Síntese Pessoal - Dialética PDF

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Síntese pessoal, sobre Dialética. Atividade exigida pelo professor...

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Síntese Pessoal - KONDER, Leandro. O que é dialética. São Paulo: Brasiliense. Para discorrer sobre o conteúdo do livro, O que é Dialética, de Leandro Konder, é necessário precedentemente observar a história e o contexto em que a Dialética se origina, sendo possível a partir destes entendimentos a compreensão completa da mesma. Já no primeiro capítulo da obra, Konder destaca a parte histórica, remontando os tempos da Grécia Antiga, onde da simples arte do diálogo e demonstração de argumentos para defender teses, nasce o que posteriormente chamaríamos de Dialética, apesar de seu fundador ser motivo de embates entre duas grandes figuras da sociedade filosófica grega, Zênon de Eleia e Sócrates. Uma das maiores contribuições de Sócrates a respeito da Dialética, provém de um dialógo entre o mesmo e dois generais, no qual Sócrates afirma que somente através da filosofia e consequentemente da dialética, haveria a possibilidade de obter os dispositivos indispensáveis para compreensão da essência das atividades exercidas profissionalmente ou não. Porém, a filosofia de estática não possuí nada, como definiria Heráclito, e por este motivo a dialética ganhou na concepção moderna, outro significado, no qual seria o modo de pensarmos nas contradições da realidade e deste modo termos a capacidade de compreensão desta mesma realidade, que essencialmente é contraditória e possuí permanente movimento transformador. Já citado anteriormente por mim e pelo próprio Konder, temos Heráclito como uma das duas principais figuras filosóficas que tiveram papeis fundamentais na elaboração da dialética. Heráclito possuía uma filosofia um constate sentimento de mudança, onde o conflito seria o pai e rei de todas as coisas. Tanto na cultura popular, quanto nas salas de aulas de filosofia, Heráclito é conhecido pelo fragmento nº91, onde se lê que homem nenhum toma banho duas vezes no mesmo rio. A pergunta seria por quê? Segundo ele seria porque na segunda vez não será o mesmo homem e nem será o mesmo rio, já que ambos terão mudado. Essa concepção foi taxada de unilateral e abstrata pelos gregos. Enquanto do outro lado estava Parmênides, defensor de que a essência profunda de cada ser era imutável e o movimento como descreveu Heráclito era falso, essa linha de pensamento filosófico conhecida como metafísica, prevaleceu sobre a concepção da dialética. É de suma importância destacar também que durante o século XVIII, os conflitos políticos na agitada Europa envolveram tanta gente que respingos caíram em obras e pensadores, resultando assim, na Prússia oriental, em um dos maiores nomes do pensamento metafísico, Immanuel Kant. Ele percebeu que a consciência humana não estava limitada em apenas registrar de modo passivo as impressões que obtinha do mundo exterior, considerando que seria uma interferência ativa na realidade, implicando no conhecimento humano. Criticava também, que as linhas filosóficas possuíam cunhos dogmáticos e ingênuos, pois segundo ele, elas tentavam interpretar a realidade sem antes resolver uma questão prévia. Outro nome de peso para a Dialética e também de origem alemã, foi Georg Wilhelm Friedrich Hegel, de difícil compreensão para os menos habituados e até mesmo para

aqueles já acostumados com leituras densas. Hegel defendia que a questão central de toda filosofia estava no ser, e não no conhecimento, se opondo a Kant. A dialética tem como características imprescindíveis, o espírito crítico e autocrítico, tendo os dialéticos como elemento primordial, a disposição constante da busca de rever e reinterpretar o mundo exterior. Sendo a décima primeira tese sobre Feuerbach, de Marx, a definição exata de dialética....