Title | Sistema Gastrointestinal - Linda Constanzo - Resumo |
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Course | Fisiologia Básica |
Institution | Universidade Federal de Minas Gerais |
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Resumo do capítulo FISIOLOGIA GASTROINTESTINAL
Referência: CONSTANZO, Linda S. Capítulo 8 Fisiologia Gastrointestinal. In: Fisiologia. Elsevier, 3ª edição. p. 329 – 378....
SISTEMA GASTROINTESTINAL CONSTANZO, Linda S. Capítulo 8 Fisiologia Gastrointestinal. In: Fisiologia. Elsevier, 3ª edição. p. 329 – 378. TRATO GASTROINTESTINAL FUNÇÕES: digestão e absorção de nutrientes através de 4 atividades: 1. Motilidade: impulsiona alimento da boca para o reto e reduz o tamanho dos alimentos 2. Secreção: de glândulas salivares, pâncreas, fígado > adicionam água, eletrólitos, enzimas e muco + fazem digestão e absorção. 3. Quebra: Alimentos são digeridos em moléculas absorvíveis. 4. Absorção: Nutrientes, eletrólitos, água = absorvidos do lúmen intestinal para a corrente sanguínea. ESTRUTURA Boca - esôfago – estômago – intestino delgado (duodeno, jejuno, íleo) – intestino grosso – ânus. Anexos: Glândulas salivares, pâncreas, fígado, vesícula biliar > Função excretora. 2 superfícies: Mucosa – direcionada ao lúmen; serosa direcionada para o sangue LÚMEN Epitélio – absorção e secreção Lâmina própria – tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e linfáticos MUCOSA Muscular da mucosa – células musculares lisas – altera formato e área de superfície da camada de células epiteliais. SUBMUCOSA – colágeno, elastina, glândulas e vasos sanguíneos. PLEXO SUBMUCOSO – sistema nervoso do trato gastrointestinal MÚSCULO CIRCULAR – se contrai, produz o encurtamento de um anel de músculo liso – diminui o diâmetro do segmento PLEXO MIOENTÉRICO – sistema nervoso do trato gastrointestinal MÚSCULO LONGITUDINAL – se contrai, produz o encurtamento na direção longitudinal, o que diminui o comprimento do segmento. SEROSA SANGUE
INERVAÇÃO: SN Origem
Componente extrínseco PARASSIMPÁTICO SIMPÁTICO Nervo vago (superior) Tronco simpático e nervo pélvico (inferior)
Plexos mioentérico e submucoso ou células musculares lisas, endócrinas ou secretoras. Adrenérgicos – Modulados por norepinefrina. SNS e SNP
Inerva
Parede dos órgãos nos plexos mioentérico e submucoso
Libera
Neurônios colinérgicos – acetilcolina Neurônios peptidérgicos – substância P, peptídeo inibidor vasoativo (VIP) 50% aferente 75% aferente 25% eferente 50% eferente
Integração Ação
Intrínseco ENTÉRICO Situado em gânglios nos plexos submucoso e mioentérico
*relaxa e fecha os Reflexos vagovagais *Aumenta motilidade e esfíncteres. tensão, abre esfíncteres,
*Recebe informações da luz Controla todas as funções gastrointestinais: contrátil, secretora e endócrina.
PEPTÍDEOS GASTROINTESTINAIS Regulam as funções: contração e relaxamento da parede da musculatura lisa e dos esfíncteres, secreção de enzimas para digestão, água, eletrólitos, efeitos de crescimento dos tecidos. CARACTERÍSTICAS: Hormônios: peptídeos liberados pelas células endócrinas do trato gastrointestinal. Secretados na circulação porta, passam pelo fígado e entram na circulação sistêmica que conduz até a célula alvo. Células isoladas ou em grupos dispersas em grandes áreas. Gastrina Colecistocinina (CCK) Secretina Peptídeo insulinotrópico dependente de glicose (ou peptídeo inibidor gástrico, GIP).
Parácrinos: peptídeos liberados pelas células endócrinas do gastrointestinal que atuam localmente no mesmo tecido que as secreta. Atinge células alvo por difusão pelo líquido intersticial ou capilares. Somatostatina (inibe todo o trato gastrointestinal)
trato
Neurócrinos: peptídeos sintetizados em neurônios do trato gastrointestinal e liberados após um potencial de ação. Se difunde pela sinapse e atua na célula-alvo. ACh Norepinefrina Peptídeo intestinal vasoativo (VIP) Peptídeo liberador de gastrina (GRP) ou bombesina Encefalinas Neuropeptídeo Y Substância P HORMÔNIOS GASTROINTESTINAIS: Características - Secretada em resposta a estímulo fisiológico e transportado na corrente sanguínea para local de ação distante; - Função independente de qualquer atividade neural; - Isolada, purificada e quimicamente Identificada e sintetizada. Gastrina Promover a secreção do íon de hidrogênio (H +) pelas células parietais gástricas; Estimula o crescimento da mucosa gástrica (efeito trófico); Secretados pelas células G (de gastrina) no antro do estômago; Estímulos fisiológicos que iniciam a secreção são relacionados com a ingestão de alimentos: produtos da digestão de proteínas, distensão do estômago, estimulação vagal. Inibida pelo baixo pH dos conteúdos gástricos e pela somatostatina CCK (colecistocinina) Função: Promover a digestão e absorção de gorduras Assegura que as enzimas pancreáticas e sais biliares sejam secretados para digestão e absorção: o Contração da vesícula biliar, o Secreção das enzimas pancreáticas, o Secreção de bicarbonato (HCO3-) pelo pâncreas, o Crescimento do pâncreas exócrino e da vesícula biliar, o Inibição ou retardamento do esvaziamento gástrico e aumento do tempo de esvaziamento – útil para absorção de gorduras. (Retarda a saída do quimo do estômago para o duodeno)
Secretada pelas células l das mucosas duodenal e jejunal. Estímulos fisiológicos: monoglicerídeos e ácidos graxos, pequenos peptídeos e aminoácidos. (Lipídeos e proteínas);
Secretina: Peptídeo estruturalmente homólogo ao glucagon. Secretada pela célula S do duodeno em resposta ao H + e aos ácidos graxos no lúmen do intestino delgado. A secreção começa quando o quimo ácido chega ao intestino delgado. Função: promover a secreção pancreática e biliar de HCO 3-, que neutraliza o H+ na luz do intestino delgado, essencial para digestão de gorduras. Inibe os efeitos da gastrina sobre as células parietais (Secreção de H + e crescimento). GIP (peptídeo inibidor gástrico ou peptídeo insulinotrópico dependente de glicose) Níveis farmacológicos de GIP produzem a maioria das ações da secretina. Secretado pelas células K das mucosas duodenal e jejunal. Único hormônio secretado em resposta aos três tipos de nutrientes: glicose, aminoácidos e ácidos graxos. Função: estimulação da secreção de insulina pelas células Beta do pâncreas. Inibição da secreção gástrica de H+ HORMÔNIOS PARÁCRINOS: Somatostatina Secretada pelas células D da mucosa gastrointestinal em resposta a diminuição pH luminal. Secretado pelo hipotálamo e células delta do pâncreas endócrino. Função: Inibe a secreção de outros hormônios gastrointestinais e a secreção gástrica de H+. Histamina Secretada por células semelhantes às células endócrinas da mucosa gastrointestinal, na região secretora de H+ do estômago. Função: Estimula a secreção de H+ pelas células parietais gástricas.
MOTILIDADE: Contração e relaxamento das paredes e dos esfíncteres do trato gastrointestinal. Tritura, mistura e fragmenta o alimento ingerida, para preparalo para a digestão e absorção e o impele ao longo do trato gastrointestinal. Todos os tecidos são músculo liso, exceto o da faringe, terço superior do esôfago, esfíncter anal externo que são músculos estriados. Contração fásica: contração periódicas seguidas por relaxamento, tecidos envolvidos em mistura e propulsão Contração tônica: mantêm nível constante de contração e períodos regulares de relaxamento. *Contração peristálticas: atrás do quimo - propulsiona *Contração de segmentação: no meio do quimo - mistura MASTIGAÇÃO E DEGLUTIÇÃO: Mastigação *(fase cefálica): Mistura o alimento com saliva, Reduz o tamanho das partículas alimentares Mistura carboidratos com a amilase salivar, início da digestão dos carboidratos. Deglutição *(fase involuntária): Iniciada de modo voluntário na boca. Se torna reflexa – controlado pelo centro da deglutição no bulbo – n. vago e glossofaríngeo. Fase oral: Língua força o alimento para trás. Fase faríngea: impelir o bolo alimentar da boca para o esôfago. Fase esofágica: do esôfago para estômago. Motilidade esofágica: da faringe para o estômago Motilidade gástrica: 1 Relaxamento receptivo – Relaxamento da região proximal do estomago para receber o bolo alimentar vindo do esôfago – reduz a pressão intragástrica e aumenta o volume do estômago proximal. Reflexo vagovagal 2 Mistura e digestão – contrações que reduzem o tamanho do bolo alimentar e o misturam com as secreções gástricas para iniciar a digestão – Contrações vigorosas com força crescente ao se aproximar do piloro. Retropropulsão: maior parte do quimo é impelida de volta ao estômago para mistura e redução de partículas.
3 Esvaziamento gástrico – Que impulsiona o quimo para o intestino delgado, regulado por hormônios, Dura cerca de 3 horas. Lipídeos e íons de H+ pH baixo, diminuem ou inibem o esvaziamento, para garantir a neutralização do quimo pelo HCO3CCK retarda o esvaziamento gástrico, assegurando que o conteúdo gástrico seja levado lentamente para o duodeno dando o tempo necessário para os lipídeos serem digeridos e absorvidos. Motilidade do intestino delgado: Função: Digestão e absorção de nutrientes. Misturar o quimo com a enzimas digestivas e com as secreções pancreáticas, expondo os nutrientes à mucosa intestinal para a absorção e para impedir que o quimo não absorvido no intestino delgado para o intestino grosso. Há 2 padrões de contração: Contrações segmentares: misturar o quimo e expô-los às secreções e às enzimas pancreáticas. Contrações peristálticas: impelir o quimo ao longo do delgado em direção ao grosso. Motilidade do intestino grosso: Consultar outra bibliografia O material que não é absorvido no delgado vai para o grosso, que se destina à excreção das fezes. Há contrações segmentares, movimento de massa (condução pelos cólons) e defecação. SECREÇÃO A secreção é adição de líquidos, enzimas e muco ao lúmen do trato gastrointestinal. SECREÇÃO SALIVAR Saliva, 1 litro/dia, secretada pela boca. Funções: Digestão inicial do amido e dos lipídios pelas enzimas salivares Diminuição, tamponamento e lubrificação com muco dos alimentos ingeridos. Composição: água, eletrólitos, alfa-amilase, lipase lingual, calicreína e muco. Em relação ao plasma: É hipotônica (menor osmolaridade) Tem maior concentração HCO3- e K+ Tem menos Na+ e Cl-. A secreção salivar está exclusivamente sob controle do SNA. É estimulada por simpático e parassimpática.
SECREÇÃO GÁSTRICA Células da mucosa gástrico secretam um líquido chamado suco gástrico. 4 componentes principais: Ácido clorídrico (HCl) e pepsinogênio: digestão de proteínas Fator intrínseco: absorção de vitamina B, no íleo, componente essencial do suco gástrico. Muco: protege a mucosa gástrica da ação corrosiva do HCl e lubrifica os conteúdos gástricos. Tipos celulares da mucosa gástrica: No corpo do estômago, as glândulas oxínticas: Células parietais (oxínticas): secreção de HCl e fator intrínseco Células principais (peptídicas): pepsinogênio. No antro do estômago têm as glândulas pilóricas: Células G: secretam gastrina na circulação Células mucosas do colo: Secretam muco, bicarbonato e pepsinogênio. Secreção de HCl: Acidifica o conteúdo gástrico para o pH entre 1 e 2, para fazer a digestão de proteínas através da pepsina, uma protease. A secreção gástrica de HCl é dividida em três fases: 1. Fase cefálica: 30% do HCl Estímulos: olfato, paladar, mastigação, incondicionados na antecipação do alimento. Mecanismo: N. Vago => célula parietal N. Vago => gastrina => célula parietal.
deglutição,
reflexos
2. Fase gástrica: 60% do HCl Estímulos: distensão do estômago, presença de produtos de degradação das proteínas: aminoácidos e pequenos peptídeos. Mecanismo: N. Vago => célula parietal N. Vago => gastrina => célula parietal. Reflexo de distensão do antro gástrico => gastrina => célula parietal Aminoácidos e pequenos peptídeos => gastrina => célula parietal. 3. Fase intestinal 10% do HCl Mediada pelos produtos da digestão proteica. Fatores de inibição: Quimo se deslocou para delgado Somastotatina.
Secreção de pepsinogênio Precursor inativo da pepsina. Conversão do pepsinogênio em pepsina se dá em pH baixo. Após a conversão se dá início ao processo de digestão de proteínas. SECREÇÃO PANCREÁTICA 1Litro/dia no lúmen do duodeno. Componente aquoso rico em HCO3- e no componente enzimático. Funções: Secretar as enzimas necessárias para a digestão de carboidratos, proteínas e lipídios Neutralizar o H+ no quimo entregue ao duodeno pelo estômago. Secreção biliar Fase intestinal – responsável por 80% da secreção pancreática. SECREÇÃO BILIAR A bile é necessária para a digestão e absorção dos lipídeos no intestino delgado. Os lipídeos apresentam problemas na digestão pois são insolúveis em água. A bile é uma mistura de sais biliares, pigmentos biliares e colesterol e soluciona esse problema, pois emulsificam os lipídios, preparando-os para a digestão. É produzida e secretada pelo fígado, armazenada na vesícula biliar, ejetada no lúmen do delgado quando é estimulada a se contrair. DIGESTÃO E ABSORÇÃO Digestão: degradação química dos alimentos ingeridos em moléculas absorvíveis. Absorção: Movimento de nutrientes, água e eletrólitos no lúmen intestinal para o sangue. A estrutura da mucosa intestinal é adequada para digestão de grandes quantidades de nutrientes. Vilosidades aumentam a área de superfície maximizando a exposição aos nutrientes. CARBOIDRATOS Polissacarídeos, dissacarídeos (sacarose, lactose, maltose e trealose). Pequenas quantidades de monossacarídeos (glicose e frutose) Somente os monossacarídeos são absorvidos pelas células epiteliais, portanto, todos os carboidratos devem ser digeridos a monossacarídeos.
Polissacarídeos: Amido – digerido pela alfa-amilase salivar + amilase pancreática = 3 dissacarídeos: dextrinas, maltose, maltotriose => 3 Dissacarídeos – digerido pela alfa-dextrinase, maltase e sacarase = Glicose Dissacarídeos: Sacarose, lactose e trealose – digerido pelas enzimas sacarase, lactase e trealase. Resultado: Sacarose = glicose e frutose. Lactose = glicose e galactose Trealose = 2 glicoses PRODUTO FINAL DA DIGESTÃO DE CARBOIDRATOS: Glicose, galactose e frutose. Absorção: Glicose e galactose absorvidas por mecanismo que envolvem co-transporte dependente de Na+. Frutose absorvida por difusão facilitada. PROTEÍNAS As proteínas alimentares são digeridas a formas absorvíveis (aminoácidos, dipeptídeos, tripeptídeos) por proteases no estômago e no delgado e depois são absorvidos pelo sangue. Digestão: Inicia no estômago com ação da pepsina e termina no delgado com as proteases pancreáticas. Absorção: Aminoácidos – transportadas ao lúmen para as células por co-transportadores Na+ e difusão facilitada. A maior parte da proteína é absorvida pelas células epiteliais do intestino nas formas de dipeptídeo e tripeptídeo. LIPÍDIOS Incluem triglicerídeos, colesterol e fosfolipídios. Digestão: Estômago – ação das lipases lingual e gástrica. Delgado – ações dos sais biliares (emulsificação) e das enzimas pancreáticas: lipase pancreáticas, colesterol éster hidrolase e fosfolipase A2. Absorção: ?
VITAMINAS Atuam como co-enzimas para reações metabólicas. Vitaminas lipossolúveis: A, D, E e K. Processados como os lipídeos. Vitaminas hidrossolúveis B1, B2, B6, B16, C, biotina, ácido fólico, ácido pantotênico. Absorção ocorre por co-transporte dependente de Na+ Vitamina B12 – necessita do fator intrínseco...