Title | Técnica Cirúrgica 2 - tecnicas cirurgicas veterinaria, professor milton |
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Course | Técnica Cirúrgica - Medicina Veterinária |
Institution | Universidade Tuiuti do Paraná |
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tecnicas cirurgicas veterinaria, professor milton...
Técnica Cirúrgica Milton terça-feira, 27 de fevereiro de 2018 08:23
ABNV
OTV
Colégio brasileiro de cirurgia de anestesiologia veterinária
www.agendaveterinaria.com.br Nomenclatura cirúrgica e regiões abdominais Nomenclatura cirúrgica Manobras, procedimentos cirúrgicos, instrumental > denominações próprias ou termos médicos
Grupo de termos > etimologia variada Sufixação > sentido ao termo Prefixo: indica o órgão, tecido ou região abordada Sufixo: indica a manobra a ser realizada Exemplo: cistocentese. Cisto = bexiga. Centese = punção
Alguns termos médicos já consagrados dentre os cirurgiões por serem intensamente utilizados, mesmo não obedecendo a sua origem verdadeira Laparatomia Laparo (grego) = flanco, tomia = abertura Qualquer incisão abdominal Laparotomia em veterinária não é muito certo, pois laparotomia é na lateral, em pequenos fazse celiotomia, pois é realizada na linha alba.
Principais termos utilizados em procedimentos cirúrgicos Manobra
Sufixo
Exemplo
Significado
Diérese (incisão, corte, abertura)
...tomia
Cistotomia, artrotomia
Incisão na bexiga, incisão na articulação
Punção
...centese
Nefrocentese, toracocentese
Punção do rim, punção do tórax
Sutura, união
Rafia
Herniorrafia
Sutura do anel herniário
Exerese (excisão, retirada)
...ectomia Enterectomia
Excisão de um segmento do intestino
Exploração interna de um órgão ....scopia com aparelho especial
Otoscopia
Exploração do ouvido com otoscópio
Abertura com comunicação exterior (formação de fistula
Traqueostomia
Incisão de traquéia com manutenção da abertura
...stomia
com a superfície da pele)
para meio externo
Colocar os significados completos Stomia é deixar aberto após a incisão Cuidar com tomia e stomia e ectomia Traqueostomia não é colocar um tubo Traqueostomia é uma incisão para manter uma abertura ao meio externo Ectomia é tirar um pedaço e descartar > excisão de um segmento Cirurgia plástica
...plastia
Blefaroplastia
Plástica de pálpebra
Arrancamento
...réxis
Angiorréxis
Retirada de um vaso por arrancamento
Bloqueio de cursos líquidos
...stasia
Hemostasia
Bloqueio do fluxo sanguíneo
Imobilização cirúrgica
...désis
Artrodésis
Imobilização cirúrgica da articulação
Liberação de aderência
....lisis
Epiplonlisis
Liberação de aderência de epíplon
Fixação de um órgão em uma posição
...pexia
Gastropexia
Fixação do estômago na parede abdominal
Quebra instrumental ou manual - fratura
...clasia
Osteoclasia
Quebra instrumental ou manual de um osso
Fixação de um orgão em algum lugar - pexia Clasia é quebrar, osteoclasia é quebrar o osso, pode fazer uma osteotomia que é o corte do osso Órgão, tecido ou região
Prefixo ou palavra primitiva
Exemplo
Significado
Língua
Glosso...
Glossotomia
Incisão da língua
Vaso
Vaso...
Vasotomia
Incisão de um vaso
Testículo
Orqui...
Orquiectomia
Excisão do testículo
Córnea
Cerato
Ceratotomia
Incisçao da córnea
Íris
Irido...
Iridotomia
Incisão da íris
cristalino
Face...
Facectomia
Excisão do cristalino
Corpo ciliar
Cido...
Cidectomia
Retirada do corpo ciliar
Flanco
Laparo...
Laparotomia
Abertura do abdome no flanco
Abdômen
Celio...
Celiotomia
Abertura do abdômen pela linha alba
CRISTALINO CAI NA PROVA - FACECTOMIA > RETIRADA DO CRISTALINO Cães e gatos basicamente celiotomia (pela linha alba), quase não se realiza laparotomia Unha
Oni...
Onicectomia
Retirada da unha
Ovário
Ooforo...
Ooforectomia ou ovariectomia
Retirada do ovário
Trompas uterinas
Salpingo...
Ovariosalpingohisterectomia (OSH)
Castração de fêmea. Retirada do ovario, utero e trompas uterinas
Mandíbula
Gnato...
Gnatoplastia
Plástica em mandíbula
Bexiga
Cisto...
Cistotomia
Incisão na bexiga
Cartilagem
Condro...
Condrotomia
Incisão na cartilagem
Cálculo
Lito...
Pancreatolitotomia
Incisão do pâncreas para excisão de um cálculo
Vulva
Episio...
Episiorrafia
Sutura em vulva
Tímpano
Miringo...
Miringotomia
Incisão no tímpano
Glândula salivar
Sialodeno...
Sialodenectomia
Retirada da glândula salivar
Histe = útero Termo mais correto é ovariohisterectomia, pois as trompas uterinas praticamente não existem. Miringo também cai na prova - timpano Toda glândula usa adeno Pegar livro de cirúrgia e ler as terminologias Planos, posições e direções relativas ao corpo Plano mediano ou sagital, transverso e dorsal Frente do membro usa cranial e caudal, lateral interna plano mediano, lateral externa plano lateral Membro toracico palmar Membro pélvico - plantar Dorsal - perto das costas Ventral - proximo ao ventrel Cabeça - proximo a ponta do fucinho é rostral. Mais pra longe da face é caudal e proximo ao topo da cabeça é dorsal Pra frente do umbigo é pré umbilical Pra baixo é retro umbilical, com relação a linha de incisão Plano peitoral, plano abdominal cranial, plano medio e plano abdominal Linha alba tem menos vasos Nomenclatura da região abdominal do cão e gato Região epigástrica o Região xifoídea: extremidade direita do estômago, jejuno, cólon transverso, fígado (parte média)7
Região hipocondríaca direita: início do duodeno, jejuno, cólon ascendente, porção direita do fígado e pâncreas o Região hipocondríaca esquerda: estômago, jejuno, cólon descendente, porção esquerda do fígado Região mesogástrica o Região umbilical: jejuno, ceco, cólon transverso, porção cranial da bexiga, ovários e cornos uterinos o Região ilíaca direita: duodeno, ceco, ovário direito o Região ilíaca esquerda: jejuno, íleo, início do reto, baço e óvario esquerdo Região hipogástrica o Região púbica: reto, bexiga, corpo do útero e próstata o Região inguinal direita: duodeno (com a bexiga vazia) o Região inguinal esquerda: jejuno (com a bexiga vazia) o
Linha xifoídea Linha umbilical Linha inguinal
Nas cadelas e nos gatos: A-B: pré-umbilical B-C: retro-umbilical C-D: retro-umbilical A-D: pré-retro-umbilical No cão macho A-B: pré-umbilical B-C: retro-umbilical E-F: retro-umbilical A-F: pré-retro-umbilical Mais fácil decorar os sufixos e depois os prefixos
Classificação das cirurgias
Quanto ao: o Campo de ação o Porte o Contaminação o Tempo até arealização da cirurgia o Risco a vida o Existência de hemorriagia o Técnica utilizada o Eficiência do tratamento cirúrgico ou prognóstico o Necessidade real da intervenção cirúrgica
Quanto ao campo de ação Cirurgia geral o Mais frequentes o Não requer material e instrumental especial o Exemplo: OSH, orquiectomia, esplenectomia
Cirurgial especial o Exigem mais cuidado (curva de aprendizado) o Requer material e instrumental especial (custo?) o Exemplo: cirurgias ortopédicas, cardiotorácicas, neurocirurgia
Quanto ao porte Cirurgia pequeno porte o Procedimentos simples o Não à necessidade de centro cirúrgico o Exemplo: drenagem de abcesso, biópsia de pele (punch) Cirurgia médio porte o Procedimentos mais complexos (invasivos) o Necessidade de centro cirúrgico equipado o Exemplo: abertura de abdomen, cirurgias intestinais, cirurgias do sistema urinário Cirurgia grande porte o Procedimentos mais extremamente complexos (alto grau de atenção - curva de aprendizado) o Necessidade de centro cirúrgico equipado especializado (microscópio cirúrgico) o Instrumentais específicos e de alto custo o Exemplo: cirurgias cárdio torácicas, neurocirurgias, transplantes Quanto ao grau de contaminação Cirurgia asséptica o Não existe contaminação/presença de microrganismos ou é mínima o Antisepsia cirúrgica com procedimento não invasivo ou que não envolva tratos contaminados o Exemplo: cirurgias cárdio torácicas, neurocicurgias, transplantes
06/03 Centro cirúrgico Centro cirúrgico é um lugar especial dentro do hospital, convenientemente preparado segundo um conjunto de requisitos que o tornam apto a pratica da cirurgia O centro cirúrgico é um setor do hospital onde se realizam intervenções cirúrgicas, visando atender a resolução de intercorrências cirúrgicas, por meio de ação de uma equipe integrada Nele são realizadas técnicas estéreis para garantir a segurança do paciente quando ao controle e infecção
Local restrito, o acesso ao publico é limitado, ficando restrito a circulação dos profissionais que lá atuam Para efeito de controle asséptico, o centro cirpurgico divide-se em áreas Área irrestrita - os profissionais podem circular livremente por estas áreas com roupas próprias (secretaria, vestiário e corredor de entrada) Vestiário o Lixo hospitalar
o
Hamper
Área semi-restrita - aquela que permite a circulação das pessoas sem intervir nas rotinas de controle e manutenção da assepsia da área restrita Exemplo: expurgo, sala de estar e sala de preparo de material
Expurgo/central de esterilização Pias da lavagem de material Hamper Autoclaves Seladoras Armazenamento de material estéril Centro cirúrgico Área restrita - vestúario próprio do centro cirúrgico (pijama cirúrgico, touca, mascara, gorros, pro-pé) Utilização de técnicas assépticas rigorosa (riscos de infecção). Ex: salas de cirurgia, sala de recuperação pós-anestésica, sala de depósito e corredor interno Sala de cirurgia Dimensões Infra-estrutura o Iluminação o Móveis o Equipamentos Sistema de ventilação/exaustão o Climatização (16 a 20C) o Umidade ( muito variável Natureza da afecção Estado do paciente Imediato > urgências Duração de dias > cirurgias de conveniência ou estéticas Duração Cirurgias de extrema urgência: o Paciente deve ser submetido a cirurgia o mais breve possível o Não há tempo para cumprir um tratamento pré-operatório o Ex: hemorragias, fraturas expostas, torções gástricas, rupturas diafragmáticas Cirurgias de relativa urgência o Paciente deve ser submetido a cirurgia o mais breve possível, porém é permitida uma espera de algumas horas até alguns dias na tentativa de melhor o seu estado geral o Ex: maioria das fraturas, hérnias perineais
Cirurgias não urgentes: o Neste caso o pré-operatório pode ser realizado na íntegra o Ex: cirurgias de conveniências (castrações) Pacientes com transtornos gerais graves: o Nestes casos cabe ao cirurgião avaliar criteriosamente cada situação, pois muitas vezes o ato cirúrgico é incompatível com a vida o Ex: tumores em órgãos vitais
Preparação para a intervenção cirúrgica 3 etapas 1. Avaliação clínica (exploração clínica dos órgãos e aparelhos) 2. Exames complementares 3. Preparo pré-operatório (cuidados e medidas terapêuticas e profiláticas) Colocar função renal é só quando faz vários exames, como avaliar cálcio, fósforo, fazer mapeamento renal, ultrassom do cortéx renal... Não usar avaliação de função renal (não se faz) Avaliação clínica Anamnese e história clínica Maior número possível de dados sobre os antecedentes do paciente História clínica completa > auxiliar no diagnóstico da afecção e avaliar as condições cirúrgicas do paciente
Influência da idade o Filhotes Facilidade de desidratação Termorregulação imatura Menor capacidade pulmonar Imunidade o Idosos Doenças degenerativas Intolerâncias as alterações hemodinâmicas Maior frequência de infecções o Estado nutricional Desnutrido Infecções mais frequentes Dificuldade de cicatrização Intolerância a alterações de volemia Obesidade Endocrinopatias (diabetes - cicatrização) Tendência ao tromboembolismo Menor capacidade ventilatória
27/03 Avaliação clínica Exame físico geral e especial Durante o pré-operatório deve-se avaliar semiologicamente o paciente, dando-se atenção especial a alguns órgãos e sistemas
Fígado: o Relevante importância na homeostase o Síntese proteíca
Muitos fármacos utilizadas durante o pré, trans e pós-operatório sofrem metabolização neste órgão o Quando existe algum grau de insuficiência, evitar drogas hepatotóxicas Função renal tem que ser diversos exames, não só as enzimas. o
Rins: o Insuficiência renal aumenta o risco do ato operatório o Sobrecarga renal: anestesias prolongadas, hemorragias, transfusões sanguíneas, períodos de hipotensão o Exercem importante função no equilíbrio hidro-eletrolítico o Responsáveis pela eliminação de diversas drogas o Evitar cetamina em gatos nefropata Ultrassom abdominal, vários minerais, etc - avaliação do rim, não só ureia e creatinina
Sistema cárdio-vascular o Distúrbios cardíacos ou circulatórios requerem cuidados terapêuticos adequados o Investigação clínica e exames complementares (ECG, Hm, TC) o Pode haver necessidade de administração de anti-hemorrágicos e de transfusão sanguínea
Sistema respiratório o Importância para a escolha da anestesia a ser instituída o Evitar anestesia inalatória em animais com broncopneumonia Hemogasometria, faz para saber a quantidade de oxigênio presente no sangue
Sistema digestório o Avaliação de motilidade normal o Episódios de diarreia ou retenção fecal? o Sua importância no pré-operatório restringe-se a indicações dietetéticas, higiene, uso de laxantes e jejum
Preparação para a intervenção cirúrgica Três etapas: 1. Avaliação clínica (exploração clínica dos órgãos e aparelhos) 2. Exames complementares 3. Preparo pré-operatório Quais exames solicitar Pré-operatório> dar ao animal condições ideais > suportar a agressão cirúrgica e anestésica com o mínimo de risco > trans-operatório Classificação do estado físico (ASA) ASA 1 - indivíduo normal ASA 2 - doença sist. leve ASA 3 - doença sist. Incapacitante sem risco a vida ASA 4 - doença sist incapacitante com risco a vida ASA 5 - doença grave, mal prognostico
Exames complementares Exame hematológico (hemograma completo) Bioquímico o Função renal (uréia/creatinina) o Função hepática (FA, ALT, GGT) o Proteína total/albumina NÃO COLOCAR NA PROVA FUNÇÃO RENAL E FUNÇÃO HEPÁTCA > SE COLOCAR TEM QUE COLOCAR ENTRE PARENTESES OS EXAMES, OU COLOCA DOSAR URÉIA E CREATININA OU ENZIMAS.... NÃO COLOCAR FUNÇÃO!!!
Eletrocardiograma/ecocardiografia Diagnóstico por imagem o RX/US/TC/MRI
Preparo pré-operatório (cuidados e medidas terapêuticas e profiláticas)
Quando não operar? Quais são os fatores limitantes? Fatores limitantes Hemoglobina inferior a 10mg/dl Tempo de protrombina margem ampla Interesse anestesiológico...