Estágios do desenvolvimento PDF

Preview

Summary

Resumo sobre os estágios de desenvolvimento...

Description

Estágios de desenvolvimento segundo Piaget ESTÁGIO SENSÓRIO MOTOR

O estágio sensório motor inicia no primeiro mês de vida e se prolonga até os 2 anos de idade. Esse estágio é essencial para o desenvolvimento cognitivo, pois ele se torna a base de todos os processos cognitivos do indivíduo. Ao longo desta faixa etária, antes mesmo do bebê formar a linguagem e o pensamento, ele desenvolve uma inteligência prática, isto é, uma inteligência baseada nas sensações e nos movimentos. Esta inteligência resolve alguns problemas de ação, como por exemplo, alcançar objetos afastados ou escondidos, entre outros. Este período poderá se dividir em três subestágios, um deles referente aos reflexos do recém-nascido, e os outros dois são relativos à organização das percepções e hábitos e à inteligência totalmente sensório-motora. Nessa etapa do desenvolvimento, o bebê gradualmente se torna capaz de organizar atividades em relação ao ambiente por meio de atividades sensório motoras. A criança passa do nível neonatal, marcado pelo funcionamento dos reflexos inatos, para outro em que ela já é capaz de uma organização perceptiva e motora dos fenômenos do meio. A consciência da criança sobre o meio externo se expande lentamente, conforme suas ações se deslocam de seu próprio corpo para objetos. Em seu desenvolvimento, o bebê vai adquirindo, dentre outros, a capacidade de perceber a permanência do objeto, desenvolve reações circulares, e inicia suas representações simbólicas. Reconhecem o mundo externo e o exploram deliberadamente. ESTÁGIO PRÉ-OPERATÓRIO

Após do estágio sensório motor, a criança entra no estágio préoperatório, no qual refere-se à idade de dois a aproximadamente sete anos. Nesse período o raciocínio ocorre de forma pré-lógica e semilógica. Esse estágio é caracterizado pelo desenvolvimento da linguagem, pois, a partir desse desenvolvimento a criança passa a formar esquemas simbólicos, ou seja, a criança adquire a capacidade de representar os fatos ou histórias do cotidiano, seja por meio da imitação, linguagem ou desenho. A partir do momento que a criança desenvolve a linguagem, ela se socializa mais, pois consegue se comunicar, em contrapartida, nessa mesma fase, ela passa por um período de “egocentrismo intelectual”, no qual ela não consegue perceber o ponto de vista de outro indivíduo e não se esforça para adequar sua linguagem as necessidades do ouvinte, além de considerar o mundo a partir da sua perspectiva. Portando, pode-se afirmar que de fato, não ocorre uma socialização pois a criança é essencialmente egocêntrica. É por volta dos seis ou sete anos que essa característica é amenizada, e a conversa infantil se torna comunicativa e social. Outra característica dessa fase é a irreversibilidade, isto é, a impossibilidade de reverter um pensamento primário. A primeira percepção que a criança apresenta é compreendia por ela como verdade absoluta, ela se concentra em uma única perspectiva e é incapaz de considerar várias configurações de um elemento. A criança concentra-se a um estado do objeto e não à transformação deste. A partir dos cinco anos, a criança inicia a transição para a reversibilidade, ou seja, ela começa a entender que algo pode voltar ao estado anterior. Mas é na faixa de aproximadamente sete anos que o indivíduo alcança a reversibilidade total, no qual ela começa a raciocinar com coerência a respeito de objetos concretos. ESTÁGIO OPERATÓRIO CONCRETO

Por volta dos sete aos 12 anos de idade, a criança inicia o período operatório concreto. Essa fase é caracterizada pelo desenvolvimento do pensamento lógico. Nessa fase a criança consegue entender o conceito de conservação, ou seja, ela entende que se pegar uma mesma massa e transformá-la ora numa

bola, ora numa salsicha, a quantidade não varia, simplesmente por ter mudado a forma. Ela passa a não se basear na em sua percepção primária e começa a compreender

a

existência

de

características

que

se

conservam,

independentemente da sua aparência: adquire assim a noção de conservação da matéria sólida, mais tarde da líquida, depois do peso e, por fim, do volume. Além de ser nessa fase que ela atinge a reversibilidade total, no qual ela entende que a situação original de um objeto pode ser restaurada. A partir do momento que o pensamento de reversibilidade é desenvolvido, as operações intelectuais de seriação e classificação são instauradas na criança. Essas duas operações formam a base para o conceito de número. Assim, no período operatório concreto, o indivíduo já está capacitado para resolver operações matemáticas e para classificar objetos por características em comum e diferentes. É neste período também, que surge no sujeito o processo de reflexão, desse modo, ele pensa antes de agir. ESTÁGIO OPERATÓRIO FORMAL

O último estágio, denominado operatório formal, começa no início da adolescência, por volta dos dozes anos de idade. Esse estágio as estruturas cognitivas do indivíduo se encontram em seu nível mais elevado do desenvolvimento. Por este fato, o indivíduo torna-se capaz de aplicar o raciocínio lógico a todas as classes de problemas. Nessa fase já é possível raciocinar dedutivamente, isto é, introduzir uma hipótese para, assim, formular mentalmente todo o conjunto de explicações possíveis. O indivíduo também se torna capaz de pensar sobre o próprio pensamento e sobre os pensamentos alheios ao dele, logo, percebe que diferentes pessoas têm diferentes pontos de vista. Com as operações formais já estabelecidas, os adolescentes podem raciocinar de forma tão lógica como os adultos, o que os difere, é que as vivências dos adultos os tornam mais perspicaz em raciocinar. Para Piaget, a aprendizagem é um processo que está em constante evolução. Para ele o indivíduo está sempre organizando e reorganizando suas

estruturas,

assim,

aprendizagem.

contribuindo

para

o

processo

de

construção

da...