mas também ocorre no feto;



Deve-se a mutações no gene WT1 no braço curto do cromossomo 11 (11p13); frequentemente está associado a outras condições patológicas, como a síndrome de Denys-Drash e a síndrome de WAGR.

Rim multicístico displásico: os ductos são circundados por células indiferenciadas, deixando os néfrons de se desenvolverem, além de que o broto uretérico não dá ramos, o que impede a formação dos ductos coletores;



Doença policística renal autossômica recessiva: os dois rins contêm centenas de pequenos cistos, que resultam em insuficiência renal; a morte das crianças geralmente ocorre pouco após o nascimento, a menos que sejam feitos diálise pós-natal ou transplante renal;



Agenesia renal: originada da falta de interação entre o broto uretérico e o mesoderma metanéfrico;









Normalmente, durante a interação, o fator neurotrófico derivado da glia (responsável pela morfogênese da ramificação) produzido pelo mesoderma metanéfrico leva à ramificação e ao crescimento do broto uretérico;



Assim, mutações nos genes que regulam a expressão deste fator podem resultar em agenesia renal;



Ocorre em cada 1/1000 neonatos.

Agenesia renal bilateral: •

Acomete 1/3000 nascimentos e resulta em falha renal;



O bebê apresenta-se com sequência de Potter, caracterizada por anúria, oligoidrâmnio e pulmões hipoplásicos; em 85% dos casos outros defeitos graves, incluindo ausência ou anormalidades da vagina, do útero e das vesículas seminais, acompanham tal condição;



Defeitos comuns associados aos demais sistema incluem anomalias cardíacas, atresias traqueal e duodenal, fissuras labial e palatina e anormalidades encefálicas; além disso, a diminuição do líquido amniótico acarreta mudança de aparência fetal (face achatada, nariz com formato semelhante a um bico, olhos com pregas epicânticas, nariz largo e achatado, queixo recuado, defeitos nos membros).

Localização anormal dos rins: •

Durante sua ascensão, os rins passam através da bifurcação arterial formada pelas artérias umbilicais, mas ocasionalmente um deles não o faz;



O remanescente na pelve perto da artéria ilíaca comum é conhecido como rim pélvico;



Algumas vezes, os rins são empurrados e espremidos entre si, de modo que se fundem, formando o chamado rim em ferradura; tal condição é encontrada em uma a cada 600 pessoas.

A maior parte das anomalias da pelve e do ureter apresenta-se como duplicidade do sistema coletor, causa comum de assimetria entre os rins durante a infância e que ocorre em 1% a 2% da população; esta duplicação pode ser completa ou incompleta; o rim com duplo sistema coletor tem maior tamanho; •

Duplicidade completa do sistema pielocalicial: há dois sistemas coletores para um único rim e dois ureteres de um mesmo lado, que desembocam em orifícios separados; •

O ureter superior insere-se inferior e medialmente ao local normal de sua inserção; com frequência, esta inserção é defeituosa, associada à dilatação

uretérica na bexiga;





O ureter inferior insere-se próximo ao local de normalidade e está sujeito a refluxo vesicouretral devido à distorção que sofre ao atravessar a parede da bexiga;



Complicações: infecções, reflexo vesicoureteral, obstrução da junção ureteropélvica (possibilidade de formação de cálculos).

Duplicidade incompleta: há dois sistemas coletores e dois ureteres que se fundem, em qualquer nível, entre o rim e a bexiga, para originar um ureter único que desemboca normalmente na base vesical.

DESENVOLVIMENTO DA BEXIGA URINÁRIA •

A região da cloaca no intestino posterior é dividida pelo septo urorretal em um seio urogenital ventral e um canal anorretal dorsal; •



O seio urogenital é formado por uma porção cranial dilatada, a futura bexiga, um canal estreito que forma a uretra pélvica, e um segmento fálico que se expande por baixo do tubérculo genital em desenvolvimento; •

No sexo masculino, a uretra pélvica origina a uretra prostática e membranácea; e o segmento fálico contribui para a formação da uretra peniana;



No sexo masculino, a uretra pélvica origina a uretra membranácea, e o segmento fálico contribui para a formação do vestíbulo da vagina.

O seio urogenital é dividido em três partes: uma parte vesical cranial (forma a maior parte da bexiga e é contínua com a alantoide), uma parte pélvica mediana (torna-se a uretra no colo da bexiga) e uma parte fálica caudal, que cresce em direção ao tubérculo genital; •

A bexiga desenvolve-se principalmente da parte vesical do seio urogenital, mas sua região do trígono é derivada das extremidades caudais dos ductos mesonéfricos;



O epitélio da b...


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