TIG V - AVES Oficial PDF

Title TIG V - AVES Oficial
Author Caroline Nogueira
Course Avicultura
Institution Centro Universitário de Belo Horizonte
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Manejo e Biosseguridade de pequenos produtores rurais acerca da criação de Aves caipiras. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Abstract During the technical visit to Fazenda Águas Claras and Fazenda Ribeirão Retiro we identified problems regarding management and biosafety, with emphasis on the restructuring of the facilities of both properties. We anticipate that after the change of chicken coop we had a significant improvement in the performance of the birds due to the ambience, nutritional management and sanitary control conducive to increased production. Key words: Cowpea, Bird management, Caipira production, Biosecurity in production.

Resumo Durante a realização da visita técnica na Fazenda Águas Claras identificamos problemas em relação ao manejo e biosseguridade dando ênfase na reestruturação das instalações da propriedade. Prevemos que após a mudança do galinheiro tivemos uma melhora significativa no desempenho das aves devido à ambiência, manejo nutricional e controle sanitário propício para aumento da produção.

Palavras chave: Galinheiro caipira, Manejo de aves, Produção caipira, Biosseguridade na produção.

Introdução Há inúmeras décadas a criação de galinhas caipiras continua sendo uma tradição familiar, podendo estar presente até mesmo em áreas urbanas em instalações improvisadas como exemplo galinheiros e viveiros. A criação de aves é um meio de produção de carne e ovos, geralmente para consumo familiar e obtenção de renda. A criação de galinhas caipiras com fins significativamente lucrativos é um sonho de vários produtores rurais no Brasil, no entanto, é uma atividade que exige seriedade, comprometimento e investimentos para se transformar em um comercio prospero. Entretanto esse investimento nem sempre se tornam viáveis para pequenos produtores, o qual utilizam métodos de planejamento de baixo custo. A introdução de galinhas caipiras no Brasil ocorreu em 1500 na época do descobrimento, na qual é originaria de lugares diferentes do mundo, apresentando raças,

colorações, empenamentos, portes e comportamentos diversificados no qual esse e vários outros fatores provavelmente passaram pelo processo de adaptação ate os dias de hoje, principalmente devido ao clima tropical do país e algumas doenças. As aves para serem classificadas como caipira devem ser de espécies como Brahma, New Hampshire, Plymouth Rock Barrada; fazendo-se necessário uma alimentação com forrageiras, “alimentação verde”. Normalmente encontramos especificamente estas criações sendo realizadas de forma livre, onde as aves permanecem soltas, tendo disponibilidade de ciscar o tempo todo na busca de insetos, minhocas, plantas e restos de alimentos. Popularmente á preferência de carnes e ovos caipiras em vista aos que são os produzidos em granjas industriais é devido ao seu intenso sabor. Por isso, mesmo tendo alto custo, são os de maior preferência dos consumidores. Neste artigo, trataremos a criação de galinhas caipiras como uma atividade de criação familiar, realizando um projeto viável financeiramente para pequenos criadores de todas as regiões, utilizando dados sobre a realização da visita técnica e implantação do projeto na Fazenda Águas Claras. Verificamos problemas em relação ao manejo, biosseguridade dando ênfase na reestruturação das instalações da propriedade.

Metodologia

A metodologia utilizada neste trabalho é embasada em artigo científico, na visita técnica e ação promovida em na Fazenda Águas Claras localizadas na região de Divinópolis, a 110 quilômetros de Belo Horizonte. A visita foi realizada em função de melhorias no manejo e biosseguridade com suporte técnico da equipe do Grupo de estudo em Ciência e Tecnologia Avícola (GECTA – UNIBH) e supervisão do professor Bruno Antunes Soares. Durante a visita na propriedade pôde ser feito uma anamnese na qual foi observada ambiência, tipo de instalação, aves (N° de animais e raça), nutrição e biosseguidade. Na qual foi verificado que a instalação do galinheiro é do tipo piquetado, envolto por cerca malhada, com área extensiva recoberta com telha do tipo fibrocimento ondulada. A maior parte do ambiente é de chão batido, sendo que a área do viveiro é cimentada. A água utilizada para um total de 70 aves mestiças (Galinhas, frangos e pintinhos), é proveniente de poços artesianos oferecida em bebedouros extremamente precários. A precariedade não se resume somente aos bebedouros; os comedouros, os ninhos, os poleiros e a ambiência também participam desta condição.

A presença de pomar dentro do perímetro do galinheiro implica no contato direto das aves caipiras com aves silvestres, sendo assim a exposição e trânsito entre as aves tende a efetivar o contagio de inúmeras doenças, acarretando perdas ao plantel.

Na propriedade as galinhas apresentavam sinais clínicos clássicos de Bouba Aviária, que é uma doença viral das aves domésticas, sendo de disseminação lenta e é caracterizada por lesões proliferativas da pele, em regiões desprovidas de pena no corpo da ave (forma cutânea), ou lesão fibrio-necrótica e proliferativa na membrana mucosa do trato respiratório superior, boca e esôfago (forma diftérica). Apresenta baixo índice de mortalidade, mas pode levar quando na forma diftérica ou quando da complicação por infecções secundarias e/ou má qualidade de manejo. A doença só pode ser encontrada em aves não

vacinadas. As alterações anato-patológicas, na forma cutânea apresenta lesões como: pápulas, vesículas, pústulas e crostas, dependendo do momento da observação. As pápulas são as primeiras lesões observadas que consistem em nódulos de cor clara na pele. As vesículas e as pústulas são geralmente amareladas podendo, as vezes apresentar pequenas lesões do tipo papular (MOÇO, et al). As aves apresentaram alta infestação de Dermanyssus Gallinae, um ácaro hematófago conhecido como “ácaro vermelho das galinhas”, “piolho das galinhas”, “ácaro das galinhas” ou, ainda, “ácaro vermelho”. Durante a visita técnica foi detectado algumas deficiências nutricionais, onde a maior parte das aves apresentava fraqueza dos mbros posteriores e se apresentavam abaixo do peso. As mesmas possuíam uma alimentação restrita a milho, e forrageiras; sendo que na fazenda visitada a forrageira encontrada nas limitações do galinheiro foi a Braquiária decumbens (Braquiarinha, Capim braquiária, Braquiária de morro); é uma forrageira perene, folhas pubescentes (folhas com pelos nos dois lados), fornece boa cobertura de solo, gera boa resistência ao pisoteio, bainha coberta de pelos, alta tolerância ao solo com alumínio (ácidos e com baixa fertilidade), tolera variação climática e é de alta rusticidade. Com contraposto apresenta baixa produtividade e baixa qualidade.

O Plano de ação elaborado é um projeto que visa principalmente a limpeza e desinfecção de agentes patogênicos, a níveis parasitológicos, bacteriológicos, viremias, e fúngicas. Tendo o objetivo de prevenir e tratar possíveis surtos epidemiológicos. De forma concomitante ao processo de limpeza e desinfecção as mudanças nas instalações são devidamente necessárias para a biosseguridade, que é caracterizado por isolamento e cuidados sanitários e profiláticos dos planteis, e melhoria de manejo. Plano de Ação elaborado para a propriedade : Ação Lança-chamas Botijão de gás Cal Virgem Cama para frangos (Maravalha) Detergente Durepox Amônia quaternária e Glutaraldeído Brochas para cal Regador de plástico Vassoura Rodo” Bomba de pressão para água Ferramentas de uso

Faz. Águas Claras X X X X X X X X X X X X

geral: martelos, alicates, turquesa, pregos,

X

inchada, pá, carrinho de obra, mangueira. Fita isolante

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Vacinas: Bouba Aviária suave com diluente, Newcastle

X

Comedouros (pendular) Bebedouros (pendular) Bolfo Proverme Vitagold

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Resultados Foi colocado em prática o plano de ação elaborado para desenvolver as devidas mudanças, conforme a orientação do Grupo de Estudo em Ciência e Tecnologia Avícola (GECTA-UNIBH) e as normas de biosseguridade e manejo avícola, fazendo a limpeza e desinfecção na qual foi divida em duas etapas: A primeira etapa consistiu na limpeza do ambiente com a utilização de vassouras, pás, e carrinho de mão para a retirada de toda a matéria orgânica e para a retirada dos entulhos que ocupava o local, posteriormente foi realizado a técnica de desinfecção denominada vassoura de fogo com a utilização de um lança-chamas e um botijão de gás.

A segunda etapa de limpeza e desinfecção consistiu em: Bater brochas de cal virgem diluído em água por todo galinheiro incluindo: pinteiros, puleiros, ninhos e paredes; utilização de detergentes como amônia quaternária na proporção de 10 ml para cada 30l de agua por toda instalação e posteriormente o polvilhamento de Cal virgem por toda área com a finalidade de secar e fixar a amônia quaternária no ambiente.

A utilização da cal é devido ao poder desinfetante, a praticidade e o baixo custo; é comumente utilizado na avicultura e em instalações de outros animais; com isso o seu uso no pomar através da forma de polvilhamento no pé todas as árvores foi imprescindível para a redução de possíveis patógenos oriundos à exposição das aves silvestres. Com ferramentas de uso geral realizamos concertos simples nas instalações dos pinteiros, poleiros e ninhos; houve a adaptação de uma caixa d’água e de mangueiras exclusivamente para o fornecimento de água das aves, sendo essa água proveniente de poços artesianos. Houve a instalação ao longo de todo o perímetro de dez novos bebedouros, sendo oito deles do modelo copo de pressão e os outros dois do tipo pendular, onde preconizamos a manutenção diária destes bebedouros, incluindo a limpeza, utilização da solução de água clorada e o fornecimento de água fresca durante todo o dia, principalmente nas horas mais quentes do dia. Os bebedouros do

tipo copo de pressão foram instalados em pontos estratégicos, onde havia a menor incidência de raios solares,sendo que quatro dos bebedouros são infantis e os outros quatro são para aves jovens a adultas; já o bebedouro pendular foi ajustado na altura do papo das aves para evitar desperdícios e excesso de umidade da cama de maravalha. Para melhor atendermos a demanda e o número de aves instalamos dois novos comedouros do tipo tubular, com capacidade para 20kg de ração. Ajustamos a altura do comedouro na altura do dorso das aves para evitar o excesso de desperdícios.

Após a etapa de limpeza, desinfecção, instalação de bebedouros e comedouros voltamos à atenção de forma imediata para a saúde dos animais e de forma terapêutica houve a utilização de anti-helmínticos a base de pirazempina, adicionado e misturado ao fornecimento de água, a qual a dose recomendada foi de 28g em 12l de água tratando em médias 200 aves.

A vacinação das aves preconiza a imunização e prevenções de doenças especificam. O Proprietário optou pela vacinação contra as doenças de New Castle (NC) e a Bouba aviária; a vacina para a doença de NC é uma vacina viva instilada na ocular, no entanto a vacina de bouba aviária chamada de bouba forte é realizada através de punção na asa, após 7 dias, observar o local de aplicação e verificar a "pega" da vacina (nódulos), que ntro de poucos dias desaparecem. Se esta reação não ocorrer, deve-se repetir a vacinação.

O tratamento contra o ectoparasito Dermanyssus Gallinae, conhecido como “piolho de galinha” foi realizado através do “Bolfo” que é uma substancia química a base

dos carbamatos com absorção cutânea, oral ou inalatória. A aplicação não ocorreu diretamente nas aves, sendo feita por meio de polvilhamento na instalação, foi tomado o devido cuidado para não ocorrer intoxicação das aves.

plantação para a alimentação das aves, visando um menor desperdício e um maior aporte nutricional, recomendado e alertamos novamente ao proprietário sobre evitar o fornecimento de alimento para aves após o período das 18:00 horas, com a finalidade de afastar roedores e outros animais. O implante da cama de maravalha foi uma recomendação opcional ao proprietário, no qual optando pelo uso necessitaria um maior cuidado e mão de obra para manter uma boa qualidade da cama, deixando-a com aspecto solto e aerado. Considerações finais

O manejo nutricional foi o mais recomendado, sendo que o mesmo só mostraria resultados com a persistência e a dedicação do proprietário. Somente o fornecimento de milho e de forrageira não seria o suficiente para dar o aporte nutricional necessário para as aves, entretanto a adição de ração balanceada na alimentação diária é extremamente necessária para manter e estimular a postura das aves, ganho de peso das aves refugadas e desenvolvimento das aves em diferentes estágios . Para as aves extremamente debilitadas recomendamos o isolamento das mesmas, com um aporte de uma alimentação balanceada e o uso de vitaminas na água. Orientamos ao proprietário a utilização de verduras e leguminosas de sua própria

O manejo sanitário e o manejo nutricional, colocados em prática de forma concomitante garantem alto padrão de saúde e bem estar das aves, A confiança do proprietário em relação as aves aumentou após as medidas profiláticas e terapêutica que representaram baixo custo e alta efetividade. Referência bibliográfica

COSTA, D.E.M. Desinfetantes em saúde animal. Boletim de Defesa Sanitária Animal, Ministério da Agricultura, Brasília, DF, 1987. 54p. STEWART, G.A., PHILPOT, W.W. Efficiency of a quaternary ammonium teat dip for preventive intrammamary infections. J. Dairy Sci., v.65, p.878-80, 1982.

WIEST, J.M. Desinfecção e desinfetantes. In: GUERREIRO, M.G. et al. Bacteriologia Especial: com interesse em saúde animal e saúde pública. Porto Alegre, Sulina, Cap. 5, p.51-65. 1984...


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