1. Compartimentalização dos líquidos corporais - Cópia PDF

Title 1. Compartimentalização dos líquidos corporais - Cópia
Author Matheus henri
Course Fisiologia Comparada
Institution Universidade de Cuiabá
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RESUMO COMPLETO DA AULA...


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Fisiolo gia Médica I e Biofísica | Aula 1 - P ágina |1

AULA 1 – Compartimentalização dos líquidos corporais FISIOLOGIA: ciência que tenta explicar os fatores físicos e químicos que são responsáveis pela origem, desenvolvimento, e progressão da vida. CORPO COMO SISTEMA ABERTO: há interação do corpo com o meio externo. Como sistema respiratório, trato gastrointestinal e rins. EQUILIBRIO DOS SISTEMAS: por sensores que detectam alterações em alguma variável e enviam sinais para órgãos reguladores, estes mandam sinais para órgãos efetores, que vão fazer o balanço. Se o sistema tiver alguma falha ocorrem situações como detecção de açúcar na urina (diabetes). ESTÍMULO: elétrico, mecânico ou químico. Células são sensíveis a um único estímulo. RESPOSTA A ESTÍMULO: temos células (sensores) que transformam todas as formas de estimulo (energia eletromagnética, sonora) em sinais elétricos (potenciais de ação), que fazem a informação biológica para determinado órgão. Potencial de ação: alteração na polaridade das células, ou seja, uma diferença de voltagem entre o interior e o exterior. O potencial pode ser alterado pela permeabilidade das membranas, quando isso acontece de forma seletiva é gerada uma passagem de íons através de canais, que vão gerar uma alteração de polaridade e uma reposta. + Informação também pode passar através de células que não têm contato direto, mas por um neurotransmissor, que interage com uma segunda célula gerando então uma resposta. Ex: célula muscular (contração) e célula glandular (secreção). COMPARTIMENTOS: possuem diferenças nas suas concentrações (iônicas e de outros componentes), e essas concentrações diferentes decorrem de processos de transporte através das membranas celulares (ex. extracelular é rico em sódio e o intracelular é rico em potássio). Água: compõem de 50 a 70% do peso do líquido corporal. É variável porque a quantidade de água está diretamente relacionada com o teor de gordura (quanto mais tecido adiposo, menor a quantidade de água), pois a água é imiscível com gordura. Variação depende do peso corporal, sexo (homens mais que mulheres - gordura), idade e condições do ambiente externo (momentaneamente). + Controle é importante para: - Manutenção da variação do volume do LEC, pois seu aumento acarreta problemas na PA. - Manutenção da osmolaridade dos líquidos corporais (em torno de 300 milhões de mols/kg de água). Se alterada (líquido hipertônico), células tendem a murchar, ou vice e versa. Essa variável é controlada pelos osmorreceptores (hipotálamo), mesmo em pequenas variações. Ex: ingestão maior de sal aumenta a osmolaridade. Esta é percebida pelos osmorreceptores, que mandam fibras nervosas aferentes para o órgão controlador central, que recebe/analisa/integra essa informação e gera respostas através das fibras eferentes para os órgãos efetores (ex. rim e hipotalamo). No rim volume é retido e no hipotálamo estimulo para ingerir água. + Origem: 2/3 água pura ou outra fonte líquida, do resto uma parte dos alimentos e outra é sintetizada no organismo. + Eliminação: em 20 graus, dos 2300 ml de água ingerida, 1400ml é eliminado pela urina, 100ml suor, 100 ml fezes, 700ml são eliminados pela evaporação pelo trato respiratório ou suor (transpiração). Quando a temperatura é maior, perdas são maiores. Interação entre compartimentos: estão dinamicamente se comunicando e sendo alterados. Sempre que LEC for alterado, acarreta alterações no LIC. LIQUÍDO EXTRACELULAR (LEC): todas as nossas células estão imersas nesse meio, corresponde a 1/3 da água corporal total. Alguns elementos devem ser mantidos em faixas estreitas de variação, como volume, pressão, osmolaridade, pH, concentrações iônicas e outros componentes. Ex: Nathalia Crosewski – 2013.2

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concentração de íons para permitir células excitáveis responderem a um estimulo e gerar uma resposta (potencial de ação). + Constituintes: principalmente cloreto de sódio (NaCl) e bicarbonato. + Regulação dos constituintes: essencialmente pelos rins, onde há nefrons com características especializadas de transporte celular (filtração). Controle do pH ocorre pelos rins e pulmões através de seus mecanismos de dissociação e mecanismos de transporte. - Tampões: um dos principais é o ácido carbônico. + Capilares: sua parede divide LEC plasmático do intersticial. Por ele ocorre troca de nutrientes e gases entre esses dois meios. As paredes capilares não são iguais em todos os tecidos, ou seja, nem todos são impermeáveis a proteínas por exemplo. Mas o líquido intersticial pode ser considerado um ultrafiltrado do plasma, sendo formado pelos processos de filtração atuantes através dessa parede capilar. Plasmático (vascular): em torno de 3L no nosso organismo, é a parte não celular do sangue. Tem basicamente a mesma composição que o líquido intersticial e interage através dos poros das membranas dos capilares. + Volume de plasma (volume plasmático ou volume sanguíneo): considera-se o volume efetivo. No adulto é cerca de 60% de plasma e 40% de hemácias (mulheres tem menos, menstruação – 36% de hemácias). Quantidade de hemácias influencia a hemodinâmica. - Anemia: hemácias podem chegar até 10%, o que altera o padrão hemodinâmico, pois aumenta o débito cardíaco (volume de sangue bombeado pelo coração por minuto - 5 L/min em repouso), para enviar mais sangue com hemácias e evitar hipoxia. - Policitemia: aumento do número de células vermelhas, ocorre diminuição do DC. Líquido intersticial: em torno de 12L no nosso organismo. Excesso de líquido causa edema. Líquidos transcelulares: cefalorraquidiano, intraocular, contidos e delimitados por epitélios ou mucosas (líquido do tubo gastrointestinal). LÍQUIDO INTRACELULAR (LIC): líquido dentro das células, tem em torno de 25L no organismo humano (2/3 da água corporal) e não pode sofrer alteração. + Constituintes: principalmente os íons potássio, mas há também ânions orgânicos fosfatos e sulfatos, magnésio e os proteinatos (impedem a perda do volume do compartimento vascular para o intersticial, geram força osmótica - oncótica ou coloidosmótica ). MEDIDA DOS COMPARTIMENTOS (VOLUME): Líquido plasmático: substância administrada de forma intravenosa, deve ficar contida dentro do compartimento (peso molecular alto, para não atravessar capilares) e que não seja eliminada a nível renal (não ser metabolizada ou eliminada). Ex: albumina marcada com iodo radioativo, pois não atravessa membrana de capilar, mas em pequenas quantidades pode atravessar capilares glomerulares (perda pequena). Também pode ser ligada ao corante azul de Evans. Líquido intersticial: precisa ser uma molécula capaz de ser injetada intravenosa, que possa atravessar facilmente os capilares pra que possa ser distribuída no liquido intersticial, mas não atravesse as membranas das células. Existem limitações, pois por ter um peso molecular maior, pode ter problemas em se difundir para os líquidos transcelulares e pode ser eliminada em pequena quantidade pelos rins. Ex: ilunina (não tão comum – via intravenosa) e creatinina (substancia endógena). A ilunina apresenta pequena perda renal (livremente filtrada no glomérulo) enquanto a creatinina serve pra medir o índice de filtração glomerular (substancia livremente filtrada no glomérulo – “não é reabsorvida nem secretada”), sendo que uma pequena parte é secretada . Mas o erro na creatinina é anulado pelo erro que se comete na medida plasmática (dosagem superestimada em 10%). Água corporal total: água marcada (com deutério ou trítio) que se distribui uniformemente por todos os compartimentos (capilares e as membranas são altamente permeáveis). Obs: pessoas com problemas renais não devem fazer testes de contrastes (prejudica o rim). Nathalia Crosewski – 2013.2...


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