Trabalho-jundiara - Trabalho sobre jundiára PDF

Title Trabalho-jundiara - Trabalho sobre jundiára
Author Felipe Augusto Queiroz de Almeida
Course Biologia Celular
Institution Universidade Federal de Mato Grosso
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Trabalho sobre jundiára...


Description

IB - INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS

Seminário de Estágio de Citogenética Jundiara (Leiarius marmoratus × Pseudoplatystoma reticulatum)

Felipe Augusto Queiroz de Almeida /2018

Trabalho apresentado à orientadora Cássia Fernanda Yano para estudos voltados ao Estágio de Citogenética, referente ao Instituto de Biociências da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Cuiabá.

1. Introdução Nos peixes, a hibridação natural ocorre com mais frequência do que em outros grupos de vertebrados sendo mais comum em peixes de água doce do que marinhos (EPIFANIO; NIELSEN, 2001). Alguns dos fatores que contribuem para esta maior incidência em peixes incluem: fertilização externa, competição por habitat de desova e desproporção na relação de sexo de suas espécies parentais (SCRIBNER et al., 2001). (Pesquisar, por que os híbridos de peixes são mais viáveis? Os cromossomos deles são mais fáceis para cruzar duas espécies diferentes? (Como os híbridos são usados na aquicultura? Quais os exemplos bem sucedidos de peixes híbridos na literatura? Tendo isso em vista, o presente trabalho tem como objetivo o estudo do híbrido Jundiara, e de seus parentais. Coincidentemente as espécies utilizadas para produção dos principais híbridos comercializados no Brasil (Tabela 3) são espécies migradoras e, portanto, conservadas citogeneticamente, resultando assim em híbridos viáveis, com a heterose esperada, e na maioria dos casos capazes de se reproduzirem. 2. Jundiá Amazônico (Leiarius marmoratus) a) Aspectos Gerais O Jundiá Amazônico é um peixe de água doce encontrado nas bacias hidrográficas Amazônica (Brasil, Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana e Bolívia) e Orinoco (Venezuela e leste da Colômbia). Possui um comportamento de transição, sendo mais ativo durante o amanhecer, entardecer e à noite, preferindo ficar escondido sob rochas e troncos de árvores durante o dia.` Sendo um tipo de bagre, é classificado como peixe de couro e possui como característica marcante o ‘’bigode’’ e o corpo coberto de pintas. Possuindo uma dieta onívora, tem tido um importante crescimento na piscicultura: por apresentar bom crescimento e alto rendimento de filés, a espécie contribui para o abastecimento da população com proteína de pescado mais barata. Figura 1 - Jundiá Amazônico

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Fonte: Pinterest. Disponível em: Acesso em out. 2018.

b) Citogenética do Jundiá Amazônico

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3. Surubim Cachara (Pseudoplatystoma reticulatum e Pseudoplatystoma punctifer) a) Aspectos Gerais O Surubim Cachara, ou apenas Cachara, é um peixe de água doce nativo das bacias do rio Paraná e Amazônica. Muitas vezes confundido com o Pintado, o Cachara se distingue pelo seu padrão de cores: possui linhas escuras e cabeça apresentando linhas ou manchas. Figura 2 - Surubim Cachara

Fonte: Wikipédia. Disponível em:

Acesso em out. 2018.

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Figura 3 - Pintado

Fonte: Peixinhos Lange. Disponível em: Acesso em out. 2018.

Figura 5 - Comparação entre Pintado e Cachara

Fonte: Mirai Motors. Disponível em Acesso em out. 2018.

Assim como o Jundiá da Amazônia, o Cachara possui hábitos noturnos. Entretanto, diferente dele, possui dieta carnívora, alimentando-se de pequenos peixes, crustáceos e vermes. Além disso, apresenta corpo alongado e roliço, com esporões nas pontas das 5

nadadeiras peitorais e dorsais, e cabeça achatada e grande. Seu padrão de cores é cinza escuro no dorso, clareando em direção ao ventre. b) Citogenética do Cachara Figura 6 - Metáfase de P. reticulatum (FISH)

O cariótipo da espécie possui número diploide 2n=56, com um arranjo cromossômicouma fórmula cariotípica de 20m+12sm+12st+12a (P. reticulatum), sem evidências de cromossomos sexuais heteromórficos, e com número fundamental (NF) igual a 100. Na imagem ao lado, as setas indicam os cromossomos portadores de rDNAr 18S (verde) e 5S (vermelho) (PRADO, 2010).

Fonte: Cytogenetic characterization of F1, F2 and backcross hybrids of the Neotropical catfish species Pseudoplatystoma corruscans and Pseudoplatystoma reticulatum (Pimelodidae, Siluriformes). Disponível em: Acesso em out. 2018.

Figura 7 - Cariótipo de P. reticulatum, após coloração em Giemsa.

Fonte: Caracterização citogenética e molecular das espécies pintado (Pseudoplatystoma corruscans), cachara (Pseudoplatystoma reticulatum) e seus híbridos utilizados na piscicultura brasileira. Disponível em:

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Acesso em out. 2018.

Pela análise da imagem acima, nota-se a NOR destacada com nitrato de Prata (AgNO₃).

Figura 8 - Banda C em P. reticulatum

Fonte: Caracterização citogenética e molecular das espécies pintado (Pseudoplatystoma corruscans), cachara (Pseudoplatystoma reticulatum) e seus híbridos utilizados na piscicultura brasileira. Disponível em: Acesso em out. 2018.

Heterocromatina: pelo bandamento C, foram localizados blocos nas regiões terminais e pericentroméricas (PRADO, 2010). 4. Jundiara (Leiarius marmoratus x Pseudoplatystoma reticulatum) a) Aspectos Gerais O híbrido Jundiara, também conhecido como Cachandiá ou Pintado da Amazônia, vem do cruzamento entre as espécies Jundiá Amazônico ( Leiarius marmoratus macho) e Surubim Cachara (P. reticulatum) (HASHIMOTO, 2011). Entretanto, alguns autores consideram também o Pintado da Amazônia como produto de outra relação: Tabela 1 - Híbridos produzidos no Brasil

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Fonte:

Embrapa - Riscos genéticos da produção de híbridos de peixes nativos. Disponível em:

Acesso em out. 2018.

Como se pode observar na tabela acima, o Jundiara foi classificado também como produto da relação P. punctiffer x L. marmoratus. Uma das vantagens comercial dessa espécie é a baixa taxa de canibalismo, que promove a larvicultura, além da sua dieta onívora, que é mais adequada para o treinamento e aquisição de ração (EMBRAPA, 2014).

Figura 9 - Alevinos de Jundiara

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Fonte: Embrapa Pesca e Aquicultura. Disponível em: Acesso em out. 2018.

Figura 10 - Fluxograma do Pintado da Amazônia

Fonte:

Embrapa - Riscos genéticos da produção de híbridos de peixes nativos. Disponível em:

Acesso em out. 2018.

b) Citogenética do Jundiara

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Nota-se pela tabela 2 que não há muitos estudos em relação ao cariótipo do L. marmoratus nem do híbrido Jundiara, porém estipula-se 2n=56. Tabela 2 - Relação de número diploide e fórmula cariotípica das espécies parentais e dos híbridos mais produzidos no Brasil.

Fonte:

Embrapa - Riscos genéticos da produção de híbridos de peixes nativos. Disponível em:

Acesso em out. 2018.

Assim, como orientado pela Dra. Cássia Fernanda Yano, foram-se montados cariótipos com base nas lâminas obtidas em laboratório. Figura 11 - Metáfase de Jundiara (lâmina 9043-1)

Fonte: Dados de pesquisa - Laboratório de Citogenética e Genética Animal, Instituto de Biociências, UFMT Campus Cuiabá. Figura 12 - Cariótipo de Jundiara (lâmina 9043-1)

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Fonte: Dados de pesquisa - Laboratório de Citogenética e Genética Animal, Instituto de Biociências, UFMT Campus Cuiabá.

Conforme observado na Figura 12, o cariótipo da metáfase 1 do espécime 9043 possui distribuição 2n=49, sendo 7m+8sm+3st+6a, com 1 cromossomo aparentemente sem par. Após a análise desse cariótipo, outros foram montados. Figura 13 - Metáfase de Jundiara (lâmina 9043-4)

Fonte: Dados de pesquisa - Laboratório de Citogenética e Genética Animal, Instituto de Biociências, UFMT Campus Cuiabá.

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Figura 14 - Cariótipo de Jundiara (lâmina 9043-4)

Fonte: Dados de pesquisa - Laboratório de Citogenética e Genética Animal, Instituto de Biociências, UFMT Campus Cuiabá.

Já de acordo com a Figura 14, o cariótipo 9043-4 vem sendo mais confiável: possuiapresenta 2n= 56, com fórmula cariotípica de. Com isso, tem-se a distribuição de 8m+5sm+7st+7a, com 2 cromossomos aparentemente sem par. De acordo com o único dado citogenético disponível para o híbrido (embrapa....), o número diploide para este indivíduo apresenta maior coerência. No entanto, mais análises devem ser realizadas para aprofundar os estudos citogenéticos e padronizar o cariótipo para este híbrido. Analisando os dois cariótipos, nota-se a incompatibilidade dos mesmos: embora tenham sido feitas em diferentes metáfases, ambas se situam na mesma lâmina, possuindo o mesmo material.Assim, faz-se necessário o aprofundamento dos estudos no híbrido, a fim de estudar e padronizar o cariótipo do mesmo.

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http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-47572012005000010&script=sci_arttext CITAR MAIS ARTIGOS E MENOS WIKPEDIA Ler artigos de Hashimoto, Fausto Foresti e Fábio Foresti 5. Referências Bibliográficas SCRIBNER, K. T.; PAGE, K. S.; BARTRON, M. L. Hybridization in freshwater fishes : a review of case studies and cytonuclear methods of biological inference. Reviews in Fish Biology and Fisheries, v. 10, p. 293–323, 2001. https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/102686/hashimoto_dt_dr_botib. pdf?sequence=1&isAllowed=y https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0045653517310731 http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-204X2013000800022&script=sci_arttext https://www.cambridge.org/core/journals/parasitology/article/ultrastructure-andmolecular-phylogeny-of-pleistophora-hyphessobryconis-microsporidia-infecting-hybridjundiara-leiarius-marmoratus-pseudoplatystoma-reticulatum-in-a-brazilian-aquaculturefacility/B2AD38B9D284B84DD5CF13BB26D1666E https://www.fishbase.de/summary/leiarius-marmoratus.html https://www.planetcatfish.com/common/species.php?species_id=245 http://www.mapress.com/zootaxa/2007f/zt01512p038.pdf https://www.fishbase.de/summary/Pseudoplatystoma-reticulatum.html http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/bbo/33004064026P9/2010/prado_fd _me_botib.pdf

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