Sonda PDF

Title Sonda
Course Técnica Operatória E Cirurgia Experimental
Institution Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Summary

Tipos de sondas e como fazer sua colocação, indicações e propedêutica...


Description

Sondas, Tubos e Dreno

O objetivo principal da aula e falar sobre os drenos, mas vamos citar aqui, definições de sondas, cateteres. Importante atentar pois os conceitos meio que se misturam. Esses dispositivos são utilizados, de maneira invasiva, para retirar algo do organismo, medir, monitorar ou infundir algum medicamento. Normalmente observamos em pacientes graves na UTI a utilização desses dispositivos, como cateter venoso central, sonda nasal ou orogátrica, dreno de tórax entre outros. Em 1790, John Hunter, começou a introduzir alguns materiais no paciente, para drenar abcessos ou administrar medicamentos e o material utilizado era osso de baleia. A utilização dos tubos de borrachas, iniciou em 1874 com Olser. •

DEFINIÇÕES

1 – SONDAS; é um tubo que se introduz em um canal do organismo, natural (boca, nariz, bexiga) ou não natural (o médico pode fazer o orifício), para reconhecer-lhe o estado (diagnosticar, identificar), extrair ou introduzir algum tipo de matéria. 2 – CATETER; instrumento tubular que possa ser inserido no corpo para drenagem ou introdução de líquidos. Os conceitos se misturam, mas na prática, o termo cateter e muito mais utilizado como dispositivos intravenosos (cateter venoso central, cateter periférico). 3 – DRENO; são tubos ou materiais colocados no interior de uma ferida ou cavidade, visando permitir a saída de fluído ou ar. •

OBJETIVO DOS DRENOS; pode ser PROFILÁTICO ou TERAPÊUTICO, ou seja, queremos prevenir algo ou tratarmos algo.

Basicamente quando se introduz um dreno em alguma ferida, a intenção é drenar coleções (ar, líquidos); monitorar cavidades (se faz pelo conteúdo que está sendo drenado) e prevenir o acúmulo de coleções. O professor cita que na cirurgia plástica, abdominoplastia por exemplo, há um importante acúmulo de seroma (devido a extensão da cirurgia), o qual faz necessário colocar dreno para prevenir o acumulo de liquido, Ele ressalta que a utilização do dreno ou não depende muito do médico e da cirurgia que o paciente está sendo submetida.

A figura acima representa um objetivo terapêutico do dreno; é necessário a retirada do ar, sangue ou pus do espaço pleural para que o pulmão possa expandir. Importante ressaltar que nem todos pneumotórax vão ser necessário colocar um dreno de tórax. A indicação vai depender da quantidade de ar que vai ter no espaço pleural e para isso utiliza-se os exames de imagem. O dreno de tórax e fixado, normalmente, pela sutura bailarina (o professor disse que vai voltar nesse tema em alguma aula pratica), mas também pode ser fixado por ponto simples ou até mesmo deixar sem fixação.

O médico consegue ter noção da evolução do quadro do paciente através do débito do dreno; é muito importante olhar para o dreno e saber o aspecto do débito, a quantidade do débito, a cor da secreção o qual vai permitir o médico identificar alguma complicação ou não.

O dreno não pode ficar por muito tempo, dificilmente deixa por mais de 10 dias, deve-se avaliar o risco de contaminação bacteriana pelo dreno. Como mencionado antes, cirurgias extensas coloca-se o dreno para evitar o acumulo de líquidos entre a aponeurose e o tecido subcutâneo, caso haja acumulo de liquido não há adesão dessas estruturas o qual cria um espaço chamado de espaço morto. Esse acumulo de liquido pode servir como meio de cultura; aumentar a pressão local interferindo no fluxo; pode comprimir áreas adjacentes; causar irritação (dependendo do tipo de liquido) e necrose tecidual. •



TIPOS DE SECREÇÃO:

- Serosa; é uma secreção hialina, fina e normalmente amarelada - Sanguinolenta - Purulenta - SeroSanguinolenta; sangue com seroma - PioSanguinolenta; pús com sangue - SeroPurulenta; pús mais ralo - Biliosa; possui uma cor amarelo forte - Fecaloide •

TIPOS DE DRENOS

Os drenos são divididos em relação ao material, calibre, mecanismo de ação e estrutura 1 – MATERIAL •

BORRACHA; e o dreno mais simples, feito de látex. A vantagem e que são drenos macios e maleáveis e diminui a chance de lesionar estruturas intraabdominais, como vasos e alças intestinais. A desvantagem se dá pela colonização bacteriana (devido sua superfície irregular) e infecção peridreno. Por isso esses drenos não são deixados por muito tempo. Ex. Dreno de Penrose



POLIETILENO; é um dreno rígido, radiopaco (permite a localização do dreno no Rx) e geralmente apresenta várias fenestrações permitindo a saída de líquidos por gravitação ou sucção



SILICONE; tubos de material praticamente inerte (pouca reação de corpo estranho), radiopaco e menos rígido do que o polietileno e menos sujeito a contaminação bacteriana do que o látex.



TEFLON; é utilizados em cateteres venosos, é menos antigênico que os materiais já citados, reduzindo a incidência de flebite e permite maior tempo de permanência do cateter na veia

2 – CALIBRE Existem 2 unidades de medição do calibre de um dispositivo: A unidade Gauge (G) é mais utilizado para cateter venosos e os tubos e medido pela unidade French (Fr). A medida do calibre dos cateteres é decrescente, ou seja, quanto menor o Gauge mais calibroso e o cateter venoso. Os tubos são medidos em Fr e quanto maior o Fr maior o calibre do tubo.

3 – MECANISMO DE AÇÃO •

Gravitação; utiliza-se dreno de grosso calibre, colocado dentro da cavidade e conectados a bolsas coletoras. Pode ser um sistema fechado ou um sistema aberto (quando a drenagem e feita diretamente num recipiente em contato exterior). Normalmente o sistema aberto e temporário. O sistema coletor deve ficar abaixo da área que está sendo drenada.



Capilaridade; é um princípio físico em que a drenagem se dá pela adesão das moléculas de agua na superfície do dreno. O dreno de penrose é um exemplo de dreno pelo princípio da capilaridade.

OBS: quanto maior a superfície de contato maior a adesão das moléculas de água. Não depende da gravidade.

A drenagem por gravidade ou capilaridade e chamada de DRENAGEM PASSIVA •

Sucção; dreno de polietileno é conectado em sua extremidade externa a um reservatorio contendo um orificio para a saida de ar. Ao retirar o ar desse reservatorio, cria-se o vácuo, fazendo-se a aspiração ATIVA do conteúdo dentro da ferida, até que a presença do liquido no reservatório iguala-se a pressões, perdendo o vácuo.

Os mais conhecidos são o Portovac e o Jackson Prat. O importante é saber que existe um dispositivo conectado a um sistema tubular que vai dentro da ferida e fica mantendo essa sucção. O tempo todo deve haver vácuo para que haja a sucção. A drenagem por sucção e chamada de DRENAGEM ATIVA

4 – ESTRUTURA •

LAMINARES; esse tipo de dreno não precisa ter luz para que haja a drenagem. O penrose e um tipo de dreno laminar.

OBS: Pode ser feito dreno TUBULOLAMINAR, o qual há um dreno de penrose dentro do tubo e assim vamos ter o efeito de capilaridade pelo penrose e o efeito tubular, que pode ser gravitacional ou sucção.



TUBULAR, são representados pelos tubos.

Exemplos de drenos: - Dreno de Kerr, é utilizado na via biliar (cirurgia de coledoco, pâncreas)

- Dreno de Penrose; possui várias medidas (1 a 4 cm de largura)

- Sonda de Foley; utilizado para cateterização vesical

- Tubo de Malecote; sonda utilizada pela urologia (professor citou como curiosidade)

- Sonda de Pezzer; também utilizado pela urologia

- Sonda de Fouchet, serve para drenagem gástrica - Sonda Sengstaken-Blakemore; é usado em pacientes com hemorragia digestivas alta. Muito indicado para varizes esofágicas....


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