Soluções- manual 10 ano sentidos 4 unidade PDF

Title Soluções- manual 10 ano sentidos 4 unidade
Author Mariana Calado
Course Português
Institution Ensino Secundário (Portugal)
Pages 16
File Size 812.9 KB
File Type PDF
Total Downloads 219
Total Views 463

Summary

Soluções da unidade 4 doManual "Sentidos" dePortuguês do 10ºanoPortuguês (Gramática - Literatura) 15 pag.Document shared on docsitySentidos 10 , Unidade 4 – Luís de Camões, RimasSentidos 10 , Unidade 4 – Luís de Camões, RimasPáginas Domínio / texto Cenário de Resposta173Leitura1.1. O autor do texto ...


Description

Soluções da unidade 4 do Manual "Sentidos" de Português do 10ºano Português (Gramática - Literatura) 15 pag.

Document shared on www.docsity.com Downloaded by: mariana-calado ([email protected])

Cenários de Resposta Sentidos 10, Unidade 4 – Luís de Camões, Rimas

Sentidos 10, Unidade 4 – Luís de Camões, Rimas Páginas

Domínio / texto

173

Leitura

Cenário de Resposta 1. 1.1. O autor do texto encontra-se em Constância (“aqui”), no dia 10 de junho (“hoje”), com o propósito de discursar sobre Camões, relembrando esse ícone nacional. 1.2. A emoção do enunciador deve-se ao facto de ele se encontrar na “terra onde Camões viveu” (l. 1); o seu orgulho deriva do reconhecimento da grandeza artística do poeta que contribuiu para a afirmação da identidade nacional. 2. Manuel Alegre concorda em absoluto com a data da comemoração do dia de Portugal. Por um lado, orgulha-se pelo facto de ser o único país que escolheu a data da morte de um poeta para celebrar o seu dia nacional; por outro, regozija-se pelo facto de se enaltecer a língua portuguesa para o que contribuiu, seguramente, Camões. 3. A noção de Pátria extrapola a de império territorial; ela passa fundamentalmente pela língua, a nossa afirmação nacional. 4. Camões tornou-se uma figura emblemática na literatura portuguesa, tanto ao nível da poesia líricacomo épica, e por ter sido o responsável pela afirmação da língua portuguesa como língua nacional.

173

Escrita

174-175

Educação Literária Gramática

5. A identidade a que se reporta o autor no último parágrafo do texto prende-se com a noção da afirmação de uma nação europeia, a partir do momento em que, na literatura, se liberta da língua latina ou calão latinizante e assume a sua própria língua. Resposta de caráter pessoal, tendo de obedecer, contudo, ao plano textual apresentado e às indicações fornecidas. 1.1 Associam-se os cabelos ao ouro, os olhos aos raios e os dentes e lábios às pérolas e corais. A associação é explorada por meio da metáfora “fios d’ouro” (v. 1), “em mil divinos raios encendidos” (v. 6), “perlas e corais” (v. 10). 1.2 O sujeito lírico, ao recorrer ao ouro para descrever os cabelos da mulher, realça não só a sua cor como também a sua beleza rara, que se estende também à “mão bela” (v. 2) e às “rosas” (v. 3). Por outro lado, ao associar os olhos aos “mil raios encendidos” (v. 6) aponta para uma luminosidade quase divina da mulher e realça os seus atributos quase inumanos. A relação entre os lábios e dentes, as pérolas e corais destaca o cariz raro e precioso da figura feminina. 2. O sujeito lírico recorre às sensações visuais e auditivas como forma de imaginar a mulher que não se encontra junto dele. Este recurso permite-lhe também questionar-se sobre quais seriam os efeitos da presença feminina em si próprio, uma vez que eles já são tão fortes recorrendo apenas à memória. 3. Exprime o desejo de poder ver a mulher imaginada, pois gostaria de experimentar os efeitos que a sua presença poderia produzir em si próprio.

Document shared on www.docsity.com Downloaded by: mariana-calado ([email protected])

Cenários de Resposta Sentidos 10, Unidade 4 – Luís de Camões, Rimas 4. A composição tem duas quadras e dois tercetos, com versos decassilábicos (“On/ da/dos/ fi/os/ d’ou/ro/ re/lu/zen/[te]”). 4.1 abba abba cde cde; rima emparelhada e interpolada nas quadras e cruzada nos tercetos. 5.1 Neste soneto retomam-se os seguintes tópicos de influência petrarquista: os cabelos de ouro, as faces são rosas, os lábios de coral e a luminosidade dos olhos. 5.2 De acordo com o excerto, a descida é retórica, construindo-se a partir de imagens e de metáforas. 6. a. Vocativo. b. Modificador do nome apositivo. c. Modificador. d. Complemento direto. e. Complemento oblíquo. 7. a. “Se a alma de si se esquece”: oração subordinada adverbial condicional; “que imagina tanta beleza”: oração subordinada adjetiva relativa explicativa; “que fará”: oração subordinante; “quando a vir”: oração subordinada adverbial temporal. b. "O sujeito lírico sente os seus efeitos físicos e anímicos": oração subordinante; "ainda que só imaginando a beleza da mulher": oração subordinada adverbial concessiva. c. "O sujeito lírico expressa o seu desejo de ver a mulher": oração subordinante; "visto que apenas a conhece com a alma": oração subordinada adverbial causal; "que a imaginou": oração subordinada adjetiva relativa explicativa. 1. Trata-se de uma mulher discreta, humilde, doce, pura e calma. 176-177

Educação Literária Gramática

1.1 O sujeito lírico realça uma beleza psicológica, destacando qualidades morais da mulher (“despejo quieto e vergonhoso” (v. 5), “encolhido ousar” (v. 9)). Trata-se de uma mulher divina, quase inumana, o que justifica a utilização do adjetivo "celeste" (v. 12) para a designar. 1.2 O recurso ao determinante artigo indefinido favorece a imprecisão do retrato e adequa-se às tensões que caracterizam esta mulher. Esta indefinição parece ainda apontar para o facto de se tratar de uma mulher imaginada, cujas qualidades são apresentadas de forma abstrata, não sendo observáveis. 2. O pronome "esta" retoma toda a sequência enumerativa anterior. 3. Trata-se de uma designação aparentemente contraditória, uma vez que a palavra Circe é conotada negativamente. Todavia, o sujeito lírico pretende destacar que a “celeste fermosura” da mulher é, para ele, como um veneno mágico, capaz de o levar à paixão.

Document shared on www.docsity.com Downloaded by: mariana-calado ([email protected])

Cenários de Resposta Sentidos 10, Unidade 4 – Luís de Camões, Rimas 3.1 Trata-se de uma antítese, que coloca em destaque a força do efeito encantatória produzido pela beleza da mulher no sujeito lírico, sendo que a expressão “celeste fermosura” retoma todas as características petrarquistas da mulher, o que contrasta com a sua característica de “Circe”. 4. O soneto pode dividir-se em dois momentos: um primeiro, dos versos 1 ao 11, onde se apresenta uma enumeração das características da mulher; um segundo, dos versos 12 ao 14, que se centra nos efeitos da beleza feminina no sujeito lírico. 5. No soneto “Ondados fios”, o sujeito lírico destaca sobretudo a beleza física da mulher, enquanto neste realça a sua perfeição moral. Não obstante, em ambas as composições poéticas, a mulher é uma figura indefinida, incorpórea, quase divina, que se encontra distante do sujeito lírico.

178-179

Educação Literária

6.1 [B] 6.2 [C] 6.3 [D] 1. Para caracterizar a mulher, são referidos elementos físicos (mão, tez, cabelo, pés), peças de vestuário (cinta, saínho, vasquinha, touca, fita) e a atividade que ela desenvolve (ir buscar água à fonte). Trata-se de uma mulher do mundo rural, pertencente ao povo, o que se conclui pela atividade que executa (ir buscar água à fonte) e pelo vestuário. 2. São referidas as seguintes cores: branco (associado à sua pureza), a cor de prata e de ouro (associadas à sua preciosidade) e o vermelho (que remete para um traço de sensualidade da mulher). 3. Por exemplo, metáfora (“mãos de prata” (v. 2) ou “cabelos d’ouro”, v. 9), que aponta para a cor dos elementos físicos (brancura ou louro) e para a preciosidade / raridade destes traços; a comparação (“mais branca que a neve pura”, v. 6), que permite realçar a brancura da tez da mulher, superior à brancura natural da neve; a hipérbole (“tão linda que o mundo espanta”, v. 11), que destaca a beleza rara e quase inumana da mulher. 4. O sujeito lírico destaca, por meio de uma metáfora (“chove nela graça tanta”, v. 12), a perfeição e a beleza da mulher, concluindo que esta acrescenta beleza à própria formosura, ultrapassando o próprio modelo de beleza. 5. A mulher exibe a sua beleza, mas esta formosura traz-lhe insegurança, uma vez que ela está mais exposta ao amor. 6. A beleza de Leonor é descrita a partir da conjugação de elementos petrarquista, como as mãos de prata ou os cabelos de ouro, e a descrição dos elementos físicos associados ao seu vestuário, que aponta a origem campesina da mulher, e ainda a comparação com elementos da Natureza (“mais branca que a neve pura”). 7.1 Trata-se de um vilancete, composto por um mote de três versos e duas voltas de sete versos cada. 7.2 O poema está construído em redondilha maior (“Des/cal/ça /vai/pa/ra a/ fon/ [te]”. O esquema rimático é emparelhado no mote (abb) e emparelhado e interpolado nas voltas (cddccee fggffee). 1. Poderemos interpretar o jogo de palavras entre cativa e cativo como evocativo da realidade social da mulher, uma escrava, e a sua própria realidade

Document shared on www.docsity.com Downloaded by: mariana-calado ([email protected])

Cenários de Resposta Sentidos 10, Unidade 4 – Luís de Camões, Rimas 180-181

Educação Literária

psicológica: ele sentia-se “escravo” dela do ponto de vista sentimental. Explora-se também um jogo de palavras entre senhora e cativa, que, por antítese, poderá ser interpretada como uma forma de destacar uma posição social de inferioridade de Bárbara e a sua importância sentimental, ao subjugar do ponto de vista amoroso o sujeito lírico. O jogo de palavras existente entre vivo e viva evoca a dependência sentimental do sujeito poético (“nela vivo”, v. 3) e as possíveis consequências físicas de uma separação amorosa, que poderiam comprometer a sobrevivência do “eu” (“já não quer que viva”, v. 4). Todavia, no final, este jogo pode ser interpretado como apontando para uma visão mais esperançosa do amor, como força vital: “é força que viva” (v. 40), que contrasta com uma visão negativa presente na expressão “já não quer que viva” (v. 4), que apontava para a total subjugação do sujeito relativamente à mulher amada. 2. O sujeito lírico recorre à polaridade negativa por meio do advérbio nunca e da locução correlativa nem… nem, com o objetivo de destacar a beleza da amada face aos elementos naturais (rosa, flores, estrelas). 2.1 O recurso expressivo é a hipérbole, que, associada à construção negativa, realça as características excepcionais da mulher amada. 3. O sujeito lírico traça um retrato físico que realça o rosto único da mulher e os seus olhos pretos, cansados mas belos. Centra-se, com maior destaque, na cor preta do cabelo e da pele. Por fim, refere traços psicológicos da amada, como a calma, a doçura ou o siso. 3.1 São referidas reacções de elementos humanos e de elementos naturais, que se justificam pela beleza excecional da cor preta. Assim, perante a beleza dos cabelos pretos, o povo muda de opinião, deixando de considerar os louros os mais belos. Por seu turno, a neve , personificada, considera ter a cor trocada, dada a beleza da tez negra de Bárbara. 4. Existe uma antítese entre a ideia de serenidade e a de tormenta, sendo realçado que a primeira acalma a segunda. O "eu" encontra-se na presença de Bárbara, o que contribui para acalmar o seu sofrimento amoroso e para o ajudar a conciliar o sentimento com o desejo físico de estar perto da sua amada. 5. Trata-se de um poema em redondilha menor: “A/que/la/ca/ ti/[va]”

181

Oralidade

181

Escrita

184

Educação Literária

6. A descrição de Bárbara retoma elementos de influência petrarquista, como a pureza, a serenidade ou a perfeição física e psicológica, que fazem dela uma mulher de exceção. No entanto, a nível físico, a sua cor é original face ao modelo de mulher vigente, uma vez que o sujeito lírico canta a beleza da cor preta, o que se afasta do conceito de branco como a cor por excelência da pureza, beleza ou perfeição. Esta é uma originalidade de Camões. 1. Resposta de caráter pessoal (no entanto, o aluno poderá referir-se ao ritmo lento a sugerir sentimentos de saudade, dor, tristeza, que vão ao encontro da definição de “Endechas”). Resposta de caráter pessoal. 1. A utilização do pretérito imperfeito do conjuntivo atribui à afirmação um valor de possibilidade. Assim, afirma-se que, se fosse possível saber a origem do Amor, haveria hipótese de o plantar para que germinasse. 2. O sujeito concebe o amor como um sentimento belo - “terra florida” (v. 8) - e arrebatador - “a rês perdida / que tal erva pace / em forte hora nace” (vv. 1214). Porém, é também um sentimento enganoso e ilusório - “lindos abrolhos” (v. 9) - , que provoca o sofrimento, a dor e a desilusão a quem o procura “danos” (v. 1), “enganos” (v. 4), “grande dor colhi” (v. 18). O amor é descrito também como um sentimento que produz um efeito destrutivo (vv. 12-14), que

Document shared on www.docsity.com Downloaded by: mariana-calado ([email protected])

Cenários de Resposta Sentidos 10, Unidade 4 – Luís de Camões, Rimas envolve o homem numa maldição (vv. 19-21). Assim, o amor é visto como contraditório, aglutinando o bom e o mau - “lindos para os olhos / duros para a vida” (vv. 10-11). 2.1 O sujeito lírico afirma que nunca viu “homem que apanhasse / o que semeasse” (vv. 6-7), logo, outros como ele procuraram a felicidade no amor e obtiveram sofrimento e desenganos. 3. O mote dá início a uma metáfora de âmbito agrícola do amor, que se prolonga com a conceção do “eu” como “lavrador” (v. 2) que semeia e colhe o que planta, ou seja, o amor e as suas consequências negativas, apresentadas também metaforicamente como “abrolhos” (v. 9). 4. Anáfora, que assinala a simultaneidade das características do amor: a duração do sentimento está a par com o sofrimento que provoca.

185

Gramática

5. Vilancete, composto em redondilha menor (“Quem/ o/ra/ sou/be/[sse]”). 1. A antítese. Através dela, o sujeito exprime a vivência de um conjunto de estados opostos, o que comprova que o “eu” vive um estado “incerto” (v. 1), um “desconcerto” (v. 5). 2. O sujeito afirma estar dominado por estados tanto eufóricos como disfóricos: sente-se ora alegre ora triste, ora acompanhado ora solitário, ora confiante ora desconfiado, ora desvairado ora alinhado. 2.1 O sujeito lírico não consegue apresentar uma definição clara e exata do que sente, porque o amor é visto como um sentimento que suscita uma multiplicidade de sentimentos contraditórios. 3. A causa dos seus sentimentos encontra-se no facto de ele ter visto a “Senhora”, o que, por si só, desencadeou o sentimento amoroso e os seus efeitos contraditórios e múltiplos. 4. O poema divide-se em dois momentos: um primeiro, correspondente às três primeiras estrofes, no qual o “eu” descreve a multiplicidade de sentimentos que o assolam; um segundo, o último terceto, onde se apresenta a causa desses sentimentos. 5. Trata-se de um soneto (com duas quadras e dois tercetos); versos decassilábicos (“tan/to/ de/ meu/ es/ta/do/ me a/cho in/cer/[to]”; abba abba cde cde; rima emparelhada e interpolada nas quadras e cruzada nos tercetos. 6. a. Oração subordinada adverbial consecutiva. b. Oração coordenada copulativa. c. Oração subordinada adverbial condicional. d. Oração subordinada substantiva completiva. e. Oração subordinada adverbial causal.

Document shared on www.docsity.com Downloaded by: mariana-calado ([email protected])

Cenários de Resposta Sentidos 10, Unidade 4 – Luís de Camões, Rimas 1. Apóstrofe. O sujeito lírico dirige-se à Dama. 186

Educação Literária 2. O sujeito poético diz à Dama que o desejo lhe pede que a veja. 2.1 O sujeito lírico conclui que o desejo está enganado no pedido que lhe faz, porque toda a natureza quer manter o seu estado (o mesmo se aplicaria ao amor). Por outro lado, afirma que o desejo não deve querer logo aquilo que deseja, de forma a que não se perca (“porque não falte nunca onde sobeja”, v. 8).

188

Educação Literária Gramática

3. A conjunção mas vem estabelecer um contraste com o que ficou dito anteriormente, pois o sujeito afirma que o seu “puro afeito” (v. 9) se “dana” (v. 9) porque ele, sendo terrestre e humano, ousou desejar ver a Dama, o que se considera uma “baixeza”. (v. 14) 1. O sujeito apresenta de forma eufórica um amor centrado no pensamento e na imaginação, como forma de transformar o “amador” (v. 1), e afirma que recusaria um amor de cariz físico e presencial. 1.1 Nas quadras, o sujeito, por meio de uma interrogação retórica, deixa antever que, embora a sua alma se tenha transformado pela imaginação da amada, o corpo é dominado pelo desejo, procurando ir além do imaterial, do pensamento. 2. O sujeito afirma que, sendo feito de “vivo e puro amor” (v. 13), “como matéria simples busca a forma” (v. 14), ou seja, o sentimento amoroso busca naturalmente a presença física, não deixando, todavia, de ser puro. Deste modo, o sujeito associa um amor feito de ideia pura a um amor físico, feito de proximidade e matéria. Esta materialidade é a concretização da própria ideia associada ao amor. Para o poeta, é assim impossível superar os anseios do corpo só pela imaginação da amada. 3. a. sujeito. b. complemento oblíquo. c. sujeito. d. modificador.

190

Educação Literária

4. a. Oração subordinante: “que mais pretenderá o corpo”; oração subordinada adverbial condicional: “Se a alma está transformada na amada”. b. Oração subordinante: “O corpo não deve esperar”; oração subordinada substantiva completiva: “que o desejo se concretize”; oração coordenada explicativa: “pois a alma está completa”. c. Oração subordinante: “o sujeito lírico não era afetado pelo desejo”; oração subordinada adverbial concessiva: “Embora a mulher estivesse no seu pensamento”. d. Oração subordinante: "o eu lírico manifesta sempre o seu desespero"; oração subordinada adverbial temporal: "Sempre que a amada se encontra ausente". 1. São referidos os campos, os arvoredos, as águas, os montes e os penedos. A descrição destes elementos cria um ambiente harmonioso e belo (locus amoenus). 1.1. Os adjetivos estão ao serviço da descrição da Natureza e, uma vez que se encontram antepostos ao nome, sugerem uma ideia de descrição subjetiva. 1.2 Os interlocutores do sujeito lírico são todos os elementos da natureza referidos nos cinco versos iniciais. A apóstrofe aponta para a sua identificação. 2. Dirigindo-se aos elementos da Natureza, o sujeito afirma “me já não vedes como vistes” (v. 9). O contraste entre o pretérito perfeito do indicativo (vistes) e o

Document shared on www.docsity.com Downloaded by: mariana-calado ([email protected])

Cenários de Resposta Sentidos 10, Unidade 4 – Luís de Camões, Rimas presente do indicativo (vedes) marca a diferença entre um estado de felicidade passado e a tristeza do presente. Por essa razão, também afirma “já não podeis fazer meus olhos ledos” (v. 8), indiciando, através do uso do presente do indicativo, que é no momento atual que a felicidade lhe é impossível.

191

Educação Literária Gramática

3. a. Descrição valorativa, eufórica (harmoniosa e alegre) da Natureza associada ao passado do “eu”. b. Tristeza. c. A tristeza vai-se instalando no sujeito poético, o que se denuncia já na adjectivação disfórica dos “montes” e “penedos”; a alegria da Natureza já não influencia o “eu”. d. Tristeza. e. Dominado pela tristeza, o sujeito lírico exercerá a sua negatividade sobre a Natureza, semeando nela os seus infortúnios e regando-a com lágrimas de saudade. 1. O soneto pode dividir-se em dois momentos. O primeiro, correspondente à primeira quadra, refere-se ao presente do sujeito e expressa o seu desejo para o futuro. Daí o recurso ao presente do indicativo (quero) e aos tempos do conjuntivo para exprimir os seus desejos (houver, seja). O segundo momento, referente às restantes estrofes, funciona como justificação do desejo expresso anteriormente. Este centra-se no momento passado em que a madrugada presenciou a separação dos amantes. Por esta razão, o sujeito recorre, sobretudo, ao pretérito perfeito para descrever as ações da madrugada (viu). 2. As sensações dominantes são a visão, o que se destaca por meio da repetição do verbo ver no segundo momento, e a audição, que está expressa em “Ela viu as palavras magoadas” (v. 12), onde o verbo ver está usado por ouvir. Estas sensações associam-se à madrugada, entidade personificada que é apresentada como uma testemunha da cena. 3. Trata-se de uma antítes...


Similar Free PDFs