Anotações de aula - Desenvolvimento do Sistema Endócrino PDF

Title Anotações de aula - Desenvolvimento do Sistema Endócrino
Course Módulo Morfofuncional I
Institution Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
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Summary

Anotações baseadas na aula e nos slides do professor...


Description

DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA ENDÓCRINO •

Pâncreas - Se desenvolve a partir dos brotos pancreáticos (o ventral e o dorsal, que é um pouco maior) de células endodérmicas - Entre a 5 e a 8 semanas (mas ainda não secreta nada) - Quando o duodeno passa pela torção/giro pra ficar bem posicionado e fica no formato de c, o broto pancreático também sofre esse giro, então como ele tava numa posição mais ventral ele vai ao encontro do broto dorsal e eles se fundem

- inicialmente o trato digestório é como se fosse um cano espesso que percorre todo o corpo do embrião (boca até ânus) - quando o broto pancreático dorsal e o ventral se fundem, o ventral dá origem à cabeça do pâncreas - os brotos pancreáticos são cheios de canalículos que acabam se anastomosando para formar o ducto pancreático principal - o duodeno quando dá o giro empurra o proto ventral pra região posterior

- o ducto acessório é um resquício do broto pancreático dorsal - Pâncreas anular: má formação + Broto pancreático ventral bífido, como se ele fosse dividido, e aí quando ele vai girar ele acaba “abraçando” o duodeno e aí forma um anel que obstrui o duodeno + Provoca regurgitação em jato no bebê

- Secreção de insulina começa no início do período fetal (10ª semana) - Células que contém glucagon e somatostatina se desenvolvem antes da diferenciação das células secretoras de insulina - Porém o glucagon só é detectado com 15 semanas - Diabetes mellitus gestacional: as células beta do bebê são hipertrofiadas + Algumas mulheres desenvolvem isso por causa das alterações hormonais da gestação + O corpo do bebê para compensar esse excesso de açúcar que tá chegando pelo sangue da mãe, faz com que as células beta fiquem aumentadas, pra fabricar mais insulina + Quando o bebê nasce e ele para de receber esse excesso de açúcar, as células voltam ao tamanho normal •

Tireoide - Formada por 2 lobos (direito e esquerdo) e um ístmo + algumas pessoas têm um lobo extra (lobo piramidal), no centro + formato de borboleta - Hipertireoidismo: aceleração do nosso metabolismo - 1ª glândula endóc. a se desenvolver no embrião - 24 dias após a fertilização - Espessamento endodérmico no assoalho da faringe primitiva - Arcos/bolsas faríngeas (são 4): no assoalho entre a 1ª e a 2ª, próximo à região da língua, começa a surgir um divertículo/broto que é o primórdio da tireoide + dão origem às estruturas musculares e nervosas da cabeça e do pescoço

- Esse broto começa a crescer e ele desce para a sua posição final (na 7 semana ele já tá com forma e posição definidas) - Á medida que esse broto cresce, surge uma estrutura/canal que o conecta à língua = ducto tireoglosso (acaba se degenerando e vira o forame cego da língua) - A tireoide fica na frente da 3ª e 4ª cartilagens laríngeas - Em algumas pessoas esse ducto tireoglosso pode não sumir totalmente, formando cistos, que podem ou não causar problemas, que chamamos de seio tireoglosso (podem inflamar, perfurando o epitélio pra drenar as secreções dessa inflamação) - Na 11ª semana já tem atividade da glândula (estoca iodo e produz hormônios, principalmente o T4 durante o desenvolvimento do feto) •

Paratireoides - Localizadas posteriormente à tireoide, mas diretamente ligadas a ela - Geralmente são 4, mas podem ser 2 ou 6 - Fabricação do PTH (hormônio paratireoideano) → regulação dos níveis de cálcio (atua quando o há hipocalcemia no sangue, retira cálcio dos ossos, aumenta a absorção de cálcio pelo intestino e diminui a excreção de cálcio) → trabalha em sinergia com a calcitonina, que é produzida pela tireoide - Folículos tireoidianos (11 semana) → vários cordões celulares que formam estruturas cilíndricas com células de camada única que jogam pra dentro desses folículos o iodo necessário pra a fabricação dos hormônios - Na região do coloide vai ter muita tireoglobulina, proteína que sofre o processo de adição de átomos de iodo - Derivadas da 4ª bolsa faríngea (paratireoides superiores) e 3ª bolsa faríngea (paratireoides inferiores) → é assim trocado porque 3ª desce e a 4ª fica lá - As inferiores descem junto com o timo - Células principais se diferenciam durante o período embrionário e são importantes no metabolismo do cálcio fetal

- Células oxifílicas se diferenciam 5 a 7 anos após o nascimento (eosinofílicas, muitas mitocôndrias) → fabricam fatores de transcrição e de crescimento - Ectopias das paratireoides são os distúrbios mais comuns

- Hipotireoidismo congênito + Falha no desenvolvimento da tireoide + Não tem causas relacionadas com o eixo hipotálamo-hipofisário (não tem a ver com o TSH) - Cistos e seios do ducto tireoglosso + Formação de cistos em qualquer ponto ao longo do trajeto do ducto tireoglosso durante a descida da tireoide a partir da língua + Mais comuns cistos na língua e abaixo do osso hióide + Geralmente só são observadas aos 5 anos de idade (assintomáticos) + Massa móvel, indolor e crescente + Se infeccionada pode haver perfuração da pele no plano mediano do pescoço, anterior às cartilagens laríngeas (quando tá infeccionado que vira o seio do ducto tireoglosso)



Glândulas suprarrenais (adrenais) - Origem mista (o córtex é pela mesoderme e a medula pelas cristas neurais) - O córtex produz corticoesteroides e aldosterona e a medula produz catecolaminas - Localizadas acima dos rins, coladas neles

- Tireoide ectópica + Localização anormal da tireoide + Geralmente é o tecido glandular tireoideano lingual (na língua) → quando tem restos do tecido tireoideano na língua do bebê + Massas tireoidianas intralinguais encontradas em até 10% das autópsias + Clinicamente elevantes: 1 para cada 4000 pacientes com patologia da tireoide + Fazer diagnóstico diferencial com cisto do ducto tireoglosso (se for um cisto dá pra retirar, mas se for uma tireoide intralingual, pode ser a única tireoide que a criança tem, a criança vai ter que suplementar esses hormônios pro resto da vida)

- Agenesia da tireoide + Ausência (apenas um ou ambos os lobos) + Raro + Ausência do lobo esquerdo é mais comum

- Começam a se formar na 6ª semana (córtex) → do mesotélio que reveste a parede posterior do adbômen - A medula é formada por células que migram do gânglio simpático adjacente (derivado da crista neural)

- No recém-nascido córtex tem 2 zonas: glomerulosa (mais externa) e fasciculata (mais interna) → formam os corticoides - A zona reticular aparece somente ao final do 3º ano de vida → fabrica hormônios sexuais (mas mesmo durante a vida fetal o bebê já produz testosterona, por exemplo, como vimos na aula anterior) - O ápice do tamanho dessas glândulas é logo no nascimento (depois regride um pouco) - Zona glomerulosa: aldosterona (mineralocorticóides) - Zona fasciculada: cortisol (glicocorticoides → modulação de resposta inflamatória) - Zona reticulada: esteroides sexuais (testosterona) - Hiperplasia congênita da adrenal

+ Aumento anormal das células do córtex adrenal + Excesso de andrógenos durante a vida fetal + No sexo feminino causa masculinização da genitália externa (colabação dos lábios, fica parecendo um saco escrotal) e aumento do clitóris + No menino inicialmente passa despercebido + Herança autossômica recessiva + Posteriormente o excesso de andrógeno leva ao crescimento rápido (e param de crescer cedo) e à maturação esquelética acelerada (as epífises são calcificadas mais rápido, aí o paciente começa a crescer mais rápido, mas para mais rápido e fica com a estatura diminuída) + Síndrome adrenogenital (virilização da genitália feminina) + Mutação no gene CitP450c21esteroide hidroxilase-21 → diminuição de hormônios produzidos pelas andrenais → o corpo da criança percebe que tem pouco hormônio e secreta mais ACTH pra estimular essa produção pelas adrenais → hiperplasia adrenal (só que não adianta, já que não tem a enzima necessária •

Hipófise - Origem ectodérmica - Provém de duas fontes + Evaginação do teto ectodérmico do estomodeu (boca primitiva) → adenohipófise + Invaginação do neuroectoderma do diencéfalo (broto neuro-hipofisário) → neuro-hipófise - Em alguns casos, a haste hipofisária, que deveria regredir, não regride e aí causa um tipo de tumor benigno na faringe ou na parte posterior do osso esfenoide, a partir de restos do pedículo da bolsa hipofisária (crâniofaringioma) obs.: a sela turca é o local mais comum obs.: dá pra operar entrando pelo nariz - Pode haver restos de tecido hipofisário na faringe que não subiram corretamente (causando a hipófise-faríngea, uma massa de tecido hipofisário localizado no teto da

orofaringe) → cuidado pra não retirar isso achando que é um tumor etc...


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