TUT 9 MOD 13 - Resumo Módulo Xiii: Obstetrícia PDF

Title TUT 9 MOD 13 - Resumo Módulo Xiii: Obstetrícia
Course Módulo Xiii: Obstetrícia
Institution Universidade do Extremo Sul Catarinense
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Summary

Tipos de parto, mecanismos de parto, estática e dinâmica fetal....


Description

Estática fetal Atitude ou hábito fetal refere-se à relação das partes fetais entre si e depende da disposição dos membros e da coluna vertebral. Graças à flexibilidade da coluna e à articulação occipitovertebral, o feto se aloja na cavidade uterina em atitude de flexão generalizada (coluna toda encurvada e a cabeça com o mento aproximado da face anterior do tórax) dando ao concepto a forma ovoide. Situação seria a relação entre o maior eixo da cavidade uterina e o maior eixo fetal. Quando coincidem, a situação é longitudinal (99,5%), perpendiculares é transversa, cruzados é oblíqua ou inclinada.

Apresentação é a região fetal que ocupa a área do estreito superior da pelve materna (região mais anterior ao canal de parto, sentida no colo uterino no exame vaginal). Até o 6º mês, a cabeça se encontra no fundo uterino, depois há uma rotação axial do feto (cambalhota), o polo cefálico fica para as porções inferiores do órgão. Situação transversa = apresentação córmica; longitudinal = cefálica ou pélvica. O polo cefálico pode estar com o mento próximo à face anterior do tórax, chamada de fletida, ou dele se afastar, chamada de defletida, que pode ser de 1º grau ou bregmática, 2º grau ou de fronte, ou 3º grau ou de face. Se polo pélvico estiver no estreito superior, pode ocorrer a pélvica completa (pelvipodálica), com coxas e pernas fletidas, pélvica incompleta (pélvica simples). Posição é a relação dos dorsos fetal e materno, podendo ser direita, esquerda, anterior, posterior, transversa. Os pontos de referência maternos são púbis,

eminencias ileopectineas, extremidades do diâmetro tran sacroiliaca e sacro. Fetais variam com as apresentações: extremidade anterior do bregma (bregmáticas), glabela (f (pélvicas) e acrômio (transversas).

ose as), cro

Linha de orientação é a linha fetal que se põe em relação ao diâmetro materno e possibilita acompanhar os movimentos durante o trabalho de parto. Sutura sagital (cefálica fletida), sagital e metópica (cefálica 1º grau), metópica (2º grau), linha fácil (3º grau) e sulgo interglúteo (pélvica). A partir disso, tem-se a nomenclatura da variedade de posição com 1 ponto de referencia óssea da apresentação fetal (O – occipício, B – bregma, N – naso, M – mento, S – sacro, A - acrômio), 2 lado materno para o qual esta voltado o ponto de referencia fetal (D ou E), 3 variedade de posição (A – anterior na eminencia ileopectínea, T - transversa na extremidade do diâmetro transverso, P – posterior ou púbis na sinostose sacroiliaca, S – sacro).

Mecanismo de parto São chamados mecanismos de parto os movimentos passivos do feto durante a sua passagem pela pelve, com três tempos: insinuação, descida e desprendimento. INSINUAÇÃO Passagem do maior diâmetro do feto apresentado pelo estreito superior da pelve materna, plano 0 de De Lee: ao nível das espinhas isquiáticas. Primigestas pode ocorrer 15 dias pré-parto. Multíparas a qualquer momento. Ocorre a diminuição dos diâmetros fetais que pode ser seguido da deflexão ou flexão cefálica ou acomodação dos MMII sobre o tronco nas apresentações pélvicas. Além disso, há flexões laterais, onde um osso parietal atravessa o estreito antes do outro: DESCIDA Passagem do estreito superior para o inferior, por rotação, adjacente a insinuação das espáduas, que se aconchegam para se moldarem ao maior diâmetro do estreito superior. DESPRENDIMENTO Saída do canal do parto, com rotação externa da cabeça (restituição), interna das espaduas e desprendimento delas.

Assistência ao parto O parto normal tem como característica um início espontâneo por mecanismo endógeno (induzido ou conduzido), de baixo risco materno-fetal desde a concepção até o nascimento (gestação não patológica). O miométrio tem dois marcapassos no fundo uterino, para direcionar as contrações. Catecolaminas podem estimula-los. O RN (recém-nascido) pode nascer em diferentes tipos de apresentação, sendo a mais comum delas a apresentação cefálica e o tempo para o mesmo ser considerado a termo é de 37 a 42 semanas. Alguns conceitos da prática diária hospitalar são importantes:    

PSNV (Parto Simples Normal em Vértice) PSAC (Parto Simples Artificial por Cesárea) PSAF (Parto Simples assistido por Fórceps) PDAC (Parto Duplo Artificial Por Cesárea)

O termo NORMAL EM VÉRTICE quer dizer que o parto foi natural, enquanto que SIMPLES se refere a somente a um único feto. O termo ARTIFICIAL se refere a procedimentos realizados que se distanciam do parto natural, isto é, utilização de fórceps ou da própria decisão de parto cesáreo. O termo DUPLO se refere a mais de um feto no mesmo parto.

EXAME VAGINAL 1º: examinador insere dois dedos na vagina e encontra a parte apresentada, o que pode diferenciar em vértice, face e pelve; 2º: em vértice, se coloca os dedos direcionados posteriormente e desloca para diante sobre a cabeça do feto no sentido da sínfise púbica, cruzando a sutura sagital; 3º: movimento de varredura, se avalia o trajeto da sutura sagital e as duas fontanelas; 4º: altura da parte apresentada pelos planos de De Lee: ASSISTÊNCIA AO PARTO Trabalho de parto acontece quando há contrações rítmicas, regulares capazes de promover a dilatação e o esvaecimento cervical, que não diminuem ao repouso. Para o diagnostico: 1. Contrações uterinas: 2 ou mais em um período de 10 min, durando mais de 40 segundo casa uma. Pródromos (2 contrações com menos de 30 segundos, torna-se necessária avaliação após 1h); 2. Dilatação cervical: mínimo de 4 cm (MS 2017); 3. Formação de bolsa amniótica e eliminação do tampão mucoso não são tão precisos. ROTEIRO ADMISSIONAL Avaliar dados, anamnese rigorosa, exame geral com PA, FC, FR, temperatura, peso e obstétrico com avaliação de padrão de contração, palpação com manobras de Leopold, toque vaginal e vitalidade fetal, com o biofísico cardiorreatividade (perturbação sonora), laboratoriais com ABO, fator Rh, Coombs indireto, VDRL e HIV. TRABALHO DE PARTO Partograma é ferramenta obrigatória para seguimento de TP.

1. PRIMEIRO PERÍODO: Fase latência tem contrações irregulares (treinamento) e dilatação/apagamento cervical não maior que 4 cm. Primigestas dura até 20h, com afinamento seguido da dilatação, multíparas até 14h com os dois ao mesmo tempo. Ativa tem contrações regulares, com dilatação de 1 cm a cada hora. A cada hora se examina por 10 minutos para ver frequência, intensidade e duração das contrações - dinâmica uterina, tonos uterino, altura uterina, movimentação fetal e BCF. A cada 4h, temperatura, PA, toque vaginal (não passar de 6) e frequência de diurese. Ausculta cardiofetal deve ser realizada antes, durante e após contrações. Se dor pode administrar bloqueio peridural, analgésicos, posição antálgica, banhos quentes, massagens.

2. SEGUNDO PERIODO: expulsivo ou propulsivo, com dilatação completa (10cm) e nascimento. Clampeamento de cordão. Duração até 3h, mais que isso é prolongado e pode aumentar riscos, pedindo conduta. Com a compressão do períneo da descida fetal, gestante tem sensação de desejo de defecar.

3. TERCEIRO PERIODO: saída da placenta, dequitação, pode demorar até 30min. Não puxar, pois pode aumentar risco de inversão uterina. Depois disso, condutas para placenta acreta, encarceramento, etc.

4. QUARTO PERIODO: 1h pós-parto, com miotamponamento trombotamponamento, aumenta também risco de hemorragia.

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Episiotomia: Embora não existam recomendações formais, a episiotomia geralmente é indicada para mulheres com rigidez no períneo, parto pélvico (quando o bebê está sentado), sofrimento fetal e macrossomia (excesso de peso do bebê) ou, ainda, em parto de prematuros – já que a cabeça ainda não está completamente formada, a ampliação cirúrgica ajuda a evita hemorragias cranianas. Estes casos representam 10% dos partos normais, de acordo com a OMS. Fórcipe: apreensão, tração e rotação. Apenas com ausência de desproporção céfalopélvica (senão não passa), bolsa rota (pega adequada), conhecer a variedade de posição, dilatação total e feto estar insinuado, feto vivo pelo risco da lesão tecidual materna. Cesárea: corte de 7 camadas (pele, subcutâneo, fáscia muscular, afastamento de músculo, peritônios parietal e visceral, musculatura uterina. Anestesia raqui, peri ou geral. Profilaxia ATB....


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