Resumo Pascal, Blaise. Pensamentos, Fragmento 199 ( Edição Lafuma)1. PDF

Title Resumo Pascal, Blaise. Pensamentos, Fragmento 199 ( Edição Lafuma)1.
Author Marcela Pinheiro
Course Fundamentos da Filosofia
Institution Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
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Summary

Neste resumo irei abordar o texto de Blaise Pascal “Pensamentos” onde nessa obra Pascal mostra o homem perante a natureza e a sua grandeza.
O texto inicia falando sobre os conhecimentos naturais para Pascal o homem vive uma situação de dupla humilhação não importa se não importa se se esses co...


Description

Disciplina – Fundamentos da Filosofia Docente: Dalila Pinheiro Discente: Marcela Pinheiro

Resumo:

PASCAL,

BLAISE.

PENSAMENTOS,

FRAGMENTO

(EDIÇÃO LAFUMA)1.

CRUZ DAS ALMAS - NOVEMBRO

Resumo

199

Neste resumo irei abordar o texto de Blaise Pascal “Pensamentos” onde nessa obra Pascal mostra o homem perante a natureza e a sua grandeza. O texto inicia falando sobre os conhecimentos naturais para Pascal o homem vive uma situação de dupla humilhação não importa se não importa se se esses conhecimentos eram verdadeiros ou não o homem seria rebaixado de uma ou outra maneira. Ao conhecer a natureza o homem deve conhecer a proporção que tem com ela e também a si mesmo. “Se estes não são verazes, não há nenhuma verdade no homem; e, se o são, neles o homem encontra um grande motivo de humilhação, forçado a se rebaixar de uma ou de outra maneira. ” Seguindo o texto Pascal aborda a grandeza do universo onde a terra é um ponto pequeno em comparação com outro astro e este mundo visível é apenas um traço da natureza, trata-se de uma esfera infinita cujo centro está em toda parte e a circunferência em parte alguma representando o sinal da onipotência de Deus. “ Que o homem contempla, pois, a natureza inteira em sua plena e elevada majestade, que ele afasta seu olhar dos baixos objetos que o envolvem. Que ele encare esta fulgurante luz posta como um facho eterno para iluminar o universo, que a Terra lhe pareça um ponto em comparação com a vasta rota que esse astro descreve e que ele se espante pelo fato de que, em si mesma, essa vasta rota não é nada além de uma tênue curva ante aquelas que esses astros que deslizam pelo firmamento abrangem. Mas se nosso olhar aí se detém, que nossa imaginação prossiga – ela se esgotará de conceber antes do que a natureza de fornir. Todo este mundo visível não é senão um traço imperceptível no amplo seio da natureza. Nenhuma ideia dela se aproxima: até podemos inflar nossas concepções para além dos espaços imagináveis, porém damos à luz somente à átomos em comparação com a realidade das coisas. Trata-se de uma esfera infinita cujo centro está em toda parte e a circunferência em parte alguma. Que nossa imaginação se perca neste pensamento trata-se, enfim, do maior sinal sensível da onipotência de Deus. ” Então o que é o homem dentro do universo ? Quanto vale suas terras, os reinos, as vilas, ele próprio? o que é o homem dentro do infinito ? Então Pascal sugere olhar para um outro lado igualmente espantoso, onde o homem deve buscar daquilo que conhece as coisas mais delicadas exemplificando com o ácaro da farinha e a pequenez do seu corpo suas pernas, veias e etc. . Podemos dividi-los até as menores partes possíveis daí trata-se da extrema pequenez do universo o limite visível para o homem. A partir daí o homem vê um novo abismo e que ali possa-se ver uma infinidade de universos, cada um com seu firmamentos, seus planetas , suas terras e na mesma proporção os animais e o ácaro da farinha e assim por diante Pascal

imagina um corpo como um colosso que abriga um universo e universos abrigando outros universos até mesmo nas pequenas coisas. Então o que é o homem na natureza? Para Pascal o homem está longe de compreender os extremos da natureza onde o fim e os princípios das coisas serão sempre serão sempre um segredo oculto e impenetrável. “Pois, afinal, o que é o homem na natureza? Um nada à vista do infinito, um todo à vista do nada, um meio entre o nada e o tudo, infinitamente distante de compreender os extremos. O fim das coisas e os princípios delas são para ele invencivelmente ocultos em um segredo impenetrável, igualmente incapaz de ver o nada de onde ele é arrastado e o infinito onde ele é engolido. ” O que fará o homem então se ele não conhece nem o princípio nem o fim ? Como o homem não consegue contemplar esses infinitos os homens temerariamente são levados a investigar a natureza. “Na falta de contemplar esses infinitos, os homens são levados temerariamente à investigação da natureza como se tivessem qualquer proporção com ela.” Pascal afirma que é estranho como o homem quis compreender os princípios das coisas e daí conhecer tudo visto que a natureza é infinita. Ao obter o conhecimento o homem compreende que a natureza tendo gravado a sua imagem e a de seu autor em todas as coisas quase todas tem a sua dupla infinitude.Assim todas as ciências são infinitas na extensão das suas investigações com ao geometria que tem uma infinidade de proposições a expor. Ele aborda também o ponto indivisível ao qual não percebemos que seja divisível infinitamente e por sua própria natureza. Dos dois infinitos da natureza o de grandeza é o mais sensível por isso as pessoas não conhecem todas as coisas e cita Demócrito : “ para além de ser pouco simplesmente falar isso, sem provar e conhecer, entretanto, é impossível fazê-lo; a multidão infinita de coisas nos estão de tal modo ocultas que tudo o que podemos exprimir por meio de palavras ou de pensamentos, são apenas um traço invisível. À primeira vista veem que apenas aritmética fornece propriedades inumeráveis e o mesmo se passa com cada ciência. “ Ao afirmar que a infinitude das coisas pequenas é bem menos visível Pascal crítica os filósofos e seus títulos de efeitos como Princípios das coisas, Princípios da filosofia etc. Considerados como fantasiosos cujos filósofos pretenderam chegar e falharam. É muito mais fácil chegar ao centro das coisas do que delas abraçar o centro da circunferência. Mas, somos nós que ultrapassamos as pequenas coisas cremos mais capazes de possuí-las é preciso que seja infinita para um e para o outro e dos princípios das coisas também chega a conhecer o infinito um depende do outro as extremidades se tocam e se reúnem á força de estarem separadas e de se encontrarem em deus.

Então em todos os gêneros limitados esse estado cujo meio está entre dois extremos se encontra em todas potências, como os nossos sentidos que não apercebem nada de extremo : “Nossos sentidos não se apercebem de nada extremo, muito barulho nos ensurdece, muita luz nos cega, muita distância e muita proximidade impedem a visão ...” O primeiro princípio tem muitas evidências para nós; muito prazer incomoda, muitas consonâncias desagradam em música e muitos favores irritam, ou seja, para Pascal extremos não são benéficos e a consequência desses extremos não são agradáveis. Por fim as coisas extremas são para nós inexistentes e não somo nada diante delas. Tentamos encontrar um termo ao qual nós podemos firmar, porém nada se detém para nós, escapa, agita, desliza e etc. E então: “Ardemos no desejo de encontrar um assento firme e uma derradeira base constante para sobre ela edificar uma torre que se alçasse até [o] infinito, mas todo nosso fundamento racha e a terra se abre até os abismos. ” Logo nada pode-se fixar o finito entre os dois infinitos que o encerram e dele foge, então ficarão em repouso no estado que a natureza o colocou. Através dos infinitos todos finitos são iguais cuja comparação com nós é digna de pena Pascal partindo do homem diz que se o homem se estudasse em primeiro lugar veria o quão incapaz é de prosseguir, como uma parte poderia conhecer o todo? Até hoje na ciência o homem não conseguiu desvendar tudo sobre o corpo humano um dos casos mais curiosos é o do apêndice cuja função é desconhecida. “O homem tem relação com tudo que conhece, ele precisa do lugar, tempo, movimento e etc. O homem, por exemplo, tem relação com tudo o que ele conhece. Ele precisa de lugar para contê-lo, de tempo para durar, de movimento para viver, de elementos para compor, de calor e de alimentos para se nutrir e de ar para respirar. Ele vê a luz, sente os corpos, enfim, tudo é abrangido na aliança com ele. É preciso, pois, para conhecer o homem, saber de onde vem que ele tenha necessidade de ar para subsistir e, para conhecer o ar, saber por onde ele estabelece essa relação com a vida do homem etc.” Então para pascal tudo está ligado numa relação de dependência e de causa e efeito: “Portanto, como todas as coisas são, mediata e imediatamente, causadas e causantes, ajudadas e ajudantes e como todas se encaixam por meio de um liame natural e insensível que liga as mais afastadas e as mais diferentes, considero impossível conhecer as partes sem conhecer o todo, não mais do que conhecer o todo sem conhecer particularmente as partes”

Logo somos simples e materiais não podemos conhecer absolutamente nada somos compostos de razão e matéria não podemos conhecer as coisas simples, espirituais ou corporais. Pascal crítica os filósofos por confundirem as coisas espirituais e corporais e ao falar do espírito atribuem um lugar e o movimento de um lugar para outras coisas que pertencem ao corpo, ou seja ele defende que o espírito não está junto do corpo: “O homem é para ele mesmo o mais prodigioso objeto da natureza, porque ele não pode conceber isto que é corpo e muito menos o que isto que é espírito e ainda menos do que qualquer outra coisa como um corpo pode estar unido com um espírito. ”

Referências das citações e comentário PASCAL, BLAISE. PENSAMENTOS, FRAGMENTO 199 (EDIÇÃO LAFUMA)1....


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